Contágio escrita por MrArt


Capítulo 96
Estação 5 - Capítulo 96 - Trabalho


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal :3

Mais um capítulo!! Boa leitura!



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Robert se afastou do corpo de Louis, se sentindo extremamente culpado pelo o que fez. Fox e Percy rapidamente vieram apagar o corpo do amigo, mas era tarde demais, Louis já havia morrido e poderia se transformar a qualquer momento. Juan não podia fazer nada, a luta valia qualquer coisa e incêndios propositais não estavam restritos.

Herrera já estava indo embora de volta para a área 1 por questões de segurança. Algumas pessoas também estavam deixando a arena e retornando para suas casas e outras continuavam ali comentando sobre a luta e limpando a sujeira deixada nas arquibancadas.

— Ei... – Juan se aproximou de Robert, que se assustou – Está tudo bem, você ganhou, não podemos fazer nada – O rapaz tentou falar com Robert, mas não conseguiu. Vasili, Bel e Renata também se aproximavam.

— Vamos para casa – Kei foi até o loiro, em passos curtos – Você precisa de um banho – Sentiu o forte cheiro do corpo queimado de Louis após as chamas terem sido apagadas.

— Daremos um jeito nisso – Percy colocou o corpo num carrinho de mão.

— Pobre Louis – Fox empurrava o carrinho, procurando não olhar o óbito – Pena que é um idiota.

— Se ele reanimar, já sabe – Juan avisou e os rapazes então saíram da arena com o corpo. Cruzou os braços e encarou Kei – Agora nossa equipe de busca vai ficar desfalcada, precisamos de alguém para ir conosco, e você parece ser bem habilidosa.

— Garanto que darei uma resposta em breve – Kei colocou sua mão nos braços de Robert e o rumou para fora da arena – Até mais.

— Até – Juan foi embora da arena.

— Ei, alguém foi o vencedor! – Vasili abriu os braços em alegria, junto de Bel e Renata – Vamos passar no César para comemorar.

Robert se sentiu ofendido por seu próprio pai e então se soltou de Kei e saiu correndo da arena. A oriental rapidamente agiu e seguiu Robert, mas ele estava muito na frente, não que Kei fosse lenta, mas Robert parecia não querer ver ninguém. Vasili, Bel, Renata foram atrás dele também, Ozzy, Taissa, Tuppence, Amber, Mark, Hunter e Carol saíram da arquibancada e fizeram o mesmo, Polly estava logo atrás junto com Matthew.

— Ei, segura ele! – Kei gritou para Vinny que acabava de sair da clínica e Robert estava passando perto dele.

— Robert, pare! – Vinny gritou para o loiro, que desviou rapidamente do médico, quase que o derrubando no chão.

A correria do grupo estava chamando a atenção de todo mundo que circulava pelas ruas

— Ei, sem tumultos na cidade! – Gritou o guarda Wesley das torres de vigia e então diminuíram a velocidade.

Robert estava quase chegando em casa, quando alguém o derrubou nos jardins, o impedindo de se levantar.

— Está tudo bem! – Boone colocou as mãos no rosto de Robert – Sou eu! – Rapidamente todos chegaram até eles, suspirando de alívio por Robert não ter feito nenhuma besteira.

— Chega, eu não quero matar mais ninguém! – Robert deixava diversas lágrimas rolar pelo seu rosto. Todos ficaram quietos, inclusive Vasili, que queria muito comemorar o resultado da luta, mesmo parecendo horrível sua atitude – Vocês torceram por aquilo!

— Aquele cara era ruim, você mesmo que tomou uma atitude – Kei se abaixou e ficou à altura de Robert.

— As pessoas estavam aplaudindo e gritando por mais – Robert tentou engolir o choro dessa vez – E eu acabei botando fogo em Louis... – O loiro olhou para Bel, também entristecida com o ocorrido, não por Louis, mas pelo estado que Robert havia ficado. Carol queria rir ali mesmo, ela era péssima em situações ruins.

