Meu destino é você escrita por Cecília Mellark


Capítulo 14
Capitulo 14 Gale -1


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoas lindas do meu coração! Alguém ai querendo me matar? Acho que sim né? Hahaha, não sejam precipitados!! ") A partir de hoje a historia vai ganhar um novo narrador, serão poucos capítulos (eu acho) e vai explicar para vocês um outro lado da história. Eu garanto que vocês vão gostar!



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Escuridão. Se for um sonho, é o mais longo da minha vida. Se não for, este deve ser então o inferno. Eu suponho que eu estou no inferno. Eu deveria estar. Às vezes eu sinto alguém apertando minha mão e ouço vozes que não reconheço. Mas não recebo castigos. Pelo contrario, às vezes num momento menos escuro, eu sinto mãos passarem pelo meu rosto, eu ouço um choro e sinto lágrimas molhar meus braços. A voz mais frequente é a voz da Johanna.

O pior é lembrar o que me deixou na escuridão. É como um filme que você deixa no replay. Eu gosto de lembrar tudo, porque tem momentos muito felizes até o escuro chegar.

Meu nome é Gale Mason. Não foi sempre Mason, aliás, o Sr. Mason não é meu pai. Meu pai morreu quando eu tinha 13 anos, em uma pequena cidade nos EUA. Foi horrível. Doeu demais. Eu sou o mais velho de 4 irmãos e na época minha mãe estava grávida ainda da minha irmãzinha mais nova. Dadas as circunstâncias, viemos para Londres morar com a vovó. Eu queria ter trazido minha melhor amiga também, ela também perdeu o pai. Ela ficou muito triste quando viemos embora. Lembrar dela é bom, eu tive uma infância feliz, ela foi meu primeiro amor. E nós prometemos que manteríamos contato. Bem, nunca aconteceu. Mas é impossível não lembrar do meu pai, e o pensamento não cair nela. O pai dela era dono da fábrica que explodiu.

Chegamos a Londres, e logo minha mãe me colocou para trabalhar. Meu emprego era em uma pequena livraria em frente ao escritório do poderoso Eduard Mason. Todos os conheciam. E dentro de alguns meses eu conheci a Johanna Mason. E passei a ter a mesma admiração que todo mundo. O Sr. Mason era viúvo, e Johanna era um pouco mais velha do que eu. Ela tinha um humor ácido, era bonita. Através da nossa amizade, minha mãe o Sr. Mason se conheceram e ele não teve medo de assumir uma mulher com 4 filhos. Jo e eu ficamos imensamente felizes, seriamos irmãos. Apesar de que eu desconfiava que ela tivesse outros interesses por mim. Eu até poderia corresponder, ela era gata, atraente. Mas minha mãe tinha restrições severas com esse tipo de comportamento. Ela me chamou para uma conversa numa noite e me fez ver Jo apenas como irmã. No dia do casamento da minha mãe, eu vi Madge pela primeira vez. Meu mundo parou de girar, eu não sentia mais o chão embaixo dos meus pés. Madge era o ser mais lindo do planeta. Aliás, por alguns instantes eu nem acreditei que ela era real. Jo nos apresentou. Ela era sua prima por parte de mãe. Então não era minha prima.

Não demorou para que nos apaixonássemos e logo estávamos namorando. Eu sabia que Jo tinha algum tipo de ciúme. Madge ficou grávida, quando nós tínhamos apenas 18 anos. Minha mãe surtou. Afinal Madge era da alta sociedade e por isso fomos morar em Nova Iorque até o bebe nascer. Foram meses de muita felicidade. E quando Marlon nasceu, percebemos que tinha alguma coisa estranha. Logo os médicos revelaram que ele nasceu com leucemia. E ai começou nosso desespero. Johanna veio para nos ajudar, ela estava cursando medicina, então começou a acompanhar o Marlon de perto. Certo dia ela nos sugeriu que tentássemos arrumar outro filho para poder doar a medula para Marlon.

