Contágio escrita por MrArt


Capítulo 90
Estação 5 - Capítulo 90 - A Bordo


Notas iniciais do capítulo

Heeey, desculpem a demora, mas temos mais um capítulo fresquinho!

Boa leitura!



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Mirna entrou na sala de seu paciente com alguns antibióticos em um recipiente de metal. O homem desconhecido estava desacordado a horas desde que foi resgatado por Hunter nos arredores do hospital, sua aparência estava horrível e havia diversos machucados espalhados pelo rosto e o corpo, mas sem nenhuma mordida. A enfermeira já havia trocado seus curativos e agora precisaria medicar o paciente.

— Vamos lá, ‘’João Ninguém’’ – Mirna apelidou o paciente assim, uma vez que ninguém sabia seu nome e ele não acordava para dar qualquer informação. Chamou várias vezes o rapaz várias vezes e ele não respondeu, mas seus aparelhos continuavam ligados e não mostravam nenhuma gravidade – Era só o que me faltava, ele ter entrado em coma...

‘’João Ninguém’’ não acordava e isso estava começando a preocupar Mirna, o hospital não tinha mais a mesma estrutura para cuidar de uma pessoa em coma. Ela saiu do quarto do paciente e começou a chamar O’Hara, Leigh e Vinny pelo pager, mas ninguém respondia a sua chamada, ainda sim, continuou insistindo.

O problema era que, o ‘’João Ninguém’’ havia morrido a algumas horas e agora estava prestes a reanimar como zumbi, por isso seus sinais vitais estavam normais nos aparelhos e isso estava se tornando um perigo cada vez maior.

— Vamos, respondam! – Mirna estava de costas para a sala, o ‘’João Ninguém’’ finalmente havia se despertado e agora estava levantando de sua cama. Imediatamente os sons de Mirna reclamando da demora dos médicos atraíram a atenção do homem recém reanimado – Onde esses caras estão?! – Ela saiu andando pelo corredor antes que o ‘’João Ninguém’’ a agarrasse pelas costas.

Mirna desistiu de tentar chamar os médicos e se virou para ir até as escadas, porém no mesmo instante se deparou com o seu paciente em sua frente pronto para lhe atacar. A princípio, Mirna não ficaria tão preocupada se o paciente acordasse, mas sabia que nenhuma pessoa gravemente ferida acordaria de um coma e andasse no mesmo instante, e era o que o seu ‘’João Ninguém’’ estava fazendo.

— Meu Deus! – Mirna começou a gritar em desespero enquanto tentava desviar das garras do zumbi. Ela correu até o machado de incêndio preso a parede e tentou quebrar vidro do suporte com o cotovelo, mas enquanto fazia isso, o seu próprio paciente a agarrou pelo braço e o mordeu – AAAAAAAH! – Mirna tentou se soltar mas acabou caindo no chão e o zumbi avançou em seu pescoço e também o mordeu – Droga! N-Não... – A enfermeira tentava se arrastar na poça de seu próprio sangue, mas bastou alguns segundos que ela não aguentou a perda de sangue.

Durante esse intervalo de tempo, o grupo continuava no andar térreo protegendo a entrada e os médicos realizando seu trabalho, em causa disso, ignoravam as chamadas de Mirna. Após a morte de Effy ser declarada, Mark e Josh serem devidamente tratados e Robert acordar após seu acidente. Polly havia ficado desacreditada quando o loiro acordou e proferiu aquelas palavras, citando Boone, e não ela.

Robert ainda estava um pouco assustado com a situação, a algumas horas estava numa casa em chamas e agora acordava em um lugar inteiramente branco e com médicos de verdade o tratando. O loiro pensava em estar em algum sonho, e logo acordou e viu todos ao seu redor, a única pessoa que lembrou de chamar no momento foi Boone.

— Onde nós estamos? Por que eu estou com essa camisola?! – Robert tentou se levantar de seu leito, mas foi impedido por Vasili. Kei cruzou os braços e estava tão confusa quanto o amigo, encarou Polly e não obteve nenhuma resposta da loira – Por que ninguém me fala nada?! Aaah que dor... – Robert colocou a mão em seu curativo, sentindo uma certa dor.

— Vou aplicar mais antibiótico para ele – Tuppence pegou uma seringa do armário de metal e logo em seguida aplicou.