— Você precisa descansar, amanhã você passa o dia em casa, não precisa ver ninguém se não quiser. Vamos – Kei entrou para dentro da casa com Robert e todos acabaram fazendo o mesmo, uma vez que não havia mais nada a se fazer.

Polly foi a última a chegar. Chamou Bel após todos terem ido para suas casas.

— Como ele está? – A loira perguntou para Bel dando a mamadeira para Matthew. As duas foram para dentro de casa.

— Está se sentindo pressionado, mas ele vai ficar bem – Bel se certificou que a porta estava bem trancada.

— Hoje foi uma loucura – Polly colocou Matthew para arrotar depois de ter sido alimentado – Será que esse lugar é seguro mesmo?

— Polly, se não for aqui, não será em nenhum lugar mais – Bel pegou um enlatado de feijão e o despejou em uma panela – Mas precisamos sempre estar em alerta, principalmente com essa coisinha aí – Olhou Matthew.

— O que será que vai ser dele nesse apocalipse? – Polly passou as mãos nos cabelinhos curtos do bebê – Espero que quando ele cresça isso já tenha acabado... – Deu um beijo na bochecha de Matthew, antes ir colocá-lo para dormir – Boa noite Bel, durma bem.

— Boa noite – Bel sorriu e ficou sozinha na cozinha. Bufou e continuou preparando o seu jantar, pensando a todo momento no que havia acontecido naquele dia.

 

— Semanas Depois –

 

Taissa chegou atrasada para trabalhar na equipe de construção, encontrando Renata e Boone por lá. Era cerca de onze da manhã.

— Robert já está melhor? – Perguntou ajeitando seu cabelo – Tem tanto tempo que não o vejo.

— Ele não quer arrumar um emprego – Boone viu Riki se aproximar – Só quer ficar trancado no quarto e ver a mim, Kei ou a Polly...

Ficaram em silêncio, esperando Riki.

— Bom, como vocês sabem, estamos ampliando a cidade – Falou Riki segurando uma planta de El Distrito – E estamos restaurando algumas casas e expandindo os muros – Mostrou uma pilha de placas de metal empilhadas – Retiramos a maior parte de construções inacabadas da cidade. Faremos os muros com elas.

Renata levantou a mão.

— Pode falar – Riki apontou o dedo para Renata.

— Então.... Quem garante que essas placas vão aguentar? – Argumentou.

— Como? – Riki se fez de despercebido.

— Se uma horda de zumbis fizer pressão contra o muro, ele vai ser destruído em segundos – Falou – É melhor que seja feito de tijolos e cimento que nem os da área 1.

— Então quer dizer que temos uma engenheira entre nós – Riki riu debochadamente, incomodando Renata desta vez – Olha, estamos trabalhando com o que temos no começo, se está achando ruim vai falar com o Timothy ou com o Herrera – Dessa vez Renata começou a trocar xingamentos com Riki, que retribuía no mesmo tom.

— Por que alguém do nosso grupo sempre consegue brigar com alguém desse lugar? – Boone sussurrou para Taissa enquanto Renata e Riki discutiam.

— Não sei, parece que é uma coisa que começou com o Robert batendo no Louis e se espalhou por nós – Taissa encravou uma pá no solo terroso e se apoiou nela – Polly brigou com a Fani não queria inscrevê-la na entrevista, Vasili se irritou por que César não o deixou trabalhar e até a Carol não está indo para a clínica por que descobriu que a Tuppence e o Mark estão namorando.

— Uma coisa é deixar a Polly irritada – Boone não se recordava de nenhuma gravidade feita pela moça – Agora deixar o Vasili irritado é outra história – O tatuado ajeitou seu chapéu pintado de preto.

— Por que é tão ruim? – Perguntou Taissa e Boone entortou o lábio – Eu sei que ele é do mal, mas não é para tanto.

— Vasili era um mafioso russo – Boone contou – Ou pelo menos está tentando ser novamente – Taissa ficou um pouco assustada – Não sei como ele ainda não tentou tomar esse lugar para ele.

— É preocupante... e suspeito! – Disse Taissa um pouco nervosa – Espero que não suspeitem dele.

