Contágio escrita por MrArt


Capítulo 148
Estação 8 - Capítulo 148 - Rebeldia


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura!



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Perto do curso do Rio Mississippi, a última base da Elite funcionava em larga escala. Uma enorme instalação agora comandada pelos chamado ‘’Novos Fundadores do Apocalipse’’ e com vários subordinados que serviam como os combatentes, após todos os soldados terem sido liquidados por Oscar durante a batalha em Nova Orleans onde mais uma base tinha caído por conta das rebeliões. Agora, lhes restavam destruí-los de uma vez por todas antes que todos os experimentos realizados por eles durante o apocalipse tenha sido completamente em vão.

Deb e Jason voltavam até a base com a maioria de seus membros da equipe mortos, o que não seria nada agradável para os Novos Fundadores. Eles já os esperavam no alto do salão principal, onde centenas de membros da Elite os aguardavam para receberem as não tão ‘’boas-novas’’.

Entretanto, Jason tinha Ozzy em suas mãos, e aquilo já significa alguma coisa.

— Me disseram que todos morreram no frigorífico, é verdade? - Vinicius perguntou para Deb, que apenas lhe lançou seu típico olhar de raiva.

— Está vendo algum deles aqui comigo? - Deb disparou a resposta de forma ignorante, deixando Vinicius calado e passou direto dele - Eu estou tremendamente fodida - Pensou consigo mesma, indo até a enfermaria, encontrando Aryane em uma das macas recebendo tratamento devido às queimaduras sofridas por Merle.

Aryane tinha seus braços enfaixados com várias compressas, algumas partes de seu corpo também tinham feridas expostas, mas nada que tenha sido tão grave. Graças ao acesso a insumos e o médico reformado que tinham, o doutor Zachary e a neonatal Jasmine, muitas vidas foram salvas na enfermaria diariamente. Aryane não queria ser incomodada tão cedo, mas Deb corria contra o tempo para salvar sua própria pele.

— Onde está o Jason? - Foi até a mulher, sem se importar de seu estado.

— Não faço ideia daquele desgraçado. Eu quase morri naquela porra… - Aryane gemeu de dor devido uma queimadura no ombro.

— Todos morreram? - Tornou a perguntar, olhando para trás, se certificando que ninguém ouvia a conversa.

— Não. Morello e Raphael estão vivos - Aryane respondeu olhando Deb, desconfiada. Tinha certa noção do que ela pretendia fazer - Trouxeram um refém junto com eles.

— Ótimo - Deb pareceu estar pronta para fazer alguma coisa.

— Escuta aqui…. - Aryane conseguiu se levantar e puxar Deb pelo colarinho de sua blusa - Não faça nada que nos coloque em risco. Sabe que as coisas aqui tem de tudo para ir abaixo. Olharam para o lado, observando dois bebês recém-nascidos dormindo tranquilamente - Soltou Deb, que por pouco não caiu para trás - Passar bem, Deb - Virou o rosto e Deb se retirou.

Em passos rápidos, Deb chegou até os ‘’Subúrbios’’, lugar onde todos os habitantes da Elite residiam. Uma quantidade excessiva de contêineres e tendas espalhados em um enorme campo cercado dominava a paisagem da base ao fundo, mas abrigava centenas de pessoas treinadas para sobreviver em um apocalipse com êxito. Mas não era o que acontecia nas últimas semanas.

— Acabou a palhaçada aqui - Deb invadiu a tenda de Jason. O ruivo estava com Agnes, Camz e Winnie em um momento muito íntimo, que lhe causou frustração ao ser interrompido por Deb.

— Qual foi, Deb?! - Jason tirou suas mãos de Winnie, enquanto Camz e Agnes se arrumavam.

— É, Deb. Cai fora - Agnes murmurou.

— Eu acho melhor vocês saírem daqui antes que eu perca a paciência! - Deb explodiu de raiva e as três moças imediatamente saíram, assustadas - As coisas estão fervendo aqui dentro e você está aí se divertindo como se nada estivesse acontecendo! - Deu dois murros no peito de Jason enquanto ele vestia sua camisa.

— Não sei do que está falando - Jason olhou cinicamente para Deb.

