Rumour has it escrita por


Capítulo 33
Capitulo 33


Notas iniciais do capítulo

Bom ai vai mais um cap mas se estiver meio louco ou com alguns erros principalmente a parte final culpem a Cath, ela ficou me apressando pq o Nyah vai fechar pra manutenção.



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Cap 33

Em poucos minutos todos os CSI’s estavam no apartamento de Sam para fazer todas as analises, a prioridade do laboratório estava sendo esse caso não só por Stella estar envolvida mas pela provável situação de um atentado terrorista. Todos estavam muito apreensivos pelo que podia acontecer mas tentavam ao máximo não deixar transparecer para Mac, mas uma visita inesperada demostrava o quanto tudo aquilo era assustador, todos olham surpresos para o senhor grisalho que adentrava no local já que Sid dificilmente iria alguma cena, sempre eram seus assistentes quem davam esse apoio fora do necrotério.

Mac – Sid o que faz aqui?

Sid – Como você está? – Mac sente um ligeiro desconforto pela pergunta do amigo sendo feita na presença de tantas pessoas. Ele olha ao redor e se afasta sendo seguido por Sid.

Mac – Eu estou bem Sid.

Sid – Não, você não está. – Mac passa uma das mãos pelo cabelo.

Mac – Eu não vou suportar se acontecer tudo de novo, Sid. Não vou suportar se mais uma vez tirarem de mim a mulher que eu amo e junto com ela nosso filho, vai ser demais pra mim. – ele confessa sem conseguir manter seus olhos no amigo.

Sid – Eu sei. Ela precisa de você Mac mas precisa de você bem para ajudá-la quando esse pesadelo acabar. Se mantenha inteiro e principalmente calmo.

Mac – Eu vou tentar Sid, obrigado. – eles dão um abraço que para Mac foi reconfortante. Sid da um aceno um pouco sem graça para Jo que os olhava distante e logo sai do apartamento.

Sheldon – Mac. – ele caminha para junto de Sheldon.

...

Jo – Sid gosta muito do Mac para sair do necrotério e vir até aqui.

Danny – Não é só isso. – Jo o olha curiosa. – Você não sabe não é?

Jo – Do que eu não sei?

Danny – Antes de Stella Mac foi casado com Clarie ela morreu em uma situação semelhante, no atentado do onze de setembro.

Jo – Nossa! – surpresa com aquela história. – Você a conheceu?

Danny – Não, eu ainda não trabalhava no laboratório aliás nenhum de nós só o Sid, ele acompanhou de perto por isso ele deve ter vindo aqui falar com o Mac.

Adam – Jo olha isso. – ela se aproxima dele que estava mexendo no notebook que estava no apartamento. – Ele fez várias compras pela internet inclusive de armas.

Jo – Todos esses artefatos aqui é para fazer uma bomba, o esquadrão antibombas terá que fazer uma varredura no campus.

Adam – Isso é assustador. Quanto o ser humano pode ser tão cruel, o quanto podem arruinar com a vida de tantos outros. – Jo fica sensibilizada com as palavras de Adam.

Thomas – Emocionada minha querida? – se aproximando de Adam e Jo. Ela o olha furiosa. – O que foi? – não entendo porque Jo o olhava daquela maneira. – Jo não lembro de você tão sensível. – Adam tentava manter sua atenção no computador mas estava visivelmente chateado com aquilo.

Jo – O que você quer Thomas?

Thomas – Queria ver você e nossas filhas. – Adam não tem como esconder a explosão de ciúmes que sentiu em sem peito e a encara a procura de respostas.

Jo – Não sei, tenho que falar com elas. – ela divide sua atenção entre Adam e Thomas e aquele nervosismo dela fez com que Thomas percebesse que havia algo errado.

Adam – Com licença é melhor eu analisar esse notebook no laboratório. – levantando-se e saindo.

Jo – Adam. – mas ele não consegue olha-la e continua seu caminho se aproximando de Danny. – O que você quer? – falando rispidamente percebendo que Thomas ameaçava rir.

Thomas – Você está saindo com esse garoto?

Jo – Não é da sua conta. – saindo apressadamente. Thomas apenas sorrir.

Mac – Esta tudo bem? – vendo como Jo estava chateada ao se aproximar dele.

Jo – Não, quer dizer sim, ok?! Esta tudo bem. – bufando.

