Contágio escrita por MrArt


Capítulo 36
Estação 2 - Capítulo 36 - Doentes


Notas iniciais do capítulo

Heey povo

Cap meio grandin mas tá ai

Boa Leitura o/



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– Robert On –

Ouvi uma enorme explosão, eu estava deitado na barraca depois de ter matado alguns zumbis que estavam na cerca, me apoiei e me levantei, sacudindo minha cabeça que latejava, quando o zumbido que pairava na minha cabeça.

Peguei minha arma que estava debaixo do travesseiro, coloquei o cartucho e a destravei, sai da barraca em pressa, vi uma das barracas próximas em chamas, vários rolos de fumaça saiam e preocupava ainda mais.

Enquanto corria chamando pelos outros, Terry, Alícia e Fred estavam matando alguns zumbis nas cercas, os desgraçados conseguiram derrubar partes das cercas, virei o rosto depois de ouvir uns berros femininos e vi Polly com Mike e Kimberly ao lado do jipe de Kei.

– Robert! – Polly correu até mim me abraçando.

– O que houve?! – Perguntei preocupado ainda com Polly nos meus braços.

– Não sei! – Polly me olhou extremamente aflita – Eu ouvi um barulho de explosão e vim correndo para cá.

Kei apareceu com Akio e Renata correndo, eles olharam assustados a cena que viam, logo Zac, Daniel, Fernanda e Topher apareceram logo atrás, com suas armas em mãos, provavelmente achando que era um ataque

– Que merda aconteceu aqui?! – Kei perguntou assustada vendo as barracas em chamas.

– Alguma coisa explodiu! – Respondi, mas isso não foi muito convincente.

– Me ajuda a apagar isso! – Kei falou indo até um suporte onde ficava alguns galões de água.

Kei pegou um dos galões do suporte e entregou para Fernanda e Renata abri-los, Akio e eu começamos a despejar toda a água dos galões nas barracas em chamas, logo as chamas foram definitivamente apagadas.

Uma fumaça branca começou a subir lentamente, irritando as narinas de quem estava perto.

– De quem eram as barracas? – Perguntei limpando o suor na testa.

– Uma era da Heather e do Derek... e a outra da Kimberly – Akio respondeu verificando o que sobrou delas – Não... eles não estão aqui dentro.

Suspirei aliviado.

– O que será que causou isso? – Renata perguntou com os braços cruzados.

– Acho que foi proposital – Kei falou andando entre as barracas – Espera aí – A oriental começou a andar vagarosamente sendo seguida pelos demais- Foi isso... – Vimos o que parecia ser o carro de Andrew, ele estava completamente destruído...

– Quem faria uma coisa dessas? – Perguntei tossindo levemente – Se fosse proposital ia ter motivos muito fortes para isso.

– Já até sei quem foi, mas não temos provas nenhuma e... – Kei parou de falar – Estão ouvindo isso?

– Parece ruídos – Topher falou, literalmente, dava para ouvir uns ruídos, tentei ir até aonde os ruídos vinham, quando achei... foi inevitável.

Vi algo do que parecia ser uma pessoa jogada no chão, até que a reconheci

– ANDREW! – Me ajoelhei vendo Andrew jogado no chão, com uma barra de ferro perfurada em sua barriga – Responde... – Dei uns tapinhas no seu rosto – Acorda cara... pelo amor de Deus acorda – Falei verificando a pressão dele.

– ... – Andrew abriu os olhos lentamente, vi Polly e Kei do meu lado, enquanto ouvia Renata chamar os outros para ajuda.

Polly ficou do meu lado, colocando a cabeça do Andrew em seu colo e segurando suas mãos.

– Ele está com batimentos cardíacos – Polly verificou o pulso do moreno – Temos que tirar essa barra de ferro, antes que perfure o intestino dele.

– Como sabe que não pegou no intestino? – Kei perguntou.

– Se não ele estaria morto agora – Polly respondeu – Ele tem chances de sobreviver.

– Ah meu Deus! – Alícia apareceu com Zac – O que aconteceu com ele.

– Acho que na explosão alguma coisa do carro acertou ele... – Polly verificou vendo que a pressão de Andrew estava estabilizada – Alícia, você já trabalhou com enfermagem, você me falou...

– Eu sei, mas não dá para tirar esse ferro da barriga dele, logo agora que está anoitecendo – Alícia falou – É muito arriscado, fora que ele perdeu muito sangue.