Kei, Vasili, Polly, Bel se afastaram do leito de Robert e foram para o outro lado do centro de trauma. Polly ainda continuava desconfortável com a situação, mesmo não tendo nenhum relacionamento com Robert desde o Palácio Oeste. Vasili viu Boone conversando ao fundo com Ozzy e sabia que o rapaz não era nenhuma ameaça, mesmo que ele era a última pessoa viva que tinha contato com Ford.

— Ele está legal? – Perguntou Taissa se aproximando junto com Ângela. As duas moças ainda estavam um pouco entristecidas com a morte repentina de Effy – Nós ficamos preocupadas naquela hora, a explosão foi muito forte e pudemos ouvir, mas mesmo assim não sabíamos se era seguro sair e então Boone foi.

— É verdade – Bel afirmou arrumando seu casaco – Não dava para saber na hora se eles haviam ficado na casa ou fugiram por outro lado. Até porque o Robert sabe se virar sozinho, vocês sabem disso, porém quando a casa explodiu achamos que todos estavam fora dela – Bel notou que Polly estava incomodada com a situação – Ei, o Boone que salvou o Robert, agradeça a ele por isso.

— Está querendo insinuar que o Boone e o Robert estão tendo alguma coisa? – Disparou Kei. Ela e Renata riram de Polly – Ei, está bem? – A oriental perguntou ao ver Ângela fazer uma cara feia e pôr a mão na barriga logo em seguida – Essa não...

—  M-Meu Deus... – Uma forte cólica atingiu Ângela. A moça se apoiou em Taissa para que não desabasse no chão e começou a tremer em desespero, sua barriga começou a ter violentas dores e isso só queria dizer uma coisa.

O bebê de Ângela estava vindo.

— Uma cadeira! – Vasili deu um grito e Carol rapidamente chegou empurrando uma cadeira de rodas. Leigh e Vinny apareceram vestindo suas mãos com outro par de luvas. Ângela se sentou e começou a ter cólicas novamente. Seus gritos de dor começaram a se intensificar e acabou chamando a atenção de Patrick.

— Ei, já está na hora? – Patrick colocou as mãos no ombro de sua mulher – Por favor me digam que vocês não vão deixar ela aqui, ficamos meses procurando um lugar para esse bebê nascer – Encarou os médicos, preocupado de ninguém querer ajudar Ângela.

— Nosso trabalho é esse, agora nos de licença, precisamos leva-la para a sala 1 – Leigh falou e Carol empurrou a cadeira de rodas com Ângela até o local pedido e Vinny foi logo atrás – Preciso que alguém vá chamar Mirna, ela tem mais habilidade com neonatal – O médico concluiu e logo foi até a sala onde Ângela estava esperando.

As coisas estavam mais tensas, Patrick estava ansioso enquanto não recebia notícias de Ângela. Ozzy foi junto com Amber até os andares superiores atrás de Mirna. O’Hara já havia subido a algum tempo e ninguém tinha informação de seu paradeiro. O restante do grupo continuou no centro de trauma, ora olhando Robert ou tentando obter informações de Ângela e seu bebê que estava prestes a vir ao mundo.

— Mirna sumiu tem algumas horas – Falou Amber subindo as escadas em direção ao andar em que a enfermeira se encontrava – Resgatamos um paciente faz um certo tempo e ela está cuidando dele. O chamamos de ‘’João Ninguém’’ – Os dois riram.

— A última vez que encontrei médicos de verdade foi quando tentamos entrar em um acampamento – Ozzy falou observando o andar firme de Amber – Mas eu e Taissa fugimos dois dias depois que um rebanho de zumbis atacou todo mundo. Foi tenso – Concluiu.

Os dois continuaram andando até chegarem no andar em que as enfermeiras residiam. Andaram alguns metros até chegarem no corredor onde o único paciente. Pequenos grunhidos começaram a ser ouvidos pela dupla e ele logo se intensificaram, fazendo com que a atenção dos dois dobrasse.

— O que aconteceu aqui...? – Perguntou Ozzy, assustado ao ver uma enorme poça de sangue, que seguia numa enorme trilha de sangue que virava ao próximo corredor.

— Mirna deveria estar aqui – Amber foi correndo até o quarto do paciente e notou que ele não estava lá – O que será que aconteceu?! Ele estava desacordado o tempo todo! – A enfermeira começou a se preocupar com Mirna.

— S-SOCORRO! – Um grito pode ser ouvido naquele andar.

— Mirna?! – Amber saiu correndo da sala e foi até a origem da gritaria.

— Ei, cuidado, você não sabe... – Ozzy seguiu Amber. Os dois correram durante alguns segundos, mas pararam logo em seguida após um susto.