Mac – Marcus e eu vamos voltar para universidade, você vem?

Jo – Claro.

Thomas – Eu vou com vocês. – Jo o fuzila com o olhar mas sabia que isso era preciso.

Mac – Levem tudo o que encontrar para o laboratório, Lindsay já esta esperando por essas provas para analisar e dar mais indícios do perfil do atirador.

Sheldon – Tudo bem Mac.

Mac – Qualquer coisa me liguem.

Danny – Nos mantenham informados também. – Mac assente e logo deixa o apartamento com todos os outros.

...

No laboratório Lindsay começava analisar as primeiras provas enviadas mas Adam estava mais inquieto do que o de costume.

Lindsay – Adam você está bem?

Adam – Estou bem sim Lindsay, não é nada.

Lindsay – Adam nós precisamos nos concentrar muito nesse caso, Stella esta lá presa naquela sala com vários adolescentes.

Adam – Eu sei, eu sei. – respirando fundo.

Lindsay – Mas não dá pra continuar com você assim. Fala anda, o que esta acontecendo?

Adam – Não posso.

Lindsay – Não pode?

Adam – Envolvem outras pessoas mas não se preocupe que não tem nada com qualquer caso, não faria nada desse tipo.

Lindsay – É sua vida pessoal?

Adam – É...pois é...mas não posso dizer mais do que isso. – as palavras saiam entrecortadas pela leve gagueira do técnico. – Vamos continuar, ok?

Lindsay – Adam você lembra o dia que minha bolsa estourou em pleno laboratório e você teve que me levar para a maternidade? – Adam sorrir ao lembrar.

Adam – Claro. Eu fiquei apavorado. Estava tão nervoso, minhas pernas tremiam quase que não consigo chegar.

Lindsay – Mas eu confiei em você.

Adam – Eu sei. Mas porque está falando disso?

Lindsay – Porque você pode confiar em mim.

Adam – Não é só questão de confiança Linds, envolve outra pessoa, a política do laboratório e não quero me prejudicar e prejudicar terceiros. Stella sofreu pra me manter no emprego lembra? Foram muitos cortes aquele ano.

Lindsay – Lembro sim. – ela sorrir em concordância com o amigo. – Mas se você fala em laboratório, prejudicar então é porque está tendo um relacionamento com alguém daqui de dentro. – ele respira fundo, por mais que não pudesse contar ele precisava desabafar.

Adam – Estou mas não me pergunte quem é.

Lindsay – Tudo bem, mas tudo se resolverá não ver eu e Danny?

Adam – É eu espero que sim. – ele lhe da um meio sorriso sabendo que as coisas não eram tão fáceis como sua amiga poderia pensar. Eles voltam aos seus afazeres quando alguém bate no vidro. Lindsay sinaliza que pode entrar.

Lindsay – Jess o que faz aqui?

Jess – Eu precisava saber de Stella, estava acompanhando tudo pela tv mas aquilo é angustiante, não saber de nada, não poder me envolver.

Lindsay – Eu sei, eu sei. – elas se abraçam. – Você está bem?

Jess – Sim, meus enjoos melhoraram desde que liguei a tv.

...

Enquanto isso na sala de aula as coisas continuavam tensas. Sam brincava de atirar na porta as vezes para manter todos longe, a garota que tinha levado o tiro estava muito mal começava a colocar sangue pela boca, e estava muito pálida em decorrência da perda de sangue.

Aluno – Professora, ela não está respirando.

Stella – O que?

Aluno – Ela...ela...não ta respirando. – o garoto entra em desespero por ver a amiga de sala desfalecer em seus braços. – Ann fala comigo, Ann por favor. – Stella se aproxima e verifica a pulsação da garota, estava muito baixa.

Sam – O que está acontecendo?

Stella – Ela precisa ir para um hospital Sam. Ela precisa de um atendimento urgente.

Sam – Pra que?? Todos aqui vão morrer mesmo. – ele saca novamente a arma e aponta pra garota.

Stella – O que vai fazer?

Sam – Da o tiro de misericórdia. Ela não precisa sofrer mais, não querida professora.

Stella – Ela é só uma garota Samuel. O que ela fez pra você?

Sam – Nada. – ele falava friamente.

...

