Contágio escrita por MrArt


Capítulo 48
Estação 3 - Capítulo 48 - Blood Savior


Notas iniciais do capítulo

Hello.

Boa leitura o/



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– Narrador On –

– Sem boas vindas agora, precisamos de ajuda urgente! Temos uma pessoa a beira da morte e um rapaz desacordado! – Kei falou desesperada, colocando sua arma no chão – Resgatamos sua filha, não somos pessoas ruins! – Kei tremia muito, ela olhou para trás e viu a porta do carro do Akio aberta, vendo a cabeleira do amigo.

– Precisamos da ajuda de vocês, urgente! Meu namorado precisa de uma transfusão de sangue e retirar um fragmento de bala dele! Se não ele vai morrer, pelo amor de Deus... – Polly falava quase chorando, suas mãos tremiam de desespero – Salvamos seus filhos, podem nos retribuir esse favor, por favor?

– Pai, se não fossem eles nós estaríamos mortos agora! Fomos sequestrados por um grupo de infelizes psicopatas! – Louise disse segurando nos ombros de Don com dificuldade, o homem era muito alto – Por favor pai, precisamos de você e da mamãe!

– Que bonitinho... mamãe – Randall falou ao lado de Mitchell.

– Cala a boca seu bosta – A.J deu uma cotovelada em Randall, fazendo Mitchell e Helena rirem – Não vê que isso é sério?

Don discutia com Louise e Pablo, depois de alguns minutos tudo havia se acalmado entre os três, como se tivessem entrado em um pleno acordo, Don entregou sua pá para Dorothy e foi até Kei.

– Peguem os dois e levem para a casa, agora! – Don falou, Kei rapidamente entrou no carro, A.J foi até o carro em que Akio estava e deu partida nele, os outros foram a pé até a casa de Don, seguido o enorme caminho de terra.

– Certifique que isso está bem trancado – Don sussurrou para Abner, depois que todos foram acompanhados por Dorothy e Christine –Fique em alerta com aqueles três – Don apontou para Topher, Renata e Bel.

– Tudo bem – Abner deu uma leve bufada após Don sair, ele puxou o portão de madeira e o trancou, pegou sua espingarda que estava ao lado da cerca e foi fazer a guarda da fazenda.

Enquanto Abner fazia a guarda, Don observava Topher, Renata e Bel, que estavam sentados em um banco de madeira ao lado de uma árvore, enquanto Kimberly, Randall e Mitchell montavam as barracas com os poucos materiais que tinham. Dorothy e Cristine com dificuldade retiravam o fragmento da bala que havia ficado em Robert e com sucesso, conseguiram uma transfusão de sangue para ele com o de Helena.

– Será que ele vai ficar bem? – Helena perguntou sentada na cadeira da mesa de jantar.

– Ele vai sim, a Dorothy e a Cristine sabem muito bem o que estão fazendo – Veridiana falou enquanto colocava um prato com um sanduíche na mesa – Coma, sua imunidade vai ficar um pouco baixa daqui algumas horas, mas nada de grave, preciso olhar aquele outro rapaz – A loira saiu e foi até o quarto em que Akio estava sendo tratado.

– Depois de tudo o que passamos desde o início disso... nem parece que estamos em um lugar seguro – A.J falou enquanto acariciava os fios de cabelo da esposa – Não acredito até agora que aqueles caras derrubaram o Forte, será que só nós sobrevivemos dali? – Perguntou.

– Creio que não... a nossa sorte de estarmos vivos, fomos ter sido os primeiros a ter saído dali – Helena falou comendo o sanduíche – E nem vamos tocar nesse assunto... depois disso eles nos acharam e nos colocaram naquele cativeiro.

– É.… chega desse assunto – A.J falou enquanto via Polly entrar na cozinha – Ele está melhor?

– Elas conseguiram retirar o último fragmento da bala... agora ele precisa se recuperar e acordar... – Polly suspirou – Muito obrigada por ter ajudado a salvar a vida dele Helena...

– Por nada... – Helena sorriu amigavelmente para Polly – Temos que manter as pessoas vivas de todo o jeito nesse mundo.

– Somente as pessoas boas... – A.J disse para a esposa, que a olhou com tédio.

– Sério isso? – Helena perguntou revirando os olhos.

Enquanto Helena e A.J começavam uma discussão de casal, Polly aos poucos foi se afastando e foi lentamente até o quarto de Akio, segurando um copo de água. Ao chegar no local, viu Kei sentada na cama ao lado do loiro, ainda desacordado.

– Ele comeu? – Polly perguntou bebendo a água com um comprimido.

– Aquela loira o deu comida, mas ele continua muito fraco – Kei falou enquanto olhava Akio, ele estava muito magro, havia vários cortes pequenos no seu rosto e nos braços, era fácil até para Bel ou Kimberly segurarem o oriental – Mas ele é uma pessoa muito forte, se é que você me entendeu, ele vai ficar bem.

– ... – As duas ouviram um barulho vindo do loiro, Polly arreganhou os olhos ao ver que os dedos dele se moviam, Kei continuava parada, esperando mais alguma reação da pessoa que mais gostava dali.

– Não... – Kei falou extremamente tensa enquanto via Akio abrir os olhos.

– K-Kei? – O loiro falou com dificuldade enquanto olhava para a moça a sua frente.

– Noite –

– Que horror, eles lá dentro e nós aqui assando carne nessa fogueira... – Kimberly disse colocando seu casaco.

– Deixa de ser mal-agradecida, faz séculos que não comemos carne – Topher falou enquanto virava a carne na fogueira.

