Contágio escrita por MrArt
Notas iniciais do capítulo
Heeeeey, a história agora segue um novo caminho!
Boa leitura!
Renata, Boone, Ozzy, Taissa, Hunter, Vinny, Tuppence, Mark, Amber e Carol saíram da oficina e deram de cara com o quinteto fortemente armado. Ozzy ameaçou apontar a arma para eles, mas foi impedido por Vasili. Robert estava desconfiado, estava fácil demais para ser verdade eles serem encontrados pelas pessoas que estavam procurando a semanas.
Athena piscou para Boone e o rapaz revirou os olhos. Juan estava feliz por ter encontrado um grupo grande, mas ao mesmo tempo mantinha-se atento caso algum deles fizesse algum movimento suspeito, principalmente com Vasili e Kei, mas a atenção principal era para Robert, já que ele era o único que mantinha um olhar de desconfiança.
Com Josh morto dentro na oficina não tinha outra solução se não o deixar por ali, uma vez que o cadáver poderia atrair mais zumbis para a rodovia, mas isso era o menor dos problemas em questão. O clima de silencio prevaleceu entre os dois grupos, até que Amber resolveu falar algo.
— Quem são vocês? – Perguntou observando os trajes extremamente limpos do quinteto – Por que ninguém fala nada? – A enfermeira cruzou os braços, esperando alguma resposta.
— Louis – Juan apontou para o rapaz ao lado de Fox – Descobriu vocês fazem uns dois dias desde que entraram no Novo México. Saímos uma vez a cada três meses para procurar sobreviventes pelo estado e vocês deram a grande sorte!
— Sorte... – Renata revirou os olhos.
— Sabemos que a situação de vocês não está fácil, ainda mais com uma criança recém-nascida e uma pessoa machucada – Observou a perna de Mark – Por isso mesmo fomos atrás de vocês, não abandonaram essas pessoas que nem tantos grupos fazem.
— E no que isso garante que somos boas pessoas? – Perguntou Kei lançando um olhar desafiador para Juan – Nós matamos pessoas por vários lugares em que passamos.
— Nós também – Respondeu Percy – Principalmente a Athena – Disse com um ar de deboche – Proteger uma comunidade fortificada não é fácil, isso por que ela é protegida por militares.
— Espera... militares? – Robert quase engasgou com o que ouviu – Estão a quanto tempo nesse lugar?
— Desde que isso tudo começou – Respondeu Juan – Já passou quase dois anos desde que isso aconteceu e a expansão de El Distrito continua até hoje – Avistou um zumbi se aproximando e logo atirou nele – Bom, não posso dar mais detalhes do lugar se vocês não forem para lá – Polly arqueou a sobrancelha – Questões de segurança.
— Nos de um minuto – Falou Kei. Reunindo-se ao fundo junto com Robert, Polly, Bel e Vasili – O que vocês acham disso?
A princípio não houve uma resposta, todos estavam indecisos com a proposta.
— E se isso for mais uma armadilha? – Polly temia de acontecer o mesmo na Califórnia depois de ser sequestrada junto com Akio – Não podemos arriscar a vida de tanta gente agora.
— Fazíamos parte de um comboio e todos morreram depois de tanto tempo na estrada – Falou Bel – Olha o Boone, ele foi o único que restou e agora o Josh está morto por falta de medicação. Há muitas pessoas conosco e uma hora não teremos mais como alimentar todo mundo.
— Se El Distrito tiver mesmo militares, é uma zona segura que deu certo. Lembram que a de Los Angeles foi totalmente o oposto? – Disse Robert – Se esse lugar está de pé a tanto tempo é porque ele realmente funciona e os militares estão cuidando muito bem – Suspirou – Mas ainda assim é suspeito...
— O que você acha? – Perguntou Kei a Vasili.
— Eu iria sem problemas – O russo não tinha dúvidas – Bel está certa, não vamos salvar essas pessoas desse jeito, eles precisam de um lugar seguro, principalmente o bebe – Viu a criança nos braços de Carol – Esses médicos não sabem nem encostar em uma arma, Ozzy e Taissa estão procurando o lugar a séculos por que eles estão cansados de fugir de tudo. Eles merecem uma chance de sobreviver.
Kei sabia que Vasili não era uma pessoa que tinha compaixão e muito menos que gostava de parecer bondoso. Ela sabia que Vasili estava tramando alguma coisa para quando eles chegassem e El Distrito.
— Espero que dessa vez dê certo – Robert olhou para o pai – Nós também estamos cansados de fugir. Já são meses, senão anos que estamos nessa.
— Então está certo. Vamos para esse El Distrito – Kei chamou o restante do grupo e perguntou as opiniões da cada um deles e repetiu a mesma pergunta: Quem vai e quem fica com eles até o fim.
Todos concordaram em ir para El Distrito, Renata como sempre permanecia desconfiada de tudo e de todos. A maior parte do grupo concordou em ir pelo bem-estar de Matthew, uma vez que a criança não tinha grandes chances no mundo que a aguardava, mas tinham medo de que o pior pudesse acontecer com eles quando chegassem lá.