Um drone do lado de fora da sala do sequestrador, mas ainda perto o suficiente estava sendo controlado por um dos policias, tinha uma câmera acoplada conseguindo assim transmitir as imagens de forma segura para todos da equipe de dentro da sala. Mac e os outros assistiam aquelas cenas com uma sensação de impotência mas certos movimentos fez seu coração disparar e seu senso de proteção falar mais alto.

“Um aluno se aproveita da distração de Samuel conversando com Stella e se aproxima por trás tentando imobiliza-lo, eles entram em uma briga corporal e a pistola acaba caindo no chão Stella apressa-se e antes que ele pudesse alcança-la ela se joga e consegue pega-la.”

Mac se desespera ao ver a cena e sai da sala correndo em direção a sala que Stella estava.

“Mas no mesmo momento Samuel também cai sobre ela na tentativa de conseguir tomar a arma quando um estampido é ouvido por todos.”

Mac ainda estava no corredor quando ouve o disparo.

Mac – NÃO!

“O silencio pairava no ar sem ninguém saber quem tinha sido atingindo até que Stella consegue empurrar Sam e sair de baixo dele ainda com a arma na mão.”

Stella – Saiam todos! Vão! – os alunos em desespero afastam as mesas que bloqueavam a passagem e enfim conseguem sair. Mac tentava passar pelos alunos mas sem muito sucesso pois o volume de pessoas saindo não o deixava passar, ele olhava todos procurando Stella até que o ultimo aluno sai e ele pode vê-la sentada no chão ainda segurando a arma.

Mac – Stella! – na porta da sala.

Stella – Mac. – aliviada ao vê-lo. – Dois alunos precisam de atendimento urgente. – ele corre para ela e ajuda a levantar. Ela joga a arma no chão e o abraça forte.

Mac – Você está bem? – ele a olhava preocupado o corpo de Sam estendido no chão. Stella cai em desespero e começa a chorar.

Stella – Estou...estou bem. – passando as costas das mãos em seu rosto na tentativa de conter as lagrimas.

Mac – Vamos sair daqui, vem. – a puxando para sair da sala mas Stella não se movia e olhava atentamente para suas mãos sujas de sangue e para o corpo de Sam. Os paramédicos entram na sala para socorrer Ann.

Stella – Mac, é sangue. Sangue de uma criança. Como ele pode fazer isso eu não entendo.

Mac – Ele estava desequilibrado. – Mac tira seu blazer e coloca sobre os ombros dela a tirando da sala. – Esse garoto perdeu as referências dele muito cedo e talvez sempre se perguntou o que faria num mundo como esse.

Stella – Como assim? – seu rosto ainda estava molhado mas não chorava mais.

Mac – Ele era filho de um casal islâmico que estava no voo do onze de setembro mas não se sabe ao certo se eles tiveram alguma participação no atentado. Mas ainda assim foi adotado por uma família americana mas quando descobriu sua real identidade talvez tenha perdido sua razão. Ele estava em contato com um braço do fundamentalismo islâmico.

Stella – Oww nossa! – voltando a chorar. Eles estavam parados no corredor.

Paramédico – A senhora precisa de atendimento. – parando na frente dela e já abrindo sua maleta. Stella o olha assustada.

Mac –– O que foi? – ela estava pálida. Stella soltou um gemido de dor. – Stella você esta bem? O que aconteceu? – ele a segurou pelos braços preocupado. Stella imediatamente levou as mãos em seu ventre sentindo uma cólica aguda e um liquido quente escorrer entre suas pernas. Seus olhos se arregalaram ao sentir aquilo.

Stella – Mac me leva pra clinica agora, nosso filho...- ela não conseguiu dizer mais nada e desmaiou.

Mac – Stella, Stellaaa!!! – ele a tomou nos braços. – Minha esposa está gravida ela precisa ir para a clinica agora.

Paramédico – Tudo bem, vamos coloca-la no resgate agora. – eles correm até uma viatura do resgate e saem em disparada pelas ruas de Nova York, outros médicos davam os primeiros atendimentos mas logo eles chegam até a clinica e tiram a maca com Stella ainda desacordada.

Mac – Por favor a doutora Silvia. – falando com uma mulher da recepção. – Minha esposa é paciente da doutora Silvia, é urgente, minha mulher esta gravida. – logo alguns médicos chegam e a levam para a emergência e a doutora é avisada do ocorrido.