— Ah, não é nem por isso – Kia Chen se envolveu na conversa – Todo mundo percebeu que o Vasili quer pegar o bar do César – A oriental riu – Ele é realmente muito bom no que faz.

— Espera, o Vasili está conseguindo? – Perguntou Boone.

— Parece que sim – Respondeu e então Boone revirou os olhos.

Enquanto isso, Riki e Renata se resolviam.

— Bom... Lopez irá nos levar para o lugar que a construção está sendo feita – Comunicou Riki – Não são todos que precisam nos acompanhar – Encarou Renata. Todos os membros da equipe de construção foram em direção ao caminhão que Lopez iria dirigir.

— Eu vou voltando para casa e... – Renata já estava dando meia volta para algum lugar da cidade.

— Anda logo – Boone empurrou Renata levemente, fazendo a mesma ir com eles por bem ou por mal.

Rapidamente Lopez levou toda a equipe de construção para o lado de fora de El Distrito, passando pelos seguranças e indo até uma área do muro inacabada, assim como diversas casas. Desceram do caminhão e então encontraram uma outra pilha de materiais, fora o que era trazido dentro do caminhão.

— Os intervalos são a cada duas horas – Riki pegou um saco de areia e o colocou no ombro – Antes do anoitecer estaremos voltando para a cidade – Vamos lá galera, ânimo! – Assim que se virou, Renata mostrou o dedo do meio.

— Eu odeio trabalhar – Renata pegou um martelo e uma placa – Eu odeio esse muro maldito.

— Não reclama, é para sua própria segurança – Boone colocou duas tábuas em seu ombro e foi fazer seu serviço.

A construção do muro seguiu normalmente num processo rápido já que havia mais mão de obra. Riki comandava bem a equipe, mesmo com sua recém inimizade com Renata, que de hora em outra se recusava a trabalhar no sol escaldante da cidade. Boone e Taissa continuavam trabalhando na construção sem se importar com nada, inclusive pela falta de segurança que havia ali, e Renata estava percebendo de imediato.

— Zumbis! – Renata avisou um saindo de uma casa inacabada, indo em direção à Kia.

— Ai, que droga! – Kia ficou sem saber o que fazer e então recuou, mas se viu encurralada quando se encostou em uma parte do muro – Socorro!

— Droga, ela vai ser mordida! – Boone e Renata correram até Kia, tirando o zumbi de perto dele antes que ele a mordesse. Taissa tirou Kia perto deles e a colocando em um ponto seguro. Riki assistia tudo sem prestar socorro algum.

Rapidamente colocaram o zumbi para baixo com os materiais de construção. Renata agora mais que nunca estava furiosa com Riki, uma pela falta de estrutura e outra pela falta de segurança que quase custou a vida de Kia.

— Seu desgraçado! – Renata encostou Riki no muro e o levantou pela gola da camisa – Na próxima vez que eu tiver que voltar para cá é melhor que venha um atirador junto...

— Você não pode... – Riki tentou se soltar de Renata, mas ela parecia não o deixar fazer isso tão cedo.

— Renata, não vale a pena... – Boone tentou acalmar a moça, em vão.

— Está me escutando? – Renata o olhou profundamente e então Riki assentiu – Não quero ter que passar por isso novamente – Soltou Riki, o derrubando no chão. Todo mundo ali presente ficou com medo de Renata – Muito bem, vamos continuar isso daqui e ir embora... – Prendeu o seu cabelo e pegou seu martelo novamente.

— Mais uma briga para o currículo – Taissa sussurrou para Boone.

— Eu quero passar no César e beber uma vodca – Respondeu – Não dou uma semana para Renata também assumir a equipe de construção.

— Estamos cercados de malucos – Taissa riu.

— É... – Boone queria ir embora, mas tinha coisas para acabar – Vamos logo com isso...

Aquele dia seguiu normalmente após o incidente e então, voltaram para El Distrito após o fim do expediente.


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Notas finais do capítulo

Muita coisa nova para acontecer ainda!! Até o próximo!!



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