Em um dia decisivo, a manhã parecia surgia lentamente no que parecia ser um dia de sexta-feira. As águas do rio Mississipi corriam ainda com força devido o recém furacão que assolou toda aquela região, mas aquilo não impedia que o encontro de grupos ocorresse.

Toda a Resistência estava reunida no ponto marcado. A ponte Driver que cortava os estados do Louisiana e Mississippi estava lotada de veículos e todos os grupos juntos. Todos os combatentes do Supermercado, os membros do Estádio, vários atiradores do Museu, os produtores da Praia Palm e e o grupo da Rota 55 agora se uniam com um único propósito. Eram inúmeras pessoas, que estavam colocando tudo em risco para construírem um futuro sem a Elite no caminho.

— Esqueci de pegar os coletes. Está frio para caralho - Melissa se apoiou no capô do carro, interrompendo a conversa de Mandy e Gibbs.

— Tem um no carro, pode pegar - Gibbs falou com a moça e então voltou a atenção a sua namorada - Você deveria levar isso a sério.

— Nós deveríamos ter ido com a Sandy e o Sid - Mandy bufou, irritada com o fato do casal ter ido com a equipe de Boone para outro destino.

— Não tivermos essa sorte, se conformee com isso - Melissa deu os ombros.

Logo a frente, os primeiros passos para o início do conflito começavam.

— Nunca vi todos reunidos como no dia de hoje - Oscar parecia surpreso. Todas as comunidades realmente haviam aparecido. Os representantes do Museu e da Praia, Nicolas e Aline, se aproximaram dele.

Robert, Vasili, Bruna e Kei estavam presentes naquele pele círculo que tinham formado. Atrás deles, as equipes estavam se organizando. Pam e Dallas terminavam de montar as barracas de atendimento médico e alguns não-combatentes por ali ficavam para a produção de comida e outro itens como balas artesanais e facas, graças a ajuda de Bruna.

— Finalmente estou vendo o tão famoso Robert - Aline passou a língua entre os lábios, sedenta. Robert se sentiu incomodado. Quando não era Sandy, Keegan ou Pam lhe jogando algum flerte descaradamente, alguma mulher surgia como se quisesse comê-lo vivo.

Talvez ele estivesse sendo muito falado. Muito além da conta.

— É um prazer. Eu acho… - Robert falou baixo.

— Sou a Aline - A moça se apresentou.

— E eu sou Nicolas - Um moreno da altura de Vasili se apresentou - Nós éramos os líderes da Resistência na época que em que nós rebelamos contra a Elite - Ele não parecia nervoso pelo o fato que estava para ocorrer - Esse dia está sendo esperado a meses.

— Você é praticamente o Messias da Resistência - Vasili sussurrou para Robert, que não pode deixar de concordar com aquilo. As pessoas o tratavam como um rei e se mandassem elas morreriam por ele.

— Cala a boca - Ainda era assustador para Robert a ideia de seu pai estar vivo, e liderando mais uma vez algum grupo - Pediremos o resgate do Ozzy, se negarem nós vamos atacá-los, sem piedade nenhuma.

— Usaremos as bombas caseiras na base da Elite com as bombas caseiras - Bruna disse no meio da conversa.

— Certo - Robert concordou.

— Boone vai liderar a equipe para atacar o frigorífico novamente. Eles voltaram para lá durante a madrugada segundo o Miguel - Kei falou segurando a sua metralhadora - Polly está no supermercado com os que ficaram. Ela vai garantir a segurança deles enquanto estivermos fora.

— O estádio protegido com a Ângela e o Patrick. Não podemos perder as plantações ou nos ficaremos sem comida durante toda essa temporada de primavera - Vasili disse com certo receio de que algo acontecesse com seu local de liderança. Visualizou sua equipe, que era formado por Ícaro, Hannah e Kimberly, que tinha acabado de reencontrar seu antigo grupo.

Ela havia entrado em colapso quando descobriu que Tolher havia morrido.

— Se seguirmos conforme o plano, isso vai começar a acabar rápido - Oscar assentiu e olhou para todo a ao seu redor - É bom estar com vocês essa manhã.

