Contágio escrita por MrArt


Capítulo 43
Estação 3 - Capítulo 43 - A Ascensão


Notas iniciais do capítulo

Heeeeeeeello, mais um capitulo!

E hoje temos... Polly!

Boa leitura :3



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– Polly On -

Fisicamente, eu estava ótima, mas psicologicamente eu estava horrível, eu não acreditava no que havia acontecido nos dias anteriores, por uma coisa mínima... Mike estava morto e depois eu acordei num carro cheio de desconhecidos com alguém do grupo e depois eu fui jogada no meio da estrada.

Não sabia quem era que estava naquele carro, minha cabeça estava tão bagunçada que mal enxergava, mas a única coisa que eu notei foi que a pessoa de lá era loira, e as únicas pessoas loiras são o Akio, Bel... e o Robert.

Mas creio eu, eles todos estão bem, a Kei com certeza deve estar dando conta do recado, ou deve estar planejando algum modo de alcança-los, até por que, raramente vejo a Kei falhar, e quando ela falha, ela corre atrás e concerta o erro, nem que isso leve a sua morte.

Eu estava no meio... no meio de uma horda, sim, mas não sou louca por causa disso, estava muito bem disfarçada, com um capuz preto e várias tripas de zumbis nele, aquilo era horrível, mas os zumbis não percebiam que eu era humana. Se chovesse, eu estaria morta na hora. Eu estava seguindo aqueles caras que me sequestraram, e provavelmente estavam com alguém do grupo, antes eu havia conseguido um carro e tentei achar os meninos, sem sucesso, mas depois vi um deles... um tal de Matt, e os segui sorrateiramente, quando o carro quebrou, fui obrigada a fazer o disfarce e continuar a ir atrás deles.

Aquilo só iria acabar com todos eles mortos.

Se eu sinto saudade do pessoal? Claramente sim, mas era quase que semanalmente que perdíamos alguém do grupo, agora não estou lá para ajuda-los, não sei nem se todos saíram vivos daquela escola.

Estava seguindo normal, acompanhava os errantes pela rodovia, no seu incrível passo lento, alguns já iam mais rápido, mas procurava ir o mais lento possível para não chamar atenção.

– BANG! BANG! – Era o barulho de tiros, aquilo atraiu totalmente a atenção dos errantes, que começaram a se deslocar para uma floresta, de onde vinham os tiros, alguns esbarravam em mim sem parar e por isso fui obrigada a segui-los para a floresta.

Os zumbis estavam mais agitados, eles não se importavam em tropeçar nas pedras, bater as cabeças nos galhos ou esbarrar nas moitas, eles queriam encontrar de qualquer modo o som que os agitava.

Quando saímos do outro lado da floresta, havia dois montes de zumbis, provavelmente devorando alguém, e isso estava me acanhando, aqueles tiros consequentemente haviam causado aquilo, e se for um tiroteio daqueles caras com alguém do grupo? Isso não é nada bom. Enquanto os zumbis devoravam os cadáveres, coisa que me preocupava, notei várias marcas da roda de um carro no asfalto, e vários zumbis indo numa direção diferente.

– Puf... – Bufei bem baixinho para eles não me ouvirem, lentamente, fui caminhando junto com os zumbis, seguindo as marcas deixadas pelo veículo, os errantes aumentavam um pouco a velocidade, ou tentavam, provavelmente atraídos pelo barulho, que eu não ouvia. Desde que comecei a andar com eles, reparei que eles eram muito sensíveis a barulhos altos, mesmo desde o começo desse inferno.

– Quebra de Tempo -

Depois de um certo tempo naquela estrada e pensando de quem deviam ser aqueles corpos sendo devorados, notei que de longe havia um prédio no fim da estrada, virando uma rua para uma cidade, ele estava protegido com cercas lotadas de arame farpado e reforçadas com madeira, dava para se notar que todas as janelas tinham grades, até as dos andarem de cima, e um portão deixava o local protegido.

E havia um carro parado na frente do portão.

Os errantes continuavam avançando em direção ao prédio, alguns entravam na floresta, indo para outro lugar, mas notei que a quantidade de zumbis que estava ali era grande. Comecei a ver que pessoas saiam do prédio e se amontoavam nas cercas segurando facas, machados e outras armas de corpo a corpo.

O portão estava sendo aberto rapidamente, notei que era Piper que estava abrindo, finalmente havia achado o refúgio daqueles desgraçados, espero encontrar o Kennedy e destruir ele – Depois de dias os vigiando era óbvio que eu decoraria o nome deles -, após o portão estar aberto, o carro entrou, rapidamente a porta se abriu e ouvi um barulho de tiro.

Piper caiu morta no chão.

E o pior, ERA A KEI! Ela estava com a arma apontada para a cabeça de um rapaz, que não sabia o nome, mas vi Matt e Dandy saindo de perto das cercas e indo calmamente para matar Kei, enquanto ela ia tentando invadir o prédio.

Eu precisava fazer algo urgente!

O tiro não foi o suficiente para atrair todos os zumbis para o prédio, eles não iriam conseguir derrubar as cercas, iria precisar demais, então precisava atrair os zumbis que estavam indo para a floresta.

Aquilo seria a minha morte, mas... a Kei pode estar tentando resgatar o Akio, ou quem seja do grupo.

Enquanto Matt e Dandy iam para perto de Kei, que estava sem saída, peguei o sinalizador que havia guardado no cós da calça, lentamente para não atrair os zumbis, fui me desviando lentamente para perto de uma árvore, mirei o sinalizador para o prédio e disparei três vezes, o suficiente para fazer os outros errantes localizarem o lugar.

– ESTÃO NOS ATACANDO! – Ouvi a voz de um cara.

Vários errantes começaram a me notar e irem na minha direção, derrubei alguns no chão e outros consegui matar com uma faca, de segundo em segundo algum me agarrava, mas a pele podre deles era fácil de tirar.

– URGH! – Um agarrou o meu braço, rapidamente o empurrei, e ele foi empalado por uma estaca de árvore próxima.

– Merda.... Merda.... – Tentava desviar ao máximo deles na floresta, correndo em direção ao prédio – POR AQUI! – Quando saí de perto da horda, comecei a atrair vários deles para perto dos prédios, vi que as pessoas da cerca começaram a correr para dentro do prédio, cheguei perto do portão e vi que Kei não estava lá, nem Matt e Dandy.

– S-Socorro! – O homem que Kei fazia refém correu em minha direção, desesperado e com as mãos amarradas.

– Me erra... – Joguei o homem no chão, corri enquanto ele tentava se levantar, mas os errantes acabaram o matando ali mesmo – Preciso de tempo... – O portão estava aberto, tentei fecha-lo, mas foi inútil, vi que toda a área do prédio estava vazia, os zumbis já estavam todos amontoados nas cercas, alguns já passavam pelo portão.

Aquilo era só uma questão de tempo para salvar a Kei.


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