O ‘’João Ninguém’’ e Mirna tentavam atacar O’Hara a qualquer custo, e o homem que já era de certa idade, não tinha forças para se defender, ainda mais de dois zumbis. O’Hara ficou ainda mais encurralado quando tentou abrir a porta de seu escritório, mas não teve êxito.

— Mirna?! – Amber ficou paralisada ao ver sua amiga reanimada, mas também percebeu que ela tentava morder O’Hara -Temos que ajudá-lo! – Amber gritou para Ozzy, uma vez que ele era o único armado por ali – ANDA! – Ela socou o peito de Ozzy.

— Eles vão me matar! Socorro! – O’Hara gritou desesperado ao ver que Mirna iria morde-lo.

— Mas que porra... – Ozzy correu até Mirna que estava em cima de O’Hara e a jogou no chão. Ozzy tentou matar o ‘’João Ninguém’’ com o pé de cabra, mas ele alto demais e não conseguia acertá-lo. O zumbi foi para cima de Ozzy com toda a força e Mirna puxou Amber pelo tornozelo e derrubou a moça no chão – Precisamos de ajuda! – Ozzy gritou para O’Hara, enquanto pressionava o pé de cabra contra o zumbi, impedindo-o de avançar alguns centímetros.

— O’Hara! Por favor! – Amber tentou tirar Mirna de cima dela – Seu desgraçado! Ajude a gente! – A enfermeira gritou ao ver O’Hara parado enquanto os dois estavam prestes a serem devorados.

— AAARGH! – Ozzy empurrou o ‘’João Ninguém’’ para longe e correu até Amber e atravessou o pé de cabra na cabeça de Mirna, matando-a instantaneamente – Está tudo bem?! – O rapaz estendeu a mão para Amber e a levantou.

— E ele? É o meu chefe! – Exclamou Amber ao ver novamente o ‘’João Ninguém’’ se aproximar de O’Hara. O médico mais uma vez tentou entrar na sua sala, mas foi em vão. O paciente reanimado foi para cima de O’Hara e rapidamente arrancou uma parte de seu pescoço com uma mordida.

— AAAAAAAAH! – O’Hara gritava enquanto sua pele era arrancada a dentadas pelo paciente. O médico tentou se soltar mas caiu sobre a porta de seu escritório, que por ironia do destino, estava aberta.

— Vamos sair daqui... – Avisou Ozzy para Amber, que olhava O’Hara ser devorado – Anda! – Ozzy puxou a moça pelo braço.

Os dois correram o mais rápido ali para não chamar a atenção de mais algum zumbi que poderia estar circulando pelo piso. Amber passou pelo lobby das enfermeiras e pegou o último kit de remédios e antibióticos da prateleira. Enquanto desciam as escadas até o andar térreo, notaram pelas grandes janelas do hospital, um movimento suspeito em uma das ruas próximas ao lote.

— Mas o que... – Ozzy parou de descer os degraus, prestando atenção na vista. Diversos zumbis atraídos pelo incêndio e consequentemente seguiram o grupo enquanto estes iam em direção ao hospital.

— São muitos... – Amber colocou a mão na boca, assustada ao ver a quantidade de zumbis.

— Temos que avisar todo mundo, agora Amber! – Ozzy gritou para a moça, descendo as escadas na maior velocidade possível.

Os dois rapidamente chegaram ao centro de trauma e podiam ouvir os gritos de Ângela ao fundo. Patrick continuava atordoado e Taissa o ajudava a se acalma. O bombeiro Mark já estava de pé da maca e andava com a ajuda de muletas dadas por Tuppence. Ozzy correu até Kei, Vasili e Polly, explicando imediatamente a situação do lado de fora do hospital.

Kei rapidamente pegou seu armamento que havia deixado em cima de um dos balcões da recepção e distribuiu para todos os integrantes do grupo, exceto para os médicos, que estavam desconfiados de todos estarem altamente armados.

— O que está havendo? – Perguntou Mark se levantando de sua maca.

— Zumbis. Estão por vários quarteirões da cidade – Kei entregou uma arma para Taissa, que foi até uma das janelas ver a situação do lado de fora.

— Não entendo por que há tantos deles lá fora. Há dias estamos fugindo deles e sempre nos encontram – Disse Taissa horrorizada com a situação. Havia zumbis batendo nas paredes de concreto do hospital e alguns faziam pressão nas janelas barradas – As portas lá na frente não irão aguentar, vamos ter que sair agora – Taissa ficou injuriada ao ouvir a gritaria de Ângela em seu trabalho de parto.

