Contágio escrita por MrArt


Capítulo 40
Estação 2 - Capitulo 40 - K.V.T.M


Notas iniciais do capítulo

Beeem pessoal, esse é o último capítulo da estação 2, muitas coisas vão acontecer com o grupo... mas nesse mundo é possível tudo.

Boa leitura!



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– Rodovia – Robert On –

Saímos da escola voando quando vimos o carro levar Polly embora, eles haviam destruído o motor do ônibus, tivemos que pegar o jipe da Kei, demos um jeito de ligar sem a chave, espero que ela não me mate por isso.

Andrew dirigia enquanto eu enfaixava minha mão, não parava de tremer, o meu medo de perder Polly ou mais alguém que estivesse com eles era grande, não sabia quem do grupo ainda estava vivo na escola, mas a Polly é uma prioridade maior.

Mesmo o Andrew carregado de ciúmes dela, ele parecia desesperado.

– Por onde acham que a levaram? – Topher perguntou enquanto via a estrada pelos binóculos – Acho que não foram tão longe, ainda mais agora que está amanhecendo.

– Faz umas cinco horas que estamos nesse jipe, a Kei vai nos matar – Andrew falou parando no acostamento da avenida.

– Precisamos continuar! É a Polly que está lá! – Falei desesperado fazendo Andrew acelerar novamente.

– ROBERT! – Andrew gritou – PARA COM ISSO! A POLLY NÃO É A PRIMEIRA PESSOA QUE PERDEMOS! – Ele deu um murro no volante – Perdemos o Rodney – Andrew olhou para frente – Michelle, Yumi, Patrícia... Sasha – Aquilo foi como uma facada no meu peito, lembrar como a Sasha havia morrido... já faz muito tempo desde que saímos do Colorado.

– Vamos ir só mais um pouco... depois voltamos para a escola atrás do pessoal – Falei baixo enquanto olhava o mapa – Eles podem ter ido até a saída da cidade.

– Mas já rondamos tudo isso... – Topher falou – A única saída é... PAREM! – Topher gritou e Andrew freou o jipe bruscamente, fazendo-me bater a cabeça no porta luvas – ABAIXEM!

Uma luz apareceu na frente de nós, me abaixei rapidamente e o barulho de disparos de bala começaram a ser efetuados, Andrew se atrasou mais para abaixar e levou um tiro no ombro, dando um enorme grito.

– PORRA! – Ele berrou colocando a mão no local do tiro – Pelo menos a bala saiu! – Ele pisou e começou a dar ré no jipe, não sabíamos por onde estávamos indo, uma vez que nos abaixamos por causa dos disparos, era impossível ver por onde o jipe ia dando ré – Que merda! – O veículo virou e vimos uma enorme descida – SE SEGUREM!

O jipe capotou, ele parou após se chocar numa rocha e os tiros se cessaram, eu fiquei parado e perplexo o tempo todo, só via aquilo descer o barranco sem parar, depois de uns segundos Andrew acordou, o sangue de sua testa pingava no teto, ele me olhou assustado, os vidros estavam todos destruídos, exceto um, mas estava com um rombo feito por uma das balas.

– Droga... – Andrew falou se soltando do cinto e brevemente caindo – Topher, Robert?

– Eu estou bem! – Topher gritou enquanto saia pela janela, cortando seu braço devido um caco solto – Ai que droga! – Ele colocou a mão onde vazava o sangue.

– Que ótimo – Chutei a porta e ela caiu, sai de lá rapidamente, assim como Andrew – E agora...

– Melhor sairmos daqui... – Disse Topher amarrando um lenço no braço – E agora... – Ouvimos um barulho de errantes se aproximando.

– Ei! – Um homem armado gritou do alto do morro – Eles caíram lá!

– Vamos! – Saí correndo segurando a única pistola que tinha, Andrew atirou nos caras mas foi em vão.

– Corram o mais rápido possível! – Gritou Andrew apavorado.

– Kei On –

Eu estava... arrasada, depois do que Renata me contou, eu nunca havia gritado tanto na minha vida... tão desesperador e agonizante, agora esse vazio que estava em mim antes, me preencheu completamente. Duas pessoas que eu gostava tanto, me apeguei e as protegi, uma está morta e outra desapareceu.