Kei iria conversar com Juan que aguardava o grande grupo em seu carro, pensando em como levaria tanta gente para El Distrito de uma vez. Mas dessa vez, Robert tomou a voz depois de tanto tempo sem tomar as decisões do grupo e então foi até Juan.
— E aí? Já decidiram? – O otimismo de Juan incomodava Robert de certa forma.
— Vamos todos para lá. Mas queremos que nossas armas fiquem conosco durante um tempo, não confiamos cem por cento em vocês, mas é isso ou continuamos a nossa viagem sem rumo– Falou Robert, que olhou para trás e viu Kei sorrir com orgulho para ele, assim como Vasili e Polly – Também queremos enterrar o nosso amigo lá, ele era uma pessoa muito boa que ajudava os outros – Se referiu a Josh, que seu corpo ainda se encontrava dentro da oficina.
Juan ficou em cima do muro por causa de Robert.
— Ele parece estar querendo proteger a si mesmo – Sussurrou Louis para Juan – Eu vi essas pessoas, eles só fariam mal a alguém que os colocassem em perigo. Não são tão ruins assim.
— Se eles fizerem algo contra qualquer pessoa, a culpa é sua – Avisou Athena.
— Eu já tomei a decisão. Caso aconteça algo, o Governador da área 2 que se dirija até mim – Juan cruzou os braços e encarou o grupo a sua frente – Nós concordamos com a sua proposta, mas também quero que saibam que vocês todos serão revistados ao chegarem lá. Se houver algum material destrutivo como bombas ele será retirado de vocês. Certo? – Fechou o cenho.
— Fazer o que né – Kei revirou os olhos e retirou sua bomba de gás. Jogando para Juan.
— Fique com isto aqui – Entregou o artefato para Fox- Certo. Acho que podemos ir.
— Como você vai levar tanta gente? Seu carro mal cabe seu grupo – Disse Ozzy.
— Temos um posto a alguns quilômetros daqui. Lopez já foi acionado e trará o ônibus escolar – Juan disse – Se forem levar o cadáver de seu amigo, enrolem ele em diversos panos antes que o cheiro empesteie todo o lugar. Enterreiramos ele em El Distrito assim que possível.
Boone ficou para fora da oficina junto com Taissa e Kei enquanto os outros pegavam suas coisas dentro da oficina.
— Ônibus escolares me dão medo – Falou Boone e Taissa ficou confusa assim como Kei – Você sabe muito bem o porquê, Kei.
— Relaxa, você é um ‘’herói’’ só por ser o único que sobreviveu ao inferno que era aquele comboio – Kei debochou de Boone e então Taissa riu. Os três ficaram em silencio logo em seguida – Será que estamos fazendo a escolha certa?
— Só espero que isso não seja bom demais para ser verdade – Taissa viu Matthew dormindo nos braços de Carol – Se algo acontecer com esse bebê acho que Ângela nunca nos perdoaria.
— Ele vai ficar bem. Espero – A oriental ainda continuava receosa.
— Estamos prontos! – Ozzy saiu da oficina com o grupo. O corpo de Josh estava enrolado e carregado por Hunter e Vasili. Vinny carregava alguns mantimentos e Renata o armamento reserva, o trio de enfermeiras mantinha toda a sua atenção para Matthew e Robert parecia estar mais tranquilo com tudo.
— Ótimo, vamos partir agora mesmo – Falou Juan vendo o ônibus escolar descer a estrada em direção a eles – Vamos todos embarcar e ir para El Distrito antes que a noite chegue! – Avisou e então o grupo o fez.
Conheceram Lopez, que era um homem baixinho que cuidava do transporte de El Distrito e ficava a maior parte do tempo fora dos arredores da comunidade. Todo o grupo se aglomerou ao fundo do ônibus, exceto Kei que ficou no primeiro banco vigiando atentamente todo o trajeto que o rapaz fazia, obviamente seguindo Juan.
As horas se passaram e a noite havia chego totalmente estrelada, uma vez que não havia mais poluição era possível ver todo o céu. Chegaram nas ruas de Albuquerque pouco tempo depois e então a ansiedade começou a tomar conta de todo mundo.
Não demorou muito para o ônibus parar em frente a um muro alto e fortificado com algumas iluminações, era extenso e parecia tomar conta de vários quarteirões. O grupo finalmente desceu quando se deparou com alguns homens armados em frente ao portão, fazendo a segurança.
— Parece que chegamos – Disse Robert para Kei, vendo a extensão da muralha.
— É, parece mesmo – Kei respondeu com sua arma nas costas.
— Venham! Não tenham medo! – Juan passou por Kei e Robert e então como o restante do grupo, seguiram o rapaz até os portões da cidade, passando pelos homens armados – São o grupo novo – Juan falou com um rapaz na cabine e então os grandes portões de ferro foram abertos – Me sigam!
Eles passaram pelos portões e pelo muro e viram um lugar totalmente diferente do que viveram nos últimos meses. Era um enorme bairro bem iluminado, com casas bem construídas, alguns prédios e pessoas curiosas com quem estava chegando.
— Bem-vindos a El Distrito!— Disse Juan após o portão ser fechado e o grupo inteiro ter entrado, transmitindo uma nova sensação para todos eles.
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Até o próximo o/