Contágio escrita por MrArt


Capítulo 120
Estação 6 - Capítulo 120 - O Outro Lado do Paraíso


Notas iniciais do capítulo

Heeey pessoal! O último capítulo da Estação 6 finalmente chegou depois desse longo tempo de postagens.

Boa leitura para vocês!



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Marilyn observava desconfiada todo aquele encontro. Daisy havia acabado de morrer e agora Robert abraçava Kei, até então completamente desconhecida para ela. O estopim para Marilyn foi quando Topher foi até Kei e também lhe deu saudou, enquanto Taissa se encontrava debilitada bem atrás deles. Sem pensar duas vezes, Marilyn começou a agir por contra própria e sem medo algum de futura reações.

— Há alguma coisa muito errada aqui e eu quero saber o porquê – Marilyn ergueu sua submetralhadora e a apontou na direção de Kei e Robert – Não me disse que esse tanto de gente estaria ligado na nossa fuga.

— Marilyn. Se acalme – Robert pediu com as mãos abaixadas, em sinônimo de paz – Eles são meu antigo grupo. Consegui entrar em contato com eles através do rádio e agora estão aqui. Por minha causa. Topher os conhece, sabe que não são pessoas ruins – Olhou para o amigo ao seu lado.

— Sei que eles não são pessoas ruins, mas ao menos podia me contar que tinha contato com eles durante esse ao tempo e que eles estariam aqui – Topher falou com um visível tom de decepção – Renata não veio com vocês? – Perguntou, olhando para Kei, Polly e Bel, que apenas fizeram silêncio – Alejandro? K-Rencita? – Sentiu uma sensação ruim em seu estômago, o simples silêncio das moças fez o seu estômago se revirar.

— Não mudem de assunto! – Marilyn atirou para o alto, irritada – Quero explicações! Como não sei se vocês são daquela maldita instalação?! – Perguntou completamente paranoica, com medo de voltar para aquele lugar.

— Sabe que eu não tenho medo de atirar em ninguém, não é?! – Percy levantou sua arma contra Marilyn.

— Isso vai dar merda, cara – Hunter sussurrou para Percy, que continuou com sua arma pronta para atirar.

— Robert! – Polly o chamou, e então ele virou-se, dando total atenção para sua ex-namorada – Não deixe que ninguém ou você morra! – Pediu, com medo do que Marilyn podia fazer. Era visível o desespero e medo em seu olhar. Passou sua visão para Amber, Fani e Scorpion até chegar em Bel, que tinha um misto de felicidade e insegurança em relação a ele.

— Escute a Polly. Foi difícil chegar até aqui – Bel disse baixo. Robert não teve outra alternativa, se não deter Marilyn.

— Já estamos fora daquele lugar – Robert disse com firmeza em sua voz, ficando frente a frente com Marilyn – Surtar agora não vai te levar a lugar nenhum. Se a morte da Daisy te diz que há algo de errado, tenho certeza que não é com isso. Ninguém precisa morrer para – Colocou sua mão na arma de Marilyn e então a abaixou – Pessoas morrem todas as horas. Não adianta surtar por que perdeu sua amiga – Olhou para trás brevemente e viu Taissa junto com Ozzy – E parece que vamos perder outra pessoa – Robert lamentou. Havia ficado tanto tempo sem ver Taissa e agora na sua volta, seria última vez que a veria.

Em questão de minutos, o grupo invadiu a mercearia que ficava junto ao posto e foram a busca de medicamentos nas prateleiras, mesmo sabendo que não iriam ajudar Taissa de qualquer forma. Ela havia sido deitada em um dos balcões do local e já apresentava os primeiros sinais da infecção em seu corpo, e a cada segundo só piorava.

— Não adianta ficar me encarando desse jeito – Taissa disse ainda com a voz firme. Ozzy estava ao seu lado, segurando fortemente sua mão. Fechou os olhos e deu uma longa respirada, tentando conter a dor da mordida em seu ombro – Achei que você tivesse morrido naquele caminhão...

— Mas não morri. Fico apenas um tempo fora e acontece isso. Não posso deixar que deixaram você ser mordida, Taissa! – Ozzy falou desacreditado no estado em que a namorada prevalecia – Estamos juntos nisso desde o começo, não posso me imaginar sem você! – Tentava a todo custo segurar as lágrimas em seus olhos, mas já havia se tornado impossível.