– Posso abrir o galpão da ferroviária aqui perto, tenho as chaves depois de limparmos lá ... só que vamos ter que passar pelo campo até chegar lá – Falei colocando as mãos no bolso, retirando um molho de chaves – Posso ligar os geradores e você faz a operação.

– Tudo bem – Alícia assentiu, chamando Daniel e Terry, para carregar Andrew até lá, chamou também Kimberly e Bel para pegarem o kit médico.

O desespero prevaleceu, não podíamos perder Andrew, não agora, ele é uma das pessoas mais uteis daqui, depois da Kei, claro, mas eu já estava cansado de perder pessoas.

– Boa Sorte – Kei falou segurando sua arma – Vão indo... vou matar eles enquanto vocês chegam lá, tenho vista do galpão.

Kimberly e Bel chegaram com o kit de primeiros socorros, Terry e Daniel ajudaram a tirar Andrew ali, que voltou a ficar inconsciente. Peguei uma chave na minha barraca e descemos a pequena colina em que ficava, fomos até um pequeno galpão de carga, que fazia parte de uma linha ferroviária.

Abri a porta de acesso, e entramos correndo, já que alguns zumbis nos viram e começaram a nos seguir, os rapazes colocaram Andrew numa mesa que ficava em uma das salas de administração.

– Por que logo aqui? – Zac perguntou com incomodo, indo até o gerador, acionando-o – Esse lugar é apavorante.

– Por que aqui é o único lugar que tem gerador de energia, e precisamos urgente por que está a noite e não podemos remover isso a luz de velas e... – Alícia tossiu repetidamente – Vamos logo com isso

– Tem certeza que pode operar assim – Perguntei, também tossindo.

– Vocês tem certeza que estão bem? – Zac perguntou coçando os braços, parecia que nós três estávamos doentes, só me faltava isso.

– Vamos logo operar ele – Alícia falou pegando os materiais que precisava no kit médico, ela pegou alguns utensílios de corte – Quando eu precisar da ajuda de vocês, pelo amor de Deus... estejam atentos – Dito isso, Alícia pegou um objeto de corte, ela tirou um pedaço da pele em que o utensilio perfurava a barriga de Andrew – Robert... estanca o sangue e Zac retira a estaca de ferro, mas com cuidado pelo amor de Deus – Alícia suava frio enquanto Zac colocava a mão na estaca de ferro e a puxava com o maior cuidado possível – Isso... assim... – Com sucesso o objeto foi removido – Podem sair, o resto eu me viro agora... qualquer coisa eu chamo vocês... – A mulher tossiu de lado.

– Tudo bem – Falei enquanto retirava as luvas, jogando-as no lixo e logo lavei as mãos numa pia que havia ali perto – Vamos Zac... – Chamei o rapaz e ele me seguiu, saímos da sala deixando Alícia terminar seu serviço.

Nos sentamos em um banco que ficava no único corredor do galpão.

– Cara eu não estou legal – Falei tossindo repetidamente, até que a tosse ficou mais profunda – Droga! Droga! – Vi minha mão cheia de sangue.

– Que merda Robert! – Zac se levantou assustado – Essas coceiras minhas estão de ferrar também...

Limpei minha mão com um rolo de papel que ficava preso à parede. Ouvi um barulho estranho, como se fosse de passos, deixei minha arma pronta para qualquer ataque, Zac fez o mesmo, só que as coceiras dele não permitiam de muito tempo de fazer isso.

– Quem está aí? – Perguntei com medo, deixei minha arma apontada para aporta caso alguma coisa ruim entrasse.

– Sou eu Robert! Calma! – Ouvi a voz de Fernanda, fui até a porta e abri com cuidado, revelando Fernanda com uma cara muito abatida, segurando um pano na boca ela entrou rapidamente, se apoiando na parede – Preciso falar com a Alícia urgente, não estou bem – Ela tirou o pano e vi que havia sangue no tecido.

– Não é só você que está ruim – Falei tossindo novamente mas sem expelir sangue.

– Não vai me dizer que... – Fernanda nos olhou com preocupação total.

– Sim, estamos – Zac falou coçando as pernas – O pior é que a Alícia também está que nem a gente – Zac colocou a mão na testa, sentindo sua pele extremamente quente – Merda, só falta eu estar com febre agora.

– O que será que causou isso? – Perguntei colocando minha arma numa mesa ao meu lado – Se for uma gripe... pode ser que o pessoal do acampamento também esteja assim.

– Os únicos que eu vi tossindo lá no acampamento foi o Terry e o Daniel – Fernanda afirmou colocando uma presilha no cabelo – Essa coisa não é gripe, se não todos estariam doentes, a Polly e a Bel estão muito bem, estão fazendo todo o trabalho lá – A mulher respondeu se sentando numa cadeira, respirando pesadamente.

