Contágio escrita por MrArt


Capítulo 1
Estação 1 - Capítulo 1 - Piloto


Notas iniciais do capítulo

(Capítulo reescrito em 29/01/2017)

Ol, inicio uma fanfic aqui ^^ Espero que curtam ela! Boa Leitura!



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— Colorado – 2014 –

 

Eu estava deitado na minha cama descansado um pouco, ao mesmo tempo olhava o teto branco do meu quarto enquanto pensava na minha vida. Esse ano tinha de tudo para piorar e isso só alimentava minha preocupação, eu estava atolado em dívidas, meu salário como balconista não dando conta de pagar as coisas. A faculdade havia aumentado, as contas de água e luz estavam acumulando e até mesmo os empréstimos estavam fazendo minha cabeça explodir. Se algo pudesse me livrar dessa situação, estaria extremamente agradecido.

A propósito, me chamo Robert Petterson, tenho 22 anos e agora estou no último ano da minha faculdade de Artes, resido em Denver, lugar onde nasci e resido até os dias de hoje. Perdi meus pais muito cedo, meu pai morreu quando eu tinha 9 anos e minha mãe quando tinha 12, por causa disso, fui morar com minha amiga Sasha. Minha casa é em um dos milhares apartamentos da cidade, divido o aluguel com Sasha, por circunstância de que não consigo me sustentar sozinho ultimamente. O apartamento pelo menos é um lugar aconchegante de se morar.

Sasha é uma das minhas poucas amigas, tem um cabelo incrivelmente preto e sua pele é bem pálida, ela cursa a mesma faculdade de eu e a minha maior sorte nos últimos meses é ela estar me ajudando com as coisas, mesmo ela tendo seus próprios problemas.

Me levantei da cama e calcei meus chinelos, me dirigi até a cozinha e peguei um copo de água e o bebi. Fui até a sala e fiquei no meu celular mandando algumas mensagens para meus colegas da faculdade e para Sasha, que ainda não estava em casa. Peguei o controle da televisão e liguei direto no meu seriado favorito.

Quando dei por mim, estava adormecendo no sofá.



— Quebra de Tempo -

Já havia passado algumas horas desde que eu tinha dormido, e eu havia realmente apagado no sofá, meu corpo estava mole e eu ainda estava meio grogue por causa do sono. Despertei mais rápido quando vi Sasha entrar correndo no apartamento e começar a vir em minha direção, me balançando.

— Robert! Acorda! – Sasha não parava de balançar, até que ela deu um grito -  ROBERT, ACORDA AGORA!

— O-O que aconteceu?! – Me levantei assustado, colocando a mão nos meus cabelos loiros. Sasha se afastou de mim e foi em direção ao seu quarto, me puxando pelo pulso.

— Não tenho tempo de explicar, precisamos sair daqui agora! – Me intimou e no mesmo instante tirei meu pulso de suas mãos trêmulas – Ei, você não está entendendo?! Precisamos sair daqui! Pega sua mochila e coloca o mínimo de coisas possíveis e...

— SASHA! – Segurei em seus braços e ela me olhou assustada, estava mais pálida que o normal e parecia não ter uma resposta concreta.

— É só você olhar na televisão, está em todos os canais – Apontou o dedo para o televisor, o canal que passava meu seriado agora fazia uma transmissão ao vivo aqui em Denver, zapeei os outros canais e todos falavam da mesma coisa. Me sentei no sofá um pouco assustado enquanto lia as manchetes e então corri até uma das janelas da sala, confirmando o que estava acontecendo, podia se ouvir o barulho de sirenes por toda a cidade – Um atentado aconteceu a alguns minutos no centro da cidade, jogaram uma bomba e parece que havia um material desconhecido com uma espécie de arma ou combustível, está espalhando radiação por todo o local...

— Deve ter sido grave demais – Minha barriga gelou ainda mais quando Sasha afirmou – Quer dizer então que estamos expostos a radiação?

— Não por muito tempo – Sasha pegou sua bolsa do cabideiro de parede – O exército, a polícia e os bombeiros estão evacuando toda a cidade até as dez horas, depois disso, tudo será selado em quarentena. Temos que ir agora.

— A saída da cidade é um pouco longe, não vai ter ônibus que chegue até lá – Esvaziei minha mochila cheia de livros e coloquei meu celular, um casaco, algumas barrinhas de cereais e uma garrafa de água – Tenho que ligar para uma pessoa antes – Fui pegar o celular, mas Sasha me interrompeu.

— Não dá tempo – Ela me puxou e saímos do apartamento. Enquanto descíamos as escadas, pude notar que a maior parte dos vizinhos já haviam ido embora ou vinham atrás da gente, deixando até mesmo seus apartamentos abertos, todos pareciam estar em uma corrida para não ficarem presos na cidade.

Ao saímos do prédio, a rua estava um completo caos, o trânsito havia parado e os carros estavam sendo abandonados pelos motoristas. Crianças choravam, pessoas esbarravam umas nas outras e alguns ousavam gravar a situação e postar em suas redes sociais. Atos de vandalismos começarem a acontecer dificultando ainda mais as coisas. Tudo parecia estar indo de mal a pior quando uma sirene pode ser ouvida por toda a cidade.

— Droga! – Sasha esbugalhou os olhos – Devem estar fechando a saída da cidade! – Aceleramos o passo até chegar na rodovia.

O fluxo de pessoas aumentava a cada segundo uma vez que todos iam para a mesma direção, a rodovia estava com uma fila interminável de carros e de gente passando por eles, Sasha foi obrigada a pegar na minha mão para não nos perdemos um do outro. Estávamos quase perto de chegar até a saída quando vimos algo extremamente estranho acontecer.

— Estamos quase lá... – Sasha parou quando viu um cara começar a atacar uma mulher na frente de todos, ele mordia o braço dela como se fosse um completo animal, arrancando sua pele e a deixando em carne viva. O sangue da moça começou a derramar sobre todo o chão até que ela caiu, desacordada.

Todos ali presente, incluindo eu e Sasha, ficamos assustados ao ver que o homem continuava a morder várias partes do corpo da mulher como se fosse um animal devorando sua presa e ninguém com medo daquilo, fazia absolutamente nada, até que um rapaz apareceu com um taco de beisebol.

— Seu monstro! – O rapaz com o taco acertou a cabeça do agressor, mas não teve nenhum efeito a ele.

O homem virou o rosto e revelou sua aparência extremamente assustadora, Sasha deu um enorme grito ao ver sua cabeça inteiramente deformada, sua pele também aparentava estar queimada e parte dos seus dentes não estavam em sua boca e mesmo assim, conseguiu morder o braço da mulher, que começava a se levantar do chão.

— Meu Jesus... – O rapaz com o taco de beisebol ficou paralisado ao ver o estado do homem – Aaaaah! – Ele começou a gritar quando a mulher mordida no braço repetiu o ato de seu agressor, mordendo o seu pé ferozmente.

— Nós temos que sair dessa droga agora – Falei para Sasha enquanto saímos de perto deles. Mais uma vez uma sirene pode ser ouvida e todos começarem a criar um novo tumulto – Droga, droga! – Repeti inúmeras vezes a mesma palavra.

A sirene havia parado de tocar. Não era nem dez horas e a saída da cidade começava a ser fechada pelos militares.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado ^^
Deixem um comentrio se gostou.