— Eu sempre tive esse mesmo pensamento desde o dia que isso começou – Taissa admitiu – Mas agora você vai ter que seguir em frente. Percebi isso que uma hora iríamos perder um ao outro quando os zumbis te cercaram no caminhão – Continuou falando, sentindo sua voz se deteriorar e se tornar lenta progressivamente – Ozzy, viemos ao mundo sozinhos e iremos morrer sozinhos – Tossiu logo em seguida, respingando um pouco de sangue.

— Vou ficar com você aqui – Ozzy garantiu – Não vai dar tempo de voltar para El Distrito, eu sei, mas você não vai partir ‘’sozinha’’.

— Ao menos eu poderia morrer na minha cama com meus cobertores. – Taissa lamentou entristecida – Se puder, me enterrem no cemitério da cidade e coloquem flores brancas, se ainda sobraram do jardim da Rosa – Pediu com um sorriso fraco – Ah, Ozzy – O namorado a olhou imediatamente – Quero me despedir do pessoal.

Ozzy então se levantou e cada um ali foi até Taissa lhe dar o último adeus. A infecção rapidamente entrou em estágio avançado e ela não conseguia mais ficar em pé. Seu conforto no momento eram as vozes das pessoas que haviam ficado com ela todo esse tempo.

— Você é uma boa atiradora. Gosto do jeito em que trabalha com as armas de fogo – Percy falou com um sorriso de orgulho, que foi retribuído por Taissa.

— Trabalhamos bem no dia daquele tiroteio em El Distrito. Se não tivesse me ajudado naquela noite provavelmente eu teria morrido – Hunter diz em tom de gratidão.

— Não sei se interagimos tanto para dizer que somos grandes amigas, mas sei que você é uma pessoa boa e cuida muito bem de quem ama. Ozzy tem sorte de ter você na vida dele – Amber falou reconfortando-a.

— Sinto muito pelo o que aconteceu. Eu deveria estar no seu lugar agora – Fani abaixou a cabeça, sentindo uma grande culpa a consumi-la.

— É uma moça tão bela e partirá tão bela quando a conheci. Sua caminhada neste mundo é realmente inspiradora – Scorpion falou com seu excepcional sotaque cubano, fazendo com que Taissa risse um pouco. Sabia que o rapaz estava sofrendo pela perda de Star, mas ele não demonstrava nenhum sentimento em relação aquilo.

— Foi uma honra ter você conosco em todas as missões que participamos. Não recusou nenhuma sequer e sempre foi prestativa para todos nós – Kei fez uma reverência de sinal em respeito a Taissa – Seu nome será lembrado por mim.

— Vou sentir falta de conversarmos na minha cama toda vez que o Ozzy fizesse alguma besteira em El Distrito – Bel disse dando uma fungada em sua própria blusa – Nunca tive relacionamentos que fossem para frente. Você e o Ozzy são uma inspiração para mim e sempre estarão juntos na minha memória, mesmo que esse mundo os esteja separando agora.

— Lembro que quando nos conhecemos você ficou com medo de nós, principalmente quando Robert, Bel, Kei e Renata mataram a sangue frio aquele grupo que nos cercou nos trilhos durante a madrugada – Polly se recordou de um dos momentos em que questionou a sanidade dos seus amigos em relação as outras pessoas – De todas as mulheres que passaram pelo o grupo, você é uma das que tem a personalidade mais forte que já vi – Taissa sentiu orgulho de si com as palavras de Polly.

— Agradeço muito por ter vindo até aqui – Robert encostou suas mãos ao lado dela, sentindo seu corpo gélido – Não sei quanto tempo nós não nos vemos, mas eu tenho uma grande gratidão por ter vindo até aqui. Vamos cuidar do Ozzy como sempre nós cuidamos – Acariciou os seus cabelos levemente, mesmo sabendo que ela não iria sentir.