— Pessoas morreram no seu grupo, eu sei disso. Não vou ser a única punida por isso - Deb disse - Aryane me…

— Aryane não sabe de nada. Raphael e Morello me trouxeram um refém Beta - Jason falou tranquilamente. Era nítido no olhar de Deb que ela ainda tinha uma última carta na manga - Não é um Oscar, mas é um cara fodido que pegaram - Colocou sua mão no ombro da mulher - Olha, Deb, eu não tenho culpa se todos os Ômegas que você capturou estão mortos junto com a sua equipe, mas não me envolva nisso, beleza? - Sorriu uma última vez para a mulher antes de lhe dar as costas.

Era hora de usar essa carta.

— Sei onde está Robert Petterson - Ao pronunciar tais palavras, Jason imediatamente se voltou a Deb.

Depois de uma longa conversa, Jason foi até o lugar onde Ozzy era mantido refém junto com várias outras pessoas. Ele foi arrastado pelo tenente junto com Deb, até uma convocação geral no auditório da base. Todos os membros da Elite estavam reunidos no lugar e se organizando nas cadeiras. Desde o mais baixo escalão até o soldado de mais alta patente, todos tinham de marcar presença.

E claro, acima todos, os Novos Fundadores do Apocalipse.

— O que está acontecendo aqui? - Ozzy olhou para Winnie, assustado. Jason simplesmente havia o jogado em uma das cadeiras como se ele fosse um membro comum da Elite.

— É melhor ficar quieto - Winnie respondeu em um tom baixo, cruzando os braços enquanto se ajeitava na cadeira.

— Não pode ao menos me dizer aonde estou? - Ozzy insistiu. Winnie se remexeu na cadeira, um pouco irritada, mas cedeu uma resposta ao rapaz.

— Está em um lugar onde tem o direito de ficar calado, se quiser viver - Winnie disse de relance.

Quando um casal apareceu no palco do auditório, todos se levantaram por alguns segundos em sinal de respeito e depois voltaram a se sentar. O homem e a mulher trajavam roupas formais e bem alinhadas, seus rostos esbanjavam tanto poder que já passava pela cabeça de Ozzy que ele seria alvo de alguma atrocidade daquelas pessoas. Se encolheu ainda mais em sua cadeira, mas com Jason e Deb perto dele as coisas ficariam muito mais difíceis, principalmente no que se dizia a respeito de tentar sair daquele lugar.

— O furacão quase chegou até nós na noite passada mas os estragos deixados por nossos principais tenentes foram de prejuízo irrecuperável - Jessica, a mulher mais elegante daquele lugar, tomou frente ao púlpito. Sua voz ecoou por todo o auditório quando sua boca se aproximou do microfone, chamando pelos dois nomes mais falados naquele dia na Elite - Deb e Jason, por favor compareçam até o palco - Jessica se afastou do púlpito até o lado de Arthur, colocando as mãos para trás.

Deb e Jason se entreolharam e então levantaram-se de suas cadeiras. Ozzy foi puxado junto com eles e seguiram em passos calmos até o palco. Todos os membros da elite os observavam com destreza ou medo. Certas pessoas não gostavam, especialmente de Jason, pela sua alta posição na hierarquia da Elite. Deb, no entanto, era a que mais temia por sua vida naquele momento.

— Não é de hoje que vocês sabem que a paz é nosso lema. Mas manter nossos membros vivos é garantir a sobrevivência desse lugar - Arthur começou seu discurso com uma tonalidade de voz que causava arrepios em qualquer um. No meio do auditório, Jason pode avistar Morello e Raphael de cabeças baixas enquanto Arthur falava, com certo receio do que viria a acontecer - Jason e Deb, vocês desonram nossa sociedade em falhar na missão de trazer novos membros. Colocaram em risco nossa segurança e causaram sérios ferimentos em Aryane.

— Ela quem quis atacar aquele supermercado estúpido - Jason disse baixo, mas o suficiente para que Arthur erguesse a mão e lhe desse um tapa na cara.

Jason suspirou e Deb manteve a postura.

— Eu não pedi para que falasse - Arthur falou de forma séria, observando Ozzy de fundo e depois Deb - E você Deb, por ter perdido todo o seu grupo, isso nos demonstra que é uma inútil - Virou-se para Jessica, esperando sua palavra.

— Quem é o rapaz? - Jessica perguntou olhando Ozzy de cima a baixo.

— Consegui ele durante a busca no supermercado - Jason puxou Ozzy pela sua camisa - É um beta. Um fodido beta - A face de Arthur pareceu mudar imediatamente - Ele é essencial para um treinamento.

