Contágio escrita por MrArt


Capítulo 63
Estação 4 - Capítulo 63 - Encurralados


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura! :3



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Ford, Nitori, Robert e Kei se aproximaram da janela com cautela, Bel realmente estava certa, havia pessoas andando entre o estacionamento, todas armas e com um número significativo de carros circulando pela rua em direção ao Wal-Mart. O comboio agora contava com cerca de quarenta e duas pessoas, já que Jenny e Selena se encontravam desaparecidas.

— Estão nos seguindo desde a rodovia, provavelmente pelas ruas paralelas – Ford falou – Eles precisam de muita coragem ou uma boa estratégia para atacar um grupo tão grande como o nosso.

— Só se eles também forem um grupo grande – Kei falou vendo vários carros entrarem no estacionamento – Não vamos conseguir sair com eles – A oriental estava com a sua arma em mãos, pronta para qualquer ataque.

— Félix foi fazer a vigia lá em cima, ele falou que tem oito deles perto do quarteirão – Tobbie disse cruzando os braços – Não é viável usar nem as saídas de emergência – Ford já estava tendo quase um ataque histérico ali.

Ford se virou para Horan.

— Todos já subiram com as armas, o que nós vamos fazer agora? – Horan perguntou com uma pistola na mão direita – Se formos ligar os geradores eles vão saber que ainda tem gente aqui dentro.

— Ele está certo, Nitori – Ford falou quebrando de vez a ideia da mulher, que revirou os olhos. Suas ideias e conselhos sempre eram desvalorizados por quase todos no grupo – Quero que coloquem as bombas adesivas nas paredes o mais rápido possível. E o vocês quarto – Apontou para Robert, Polly, Akio e Bel – Quero lá em cima com todos os outros.

— Parece que você está conosco – Nitori falou para Renata, que estava totalmente despreocupada com a situação de risco.

— É melhor irmos rápido – Boone falou olhando pessoas se aproximarem do Wal-Mart.

— Boone e Bonnie vão subir comigo – Ford falou pegando sua mais prestigiosa arma – Iremos lá para cima manter as pessoas a salvo.

— Não podemos deixar a Renata aqui embaixo, ela é da nossa família! – Polly falou olhando para a moça.

— Eu vou ficar bem, pode ter certeza – Renata falou confiante, mas Polly hesitou – Vão logo! Vocês não têm tempo, eu estou com a Kei!

— Que droga, fique bem Renata! – Polly falou sumindo nas escadas junto com Robert, Akio e Bel, que havia dado um longo abraço em Horan.

Ford deu o sinal para Boone e Bonnie e os dois foram logo atrás de Robert e Polly, deixando naquele imenso salão Kei, Renata, Nitori e Horan à própria sorte para defender todo aquele grupo de um possível ataque.

— Vamos por aqui... – Nitori falou correndo com os três em direção ao complexo de compras do supermercado. O local havia sido barricado por eles logo após chegarem no Wal-Mart – Provavelmente eles vão chegar pelo estacionamento, é a única entrada que resta para eles ou seja...

— O primeiro lugar que eles vão entrar é aqui – Kei falou notando toda a estratégia de Nitori – E é aí que eliminamos todos eles de uma vez, chega de ter que deixar assassinos vivos por aí, toda hora perdemos alguém por causa desses malucos – A oriental falou com o sangue fervente, pronta para matar quantas pessoas pudesse.

— Não, é errado Kei! – Renata exclamou e de imediato Kei protestou – Eles estão com a Jenny e Selena, se matarmos eles, é óbvio que eles farão o mesmo com uma delas -  Renata falou indo para trás de uma das prateleiras, segurando sua arma – Não que eu me importe com alguma delas.

O silencio prevaleceu quando passos foram ouvidos em direção ao setor de compras.

Renata e Nitori estavam atrás de uma prateleira, Kei correu para uma sala de administração e preparou sua sniper e Horan havia terminado de implantar as bombas adesivas nas paredes de entrada do local, pronto para ativá-las a qualquer momento.

— Está tudo certo, eu acho – Renata sussurrou para Nitori.

— Eu espero que sim, nós vamos arrancar cabeças se precisar hoje – Nitori disse vendo uma sombra no corredor de entrada – Não adianta ser boazinha com nenhuma pessoa hoje, é uma questão de matar ou morrer, e eu estou completamente certa na questão de matar – Nitori falou com tom de frieza, olhando uma porta que ficava ao lado da prateleira – Vamos entrar aqui...

— Tudo bem... – Renata falou baixo e Nitori empurrou a porta – Droga!

Atrás da porta estava lotada de zumbis, todos imediatamente voltaram sua atenção para as duas paradas ali em meio as prateleiras, avançando nas mesmas sem pudor algum enquanto o supermercado era invadido por outro grupo.

 

— Flashback –

 

Dia do Contágio em Las Vegas. Nitori havia acabado de assinar os papéis do divórcio e havia os enviados para o seu agora ex-marido Rin. Depois de 2 anos de casamento que só acumulou brigas, Nitori finalmente havia se livrado daquele grande peso em suas costas e agora iria embora de Las Vegas para recomeçar sua vida.

— Está tudo certo, uma cópia ficará com o cartório e outra com você – Cassandra, a advogada de Nitori falou – A próxima etapa é a divisão de bens, não vai demorar muito e você tem grandes chances de...

— Eu não quero nada que venha daquele cara – Nitori interrompeu Cassandra – Eu apenas quero arrumar minhas malas, pegar meu carro e ir embora dessa cidade antes que outro problema apareça para mim – A moça disse pegando os papéis que Cassandra havia entregue para ela – Até mais – Se despediu da advogada e foi para fora da agencia.