— Acho que se não fosse por você e o Ozzy nunca teríamos encontrado El Distrito. Nós devemos isso a vocês e só agora tive a oportunidade de te agradecer. Infelizmente nosso mundo é tão foda que nem podemos socializar – Boone disse mantendo sempre o seu otimismo e Taissa novamente riu, cada vez mais fraca – Em uma das minhas leituras na escola dominical, interpretei dois lados para o paraíso e um deles é o lado ruim. Mas tenho certeza que você irá para o outro lado do paraíso, que é na minha visão, é totalmente mais leve e pacífico do que qualquer coisa que já viveu – De todos os que conversaram com Taissa até o momento, Boone foi o único que havia conseguido a tocar de forma tão profunda com as suas palavras, de modo que ela se emocionasse e derramasse algumas lágrimas de seus olhos – Aconteça o que acontecer, isso vai ser rápido, muito rápido.

Por último, veio Ozzy em passos lentos e silenciosos, tentando não a incomodar.

— Está chegando a hora – Taissa gemeu de dor. Ozzy se encostou ao lado dela segurando o seu revólver, pronta para ser usada – Eu te amo muito, Ozzy – Segurou o mais forte que podia na mão do namorado.

— Eu também te amo, Taissa – Ozzy disse, correspondendo o toque. Olhou uma última vez o rosto vívido de Taissa, antes que o pior viesse a acontecer.

Boone os deixou a sós, saindo da mercearia e se reunindo com todo o grupo, que estava em silêncio em sinal de respeito. Rapidamente seu olhar se cruzou com o de Lauren, novamente. Os dois irmãos finalmente ficaram lado a lado finalmente, apenas observando como estavam diferentes com o passar do tempo.

— O que aconteceu com os outros e como chegou até o Texas? – Perguntou Boone, encarando o chão asfaltado.

— Eu é que te pergunto, Boone. Você sumiu durante tanto tempo... – Lauren respondeu indignada. Boone continuou a encarar o chão – Acha que foi fácil para nós ficarmos te procurando durante todo aquele tempo até essa droga de doença começar a matar todo mundo – Cruzou os braços, sem dizer mais nada.

— E depois? Como foi? – Olhou dessa vez para a irmã. Não era tão próximo da sua família desde a última vez que os viu, mas queria saber qual havia sido o destino deles durante o caos.

— Nos refugiamos na igreja do Franklin. Depois que o filho dele morreu e você desapareceu começamos a ligar algumas coisas, mas ele descartou qualquer possibilidade de que você estava envolvido na morte do Finn – Falou. Lauren e toda a sua família ficaram duvidosos na relação de Boone com a morte do filho do pastor e a sua misteriosa fuga – O problema foi que, muita gente na igreja atraiu zumbis para lá. O pai, a mãe e a vovó foram pegos. Consegui fugir com Donnie e Taylor, mas não demorou muito para que perdesse eles – Disse, decepcionada consigo mesma por ter perdido todos os seus familiares.

— Não sobrou nenhum? – Boone perguntou, sentindo-se partido ao meio. Lauren balançou a cabeça negativamente.

— Fugi todo esse tempo com alguns grupos de estrada, até chegar no Texas e uns caras me levarem para a instalação. Fiquei lá bastante tempo, até o Robert e a Marilyn resolverem nos tirar de lá – Boone virou-se para trás brevemente e viu Robert conversar com Kei. Havia sentido muita falta do loiro – Agora sei que é você o cara que ficou com o Robert. Ele nos contou uma vez durante o almoço.

— O que? – Boone arqueou a sobrancelha.

— Pelas tatuagens Boone, você não engana – Lauren revirou os olhos – Ele também contou que teve um rolo com uma famosa jornalista – Olhou para Polly, dessa vez acreditando em Robert – E olha só. Os dois estão aqui.

— Isso não vem ao caso agora – Boone disse desviando o assunto – Mas ainda temos muita coisa para conversar. Quando chegarmos em El Distrito, tudo vai se resolver.

Não demorou muito, e o barulho de um tiro foi ouvido nas imediações, assustando quem estava ali.

Taissa havia morrido.