— Isso só vai atrair ainda mais deles – Renata reclamou – Só havia aquele carro com vocês antes do acidente? – Foi até Mark.

— Temos as ambulâncias. Mas é difícil saber se a gasolina está funcionando – Mark se apoiou em uma muleta – Como está o Josh?

— Está bem. Mas não dá para tirar todo mundo de uma vez – Amber cruzou os braços retirando seu avental de enfermeira – O amigo de vocês pode andar sozinho. As queimaduras não vão mais fazer ele sentir dor – A gritaria de Ângela continuava.

— Não podemos deixa-la aqui com várias criaturas lá fora! – Disse Patrick tentando avançar em direção a sala, mas foi impedido por Vinny que saiu do mesmo lugar logo em seguida – Ei, eu quero vê-la!

— Tenha calma... – Falou Vinny. Todos os membros do grupo ficaram ao lado de Patrick esperando uma resposta concreta, uma vez que os gritos de Ângela haviam cessado – Acho que o bebe acabou de nascer... – Disse o médico com um sorriso tímido – Preciso verificar se está tudo bem com a mãe e com a criança.

Em meio ao caos do lado de fora do hospital, Robert com medo de seus próprios amigos e Mark e Josh estarem com ferimentos, quem estava de pé esqueceu dos problemas por alguns segundos e ficou feliz ao ouvir a notícia de que o bebe podia estar bem. Patrick continuava tremulo e assustado. Para o rapaz ainda não havia caído a ficha que havia se tornado pai depois de tantos meses difíceis tentando salvar Ângela do perigo, mas agora, tudo estava bem.

Ou não.

— Sei que é um momento muito bonito. Mas temos que pensar ainda melhor se quisermos que essa criança e a Ângela saiam daqui vivos – Falou Kei olhando por uma das janelas – Mark, você consegue andar?

— Devagar, mas consigo – Avisou o bombeiro – Por quê?

— Vasili e Vinny preparem as ambulâncias no estacionamento, vou tirar a Ângela daqui e leva-la até lá o mais rápido possível – Falou e os dois rapidamente pegaram suas armas e seguiram Mark – Bel e Taissa levem o Josh junto com a Amber até a ambulância e Polly o Robert. O resto vai ficar aqui para ajudar os médicos a saírem – Todos concordaram e começaram a agir, exceto Polly.

— Robert sabe se virar, ele não está aleijado – Falou Polly carregando sua shotgun – Mark que está ferido já está ajudando, por que aquele loiro de farmácia não pode ajudar? – O barulho dos zumbis quebrando algumas janelas ao fundo podia ser ouvido.

Amber, Taissa e Bel já haviam retirado Josh da sala onde ele estava fazendo recuperação e o empurraram na maca até o estacionamento. Enquanto Ozzy e Hunter seguravam a porta de acesso a emergência, Kei foi o mais rápido possível até a sala de Ângela junto com Patrick, encontrando a moça muito debilitada.

Ângela estava paralisada naquela maca, seus olhos estavam esbugalhados e Patrick foi correndo segurar a sua mão, sem ao menos prestar a atenção no filho que estava nos braços de Carol. A criança chorava escandalosamente e perante a situação o barulho estava se tornando insuportável.

— Quer segurar seu bebezinho? É um menino forte... – Carol sorriu em meio a situação aproximando o bebê de Ângela, mas quem pegou foi Patrick.

— Saia, vá com a Tuppence para a ambulância, todos estão esperando – Falou Kei e então Carol a fez.

Patrick olhou o bebe e uma lágrima rolou em seu rosto. A criança havia parado de chorar ao entrar em contato com os pais. Ângela olhou a criança e chorou cansadamente, notando que não poderia sair de lá com o seu filho.

— Ela não vai conseguir sair daqui a tempo – Leigh cruzou os braços. Kei encarou o médico com um olhar de reprovação – Se tentarmos deslocar ela daqui o risco de uma hemorragia vai ser grande, o parto foi rápido, mas a recuperação é lenta. Ou aguardamos os zumbis irem embora. – Patrick se desesperou ao ter que pensar que Ângela ficaria sozinha ali sem seu bebê.

— Os zumbis não vão embora – Disse Ângela virando o rosto para o bebê – Vocês precisam tirar ele daqui antes que seja tarde demais. Ele aguentou tanto tempo na minha barriga e agora vai aguentar mais tempo ainda – Ângela chorava sem cessar.

