Contágio escrita por MrArt


Capítulo 88
Estação 5 - Capítulo 88 - Socorro


Notas iniciais do capítulo

Heeei, boa leitura!!



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— Clínica Mayo – Phoenix –



No centro de Phoenix a alguns quilômetros do bairro nobre onde ocorria o incêndio, uma das únicas unidades hospitalares do país ainda se encontrava ativa, a Clínica Mayo, o local foi protegido e preservado pelos médicos, enfermeiros e bombeiros da cidade antes que fosse invadido e saqueado quando a pandemia se intensificou.

A Clínica Mayo era conhecida por ser uma instalação médica de alto renome, inúmeros cirurgiões residiam por lá e também trabalhavam em diversas pesquisas, uma delas foi tentar descobrir a cura para o Contágio, mas falhou miseravelmente depois que os recursos começaram a se tornar escassos, mas nenhuma das pessoas que passaram a viver ali saiu ou tentou um motim, uma vez que até mesmo os bombeiros não tinham uma preparação de defesa segura para defenderem a eles e aos médicos dos zumbis.

— Está acontecendo um incêndio em um bairro nobre – A enfermeira Tuppence entrou na sala do Doutor O’Hara, o diretor do hospital, com um binóculo pendurado no pescoço, o homem já idade se levantou de sua cadeira e foi até a janela de seu cômodo, observando o panorama da cidade e logo notando uma grande fumaça preta ao fundo.

— Quando que começou? – Perguntou O’Hara tomando o binóculo de Tuppence, observando a origem do incêndio mais a fundo.

— Faz alguns minutos, algumas enfermeiras ouviram um tiroteio vindo do local, a cidade está tão deserta que dá para ouvir o rastejo dos zumbis – Tuppence cruzou os braços – E se forem aqueles caras que levaram os pacientes?

— Já tem quase um ano que eles não aparecem por aqui, eles disseram que os levariam para a Califórnia para ‘’experimentos’’ – Respondeu O’Hara saindo de sua sala e percorrendo por aquele andar.

— Já descobriram o que está acontecendo? – Perguntou Vinny, um médico residente, ele estava no lobby daquele andar analisando algumas pastas antigas do hospital.

Vinny seguiu Tuppence e O’Hara, eles desceram mais alguns andares do hospital até chegarem no andar térreo, encontrando os poucos bombeiros e alguns funcionários do hospital presentes no lobby daquele piso, provavelmente cientes do incêndio na cidade.

— Estamos saindo para investigar, O’Hara – Falou Mark, o capitão dos bombeiros, sua equipe já se preparava para desmontar as barreiras do andar térreo e ir até as garagens do hospital para pegarem o único carro restante.

— Não podem sair novamente, você perdeu dois de sua equipe a dois meses, não podem tentar sair novamente! – O’Hara estava preocupado em perder as pessoas que faziam a segurança do edifício – Pode ser algum maluco tentando atrair zumbis para Phoenix, estão colocando a vida de todo mundo em perigo.

— Nós estamos a dias presos, a dispensa uma hora ficará vazia e precisaremos buscar comida lá fora, não é só pelo incêndio que eu estou saindo – Mark rangeu os dentes para O’Hara, intimidando o homem mais velho na frente de seus médicos – E se fosse para abandonar tudo isso, eu já teria saído daqui com os meus homens a muito tempo, nós ainda estamos aqui para salvar vidas, esse é o legado de todos aqui dentro.

— Eu vou junto com eles – Anunciou Josh, outro residente médico – Se encontrarem alguém ferido, posso fazer alguma coisa – O’Hara tentou impedir, mas foi em vão – Eu vim aqui para exercer medicina, e isso é o que eu vou fazer, mesmo em um mundo apocalíptico como esse! – O homem negro pegou a maleta do kit de primeiros socorros das mãos de Tuppence.