 

 

 

 

 

Voltar para El Distrito havia sido uma tarefa complicada, ainda mais pelo número de pessoas que havia se juntado ao grupo e também pelas perdas que tiveram no caminho. Os corpos de Taissa, Star e Daisy foram recolhidos e enrolados separadamente para serem transportados para a comunidade. O grupo havia conseguido encontrar um ônibus de viagem na rodovia e se deslocar dali foi menos complicado até então. Vinai, Dante, Justin e Lauren concordaram em acompanha-los, mas convencer Marilyn foi uma tarefa extremamente difícil.

Depois de alguns dias, finalmente estavam em Albuquerque. A recepção foi calorosa por parte dos habitantes, esperançosos que todos haviam voltado. Robert foi muito bem recebido de volta pelos seus amigos que não haviam participado da missão. Entretanto, os membros do grupo de Scorpion sentiram muito a perda de Star e Little Boy. Ozzy estava completamente desolado em ter que enterrar Taissa. Topher tinha quase certeza que Renata havia morrido, uma vez que ninguém comentava sobre o seu estado. Se reencontrar com o seu grupo era a melhor coisa que lhe aconteceu em tempos, mas sentia falta de sua irmã em meio de toda aquela gente nova que conhecera em El Distrito, seu novo lar.

A vida seguia como sempre e agora, estavam em um momento de paz e também de respeito por quem havia se partido.

— Taissa, Monique e Harry estão em nossas memórias pelo seu sacrifício durante a busca pelo nosso filho perdido, Robert – Dizia o padre Gregory no altar, os dois últimos nomes citados eram os verdaderos de Star e Little Boy. Toda a comunidade estava presente na igreja ouvindo o que o religioso discursava. Todos que faziam parte do grupo de Scorpion, inclusive o próprio, visivelmente lamentavam as perdas que tiveram enquanto permaneciam sentados nos primeiros bancos do local – Sabemos o quão difícil é perder as pessoas que amamos, especialmente no mundo que estamos. Deus com a sua piedade os acolheu em seu trono sagrado e agora eles estão livres desse mundo.

— Livres... – Ozzy disse com ênfase, bem baixo. Olhava todos ali na igreja e se perguntava se valia a pena estar vivo num mundo desses. Será que todos eles só seriam livres de toda a ameaça humana e zumbi no dia em que morressem? Era o que Ozzy andava se perguntando desde que Taissa havia morrido.

— E agora, nossas vidas sem eles serão como uma nova página que deverá ser escrita com o tempo – O padre continuou falando. Kei revirou os olhos devido suas dúvidas religiosas e também por que não acreditava mais em fé depois que apocalipse começou – Agora eles serão apenas parte da nossa lembrança – Disse por fim, assentindo com a cabeça – Amém? – Todos repetiram a palavra em coro e então se levantaram de seus bancos.

Após o fim da cerimônia, uma multidão se seguiu para onde os corpos de Taissa, Star e Little Boy seriam enterrados. Daisy já havia sepultada a mando de Marilyn logo que chegaram, passando quase que despercebida sua morte. O cemitério de El Distrito já tinha mais covas tapadas do que habitantes vivos.

— Ozzy deve me odiar pelo o que aconteceu – Fani falou para Uber, enquanto caminhavam lado a lado pelas ruas da cidade – Não tive coragem de acompanhar o cortejo.

— Pelo menos foi a igreja, valeu a pena – Uber disse tentando fazer com que Fani se sentisse melhor – Não se culpe pelo o que aconteceu, isso não vai trazê-la de volta.

— Mas isso vai pesar na minha consciência, para sempre – Fani disse com um grande pesar, mas era a realidade de sua vida naquele momento – Herrera e Timothy ainda estão presos? – Perguntou, desviando totalmente do assunto.

— Ouvi dizer que Patrícia irá formar uma reunião para soltar Herrera – Uber respondeu – Mas isso são apenas boatos. Sua atenção voltou-se para o grupo de Scorpion deixando o cemitério.

— Você precisa se acalmar, Moon! – Scorpion pediu para a moça, que saia as pressas pela rua.

— Me acalmar?! – Moon virou-se para Scorpion enraivecida – Meus dois amigos morreram nessa missão suicida! Se você não tivesse os colocados naquela maldita van eles estariam vivos agora! – Continuou gritando, atraindo a atenção de quem saia do cemitério, como Tamar, Riki, Fox e Halsey – Isso é tudo culpa sua! – Cuspiu na cara de Scorpion.

