Contágio escrita por MrArt


Capítulo 86
Estação 5 - Capítulo 86 - Cemitério


Notas iniciais do capítulo

Heeei, depois do pequeno Hiatus, a fanfic está de volta!

Boa leitura!



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A placa informando que Phoenix já podia ser vista, a viagem com um automóvel era muito mais rápida e menos perigosa. O ônibus que Kei dirigia estava com quase todos os assentos ocupados e a atenção estava dobrada para Patrick, uma vez que Ozzy e Vasili não confiavam no rapaz de jeito algum.

— Vamos precisar ir a pé até a cidade, a rodovia está cheia de carros abandonados – Falou Kei se, levantando do banco do motorista, já com sua sniper em mãos. Olhou por uma das janelas e não havia ninguém do lado de fora – Tomem cuidado com zumbis rastejando por debaixo dos carros.

— E ela? – Perguntou Bel olhando para Ângela, sentada ao lado de Patrick – Se tivermos que correr Ângela ficará para trás – Cruzou os braços esperando alguma resposta de Kei, pensando numa alternativa para a gestante.

— Vamos colocar ela e metade de vocês em alguma casa ou um prédio enquanto fazemos uma vistoria pela cidade – Disse Kei – Apenas eu, Vasili, Polly, Ozzy e Renata faremos a vistoria, o resto fica com a Ângela.

— Espera, vai levar a Renata, mas eu não?! – Robert estava extremamente indignado, igual a Renata após ouvir suas palavras – Eu sei atirar muito bem, posso ajudar vocês e irmos ainda mais rápido.

— Eu sei, mas não posso ir com todos os meus atiradores e deixar o resto do grupo a própria sorte – Falou a oriental – Não vamos deixar acontecer mais uma tragédia igual a de Las Vegas – Todos ficaram em silencio, parecendo concordar com ela – Ótimo, vamos logo com isso – Ela abriu a porta do ônibus.

O grupo rapidamente se deslocou da rodovia e foi o mais rápido possível até um dos bairros residenciais que se localizavam perto da cidade, matando alguns zumbis no caminho, até que encontraram uma casa aparentemente segura.

Mesmo com a insistência de Robert para ir ajudar o grupo, foi totalmente em vão e ele teria que tomar conta dos demais junto com Bel e Boone. Vasili avisou Robert várias vezes para matar Patrick caso este tentasse algo com o grupo, o filho do russo não deu tanta importância, já que o rapaz estava com a mulher grávida prestes a dar à luz.

Robert e os restantes ficaram na casa, o ambiente pertencia a um bairro de alto escalão da cidade, notando o enorme jardim, os muros com grades e um amplo terreno cheio de cômodos, por sorte, sem nenhum zumbi andando por ali. Bel, Taissa e Ângela estavam conversando na cozinha sobre a gravidez da última. Effy estava fumando na varanda da casa e Patrick continuava na mesma, isolado de todo o resto do grupo, inclusive de Ângela, que mais se preocupava com ele ali.

— Eu já depredei uma casa dessas – Falou Boone. Ele e Robert estavam na parte de trás da casa depois de terminar verificar se a mesma estava segura, também estavam a alguns metros de Effy, que ainda se encontrava na varanda – Os policias já acostumavam comigo e com a minha gangue – Ele pegou uma pedra do gramado e a jogou em uma das janelas, quebrando-a.

— Não acha que isso vai atrair mais zumbis? Ou assustar as garotas? – Perguntou Robert, com os braços cruzados e Boone negou com a cabeça e continuou a jogar as pedras nas janelas – O que acha dela? – O loiro perguntou, olhando Effy.

— Quem? A Effy? – Boone observou a garota – Bom, ela ficou comigo antes e depois do assalto nos trilhos, mas depois descobri que ela queria pegar os meus cigarros – O silencio prevaleceu entre os dois alguns segundos – E ela conseguiu – Robert segurou o riso junto com Boone, mas os dois não aguentaram e começaram a gargalhar.

— É, ela é bem estranha, meu pai não gosta dela, nem do Patrick, na verdade ele não gosta de nenhuma pessoa nova no grupo – Disse Robert e os dois riram novamente – Ele também deve odiar você por ter pego as armas do cassino junto com Ford e todos terem morrido – Os dois continuaram rindo.

—  E sabe quem só levou a culpa? O Ford! – Falou Boone entre risadas junto com Robert, mas isso acabou rapidamente quando eles lembraram de tudo o que aconteceu, novamente – Ocorreu coisas ruins, mas o que importa é que estamos aqui, Não é? – Perguntou – Eu e você estamos bem.

— Acho que sim, morreu tanta gente, nós estarmos vivos é uma sorte grande – O loiro olhou ao redor dos jardins e notou uma estufa de jardinagem – Nós não olhamos ali ainda... – Boone concordou – Vamos lá? – Perguntou retirando sua faca do cinto.

— Tudo bem – Boone foi logo atrás de Robert, sem saber o que iria acontecer.

Os dois andaram alguns metros até a estufa de jardinagem, por ali não havia nenhum zumbi ou animal, apenas árvores com folhas caindo e alguns cercas logo a frente. A estufa estava muito abandonada, faltava várias vidraças, a porta havia sido quebrada provavelmente por zumbis e a natureza havia tomado conta de praticamente tudo.