E eu não estava lá para protege-las.

Me apoiei na bancada, ainda tremia e suava frio, eu ouvi o barulho da porta se abrir, provavelmente Renata havia saído, mas eu continuava lá, agora sozinha, sem as pessoas que eu mais gostava do meu lado.

Me ergui, peguei minha arma que estava largada no balcão e fui até a porta, que até então estava aberta. Renata, Derek e Kimberly estavam no corredor, um encarava o outro como se nada tivesse acontecido.

Aquele silêncio estava me enlouquecendo.

– Finalmente achei vocês! – Bel apareceu correndo do fundo do corredor – Aonde estão os rapazes?! Eu ouvi tiros! – Ela chegou até nós ofegantes – Havia zumbis pelo corredor da cantina, temos que sair daqui!

– Se acalma! Depois nós te explicamos tudo, precisamos sair desse prédio agora – Falei guardando minha arma na mala e pegando meu pequeno machado – Não vamos fazer barulho, só usem as armas se for extremamente necessário, pegamos o jipe e vazamos daqui.

– E os rapazes? – Renata perguntou enquanto segurava sua adaga.

– Eles devem estar procurando a Polly, a gente acha eles no meio do caminho! É perigoso ficar aqui – Derek disse enquanto ia até a porta.

– Espera um minuto, procurar a Polly? – Bel nos olhou preocupada – O que aconteceu com ela?

– Isso é uma longa história, vamos sair daqui logo – Falei um pouco séria demais, eles me encararam, mas não falaram nada, seguimos até a porta de saída do corredor e chegamos rapidamente ao prédio um da escola.

Quando chegamos no corredor de saída vimos alguns zumbis transitando por lá, mas não foi problema para nós, rapidamente eliminamos todos eles dali.

– Mas o que?! – Ao saímos da escola deparei que o jipe havia SUMIDO, apenas o ônibus havia ficado intacto – Como?! – Fiquei perplexa – PORRA! CARALHO! QUE MERDA DE VIDA! – Com raiva fechei a mão e dei um murro na primeira coisa que vi.

– Ótimo, agora o Derek está desmaiado – Disse Kimberly enquanto segurava o rapaz junto com Renata.

– Argh, depois ele acorda, foi só um murrinho! – Falei enquanto abria a porta do ônibus – Ele teve o braço decepado sem anestesia, aquilo é muito pior.

– Coitado... – Bel falou enquanto fazia um curativo na cabeça de Derek – Foram os garotos que pegaram o jipe, fica tranquila.

– Cala a boca – Falei enquanto manipulava os fios para ligar o motor do ônibus – Eu tinha um monte de armas lá, não é um jipe qualquer, como esse dia está magnifico – Disse baixinho, enquanto as meninas entravam no ônibus junto com Derek.

– Ele vai ficar legal – Renata jogou Derek em um dos bancos e ele continuou desmaiado – A sorte de vocês é que eu deixei as mochilas escondidas no ônibus – Renata foi até os bancos do fundo e retirou três mochilas marrons – Só tem comida e remédio, e a outra tem alguns revolveres.

– Serve – Falei, consegui ligar o motor e o ônibus por fim ligou, a sorte é que tínhamos gasolina, ainda – Vamos sair daqui logo antes que apareça mais alguma coisa que possa nos matar – Apertei um botão e as por fim se fecharam e finalmente nós saímos daquele local.

– Robert On –

Finalmente conseguimos nos despistar deles, depois de deixar a estrada, seguimos até um bairro próximo da escola, ainda estávamos na rua, mas atentos a todo o mínimo barulho, por sorte, o número de errantes vistor foi pouquíssimo.

– Não vamos achar o pessoal do grupo a tempo – Topher falou enquanto segurava sua machete – Temos que agilizar...

– Eles não vão deixar nós aqui, eles devem estar lá ainda – Falei – Não podemos parar agora, só precisamos tomar cuidado com aquela gente nos perseguindo e...

– Matt! Ali estão eles! – Uma mulher gritou em cima de um trailer, enquanto este virou a esquina da rua.

– PORRA! – Andrew gritou enquanto corria para longe.

– Que droga! – Falei e puxei Topher que estava parado e extremamente assustado – Entra naquela casa e se esconde! – Apontei para uma casa amarela – Não sai até você ver que eles foram embora!