Mac estava na sala de espera andando de um lado para o outro nervoso, mais uma vez Stella estava numa emergência médica e ele do lado de fora a espera de notícias como gostaria de trocar de lugar só para não estar passando por isso de novo, só para não vê-la ali sofrendo. Ainda mais agora Mac sofria por dois, por Stella e pelo seu filho em seu ventre. Mac sentia que falhara com Stella mais uma vez, queria a ter protegido de mais essa, queria ter previsto no olhar daquele garoto que algo de ruim poderia acontecer mas não conseguia e mais uma vez sua mulher sofria as consequências. Seu celular toca interrompendo seus pensamentos antes que o deixassem louco.

Mac >> Jo.

Jo >> Mac o que aconteceu? Me informaram que você saiu as pressas com Stella, ela esta bem?

Mac >> Eu não sei Jo, eu não sei ela deu entrada na emergência e ainda não me avisaram nada.

Jo >> Tudo vai ficar bem Mac, eu vou ficar com você.

Mac >> Não, você precisa tomar de conta das coisas ai.

Jo >> Tudo bem. <– eles desligam e Jo logo liga para outro número que havia lhe chamado durante a ligação.

Flack >> Flack

Jo >> Don tenho notícias da Stella.

Flack >> Como ela está?

Jo >> Na verdade eu não sei, Mac está com ela no hospital. Por favor Don vá até lá, Mac está muito nervoso.

Flack >> Claro, claro.

Jo >> Jess está bem?

Flack >> Ela foi até o laboratório saber de alguma coisa mas avisarei a ela.

Jo >> Ok.

...

Don passa pelas portas da sala de espera mas Mac não presta atenção andando de um lado para o outro cabisbaixo nervoso, as outras pessoas na sala já estavam constrangidas com aquela situação.

Flack – Mac. – ele para e passa a olhar o amigo a sua frente. Sem dizer uma palavra Mac o abraça. Ele não era de demostrar esse tipo de fraqueza mas estava demais até mesmo para ele suportar tudo aquilo. Inevitável não pensar que Claire morreu devido ao atentando e agora poderia passar pela mesma coisa embora tivesse tido um tempo com Stella mas as lembranças o tomavam e o deixavam até mesmo irracional.

Flack – Como ela está? – se separando do abraço.

Mac – Eu não sei, ela estava desacordada.

Flack – E você como está meu amigo?

Mac – Eu também não sei, por um minuto ela estava de pé ao meu lado conversando e no outro estava nos meus braços desmaiada.

Flack – Ela vai sair dessa mais uma vez.

Mac – E mais uma vez estamos aqui a espera de noticias dela.

Flack – É o que acontece quando se tem um marido e um irmão que a ama. – pela primeira vez Mac esboça um leve sorriso.

Mac – E Jess?

Flack – Ela está vindo pra cá.

Agora é a vez da Doutora Silvia entrar na sala e não ser notada por Mac.

Dra. Silvia – Mac.

Mac – Oi Doutora! Como ela está?

Dra. Silvia – Na medida do possível ela está bem. Será que nós podemos ir até a minha sala para conversarmos?

Mac – Eu quero ver a Stella primeiro.

Dra. Silvia – Calma ela está bem, eu apliquei um sedativo nela estava muito nervosa quando acordou, ela vai dormir por algumas horas e antes que ela acorde eu quero conversar com você.

Flack – Tudo bem Mac eu fico aqui caso alguém apareça. – Mac assente e segue a médica até a sala dela.

...

Dra. Silvia – Sente-se.

Mac – Eu estou bem de pé.

Dra. Silvia – Eu sei que você quer correr para a Stella nesse momento Mac, mas primeiro me ouve porque ela vai precisar muito de você. – aquela conversa não parecia nada animadora, o que fosse que a médica tivesse que dizer estava deixando Mac ainda mais nervoso. Então ele faz o que ela dissera e senta-se.

Mac – O que aconteceu doutora? É alguma coisa com o nosso filho? – franzindo o cenho.

Dra. Silvia – É com ele sim. – ela respira fundo. – Mac você sabe o que é gravidez molar ou mola hidatiforme?

Mac – Não.