Depois de alguns minutos de silêncio naquele corredor, vi a porta na sala em que Andrew estava sendo ‘’operado’’, aberta, saindo de lá Alícia, que estava com uma cara nada boa.

– O Andrew está bem... – Alícia fechou a porta da sala, tossindo fortemente – Eu acho que eu s-sei o que causou i-isso... – Alícia mal conseguia falar nas condições em que estavam – Quando encontramos aquela vaca morta, e-ela não havia sido mordida... mas ela estava infectada com o vírus de qualquer forma – Ela falou, fazendo todos nós a olhar para pela confusos – Esperem... não é só isso, eu deduzi que quando morremos de forma natural, seja sem ser mordidos, vamos virar aquelas coisas.

– Mas... o que isso tem a ver com a situação em que estamos? – Perguntei tossindo novamente.

– A vaca quando morreu... já devia estar com porte do vírus dominado na carne dela – Alícia respondeu – Então estamos com a infecção agindo dentro dos nossos corpos – Me assustei, só falta eu morrer e virar aquelas coisas, parabéns Robert! – Mas isso não tem haver, pois já temos o vírus no nosso corpo, só viramos eles se fomos mordidos ou mortos... estamos com uma intoxicação muito forte... antes de cozinharmos a carne vi que ela tinha bolor e joguei um pedaço fora... mas acabamos cozinhando.

– Que merda – Zac falou se sentando ao lado de Fernanda – O que vamos fazer?

– Vamos isolar todo mundo doente por aqui, caso o sangue, suor e toques possam infectar, por que o sangue está contaminado – Fernanda... volta lá no acampamento... coloca um pano no rosto, faz um relatório de quem comeu a carne e manda todo mundo que comeu para cá – Alícia falou por fim, Fernanda se levantou e saiu do galpão – Vou preparar o máximo que eu puder – Alícia tossiu – Não sei se vamos sobreviver...

– Minutos Depois –

– Vamos... entra logo Kimberly – Bel falou com um pano no rosto, para prevenir de qualquer perigo.

– Já vou... – Kimberly falou para Bel, que estava na porta do galpão.

Terry foi logo atrás, terminando de entrar todos que estavam possivelmente doentes, Daniel, Renata, Topher, Mike, Heather e até Fluffy estavam sendo confinados no galpão, junto comigo, Zac, Alícia e Fernanda.

– Que bosta em – Topher falou entrando em uma das salas, a mando de Alícia.

– Cala a boca e entra logo – Renata empurrou Topher na sala, o corredor tinha algumas salas de administração, todos estavam sendo confinado nelas, caso alguém morresse nelas... não teria perigo de infectar os outros – Ninguém mandou você comer aquela carne maldita, entra logo Topher – Alícia fechou a porta da sala em que os dois estavam.

– Acho que já foi todo mundo – Alícia falou tossindo, caiu um pouco de sangue em seu pano – Não se preocupa comigo Robert, fica na sala do Zac e da Kimberly – Eu vou tentar manda os remédios mais em conta... – Ela se apoiou numa mesa, possivelmente uma tontura.

– Tem certeza que vai ficar bem? – Perguntei, Alícia assentiu prontamente.

Guiei-me para a sala em que ficaria, fechei a porta logo que entrei, vendo Zac sentando num dos bancos e Kimberly deitada sobre um lençol no chão, provavelmente dormindo.

– Que porcaria isso – Falei sentando no banco ao lado de Zac.

– Eu sei... – Zac tagarelava, comecei a perder a consciência, senti tudo preto e não lembro de mais nada.

– Narrador On – Horas Depois –

A calmaria prevalecia entre as salas, Andrew havia se recuperado e Bel buscou ele com Polly o levando de volta par ao acampamento, depois Akio trouxe alguns remédios achados por Kei numa farmácia perto dali, ajudando na recuperação de Robert, que havia desmaiado por desidratação, Kimberly e Renata tiveram o mesmo caso do loiro, mas foram tratados com os remédios, mas continuavam nas salas se recuperando.

Os piores casos eram o de Alícia, Topher e Daniel.

Alícia constantemente tossia sangue, começou a ter tonturas e ânsias de vomito, Topher foi para mesma sala de Daniel, ambos estavam com o mesmo estágio de Alícia, os três podiam morrer a qualquer hora.