— O que deve ter logo adiante? – Perguntou Boone, observando as cercas. Robert não era a favor nem contra explorar além dos terrenos da casa – Quer ir?

— É estranho não encontrar nenhum zumbi por aqui, muito estranho, mas vamos – O loiro seguiu Boone, os dois foram até a cerca de ferro e a pularam. O caminho foi curto, mas chegaram num lugar aterrorizante e sombrio. Robert gelou por alguns segundos e cogitou pular a cerca e voltar para a casa, mas Boone seguia em frente.

Os dois haviam encontrado um cemitério após andarem mais alguns metros, completamente abandonado e assim como a estufa, a natureza já havia tomado conta de praticamente todas as lapides e mausoléus da necrópole. Boone passou entre as lapides, observando que nenhum sinal de vandalismo estava presente, somente o de abandono.

— Vai me dizer que gostava de ficar em cemitérios também? – Robert avistou um grande mausoléu – Isso é bizarro.

— Eu? Claro que não – Boone riu – Eu gostava de pichar os prédios do governo, dirigir meu carro velho durante a noite de Las Vegas, também gostava do meu estilo gótico, mas não vivia em cemitérios como o meu grupo fazia – O moreno foi até uma das lápides – Apesar que eles davam festas bem maneiras por lá – Pegou seu canivete e começou a riscar a lapide.

Robert revirou os olhos e por curiosidade, foi até o mausoléu em passos lentos, prestando atenção em todo o ambiente macabro do cemitério. Ao chegar no local, percebeu que havia uma tábua de madeira entre as maçanetas da porta, mas isso não o impediu de tentar abri-la.

— Tem certeza do que está fazendo?! – Perguntou Boone com a voz um pouco alta, sem notar que em frente a lápide a terra estava começando a ‘’subir’’ – Pode ser que tenha zumbis ou alguma armadilha aí dentro!

— É um cemitério, todos os mortos estão enterrados – Robert puxou a tábua de madeira e rapidamente a porta se abriu revelando o ambiente sem iluminação alguma – Como eu disse... – Robert se virou para Boone, mas percebeu que havia algo estranho onde ele estava, bem ao lado da lápide - Eles estão saindo da terra! – Gritou ao ver a uma mão surgir do solo e quase agarrar o pé de Boone, que jogou o corpo para trás – Temos que sair daqui!

— Robert, cuidado! – Boone correu até o loiro, uma vez que um pequeno grupo de zumbis havia saído do mausoléu e estavam prestes e pega-lo. Robert se assustou com a quantidade de zumbis atrás dele e durante a fuga acabou caindo no chão – Anda logo, não vacila! – Boone puxou Robert pelo braço e os dois correram até as cercas do cemitério, enquanto diversos zumbis começavam a sair de suas covas.

— Isso só pode ser brincadeira! – Exclamou Robert pulando a cerca do cemitério junto com Boone, enquanto uma enxurrada de zumbis recém-saídos de suas covas ia em direção até eles – Eles vão quebrar a cerca, precisamos voltar agora para a casa, porra Boone cuidado! – Puxou o rapaz de longe de outro grupo de zumbis que surgiram de trás das árvores – Se engancha em mim, assim a gente não se perde um do outro! – Os dois entrelaçaram o braço um no outro, correndo de volta para a casa.

Os zumbis saídos de suas covas demonstravam sinais mais avançados de decomposição do que os comuns – por motivos óbvios -, mas ainda sim conseguiam andar e ter audição extremamente sensível. Em questão de minutos quase todas as covas do cemitério estavam abertas e os cadáveres reanimados tentavam quebrar a cerca com seu peso, outro grupo de zumbis seguia pelas árvores do terreno até Robert e Boone, piorando ainda mais a situação dos dois.

— Estamos perto! – Robert avistou a casa após passarem pela estufa, Effy também podia ser vista na varanda, mas não notou os dois.

— Eles são muitos e as portas da casa são de vidro, aquilo vai cair rapidinho! – Falou Boone preocupado com a situação, os dois correram e finalmente chegarem até Effy, que se levantou do banco de onde estava sentada.

— Onde vocês estavam?! E por que estão desse jeito? – Perguntou Effy, vendo os dois com os braços entrelaçados, rapidamente eles se desfizeram. Effy notou uma grande horda de zumbis saírem das árvores dos jardins e vindo até a casa – Me diz que vocês não têm nada a ver com isso – Ela jogou o cigarro no chão e pisou no mesmo.

— Kei ainda não voltou e não temos nenhum carro para sair daqui. Eles irão nos alcançar no meio do caminho – O loiro falou indignado por estar fugindo de zumbis a dias – Precisamos barricar essa casa agora, antes que eles comecem a quebrar tudo – Effy assentiu e os três rapidamente entraram residência.

Enquanto mais uma horda de zumbis se aproximava até a casa, Robert mais uma vez iria ter que assumir o posto de líder para proteger a casa garantir que dessa vez, ninguém iria morrer sobre o seu comando.


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Notas finais do capítulo

O que será que irá sair dessa amizade do Robert e do Boone? Será que a casa vai estar segura durante a invasão e Kei chegará a tempo?

Até o próximo!



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