Kei virou o rosto para que aquela cena não lhe afetasse psicologicamente. Patrick continuava segurando o seu filho recém-nascido enquanto ouvia o barulho dos zumbis quebrando as janelas do hospital. Não havia nada a fazer para salvar Ângela, apenas fugir dali e garantir a sobrevivência da criança.

— Eu vou ficar com ela – Anunciou Patrick indo até Kei – Vocês são fortes, são muitas pessoas – Kei estava negando segurar o bebê, mas Patrick o colocou nos braços da oriental – Garanto que ficará bem com vocês. Não posso deixar a Ângela morrer sozinha depois de tudo o que passamos, não quero que deem um tiro na cabeça dela – Olhou apavorado para Leigh e Kei – Vão, vocês têm que ir – Olhou para trás e notou que Ângela já se encontrava desacordada.

— Droga... pega isso – Kei entrou sua arma para Leigh enquanto saiam da sala, mas foi interrompida por Patrick.

— O nome dele... – Falou enquanto segurava a mão de Ângela – É Matthew! Ângela adora esse nome! – Disse com um sorriso entre as lágrimas – Agora vão!

Kei saiu da sala e fechou a porta, deixando o casal sozinho. Ela olhou Matthew e a criança começou a dormir profundamente, ainda em meio àquela situação.

Ao chegar de volta no centro de trauma. Quase todos haviam ido embora, exceto Robert, Polly, Ozzy, Boone, Hunter e Renata. Os zumbis estavam derrubando a porta principal devido a força que faziam coletivamente. Ozzy não dava conta de matar os que se penduravam nas janelas, Renata dos que começavam a aparecer em um corredor da saída de emergência e Robert apesar de sua pós-amnésia, conseguia atirar em alguns dos zumbis que insistiam na invasão.

— Espera, o O’Hara não está aqui! – Falou Leigh sentindo falta de seu chefe.

— Ele está morto. Mirna o matou antes que ele pudesse fazer alguma coisa – Ozzy se lembrou dos maus momentos que teve com o médico – E sim, ela virou um zumbi e está lá até agora lá em cima rondando os corredores.

— Porra... - Leigh suspirou e se encostou em uma das janelas.

— Ei, não fique ai! – Hunter gritou ao ver a silhueta de um zumbi quebrar a vidraça, agarrando Leigh logo em seguida.

— DROGA! – Leigh gritou e Boone tentou puxá-lo para dentro, mas um grupo de zumbis já havia se amontoado e mordiam as costas do homem – N-NÃO! – Leigh berrou ao sentir sua pele ser arrancada. Não havia mais o que fazer e Boone tentou se soltar dele, que insistiu em ser salvo puxando Boone de volta.

— EI, ME SOLTA! – Boone tentou tirar sua mão esquerda de Leigh, mas o homem puxava com mais força – ALGUÉM ME AJUDE! ELES VÃO ME PEGAR! – Gritou desesperadamente ao ver um zumbi tentando mordê-lo.

— Eu mereço... – Polly atirou em Leigh e nos zumbis que tentavam matar Boone e então o rapaz caiu no chão ao ser solto – Eu sou muito boa mesmo – Robert foi até Boone e ajudou o amigo a se levantar, fazendo a loira revirar os olhos. Ela seguiu até Kei, junto com Hunter, vendo o bebê em seus braços – Ele está vivo, isso é ótimo e... – Robert interrompeu.

— Temos que ir agora! – Disse o rapaz meio zonzo por causa da medicação – Na hora que eles entrarem não teremos mais tempo de escapar.

— Espera, cadê os pais da criança? – Perguntou Boone, notando a ausência de Patrick e Ângela.

— Eles não podem vir conosco, não agora – Respondeu Kei entristecida – Vamos sair daqui – Avisou ao ver a porta finalmente ir ao chão.

Todos ali correram pelo caminho indicado por Hunter que logo à frente, Ozzy ia atrás atirando nos zumbis que ousavam segui-los, incomodando a criança no processo. Chegaram até o estacionamento já aberto e com as ambulâncias preparadas por Vasili e Vinny. Hunter, Boone e Ozzy embarcaram na de Taissa, Bel, Vinny, Josh e Mark. Polly, Robert e Kei junto de Matthew na de Vasili, Renata, Carol, Tuppence e Amber, indo embora do hospital tomado por zumbis.


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Notas finais do capítulo

Será que Matthew vai aguentar o apocalipse zumbi e seus pais realmente estão mortos? São duvidas que podem permanecer um longo tempo...

Até o próximo o/



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