— Ótimo, quero que todos levem os machados de incêndio para enfrentarem os zumbis – Mark colocou seu capacete e a sua jaqueta – Clarck e Jane irão conosco e o Hunter ficará para ajudar no hospital caso tenha alguma emergência – O capitão dos olhos profundamente verdes se direcionou até a garagem do hospital, avistando o carro dos bombeiros, que por sinal estava desgastado.

O’Hara estava furioso por ter perdido a autoridade perante os seus médicos e por isso retornou ao seu escritório, se trancando no mesmo. Mark verificou a gasolina e se ainda tinham reserva d’água para utilizarem em futuras emergências e então embarcou no veículo junto com toda a sua equipe.

Hunter e Vinny abriram o portão da garagem que também estava barricado e o veículo cheio de bombeiros saiu do ambiente, e o fecharam segundos depois, notando alguns zumbis indo em direção ao carro dos bombeiros.

— Vamos fechar todo o hospital até que eles voltem – Falou o bombeiro Hunter e então junto com Vinny, retornando aos andares superiores do hospital

 

— Arredores de Phoenix –

 

Boone arrastou Robert para dentro da casa e rapidamente o colocaram em cima da primeira mesa que avistaram. Os tiros que Effy disparava do lado de fora logo se intensificou, dando a impressão que Kei havia voltado com os outros. Boone começou a entrar em desespero quando viu as queimaduras no braço e na panturrilha do loiro.

— Preciso de ajuda aqui! – Gritou Boone tentando arrastar Robert para o chão da sala. Patrick veio ajudar e Ângela foi até o banheiro da casa procurar algum kit médico.

— Não, de novo não! – Bel começou a soar frio ao ver o loiro no chão desacordado – Preciso de água! Muita água! – Gritou para Taissa que a fez.

— Desde quando sabe atendimento médico?! – Boone procurava alguma coisa nas prateleiras da sala enquanto Bel fazia os primeiros socorros para tratar das queimaduras – Não tem nada nessa casa! Precisamos sair daqui antes que os zumbis cheguem – Ele ia fechar a porta da casa, mas Polly, Kei e Effy apareceram.

A ajuda estava sendo extremamente necessária, Bel cuidava das queimaduras para que elas não afetassem a pele do loiro ainda mais e Polly verificava seu pulso a cada segundo para que não houvessem mais problemas. A situação se estendeu ainda mais quando Vasili, Renata e Ozzy apareceram na casa após matarem a maior parte dos zumbis que rondavam a casa ao lado, ainda em chamas.

— O que aconteceu?! – Perguntou o russo ao ver o filho desmaiado – O que fizeram com ele?! – Tentou ir para cima de todo mundo que estava com Robert, principalmente Patrick, mas foi segurado por Kei rapidamente – NÃO! MAIS UM NÃO! – Vasili se descontrolou por total, não iria aceitar perder o único filho e a última pessoa de sua família.

— Calma! A gente vai salvar ele! – Kei levou Vasili para fora da casa, fechando a porta da mesma, deixando Robert sob os cuidados de Bel e dos demais lá dentro – Ela sabe o que está fazendo, o Dimitri a ensinou o básico de cuidados médicos.

— Não vamos conseguir salvá-lo no meio dessa fumaça toda, logo as chamas vão se espalhar pelas casas vizinhas e vai ter um incêndio gigante em Phoenix, fora os zumbis que serão atraídos por causa disto – O Russo colocou as mãos entrelaçadas na nuca – E se aquela mulher precisar ter o bebê, nosso problema só vai aumentar.

— Falando em problemas – Kei retirou a sniper de trás das costas ao ver um carro de bombeiros cruzar a rua da casa em uma enorme velocidade, com a buzina numa altura insuportável – Eles estão sem controle! – O veículo começou a derrapar no asfalto, matando alguns zumbis no processo.