– Alguém aí? – Zac saiu da sua sala, ficando no corredor completamente vazio, o rapaz deslizou sua mão até o bolso da calça e retirou um maço de cigarro, pegando uma bituca, acendo-a com um isqueiro que ficava numa prateleira do corredor – Que merda... estou melhor, não preciso ficar aqui – Zac deu outra tragada no cigarro, liberando toda a fumaça tóxica da boca.

Zac ouviu alguns barulhos vindos da sala de Alícia, o rapaz se assustou, ele jogou o cigarro no chão e tirou sua arma, deixando pronta para qualquer ataque vindo da sala de Alícia. O barulho incomodou quem estava perto, Topher, Daniel, Mike, Terry, Heather e Fernanda apareceram na porta de suas salas, vendo o que estava acontecendo.

– O que houve? – Daniel se aproximou de Zac lentamente.

– Ouvi uns barulhos estranhos na sala da Alícia e... – Zac foi interrompido ao ver Alícia sair descontrolada de sua sala, fazendo os outros se assustarem, Zac e Daniel deram alguns passos para trás e viram Alícia cair em sua frente.

– Merda... ela tá morta! – Daniel media a pulsação da mulher – Temos que tirar ela daqui agora! Fiquem nas suas salas, vão! – Daniel ordenou fazendo eles obedecerem – Vamos tirar ela daqui e... – Daniel tossiu gravemente – Cara eu estou muito ruim, não tem como eu levar ela...

– Tudo bem, deixa que eu levo – Zac colocou a arma no cinto, ele puxou o corpo de Alícia pelo ombro, Daniel ajudava como podia – Espera que eu vou abrir a porta.

Enquanto Zac abria a porta, Daniel analisava o corpo de Alícia, que ficava frio a cada segundo que passava, Daniel sentiu alguma coisa segurando seu braço, ele olhou e viu que Alícia havia retornado como zumbi, ele começou a gritar, mas Alícia mordia seu braço.

– ME SOLTA! – Daniel tentava empurrar Alícia... mas sem sucesso, a mulher já estava mordendo o pescoço de Daniel.

– Solta ele caralho! – Heather saiu de sua sala, ela via tudo pela porta – Desculpa amiga... – Heather chutou as costas de Alícia, puxando-a pela blusa e a segurando – Atira nela Zac!

Zac mirava sua arma em Alícia, mas o descontrole dela piorava a situação, Zac disparou, só que Alícia se moveu bruscamente e acertou Heather, que caiu no chão morta na hora, Mike saiu de sua sala, vendo a situação em que estava, o jovem quebrou uma janela que ficava aos fundos do corredor e saiu dali, a gata de Kei, Fluffy, foi logo atrás.

– NÃO! – Zac gritou ao ver que o corpo de Heather estava sendo comido por Alícia – O que eu fiz... o que eu fiz... – Zac socou a parede, o rapaz sentiu algo lhe puxar, Daniel mordeu na hora seu tornozelo – FILHO DA PUTA! – Zac gritou atirando na cabeça de Daniel, que por fim morreu.

– A gente tem que sair daqui! – Renata gritou no corredor, chutando a cabeça de Alícia, deixando-a imobilizada – Estão todos mortos?!

– Claro que estão, saiam logo daqui, eu fui mordido... não tem mais o que fazer, vão! – Zac gritou, cobrindo sua mordida com um pano.

– Vamos sair daqui Renata... eu estou melhor! – Topher saiu de sua sala, segurando a irmã mais velha – O Terry morreu na sala, ele vai virar um deles agora, não deixaram armas para a gente se defender.

– Espera! O Robert e a Kimberly estão na sala deles! – Renata falou voltando até sala correndo, desviando de Heather que havia retornado como zumbi, ela entrou na sala vendo Fernanda tentando ajuda-los a se levantar.

– Como está no corredor? – Fernanda perguntou passando Kimberly pelo seu braço saindo com ela pelo corredor, Heather e Alícia não se preocuparam em ir atrás delas, já que devoravam o corpo de Zac ao lado da porta de entrada.

– Estão todos se matando – Renata falou seguindo Fernanda, com o braço de Robert em seu pescoço, Renata fazia musculação e conseguia levar o loiro se preocupação.

– Vamos, passem logo! – Topher ajudou-as a passarem pela janela com Kimberly e Robert.

Os cinco conseguiram passar para o lado de fora sem preocupação, Robert voltou a sua sã consciência, menos Kimberly, que agora estava sendo ajudava a se mover com a ajuda de Fernanda e Topher. Os cinco saíram dali, sobrevivendo a aquele caos.


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Notas finais do capítulo

Até logo o/



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