— Um beta… - Arthur se aproximou de Ozzy, colocando a mão em seu maxilar. Ozzy estava trêmulo de medo - Jason… a sua busca pode até ter valido a pena, do contrário de Deb….

— A minha pode ter matado todos os meus caras, mas garanto que vai ter a informação mais valiosa que qualquer um queria ter - Deb não mediu esforços para cortar o barato de Arthur - Robert Petterson está vivo e eu estive com ele - As palavras de Deb fizeram com que todos no auditório começassem um rebuliço. Arthur e Jessica não podiam acreditar no que ouviram.

— Silêncio! - Jessica gritou e todos no auditório se calaram. Ela foi até Deb - Como pode dizer mentiras como essas?! Ninguém da Elite vê Robert Petterson desde a procura em Albuquerque.

— Eu capturei ele mais três mulheres. Eles são habilidosos demais, porra - Deb disse irritada com aquele casal - Por que acha que perdi todos os meus homens? Ele é uma máquina na hora de combater alguém, eu também deveria estar morta a essa hora se não tivesse escapado.

— Ele faz parte do grupo do Robert - Jason segurou Ozzy novamente.

— Pode confirmar isso? - Arthur perguntou para Ozzy, que nada respondeu, com medo de que chegassem até eles - Não vai me responder?! - Arthur puxou sua arma do cinto da calça e a apontou para Ozzy. Ele não tinha medo algum de matar Ozzy na frente de todos, e alguns até torciam por aquilo.

Ozzy apenas assentiu.

— Ótimo - Jessica plantou um sorriso em seus lábios - Deb você será compensada por isso - Quando Jessica e Arthur tiraram os olhos de Deb, ela quase desmaiou com tanta carga retirada de suas costas.

O casal trocou olhares como se estivessem conversando entre si. Eles pararam no palco em frente a todos os seus membros e uma bandeira dos Estados Unidos foi hasteada logo em seguida para a visão de todos. Observando tudo ao seu redor, Ozzy percebeu que todos ficaram em pé de novo e então começaram a fazer uma espécie de saudação especialmente a Jessica, Arthur e a nação americana:

— Glória aos Novos Fundadores do Apocalipse, que por meio de sua inteligência e altruísmo, salvaram a vida de tantos seres humanos da miséria de um mundo destruído, os alimentando e os prosperando para uma vida nova. Salientamos também a importância de protegê-los a todo o custo e se vier a acarretar, sacrificamos nossas próprias vidas por ele. Que Deus abençoe os Novos Fundadores do Apocalipse e a América, uma nação reconstruída dos mortos.

Após o fim daquela oração, um Ozzy boquiaberto e chocado com tanto fanatismo, só pensava em sumir daquele lugar.

Robert, Kei, Bel e Polly regressaram até Nova Orleans com a ajuda de Bruna e Gina, que voltaram para a Rota 55 temendo algum ataque da Elite. O supermercado estava parcialmente destruído e assim que os quatro colocaram os pés no local, Boone e Robert correram para se abraçar. Enquanto isso, Polly avistou um Scorpion fumaçando de raiva contra ela. A loira se escondeu atrás de Kei antes que o cubano viesse para cima dela.

— Onde você pensa que está com a cabeça?! Sua maluca! - Scorpion gritou indo até as mulheres.

— Não podemos discutir agora, tem um incêndio nos corredores de administração! - Oscar gritou, puxando a mangueira de incêndio do enrolamento junto com Aaron. Todos correram para ajuda, inclusive Scorpion, que apenas olhou de relance para Polly..

— Você não! - Bel disse para Polly - Precisamos te levar para o Dallas! Está machucada para caralho nas costas - Olhou a regata de Polly completamente rasgada na parte de trás, expondo vários hematomas - A clínica ainda funciona? - Perguntou para Marilyn, que passava por ali no momento.

— Funciona, mas Dallas está cheio de feridos agora para tratar - Marilyn falou e então Bel assentiu, saindo de perto do caminho do incêndio.

Oscar e Aaron correram para apagar o fogo, enquanto Schindler e Melissa quebravam as janelas dos andares superiores para que a fumaça não se concentrasse dentro do prédio e fosse até os andares inferiores, onde a clínica se localizava. Todos estavam colocando as próprias vidas em risco por conta de algo que Merle havia provocado, mas por um bem maior.

— Merle foi um herói. Se não fosse por ele essa clínica estaria cheia de corpos - Dallas encaixava o braço de Murilo, enquanto observava Polly se automedicar - Tem certeza que pode tomar isso?