Nos arredores da Elite, vários atiradores em guarda faziam a ronda pelas torres de vigia, que foram pegos despercebidos por tiros de snipers vindas de Aaron e Schindler. O complexo estava silencioso e o único barulho que podia ser ouvido era o de alguns zumbis que se amontoavam nas cercas e miseravelmente tentavam entrar, sendo abatidos logo em seguida. Aparentemente, nada de novo ocorria naquele lugar, exceto uma discussão que durava horas no quarto dos Novos Fundadores, que não tinham noção alguma de que o sistema de segurança estava falhado.

— Deb terá que ser rebaixada. Não podemos correr o risco de perder mais soldados - Jessica falou deitada em sua cama, enquanto fazia uma análise em uma prancheta.

— Montserrat vai assumir o lugar dela no treinamento e Felipe está cuidando do frigorífico. As coisas vão voltar ao normal - Arthur remexia seu copo com uisque após colocar dois cubos de gelo.

— Acha que é verdade que Robert Petterson está vivo? - Jessica retirou seus óculos, olhando com certa dúvida para Arthur.

— Jason não mentiria sobre isso. Ele pode ser um brutamontes mas não é idiota de nos enganar - Arthur estava pensativo com a assembleia do dia anterior - Ainda vou ter o Petterson nas minhas mãos, nem que seja o cadáver dele.

— E o que faremos com Ozzy? - Jessica perguntou.

— Ele é um beta, não podemos simplesmente matá-lo - Arthur falou dando um último gole em seu uisque. Virou seu corpo e então observou os monitores de segurança de todo o complexo da Elite. Ele percebeu uma enorme movimentação que ia em direção aos portões da base - Mas que porra! - Arthur gritou, derrubando seu copo no chão de carpete.

— O que houve?! ARTHUR! - Jessica pulou da cama quando o homem deixou o quarto as pressas.

O sensor de emergência foi ativado na Elite. Arthur não podia acreditar que o sistema de segurança não havia funcionado para abater estranhos que se aproximavam dá base. Aquilo só podia ter sido sabotado por uma pessoa muito bem treinada e que conhecia a sua tecnologia avançada.

— O que está pegando? - Jason apareceu armado no corredor principal.

— Ouvi dizer que há pessoas lá fora, mas que porra! - Deb amarrou os seus longos cabelos. Ela estava preparada para qualquer tipo de perigo, a qualquer hora.

— Sabotaram a nossa segurança. Espero que não sejam quem eu estou pensando - Arthur então abriu uma porta que dava acesso ao alto de uma plataforma, onde se podia ter uma visão ampla da entrada do complexo. Atrás dele vieram Jessica, Deb e Jason.

— Filhos da puta… - Deb congelou ao ver Robert em cima de um dos carros que cercaram os portões.

— Sentiram minha falta? Seus putos. - Robert disparou um tiro com a sua arma, olhando fixamente para os seus novos inimigos.

— Então você realmente existe? - Arthur se apoiou em uma grade, olhando para Robert como se estivesse encontrado uma peça valiosa.

— Não. Sou uma cópia de mim mesmo. Idiota - Robert gritou rispidamente - Essa grade que protegem vocês não vai aguentar muito tempo. Seus desgraçados, torturadores de merda.

— Acha que esse seu grupo vai nos destruir? - Dessa vez foi Jessica quem riu, ficando ao lado de Arthur. A princípio, apenas Bel, Kei, Oscar e Vasili estavam ao lado de Robert - Podem ter entrado no nosso sistema de segurança, mas não vão conseguir chegar até nós - A fundadora disse com raiva, cuspindo as suas palavras.

— Nunca irão nos destruir. E obrigado por nos poupar de te procurar, Robert - Arthur estava com tudo Em jogo para colocar as mãos no loiro e aprisioná-lo novamente.

— É o que vocês pensam. Essa porra de Elite vai acabar - Na mente de Robert, várias lembranças do que ele havia passado em um ano preso em Corpus Christi vieram a tona. Todas as torturas que não só ele havia sofrido nas mãos daquelas pessoas, mas também a de Tolher, Marilyn e vários outros, finalmente seriam vingadas - Se for preciso matar para garantir o futuro da humanidade, eu farei isso com o maior prazer - Olhou mais uma vez para Arthur e Jessica, os responsáveis por trás de todos aqueles anos de tortura - Fogo!