Parecia uma esperança maravilhosa. E a essa altura eu já tinha mesmo certeza de que era Madge que eu queria como esposa. Madge estava de 7 meses quando acordou um dia gritando de dor, eu corri no quarto e encontrei ela ensopada de sangue. Nossa filha estava morrendo, corri com ela para o hospital. Não tinha um transito intenso, eu estava numa velocidade média quando do nada surgiu uma garota na frente do carro, não tive tempo o suficiente de frear, atropelei a garota. Tudo foi insano em seguida, Jo estava justamente na lanchonete em frente ao acidente, estávamos a dois quarteirões do hospital e a garota estava grávida também. Quando os paramédicos as levaram Jo entrou no resgate com eles e gritou que tudo ficaria bem, ela tentaria salva-las para mim. E realmente salvou.

Lembro-me da família da outra garota atropelada. Ela tinha 17 anos apenas, o namorado dela estava surtando. Todos estavam. Eu nunca conversei realmente com eles. O medico chegou e nos deu todas às noticias de uma vez. Madge e minha filha estavam bem, e teriam que ficar internadas eu já podia subir e vê-las, mas a outra menina estava em estado grave e o bebe não tinha sobrevivido. Os dias passaram e apenas meu advogado cuidou da outra família por mim. Eu só tinha olhos para a pequena Cecilie, que era linda. Ela não era parecida comigo, nem com Madge, e Jo sempre nos dizia que isso era genética. Marlon estava encantado pela irmã, dizia que ela parecia um anjo. E realmente parecia. Quando Cecilie estava com 3 meses, ela teve alta e nós decidimos voltar para Londres, continuar o tratamento de Marlon lá. Meu filho apesar da doença era uma criança normal, e perto de todos os tios e avós ele parecia bem. Mas nós sabíamos que não estava, portanto quando Ceci estava com quase 1 ano e meio nós começamos a fazer os exames de compatibilidade.

E foi ai que a escuridão entrou na minha vida.

No dia de buscar os resultados, eu fui sozinho, Jo e Madge ficariam no hospital infantil com Marlon e Ceci. O médico me olhou com pena, eu imaginei que ele fosse dizer que Ceci ainda era muito frágil, mas o que ele me disse me matou por dentro. Cecilie não era compatível com Marlon, pelo DNA eles nem eram irmãos. Naquele momento eu apenas fiquei furioso, cego de raiva. Sai do consultório sem terminar de ouvir o medico, liguei para Madge e falei um milhão de obscenidades, ela começou a chorar e dizia que era pra eu ir para casa e que lá ela e Jo me explicariam tudo. E eu queria explicação? Não. Eu queria matar aquela mulher. Com este pensamento, eu cheguei em casa quebrando tudo, vi Jo sair correndo pelos fundos carregando Ceci com uma mala. Pensei que era melhor mesmo ela levar aquela garota dali, ela nem era minha filha. Comecei a discutir com Madge, coloquei pra fora toda a fúria que eu guardava desde a morte do meu pai e que agora com meu orgulho masculino ferido, me transformaram em um ser brutal. Eu estava procurando alguma coisa para matar ela de vez, quando ela conseguir se desfazer do meu aperto e correr para a garagem arrancando com o carro, e eu fui atrás, peguei o meu e comecei a persegui-la. Entramos numa estrada vicinal, que dava acesso para algumas chácaras. Mas eu nunca saberei para onde iriamos, porque eu vi quando Madge derrapou na pista, caindo em um despenhadeiro de uns 15 metros. E a ultima coisa que eu vi e ouvi foi um buzina e uma luz alta. Depois um estrondo e pronto. Tudo estava no escuro


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Notas finais do capítulo

E ai queridos? Gostaram? Alguém ai tem algum palpite sobre como essa historia vai chegar se encontrar com a primeira parte? hahahaha, comentem! Beijinhos e até amanhã!



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