Enquanto Nitori ia para o seu carro, ao mesmo tempo arrumava os papéis em sua bolsa e em um momento de distração, acabou esbarrando em um rapaz que tranquilamente bebia o seu café.

— Minha nossa! – Nitori falou desesperada ao ver que havia sujado todo o terno do rapaz, que por parte não se irritou – Mil desculpas! Eu não tinha a intenção!

— Não tem problema, eu mesmo estava enjoado dessa roupa ridícula que ganhei – O rapaz disse otimista, ainda por cima pegando os papeis que Nitori havia derrubado e os entregou gentilmente para a moça.

— Tem uma lavanderia aqui perto, eu posso mandar seu terno para lá... – Nitori disse e o rapaz tirou o terno, ficando apenas com uma camisa branca que por sorte havia ficado limpa – Está de carro? Eu posso te levar lá – O silencio permaneceu entre os dois – Eu me chamo Nitori! – Ela sorriu brevemente.

— Me chamo Kled – O rapaz sorriu e apertou a mão e Nitori.

Nitori levou Kled com seu carro até uma lavanderia que ficava a alguns quarteirões de onda se conheceram. Kled dizia sempre que estava tudo bem, mas Nitori insistia em ajudar Kled após o acidente com o rapaz.

Havia se passado algumas horas e os dois foram se conhecendo melhor. Depois de ter a roupa finalmente limpa, Kled convidou Nitori para ir tomar um café em uma lanchonete na qual sempre ia depois que encerrasse seu serviço como corretor de imóveis.

— Obrigada pelo café – Nitori falou dando um leve gole na bebida, Kled apenas sorriu de volta – Você é daqui de Las Vegas? – Perguntou.

— Na verdade eu sou da cidade ao lado, mas trabalho aqui vendendo casas, de hora em outra me mudo por causa do emprego – Kled disse comendo um biscoito de chocolate que a garçonete havia colocado na mesa – Para quem não tinha nada antes agora eu consigo sobreviver – Kled riu gostosamente.

— Eu sempre trabalhei como autônoma, mas quis fazer uma faculdade – Nitori disse bufando – Oportunidade não faltou, mas eu não fui atrás de nenhuma – O celular de Nitori vibrou – Um minuto.

Nitori estava alegre conversando com Kled, mas por alguns segundos, ficou totalmente chocada com a notícia. Sua advogada, que viu a uma hora atrás havia morrido em um acidente de carro na saída da cidade num choque com um veículo do exército, que não havia a deixado sair dali.

— Meu Deus... – Nitori colocou seu celular na mesa e sua mão foi a boca – Kled, me desculpe, eu preciso sair! – A moça pegou seu casaco na cadeira e rapidamente saiu do café, Kled pegou o celular da moça e a seguiu.

— Ei, Nitori! O que aconteceu? – Kled falou saindo para fora do café, ele encontrou Nitori parada na calçada e foi ver o que estava acontecendo – Nitori ei... Uou! – Kled não foi o único chocado ao ver um rapaz ser mordido por outro no meio da rua, com diversas pessoas olhando aquela coisa totalmente insana.

 

— Wal-Mart –

 

— Que inferno! – Nitori atirou na cabeça de um zumbi e o corpo acabou caindo ao lado da prateleira, derrubando a mesma e revelando Renata e Nitori ali atrás.

— RHONDA! ESTÃO ALI! – Um rapaz acompanhado de uma mulher apontou o dedo para as duas. Os dois miravam em direção a elas – Fiquem onde estão ou iremos atirar! – Renata e Nitori correram para a sala de Kei devido os zumbis – EI! EU MANDEI VOCÊS FICAREM ONDE ESTÃO! – O rapaz atirou contra as duas.

— Ygor! Olha aquilo! – Rhonda apontou para vários zumbis saindo da sala que Nitori havia aberto alguns segundos atrás.

Kei observava tudo aquilo com seu olho na mira da sniper.

—  Toma isso desgraçada! – Kei disparou uma bala contra Rhonda, fazendo a bala acertar em cheio o olho esquerdo da moça. Ygor não teve alternativa e acabou saindo correndo dali antes que fosse morto por zumbis ou por uma bala.

— Temos um problema maior agora! – Horan falou correndo até Renata e Nitori, vendo os zumbis indo na direção deles, enchendo o complexo do supermercado – Quantos deles tinham naquela sala?

— Provavelmente vários – Kei falou com sua arma nas costas, indo até eles – Horan, precisamos agora das bombas ativadas, vamos encontrar o resto do grupo antes que a gente sofra outro ataque – Enquanto falava deu um tiro na cabeça de um zumbi.

— Tudo bem – Os quatro correram para fora do supermercado, voltando ao setor de lojas, sem encontrar nenhuma pessoa do outro grupo por ali. Horan ativou as bombas e um barulho ensurdecedor foi ouvido por todo o Wal-Mart, fazendo com que a estrutura se mexesse por alguns segundos.

Por fim conseguiram se salvar e alcançar as escadas para achar o resto do comboio, mas o tal de Ygor também conseguiu sair do complexo de compras e achar o seu grupo, que ouviu toda a explosão e também ouviram tudo o que havia acontecido ali. Agora que eles iriam atrás de Ford e todos os outros para resolver um acerto de contas.


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Notas finais do capítulo

Conhecemos a história de Nitori e agora o grupo tem um problema muito pior para resolver, Kei acabou matando uma pessoa, podendo mudar todo o futuro da história!



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