Topher correu, a mulher começou a disparar contra nós, Andrew estava atrás de uma cerca e revidou os tiros, acertando o ombro dela eventualmente, ela perdeu os movimentos e acabou caindo do trailer em movimento, que parou segundos depois.

– Peguem eles! – Um cara saiu armado, Andrew pulou a cerca e correu para entre as casas, corri para trás da casa que Topher havia se escondido, havia um pequeno rio numa descida, e alguns errantes estavam vindo devido os barulhos do tiro, mas com dificuldades de andar na água.

– Oorgh! – Um errante havia surgido e ele tentou me atacar, segurei ele pela gola do seu casaco que estava se desfiando e o derrubei no chão, peguei a faca e acertei sua testa.

– Hohoho, olha só quem está aqui – Um rapaz com uma faca na mão me olhou – Vocês são péssimos em pique esconde... – Ele sorriu, mostrando seus dentes totalmente amarelados – EI PESSOAL ELE ESTÁ AQUI... – Fui para cima dele o empurrando, ele caiu sobre uma dar cercas e uma das estacas perfurou suas costas, enquanto ele sangrava até a morte, Topher abriu a porta dos fundos da casa e veio até mim, desesperado.

– Eles entraram na casa, temos que sair daqui Robert! – Topher falou desesperado enquanto amarrava um lenço no seu braço.

– Essa confusão vai atrair muitos deles... – Falei enquanto ouvia uma troca de tiros não muito longe – Andrew deve estar fazendo uma confusão, precisamos correr! Não temos mais tempo – Falei descendo em direção ao pequeno rio, cheio de zumbis atolados.

– Você tá maluco?! – Topher perguntou me seguindo.

– É o único jeito! – Falei matando um zumbi enquanto passava pela água, com dificuldade, eles não vão perder o tempo vindo atrás de gente num rio com errantes.

– Isso é loucura – Topher me seguia, as vezes afundando na lama – Esses tiros não param! – Ouvi o barulho de vidros sendo estilhaçados.

– Ou eles estão atirando muito no Andrew, ou ele fez um bom trabalho e está matando todo mundo – Falei chegando a margem e ajudando Topher a subir nela – Depois encontramos o Andrew, precisamos sair daqui agora e...

– OLHA! – Topher apontou o dedo e fiquei confuso – OLHA CARALHO! – Ele deu um tapa na minha cabeça e voltou a apontar.

Uma mulher corria pela rua, totalmente desarmada, havia cerca de meia dúzia de zumbis atrás deles.

– Isso é uma armadilha... – Falei impedindo Topher de correr e ir ajudar a moça.

– ME AJUDEM, A-AAAH! – Ela caiu no chão e os zumbis a atacaram-na, depois de segundos ela parou de gritar.

– Vamos sair daqui logo... – Topher falou.

– Kei On –

Já estava no fim da tarde e não havíamos achado nenhum dos rapazes, passamos por diversos bairros e nada, estávamos quase desistindo das buscas, mas a força de vontade das meninas era impressionante.

– Eles não vão morrer por qualquer coisa... OLHA! – Renata falou olhando pela janela – Tem zumbis devorando alguém! – Ela pareceu desesperada.

Parei o ônibus alguns metros antes dos zumbis, eles ainda devoravam a pessoa, chegamos perto deles e os matamos rapidamente, sem fazer nenhum barulho.

– Parece uma mulher... – Kimberly disse vendo uma parte do tecido florido, quase todo o corpo havia sido consumido – Não é nenhum deles – Ela atirou no que ainda restava na cabeça dela – Vamos continuar.

– Não tem muita coisa aqui – Renata andou alguns metros - Precisamos pegar água...

– Tá maluca? Olha aqui – Falei vendo vários zumbis atolados num pequeno rio – Não vamos achar nada aqui, vamos embora – Todos nós voltamos para o ônibus.

– Ai que droga... – Bel falou subindo no ônibus – Olha lá, mais um grupo de zumbis, vamos até lá?

– Eles estão vindo na nossa direção – Renata falou – Entrem logo nele se abaixem!

– Fiquem quietos – Peguei minha mp5 e mirei diretamente para a porta do ônibus – Renata... – Tirei uma m16 debaixo do suporte do volante e joguei para ela – Repetindo, fiquem quietos.

