P.O.V Autora

O silêncio permanecia no local, ambos os lados se preparavam para a temida “batalha final”. Agora saberiam quem ganharia, nessa caverna de pedra iriam saber se Konoha estaria fadada a destruição ou a salvação.

– Saibam que não pegarei leve, garotas. – Avisou em um tom sombrio. – Não me interessa se são do sexo feminino ou que...

Antes que terminasse a frase, um galho surgiu dos chãos, criando uma cratera enorme no local e o empurrou para a parede com enorme força. Por ser uma caverna de tempos, a parede de finas rochas foi quebrado pelo impacto fazendo o mago (E a batalha) irem para o lado externo da caverna. Ao meio dos pedregulhos, o mago se ergueu cambaleante. Vislumbrando as quatro garotas com sorrisos sádicos.

– Você estava falando demais para mim. – Tenten olhou suas unhas e depois o encarou malignamente. – E sua voz me irrita.

– Ora sua... – Com leves movimentos, uma corrente elétrica passou pelas garotas, mas sem fazer grandes danos. – Mas como?

– Não pense que pode nos destruir com seus simples truques, Mago Mascarado. – Temari disse. – Somos mais fortes e poderosas do que imagina.

Ao mesmo tempo, as quatro atacaram o inimigo. Com maestria, faziam movimentos solenes e fortes, não se importavam com o quesito defesa, claro que se protegiam, mas o principal objetivo era danificar a pessoa que trouxe dificuldade e tristeza para tantos outros habitantes do local.

Para o mago, a luta seria fácil e terminaria em poucos minutos, mas não esperava que as garotas fossem fortes daquela forma. Observara seus treinamentos, em tão pouco tempo não poderiam ter alcançado tão alto nível de poder, seria impossível que simples crianças tivessem um poder que igualasse ao dele, poder que demorou não apenas meses, mas anos para aprimorar. A cada segundo era mais complicado se defender, não havia tempo para ataque, precisava observar atentamente cada movimento de cada um delas, um simples falsete poderia ser o motivo de sua tão temida morte.

Hinata jogava toda sua tristeza e ilusões em seus poderes. Quanto mais pensamentos e lembranças vagas vinham a sua mente, mais forte iam suas rajadas cortantes, suas nuvens de poeira e sem perceber havia liberado um novo golpe, um golpe poderoso. Criava shurikens enormes (Maiores que seu tronco) de vento, mas que eram mais pesadas e perigosas que facas de metal. Ela não sabia, mas havia adquirido a mesma força de seu amado.

Temari concentrava todo seu desprezo pelo mago em suas mãos. Tentava visualizar a cabeça do vilão explodindo em mil pedaços, mesmo sabendo que precisavam cansá-lo para que o plano realmente funcionasse, não via à hora de poder acabar de uma vez por todas com o destruidor de lares. Hora ou outra rogava alguma praga enquanto mandava em alta velocidade em direção ao inimigo suas espirais, que se formavam em suas mãos. Os tiros eram certeiros e por ser um elemento pouco presente, deixava o mago bastante confuso na hora de se defender.

Sakura não respondia mais por si, deixava que seu elemento a guiasse e ordenasse o que devia ou não fazer. Apenas pouco por cento de sua razão ainda se mantêm, e essa pequena parte dizia para que seguisse o plano e apenas deixasse o Mago Mascarado com medo e com um cansaço enorme. Jogava, sem intervalo algum, bolas e lanças de fogo, algumas vezes arriscava usar o truque de Sasuke e “soprar” grande quantidade de fogo em seu adversário. Queria vê-lo queimando aos poucos e gritando em agonia, implorando por sua vida. Não sabia se era a raiva do fogo ou apenas seu pensamento, apenas sabia que o queria morto.

Tenten não podia se desconcentrar, por ser elemento ser mais presente precisava tomar cuidado para não machucar suas amigas. Não podia se descuidar por nenhum segundo, um erro seu poderia afetar todo o plano e assim afetar outras pessoas, isso ela não admitiria. Não admitiria que mais pessoas morressem por sua causa (Afinal, aquela guerra estava acontecendo por “culpa” dos elementos). Chamava por galhos e pedia que as árvores emprestassem sua força de ataque para si, por estarem em uma floresta fechada poderia atacar pelas costas do mago. Era um truque sujo e traiçoeiro, mas depois de ver tudo que ele fizera, nada era contra regras, ou melhor, não havia regras para esse jogo.

A luta antes silenciosa, agora estava um barulho estrondoso. Os quatro elementos juntos criavam grandes bagunças e as tentativas de esquiva do mago só faziam mais barulho. A poeira que se erguia do chão obrigava os cinco a terem os olhos semicerrados.

– Tenten! – Sakura gritou chamando a atenção da morena. – Em minha contagem, ok?

– É só falar! – Gritou de volta.

Sem dar brecha para que o inimigo descansasse a rosada gritou.

– AGORA!

A mais nova fechou seus olhos e deixou que seus movimentos fossem guiados pela Natureza. Com movimentos rápidos, fez com que várias árvores cedessem seus galhos fortes e os transformassem em cordas, amarrando-o e o surpreendendo.

– O que estão fazendo?! – Gritou tentando se soltar, mas a força dos galhos impedia que se movesse se quer um centímetro.

Abrindo os olhos, riu docemente e com um simples rodar de dedos, fez os galhos deixarem o Mago Mascarado de cabeça para baixo.

Sendo a vez de Hinata, essa criou uma cápsula reforçada para o maligno. Caso os galhos falhassem precisavam de um plano B, e a cápsula era esse plano.

– Tema! – Chamou. – Vai!

A loira fez uma expressão neutra, levantou as mãos e criou várias bolas d’água com grande quantidade do conteúdo. Fechando os punhos com força as bolas encharcaram o mago, esse já estava tonto pelo tempo que estava de cabeça para baixo e a circulação presa pelos galhos e a cápsula. Sua situação apenas piorou ao sentir a água em seu corpo.

– Suas... – Tentou falar, mas sua voz estava falha. – Idiotas, eu vou...

– Sakura? – Hinata sorriu satisfeita. – Que tal finalizar seu plano?

A Haruno deu seu melhor sorriso sadista e estalou os dedos, apenas se preparando para o “grand finale” do espetáculo.

– Até mais, Senhor Mago. – Acenou Tenten sorrindo, fazendo seus olhos se fecharem. – Nos vemos no... Quer saber? Acho que não nos veremos mais.

As outras duas riram, enquanto Sakura apenas se aproximava.

– Lembra daquele tapa? – Perguntou bem perto do inimigo. – Essa é minha vingança.

Com um estalar de dedos, fez o corpo do mago pegar fogo. Assim como imaginava, ele gritava pelo desespero e pela dor, suplicando por misericórdia. A pior forma de morrer é ser queimado, não tem como apressar, é uma forma dolorosa e lenta de ir para o inferno. O molhando e o deixando de cabeça para baixo com o sangue sem circulação era apenas uma forma de torturá-lo ainda mais, para que mesmo segundos antes da morte, se lembrasse da dor que causou em tantas pessoas.

As quatro se aproximaram enquanto viam os restos do mago queimar. Agora suas expressões eram frias, não sorriam e nem estavam assustadas.

Depois de todo esse tempo, finalmente haviam se vingado da pessoa que causara tanta dor nelas. Segundos depois, caíram duras no chão, o cansaço era mais forte que tudo.