Contágio escrita por MrArt


Capítulo 2
Estação 1 - Capítulo 2 - A New Beginning


Notas iniciais do capítulo

Heey, voltei aqui.
Boa Leitura ^-^



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— 9:53 –

Afastei Sasha alguns centímetros do que víamos, várias pessoas assim como nós dois, viam aquilo perplexos, algumas se afastaram enquanto outros seguravam alguma coisa para se defender, caso fossem atacados.

Os soldados fecharam a saída de cidade, sabiam que aquilo não era normal, ele começaram a atirar contra nós, tentando fazer como alvo, aquele homem, as pessoas começaram a retroceder e fugir para longe.

— Robert! – Sasha gritou segurando minha camisa – Temos que sair daqui!

Não respondi, comecei a ouvir mais gritos, pessoas voltavam da avenida correndo e entravam em ruas menores, os carros estavam sendo abandonados, ninguém pegava sequer as coisas do porta-malas, aquilo em segundos virou um caos.

— Vamos voltar para o apartamento! – Puxei Sasha.

— Não podemos! A radiação vai ser espalhar... – Sasha tentava se livrar de mim.

— A gente dá um jeito – Falei – Nosso bairro fica um pouco longe do centro, até lá podemos pesquisar sobre isso...

Após virarmos a avenida, vimos mais uma cena aterrorizante, uma mulher, do mesmo aspecto que o homem, mordia o pescoço de um adolescente, que já estava sem vida, ela tirava pedaços de pele, músculos...

— Ah eu... – Sasha entrou num pequeno beco e começou a vomitar.

— Vamos sair logo daqui – Coloquei seu braço no meu ombro.

Os montes de pessoas começaram a lotar a rua, algumas desmaiavam, passavam mal, eram atacadas por aquelas ‘’pessoas’’, e o número deles só aumentava.

— Estamos perto do centro da cidade... – Disse Sasha – Melhor não irmos para lá... estamos um pouco distante do apartamento, melhor passarmos em algum lugar seguro antes.

— Certo – Falei – Vamos passar no Walmart... temos que pegar alguns produtos.

Com um pouco de dificuldade chegamos ao supermercado, mas não pensei na gravidade que estaria o lugar, as pessoas estavam saqueando o local, algumas saiam com carrinhos cheio de coisas, pacotes fechados e materiais para se defender.

— Vamos ser rápidos – Falei para Sasha, que estava apavorada – Pegue apenas enlatados e água, eu vou procurar outras coisas, me encontre em cinco minutos no caixa 28.

Ela se separou de mim, corri para um corredor e achei coisas que podiam servir como armas até encontrar algo melhor, peguei um machado, fui para outro corredor e peguei uma mochila grande, uma lanterna e uma garrafa térmica, várias prateleiras estavam vazias, pois as pessoas não paravam de encher os carrinhos de coisas.

— Alguém me ajude!— Ouvi uma voz infantil – S-Socorro!

Corri na direção de onde o grito vinha, quando cheguei ao destino, um garoto de proximamente 11 anos, tentava se defender de uma daquelas ‘’pessoas’’, ele segurava um pedaço de ferro, que inutilmente iria servir.

Avancei na criatura, bati em sua cabeça com o cabo do machado, ele caiu no chão desacordado, e uma grande quantidade de sangue batia em sua cabeça.

— Meu Deus... me perdoe – Falei baixinho e me virei para o garoto – Você está bem?

— E-Estou – Ele se encolheu – Por favor, não me machuque!

— Não vou te fazer mal – Falei – Onde estão seus pais?

— Eles disseram que iam voltar... – Falou o garoto tristemente – Mas faz muito tempo já...

— Olha – Falei pensativo – Pode vir comigo se quiser, me chamo Robert...

Ele me encarou por alguns segundos.

— Tudo bem... – Ele se levantou – Me chamo Mike...

— Muito bem Mike – Falei – Me siga – Segurei seu ombro.

Nós corremos até o caixa em que combinei com Sasha, parecia que a situação havia piorado, as pessoas estavam quebrando as trancas das dispensas, algumas quebravam as vidraças, mais e mais pessoas entravam naquele mercado.

— Que demora Robert! – Ela gritou, mas parou quando viu Mike – Quem é ele?

— É o Mike... – Falei – Ele está com a gente agora.

— Tudo bem – Sasha disse ainda desconfiada – Vamos.

A gente correu para a saída, quando chegamos no estacionamento, havia aquelas criaturas, elas estavam aumentando cada vez mais, mais pessoas eram mordidas, aquilo era uma epidemia.

— Por aqui – Falei indo em direção à um carro – Está com a chave!

— Mais tem uma mulher no banco do lado... – Disse Sasha – E se for aqueles bichos?

— Espera... – Falei abrindo a porta do motorista – Ei! – Sacudi a pessoa.

A mulher abriu os olhos, eles estavam meio amarelados, sua boca estava cortada e várias manchas roxas tomavam conta de seu corpo.

— Sai daí Robert! – Sasha me puxou para fora e fechou a porta do carro.

A tal mulher avançou contra a porta e começou a bater no vidro, ela fazia um ruído estranho, como se fosse um animal raivoso.

— Vamos ir embora daqui – Disse Mike – Está muito perigoso...

Saímos daquele local, estava virando um pandemônio aquele mercado, as pessoas estavam entrando em estado de loucura.

Em alguns minutos, conseguimos chegar na rua do prédio.

— A rua está vazia – Que ótimo – Parece que aqueles bichos não vão chegar aqui tão cedo – Falei.

— Vocês moram aonde? – Perguntou Mike confuso.

— Naquele prédio – Indiquei para o garoto.

Nós três seguimos até o prédio, passamos pela portaria e fechamos o portão, subimos com cautela os andares, eu segurava o machado, Mike a lanterna e Sasha ficava atrás de nós, verificando os apartamentos.

— Está tudo vazio – Disse Sasha – Como antes, ninguém voltou para cá...

— A gente trancou o apartamento antes de sairmos? – Perguntei.

— Acho que não – Sasha começou a procurar a chave na bolsa.

— De qualquer jeito... ninguém está aqui – Falei – Só se alguém entrou no prédio e saqueou as coisas.

— Pouco provável – Sasha revirou os olhos.

Paramos em frente do apartamento, ao entrarmos, percebi que deixei como estava antes, nada fora do normal.

— Minha casa – Me deitei no sofá.

— Alô – Sasha fez uma careta – Estamos em meio a canibais na cidade, e o senhor fica ‘’felizinho’’ com o sofá

— Estraga prazeres... – Falei com cara de deboche – Ei, Mike, quer alguma coisa?

— Ah, não – Respondeu – Obrigado – Ele se sentou no sofá – Será que é seguro aqui?

— Seguro deve ser... – Falei pensativo – Mas eu acho que não vamos ficar muito tempo aqui – Fui em direção à janela, e vi alguns mortos-vivos passarem na rua, sim, acho que vou começar a chama-los assim.

É, acho que vou ter que me acostumar com essa nova ''vida'', se eu vou poder chamar isso e vida.

— 12:00 -


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Notas finais do capítulo

Obrigado por quem leu até o fim ^^, deixe um comentário se gostou