Era a hora daquilo começar.

Num piscar de olhos, Marilyn, Merle e vários outros saíram de trás dos carros e começaram a disparar com suas armas sobre todo o prédio, atingindo vários outros atiradores da Elite

— Corram! - Arthur mal teve tempo de criar um diálogo com o loiro. Varios tiros foram deferidos contra eles no alto da plataforma.

Jason, Deb, Jessica e Arthur voltaram para dentro do prédio. Os atiradores da Elite correrram até as janelas e começaram a efetuar uma troca de tiros com a Resistência, que não recuou até então. A essa altura, tamanho barulho estava atraindo centenas zumbis para a região.

— Temos que derrubar a cerca e invadir quanto antes - Abaixado atrás de um dos carros, Robert trocava a munição de sua arma. Ele e Bel estavam juntos, enquanto Gina e Bruna começavam a preparar as bombas e Kei e Vasili guiavam o grupo para pontos específicos de ataque.

— Espero que dê certo! - Bel falou ofegante.

— Tem que dar - Robert se levantou apenas para atirar algumas vezes.

Sem pensar duas vezes, Jason e toda a equipe de Montserrat moveram uma multidão de homens dos subúrbios e os levaram até a entrada, deixando a troca de tiros ainda mais perigosa. Montserrat tinha um otimo esquadrão de atiradores, dificultando o avanço da Resistência e colocando em perigo a vida de seus membros.

— Parece que temos problemas! - Merle gritou ao ver um grupo de zumbis aparecerem. Eles acabaram deixando toda a Resistência em uma grande linha de perigo.

— Droga! - Melissa pegou sua faca e a lançou na testa de um zumbi, o matando imediatamente - Nós precisamos voltar!

— Não temos escolha, temos que voltar para a ponte! - Rick foi até a Gina e Bruna, que terminavam de armar as bombas.

— Estamos quase lá, que porra! - Gina gritou nervosa, por pouco não foi atacada por um zumbi, se Rick não a salvasse.

— Temos que ir agora! - Rick arrancou Gina do chão, fazendo com que a bomba não fosse ativada e ela Bruna perdessem seu trabalho.

— Rick! NÃO! - Bruna pediu desesperada para que ele saísse de perto de Gina, mas era tarde demais.

Rick tinha levado um tiro na cabeça.

— Merda! - Gina berrou, perdendo o equilíbrio com o corpo de Rick caindo em cima de si.

— Voltem agora! - Ícaro passou correndo junto com Hannah.

— Que porra eles estão fazendo? - Kei abaixou atrás de um dos carros junto com Vasili para trocar sua munição. Todos estavam voltando na rota do ponto de encontro.

— Estamos perdendo o equilíbrio do lugar. Está ficando cheio de zumbis - Vasili suou frio. Olhou para onde Bruna e Gina deveriam estar e percebeu que elas haviam deixado as bombas para trás - Isso não vai terminar em bosta.

— Não se eu fizer alguma coisa - Kei se separou de Vasili, que sumiu entre as árvores junto com as bombas.

— KEI! - Vasili chamou pela oriental, mas não teve resposta.

Robert notou que todos haviam corrido por conta dos zumbis. Sem ter alternativa de continuar aquele ataque, ele sinalizou para que os que restaram saíssem dali quanto antes. Todos receberam o sinal a tempo de serem pegos pelas criaturas ou serem vítimas de uma bala perdida no meio da confusão.

— Eles se foram - Jason cessou o tiroteio.

— Mas eles vão voltar. Trouxeram zumbis para caralho agora - Montserrat passou a mão em deus cabelos curtos e olhou todo ambiente. As cercas agora eram dominadas por zumbis.

— Filhos de uma puta - Jason cuspiu no chão, com raiva - Eles não vou voltar, por que eu vou acabar com todos eles.

— O que você pretender fazer, Jason? - Montserrat perguntou com malícia.

— Apenas o necessário para acabar com esses desgraçados - Jason encarou os zumbis na cercas, antes de deixar Montserrat para atrás e agir por conta própria.