Eu fiquei na estrada durante a minha gravidez inteira. Não tenho mais medo de nada - Polly falou abrindo um frasco com medicações pré natais.

A loira ainda sentia dores devido o espancamento e um pouco de dor de cabeça devido às paranoias que criou quando Scorpion fosse falar com ela. O cubano não iria deixar aquilo passar por despercebido, especialmente por Robert estar com ela. Os dois rapazes não se davam bem muito antes de chegarem em Nova Orleans. Scorpion havia se estranhado com Duncan, Gibbs e até mesmo Aaron e Schindler, mesmo que Polly tivesse o dobro da idade dos irmãos.

Estava ficando doentio.

— Está tudo bem Polly? - Pam perguntou para a loira. Havia acabado de ajudar Alice com alguns cortes.

— Não muito. Estou cansada, mas satisfeita com o que fiz hoje mais cedo - Polly respondeu com um sorriso falso. Ter matado as pessoas que lhe espancaram a trouxe um pequeno momento de paz. Não que aquilo fosse saudável para a sua mente, mas evitou que seu filho morresse.

— Entendo… - Pam disse um pouco desconfiada. Desde que trabalharam juntas sabia como Polly era uma pessoa que guardava as coisas para si, e agora não era diferente.

— Acabaram com o incêndio - Toni apareceu na enfermaria - As coisas estão mais calmas lá embaixo.

— Calmas? - Murilo disse em tom de deboche - Sete pessoas morreram com isso.

— Deram sorte de não perderem o grupo inteiro de uma vez - Polly se lembrou dos eventos que ocorreram no trem.

No mesmo instante, Scorpion invadiu a enfermaria com um murro na porta, assustando a todos e fazendo Pam sacar sua arma por intuição, mas a abaixou ao perceber quem era. O cubano foi para cima de Polly, mas até então, sem encostar um dedo na moça.

— Como assim você foi espancada?! - Scorpion disse ríspido - Que porra de história é essa Polly?!

— A história de que eu fui fazer alguma coisa pela Bel. Ela poderia estar morta agora, seu merda - Praticamente havia cuspido as palavras no pai de seu filho.

— Uma coisa é você ficar de gracinha com o Robert, bancar a boa samaritana com todo mundo, mas colocar a vida do meu filho em… - Polly imediatamente o interrompeu.

— Do nosso filho! - Polly exaltou-se mais uma vez - Você está ficando doente - Olhou de cima a baixo para Scorpion - Seu doente.

— Depois que essa criança nascer. Você vai poder serrar em que quiser, mas agora, eu exijo respeito - Apontou o dedo para o rosto de Polly, que sentiu o seu sangue ferver. Ela levantou a mão e esbofeteou o rosto de Scorpion.

— Desgraçado - Polly tremia de raiva - Nunca mais chegue perto de mim.

Polly deu as costas para Scorpion e saiu da enfermaria. O cubano olhou para a porta, massageando a área em que havia sido atingida pela mão pesada da loira. Aquela surra não iria ficar tão barata, especialmente por ter sido na frente de tanta gente. Scorpion saiu marchando atrás da moça no meio do corredor, sem se importar com as pessoas que o olhavam.

— Você não vai me dar as costas! - Scorpion puxou o braço de Polly, a machucando. Os dois estavam na área principal do mercado, onde a maioria das pessoas do grupo se encontravam arrumando ou recuperando seus pertences destruídos.

— Scorpion, olha o que você tá fazendo! - Polly se sentia envergonhada por todos estarem presenciando aquilo.

— Eu já mandei voce tirar as suas mãos dela - Robert largou duas barras de ferro no chão, irritado por ver aquela cena. Kei estava na parte de cima do pátio, observando tudo com Boone.

Scorpion estava de costas para Robert. Ele soltou Polly e lentamente se virou para o loiro, o encarando com desdém. Não havia quem negasse o olhar assassino que Scorpion possuía. Desde que ele e Robert começaram a ter um pensamento negativo um pelo outro durante a gravidez de Polly, o quesito de paz no grupo era constantemente ameaçado.

— Por que você tem que se meter em tudo que se refere à Polly? - Scorpion cerrou os olhos - Não percebe que a vida de um casal não precisa ter o dedo de um viadinho qualquer?