— Está na nossa direção! – Gritou Vasili, se afastando dos jardins da casa junto com a oriental, para que não fossem atingidos pelo carro – Eles vão bater na casa pegando fogo! – O carro passou por eles sem os atingir, mas como Vasili previu, a casa em chamas engoliu o veículo no impacto, mas alguns dos bombeiros se jogaram para fora antes que isso acontecesse.

Mais uma explosão aconteceu e parte da casa desabou, Kei e Vasili se abaixaram para os destroços que voaram na explosão não os atingisse, Mark, que estava no volante e se jogou para fora do caminhão havia recuperado a consciência mais rápido devido estar usando o capacete, mas o outro sobrevivente, o doutor Josh, estava desacordado.

Kei e Vasili estavam em estado de choque com o acidente, tudo estava acontecendo em questão de segundos e se tornava mais difícil tomar uma atitude para salvar a vida de todos ao mesmo tempo.

Vasili correu até Mark e o levantou, enquanto Kei arrastava Josh de perto das chamas, uma vez que a temperatura podia matá-lo. A dupla os deixou no jardim da casa, pois mais zumbis foram atraídos pelo barulho da explosão, Renata saiu de fora da casa para saber o que estava acontecendo e se juntou a eles.

— Quem são eles? - Perguntou a mulher ao ver Mark e Josh estirados no chão.

— Não sabemos, só sei que o carro deles estão debaixo da casa agora - Kei desferiu um murro no rosto de um zumbi e chutou a barriga de outro, matando-o logo em seguida.

— Como está o Robert? - Vasili perguntou após decepar um zumbi ao meio com seu machete, Renata fez silêncio ao ouvir a pergunta do russo - Renata, como está o Robert?! - Gritou.

— A Bel falou que ele vai sentir falta de ar por causa da fumaça, vamos precisar buscar suprimentos médicos - Renata atirou na cabeça de um zumbi que estava próximo a Kei, na mesma hora Mark tentou falar com eles, mas nenhum o dava atenção, até que foi obrigado a puxar Renata pelo tornozelo - AAAAH! - Ela gritou achando que o rapaz havia se transformado.

— N-Nós, temos um hospital - Falou roucamente.

— Ahn? - Renata se abaixou para o rapaz para ouvir melhor, o doutor Josh havia se encontrava desacordado;

— N-No centro da cidade, há um hospital - Mark agarrou a gola da camisa de Renata, enquanto tossia - Nós podemos levar o seu amigo para lá, é uma zona segura - O capitão dos bombeiros estava ficando cada vez mais debilitado - Onde que está a Jane e o Clarck?! - Mark viu que apenas Josh estava ali.

— E-Eu, eu não sei! - Renata se levantou e foi até Kei, que estava descansando depois de matar alguns zumbis - Havia mais gente com eles?!

— Antes do carro deles entrar na casa, os dois se jogaram para fora, quem ficou dentro vivo que não está mais - Kei limpou o suor de sua testa, enquanto observava as chamas da casa atingir outra residência - Precisamos sair daqui antes que atinja o quarteirão todo.

— Ele falou que tem um hospital funcionando, no centro da cidade - Renata apontou para Mark - Se não levarmos o Robert ele não vai sobreviver a tempo de acharmos suprimentos médicos - Kei parecia estar desconfiada da ideia, mas seria difícil dois homens a beira da morte tentarem pregar alguma armadilha.

— Robert aguenta ir a pé? - A oriental perguntou - Eles morrerem no caminho não tem grande importância para a gente - Renata revirou os olhos.

— É arriscado, mas aguenta - Renata cruzou os braços enquanto Vasili se aproximava até as duas. Kei concordou com a ideia.

— Já sabe o que vamos fazer com eles? - O russo perguntou vendo os dois homens no gramado.

— Sim, vamos levá-los ao hospital.. - Respondeu Kei parecendo sarcástica para Vasili, mas agora tudo estava prestes a ficar mais sério ainda.


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Notas finais do capítulo

Até o próximo!



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