– E da última vez perdemos metade do grupo por causa de carne, mas pelo menos essa temos certeza que está razoavelmente bem – Renata falou enquanto se sentava num tronco de madeira – Quando que isso vai ficar pronto?

– Acho que já está... – Topher pegou alguns pedaços e colocou em um prato de alumínio – Dividam isso direito, tem que sobrar para todo mundo.

– Espera aí, enquanto a Polly e a Kei ficam na casa do Don? Nós ficamos aqui com aquele casal que só briga desde que chegou e aqueles dois irmãos? – Bel perguntou extremamente indignada – Que merda!

– Eles estão cuidando do Akio e do Robert, tem um pouco de consenso né – Renata falou enquanto comia um pedaço da carne – Falando nisso, cadê aquela gente?

– O Mitchell desde que chegou está indo atrás da Veridiana, então já sabe, agora o outro irmão eu não sei – Kimberly disse prendendo seu longo cabelo,

– É sério, você precisa cortar isso – Bel falou para Kimberly – Eu tenho orgulho de ter meu lindo cabelo curto.

– Só você e a Kei não tem um cabelo longo, apesar de que... não tem nem shampoo para lavar o cabelo – Renata puxou alguns fios do cabelo e o cheirou – Tem um rio ou alguma fonte de água por perto?

– O Abner me disse que eles bombeiam água para abastecer a casa e as plantações – Topher falou se sentando ao lado de Bel – Eles têm tudo o que precisam aqui, é perfeito.

– Perfeito... queria ver se tomasse a água de um lugar que ficamos uma vez – Bel falou enquanto passava o prato para Randall, que acabara de chegar e se juntar e eles – Onde você estava? – Perguntou atônita.

– Eu fui pegar algumas maçãs nos pomares, mas aquele filho do Don me viu, então eu desisti – Randall falou abrindo sua garrafa de água e bebendo – Aqui eles têm comida em fartura, não custa nada dividir...

– Sei que temos comida em fartura – Abner apareceu com sua espingarda atrás deles – Mas temos um controle para que não vire um pandemônio, que nem as cidades, como ouvimos no rádio – O rapaz falou, fazendo Bel o encarar com sua cara de sonsa.

– É sério? Vocês tem um enorme terreno que fica ao lado de uma riquíssima fonte de água, já deve ter mais um ano que essa merda tá acontecendo e você nem tem o que reclamar, passamos dias sem botar um grão de feijão na boca – Bel falou enquanto terminava sua carne – Tivemos que matar para comer...

– Ela já está exagerando – Renata disse com um falso sorriso – Essa maluca está sem comer a uns três dias e ficou desse jeito, e morreu um amigo nosso, ela ficou desse jeito e...

– É, também perdemos pessoas – Abner falou se sentando ao lado de Kimberly, que mal prestava atenção nem no seu prato – O meu pai, o Don, ele é um cara muito sério e arrogante, se não quiserem uma briga, não deem opinião em nada perto dele – Falou – Desde que o meu irmão mais velho, o Tony... bem, ele ficou pior do que era – Disse meio triste.

– Desculpe, mas... ele morreu do que? – Topher perguntou.

– Bem, eu, ele e o Pablo fomos atrás de materiais para a cerca, e os militares ainda estavam ‘’evacuando’’ toda a Califórnia para abrigos – Falou dando ênfase em suas palavras – E aqui a doença já tinha chego por Nevada... estávamos em um carro e ele enguiçou, enquanto Tony arrumava o motor, apareceu um zumbi e o pegou – Bufou tristemente – A única coisa que fizemos foi sair correndo.

– É.… são coisas que acontecem, se eu te contar quantas pessoas já vimos morrer, você ia achar a morte do seu irmão quase nada – Bel cruzou os braços.

– Sua boca torta! – Kimberly deu um tapa na cabeça de Bel.

Enquanto conversavam, Don estava perto deles ouvindo toda a conversa, todas as histórias que compartilhavam eram bem ouvidas e bem interpretadas pelo homem, uma vez que estava a noite e ele desligava a energia, somente as velas dentro da casa eram visíveis. Estava tudo calmo, apenas a fogueira deixava um enorme clarão na paisagem, mas as plantações barravam essa claridade.

– S-SOCORRO! – Pablo gritou desesperado enquanto corria entre as plantações de milho – ALGUÉM ME AJUDA! MERDA! – Quase tropeçou.

– O que está acontecendo?! – Don veio correndo com seu rifle pronto para atirar.

– Não sabemos! – Abner se levantou correndo com sua arma em mãos, assim como o resto do pessoal.

– Olha ele lá! – Renata apontou o dedo para o milharal e viu Pablo vir correndo, extremamente ofegante – O que houve?!

– Zumbis! Eles quebraram a cerca! – Pablo falou derrubando sua arma no chão e colocando as mãos na cabeça – Eu me perdi do Mitchell e da Louise, eles correram por outro caminho! Não sei onde estão – Falou desesperado.

– São quantos zumbis mais ou menos? – Topher perguntou carregando sua pistola.

– Era um grupo de... sei lá... acho que cinquenta – Pablo disse.

– Damos conta, só levar a gente até lá – Bel falou com seu facão em mãos – Não é problema, estamos em um grande número de pessoas, podemos mata-los.

– Tem certeza...? – Don perguntou desconfiado.

– Vamos logo com isso – Bel disse correndo entrando no milharal, sendo seguida pelos demais – Acabaremos com esses vadios...


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Notas finais do capítulo

BAAAAM, Várias tretas! Akio está de volta! E o Robert precisamos ver o resultado que isso vai tomar...

Até a próxima!



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