Dra. Silvia – É uma condição bem remota de acontecer mas infelizmente não impossível, mas o que acontece é o seguinte...depois da fecundação o zigoto não recebe os cromossomos da mãe apenas o do pai e forma um emaranhando de células dentro do útero da mulher, na verdade esse zigoto deficiente dos cromossomos da mãe produz uma quantidade muito alta do hormônio HCG. – ela para e continua a encarar Mac mas ele nada diz. A médica respira fundo e continua a explicar. – Quando Stella trouxe os exames feitos no hospital aquele dia tinha uma quantidade alta desse hormônio então achei que ela estivesse numa idade gestacional mais elevada, quando repetiu os exames o nível desse hormônio estava mais alto ainda e quando na manhã de hoje recebi os exames dela novamente mais uma vez o pico desse hormônio deu muito elevado, então liguei para Stella vir até meu consultório para fazer a ultrassom e tirar de vez essa dúvida.

Mac – Por favor seja mais clara. – ela respira fundo mais uma vez.

Dra. Silvia – Infelizmente tudo indica que Stella estava com uma gravidez molar, ela reclamou de náusea muito forte ou sangramento ou algum inchaço abdominal? – ele fica em choque ao ouvir aquilo. Passa alguns breves segundos para que Mac pudesse formalizar a respota.

Mac – Outro dia ela teve vômitos mas achei que fosse enjoou da gravidez, notamos a barriga dela um pouco maior mas .... – agora é a vez de Mac de respirar fundo e se preparar para a pergunta que faria - ... doutora a Stella ... não estava gravida?

Dra. Silvia – Estava porém essa gravidez não iria progredir, foi exatamente o que aconteceu o próprio corpo dela expulsou. Ela sofria de uma gravidez molar, não iria desenvolver um bebê, eu sinto muito. Fizemos uma curetagem para retirar todo o material anormal de seu útero que foi submetido a um exame anátomo-patólogico para não sobrar dúvidas. Nesse momento a mulher não se conforma e acha que poderia ter evitado de algum jeito mas não temos como prever isso, por isso pedi o exame para que não haja dúvidas.

Mac – Então quer dizer que Stella perdeu o bebê não por causa do estresse que ela sofreu mas foi um aborto espontâneo?

Dra. Silvia – O que aconteceu hoje provavelmente acelerou o que iria acontecer.

Mac – Talvez isso me conforte um pouco mais mas não sei como ela vai reagir.

Dra. Silvia – Mac o que me preocupa é que isso faz parte de um grupo de condições chamado tumores trofoblásticos gestacionais, o que geralmente é benigno mas pode se espalhar para além do útero. Ela agora vai passar por um tratamento que se tem muito sucesso, teremos que monitora-la por pelo menos seis meses após o diagnostico se confirmar e então depois disso ela poderá ter filhos normalmente. Caso tenha a necessidade de uma quimioterapia esse tempo se prolongará por um ano no mínimo. – um certo suspiro de alivio da parte de Mac foi ouvido. Ele tem seus olhos na aliança em seu dedo a movendo de um lado para outro, um pequeno filete de lagrima escorre pelo seu rosto. A doutora da um tempo em seu falatório para que ele assimile melhor o que acabara de ouvir.

Dra. Silvia – Mac? Você está bem? – ele leva a mão ao seu rosto e enxuga a lagrima antes de encarar a médica a sua frente.

Mac – Está sendo muito difícil pra mim ouvir que não terá mais bebê, os planos que fizemos, os nomes que escolhemos, as roupinhas que compramos. – os olhos dele estavam vermelhos pela força que fazia em não chorar.

Dra. Silvia – Eu compreendo Mac, por isso eu disse que nesse momento Stella precisa muito de você. – ele assente.

Mac – Eu quero ficar com ela.

Dra. Silvia – Tudo bem, pode ir eu vou pedir uma enfermeira pra te levar até o quarto dela. – levantando-se junto com ele e caminhando para sair do consultório. – Mais tarde quando o efeito da medicação passar eu vou até lá pra conversar com ela. – Mac assente e logo sai de vez da sala da médica.

...