Os zumbis começaram a passar perto do ônibus, alguns esbarravam nas laterais fazendo barulhos, eles já estavam acabando, olhava pelo retrovisor e logo os últimos foram indo, em completo silêncio.

– Espera aí... – Kimberly se levantou derrubando sua arma no chão, ela foi até um os vidros e bateu nele – É O... É O ANDREW! – Renata, Bel e Derek nos encaramos confusos, fomos até os vidros e vimos um zumbi sem braços com a cabeleira semelhante a de Andrew.

– Não é possível... – Apertei o botão do painel e a porta abriu, o zumbi era um dos últimos da manada, peguei minha arma e dei um tiro para o alto e alguns deles retornaram – Não... NÃO!

– Aargh... ugh – Era Andrew mesmo! Mas ele não estava com nenhuma mordida... ele vinha lentamente em nossa direção com outros errantes, sua pupila estava completamente branca, havia marcas de tiro no seu tronco e o pior...

Ele estava com os dois braços cortados.

– NÃO! NÃO! – Kimberly gritava enquanto Renata a segurava – ANDREW, NÃO É POSSÍVEL!

Eu não queria acreditar naquilo... era chocante, mesmo não gostando do Andrew, aquilo era completamente horrível!

Tirei meu revólver preso ao cinto, Andrew se aproximava ainda mais... Renata abraçou Kimberly que não parava de chorar, era melhor que ela não visse aquilo, apontei minha arma para a cabeça dele... o encarei mais alguns segundos até ele se aproximar.

Apertei o gatilho e disparei nele.

– Kei? – Virei para trás e vi Robert parado junto com Topher.

– Narrador On –

Os rapazes pararam no meio da estrada

– Não achamos eles – Piper disse enquanto segurava um machado.

– Parece que só ele sobreviveu – Dandy apontou a arma para Andrew, que estava com as mãos amarrada – Havia muitos zumbis e ou ouvi barulho de gente gritando.

– Mas enfim, deram um jeito naquela loira que vocês falaram? – Kennedy perguntou – É capaz dela acha-los novamente, só o loiro que vamos precisar.

– Se ele não passar nos testes, o que vamos fazer? – Alex polia sua faca

– Matamos, ora – Kennedy disse sorrindo – Como sempre fizemos, e mais, se acharmos mais daquela galera, vamos vingar a morte da Shelly.

– Ela ainda sobreviveu quando caiu do trailer – Matt disse sentado no capô de um carro.

– Vocês vão ver... seus desgraçados – Andrew falou sorrindo cinicamente – Quando meu grupo os achar, vocês estarão mortos, já enfrentamos pessoas piores que vocês!

– Ora... cala a boca! – Evan deu uma tapa em Andrew.

– Seu desgraçado... – Mesmo com as mãos amarradas, a corda estava frouxa, Andrew avançou em Evan e começou a enforca-lo – VOCÊ VAI MORRER!

– TIRA ELE DE CIMA DO EVAN! – Alex gritou pegando a faca.

– Deixa isso comigo... – Piper ergueu o machado e o acertou em cheio no braço esquerdo de Andrew.

– SUA VADIA! – Andrew gritou de dor, soltando Evan, que caiu no chão.

– ELE... ELE TÁ MORTO! – Alex gritou desesperada enquanto sacudia Evan – NÃO! NÃO!

– Você não devia ter feito isso – Piper olhou diretamente para Andrew, caído no chão, ele não parava de berrar – Adeus meu querido – Piper cortou o outro braço de Andrew com o machado.

– Chega... ele já causou demais – Kennedy disse frio, nem se importando com a morte de Evan, ele pegou seu revólver – Suas últimas palavras?

– K... V... T... M... – Andrew falou com dificuldade extrema, o sangue jorrava por todo o canto, não foi nem preciso que Kennedy usasse a arma, os olhos de Andrew viraram para cima e seu corpo se contorceu.

Andrew estava morto.


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Notas finais do capítulo

Eu sei, vocês estão meio ''E o Akio e Polly'', isso vai ser esclarecido bem lá pra frente! E óbvio que tudo isso tem causa desses saqueadores! Muita coisa vai acontecer em breve u-u

Até logo pessoal!

#RIPAndrew :c



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