— Viadinho? - Robert cruzou os braços. O seu nível de ódio havia subido absurdamente, fazendo sua cabeça ferver. Olhou para Polly, que estava atrás de Scorpion, preocupada com o fim que aquilo iria levar - Eu posso ser viadinho, mas eu não era um animal com a Polly quando nós estávamos juntos. Seu psicótico maldito.

— Robert não está se ajudando… - Kei disse baixo, preocupada.

Scorpion não pensou duas vezes. Ele estava cansado das palavras afiadas de Robert contra ele, e não seria Kei, Boone, Bel ou qualquer outra pessoa que o segurasse. Num piscar de olhos, Scorpion puxou uma adaga, de um coldre que estava preso na sua perna esquerda.

— Robert! - Polly gritou desesperada.

Scorpion havia ido para cima de Robert, Kei no mesmo instante puxou sua arma para atirar no cubano, mas Boone impediu. Somente com o olhar do tatuado, que Kei entendeu que aquela briga seria apenas de Robert e Scorpion. Qualquer intromissão resultaria em uma tragédia ainda maior.

— Você não pode ficar no meio disso! - Marilyn puxou Polly para longe da briga.

Robert agarrou uma tábua e a usou como escudo. Assim que Scorpion o atacou, acabou encravando a adaga na madeira, impedindo que acertasse o rosto do loiro. Nada que impedisse o cubano de tentar a atacar Robert, arrancando a tábua de suas mãos e o batendo contra ele.

Era nítido que Scorpion fosse mais forte e lutasse melhor contra Robert, suas habilidades de combate corporal eram absurdas e provavelmente ele venceria se dependesse dos métodos de defesa falíveis que o loiro tentava.

— Scorpion você não vai a lugar nenhum com isso! - Robert gritou desesperado, tentando segurar Scorpion. Ele pode avistar Boone e Kei assistirem aquela briga aflitos.

— Isso vai acabar agora. Não percebeu que seus amigos não estão fazendo nada? - Olhou profundamente nos olhos de Robert, o assustando - Essa briga terminar quando um de nós morrer - Jogou Robert contra uma coluna de sustentação.

— Porra ele vai matar o Robert… - Oscar cruzou os braços. Ninguém realmente fazia nada.

— É uma briga de gigantes - Gibbs disse para Mandy, que roia as unhas ansiosamente.

— Robert não pode morrer. Porra! - Mandy fechou os olhos quando viu que Scorpion havia pego uma tesoura da mesa de artesanatos de Alice e a acertado em cheio no ombro do loiro.

Aquele golpe havia sido um enorme baque em Robert, a dor era incontestável com aquela perfuração. Ele iria perder a briga com Scorpion.

Não se usasse o que estava atrás de Scorpion a seu favor.

— Seu filho de uma puta! - Robert tomou parte do que restava de sua força e agarrou Scorpion, movendo os dois até uma barra de ferro que estava solta em uma das colunas.

— Você não vai me matar… - Scorpion sorriu maléficamente para Robert, o jogando no chão assim percebeu a sua ideia.

Robert havia caído ao lado da tábua com a adaga.

— Viram só? O líder que vocês acham que irá derrotar a Elite não é tão forte como vocês pensam. Ele é um fraco e vulnerável. Acabou para o Robert. - Scorpion abriu os braços, olhando ao seu redor. Todos o olhavam assustados com a sua brutalidade. Bel não parava de chorar em desespero, Boone e Kei se preparavam para o pior, enquanto Polly…

Polly já sabia o que iria acontecer.

— Acabou para o Robert somente quando ele morrer - Scorpion ouviu a voz do loiro em seu ouvido e ao mesmo tempo algo perfurar a sua lombar, atingindo fatalmente seus órgãos vitais - E isso não vai acontecer. Não hoje - Forçou a adaga ainda mais em Scorpion, que imediatamente estremeceu e perdeu toda a força que tinha.

Scorpion encarado Polly, antes revirar os olhos e cair morto no chão do supermercado, com todos assistindo a sua morte. Morria o esquecível, enquanto todos acreditavam que ele iria sair melhor naquela luta.

Enquanto o inesquecível regressava

— Parece que meu filho aprendeu direitinho como as coisas funcionam - Robert jurava que a última voz que ouvisse fosse a de Vasili no momento, que estava em pé na porta do supermercado, junto com Patrick e Ângela.


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Notas finais do capítulo

Scorpion está morto! Pessoas do próprio grupo se matando é sinal de que a paz está cada vez mais ameaçada.



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