— Vamos, antes que você faça alguma besteira – Sunshine puxou Moon para longe de Scorpion. Karma foi logo atrás das duas, sem olhar sequer para o seu então líder.

— Vão virar-se a favor delas também? – Scorpion perguntou para os gêmeos Sky e Kami.

— Isso não está certo Scorpion – Sky falou se sentindo decepcionado – Vamos, irmão – Chamou Kami e então os dois saíram dali, deixando Scorpion sozinho naquela rua. O cubano sentou-se na calçada e apenas observou Tuppence, Hunter, Vinny e Amber juntos como sempre, mesmo sabendo que eles tiveram grandes perdas e estavam ali, firmes e fortes.

No cemitério, os enterros já haviam sido realizados e o lugar já se esvaziado. Ozzy permaneceu sentado em frente ao túmulo de Taissa. Topher finalmente havia descoberto o que aconteceu com Renata quando Percy se lhe contou sobre a festa. Boone havia saído com Lauren, o que despertou a atenção de Robert, que agora estava com Kei, Polly, Bel e Matthew entre as sepulturas, observando um Ozzy inerte.

— Sabe o que eu nunca parei para pensar? – Polly se encostou em uma das sepulturas, cruzando os braços – Que nós passamos por tanta merda desde que chegamos aqui e tudo envolveu pessoas do nosso grupo.

— Como assim? – Kei perguntou, arqueando a sobrancelha.

— Se Vasili não enlouquecesse por poder... Com todo o respeito... – Falou para Polly, antes que começasse a ‘’fazer a caveira’’ de Vasili – Tantas pessoas não teriam morrido, Robert não seria sequestrado por ter que salvá-lo de toda essa gente que queria mata-lo e Taissa estaria viva.

— Acho que para tudo isso tem um propósito – Bel segurava Matthew em seus braços, que segurava em sua blusa – Talvez se Robert não ficasse ausente esse tempo todo, nunca teríamos achado Scorpion. Fora isso, provavelmente não teríamos reencontrado Topher e pode ser que tenhamos salvo a vida dele e de toda aquela gente com isso. E de qualquer forma, eu teria câncer mesmo assim – Bufou, tentando esquecer essa parte da sua vida.

— Me sinto culpado as vezes – Robert disse encarando seu calçado novo – Não fiquei ao seu lado quando mais precisou, não vi Matthew dar os primeiros passos e não tive a companhia de vocês – Olhou para o céu limpo que prevalecia durante todo aquele dia, junto com um sol que não estava tão quente – Ao menos o lugar onde estive me fez sentir o que é ser uma máquina para matar. Acreditem ou não, eles criaram domos com várias cidades, incluindo Denver – Contou, impressionado com a tecnologia avançada naquela altura.

— Acha que... – Kei ousou em perguntar – Vasili ainda está vivo?

— É uma questão que eu nunca saberei responder – Robert admitiu – Aonde eu o deixei, pode ser que ele tenha sobrevivido ou não. A única coisa que todo mundo aqui sabe, é que ele é esperto demais em qualquer ocasião, mas também sabe que ele entrega o jogo no final. Acho que se ele está vivou ou morto, isso não é problema nosso – Deu um suspiro pesado – Foi bom ter um pai durante esse tempinho, mesmo ele sendo um mafioso russo psicótico – Todos ali riram, mesmo sabendo que se tratava de uma situação muito séria.

— Vamos ter dias melhores – Bel disse confiante, dando um beijo na bochecha de Matthew, que deu uma risadinha.

— Nós vamos ter dias muito melhores – Robert falou transmitindo toda força positiva para Bel, Polly e Kei – Só que precisamos lutar por eles. Chegamos até aqui juntos e até encontramos Patrícia e Topher no caminho. Tenho certeza que o que construímos, vai ser muito difícil de se destruir – Robert completou enquanto observava o horizonte da cidade, pensativo com o que o futuro lhes reservava.


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Notas finais do capítulo

Esse fim de temporada é realmente muito diferente das anteriores. Houve pouca violência e vemos como os nossos queridos personagens estão vivendo com tantas perdas e reencontros.

Agradeço a quem leu até aqui e os vejo em breve na Estação 7!



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