Mac entra no quarto devagarinho e para diante da cama, ele a admirava com tanto carinho e como se condenava por não conseguir afastar mais esse sofrimento da vida de Stella, ele se aproxima ainda mais e passa a acariciar o rosto dela e pode perceber um leve arroxeado, ele se encheu de raiva e como desejou ele mesmo ter matado o desgraçado que fez isso nela. Mac pensa na conversa que teve com a médica, de que todos os sonhos deles estavam em pedaços, e de como ela reagiria muito mal ao que estava por vir. Ele não consegue mais conter as lagrimas, tudo o que tinha acontecido aquele momento vem como uma avalanche de sentimentos mal explicados, a saída de Stella de sua vida abruptamente, a volta e logo em seguida o acidente que a deixou paraplégica, o afastamento embora morasse sob o mesmo teto, a dificuldade em engravidar, o terrorista essa manhã na faculdade e agora o sonho do filho desfeito. Tudo isso se misturava na cabeça dele e a única pergunta cabível naquele instante era...Por quê??

Os vários porquês o questionavam, o bombardeando mas sem nenhuma resposta, estava difícil para ele se manter sã ali, ele a olhava e tinha a certeza que a amava como nunca amara outra mulher mas não queria esse sofrimento pra ela, desejou que Stella não tivesse voltado e tivesse casado com Christine só para que ela não passasse por tudo aquilo. Suas lagrimas são ininterruptas, ele coloca uma das mãos na boca para que pudesse abafar o seu soluço mas estava ficando cada vez mais desesperador, ele queria gritar ou sufocaria ali. Mac sai porta a fora desesperado, ele se apoia na parede do corredor temendo que irá desabar.

Flack – Mac? O que aconteceu? – ele imediatamente vira-se para o amigo, tentou falar algo mas a voz não saiu. – Ela está bem? – Don se preocupa ao ver o amigo daquele jeito. Mac apenas acena dizendo que sim.

Flack – Você precisa se acalmar e me contar o que está acontecendo. Vem. – tocando no ombro dele. Mac respira fundo e enxuga como pode as lagrimas acompanhando o amigo. No caminho eles encontram com Jess.

Jess – Oi, Mac como ela está?

Mac – Ela está bem, estar dormindo. – enfim a voz saiu falha.

Jess – E você o que aconteceu? – vendo como ele estava abalado.

Mac – Jessica você pode ficar um instante com ela no quarto? Eu preciso conversar com o Don.

Jess – Claro, claro. – ela da um selinho rápido no marido e logo segue. Don e Mac vão até a cantina da clinica.

Cada um pediu um café mas Mac apenas mexia com a colher o açúcar que colocara, ele olhava o liquido preto fumegante mas sem vontade alguma de tomar, Don da o tempo preciso para que Mac falasse, ele sabia o quanto o amigo se esforçava, mesmo em silencio ele travava uma briga interna entre falar e calar. Por tantos anos suportou a perda de Claire daquela maneira, ficou em silencio guardando a vida de casado fracassada, apenas uma pessoa sabia e já não trabalhava mais com ele. Agora era diferente Stella estava viva e sofrendo as consequências de ser sua esposa, assim ele pensava.

Mac – Ela perdeu o bebê. – ele quebra o silencio quase num sussurro mas ainda sem conseguir manter o contato visual. Don se choca ao ouvir aquilo e também não consegue olha-lo. Agora ele também tem seus olhos presos no café, uma lagrima teimosa rolou pelo seu rosto mas logo ele a enxugou. Don agora sendo pai se consterna, não poderia deixar de imaginar que se algo do tipo acontecesse com Jessica ele estaria da mesma maneira que via seu amigo na sua frente.

Não dava para precisar o tempo que os dois ficaram em silencio depois que Mac revelou o motivo da sua profunda tristeza. Ele apoia os braços na mesa afastando a xicara e mais uma vez enxuga as lagrimas que rolavam pelo seu rosto pacificamente. A respiração era pesada, parecia que a dor comprimia seus pulmões e por mais que buscasse o ar não era o suficiente.

Mac – Na verdade o bebê não se desenvolveria. – agora sem entender Don reage surpreso e passa a encara-lo.

Flack – Como?

Mac – Stella desenvolveu uma gravidez molar, é apenas um emaranhando de células que não teria vida. Com o estresse que ela passou hoje apenas acelerou o processo de aborto espontâneo.

Flack – Isso as vezes acontece quando dois espermatozoide fecunda o mesmo ovulo, só há os cromossomos do pai duplicados. – Mac o olha surpreso, Don sempre pulava essa parte da ciências. – Eu andei lendo, estava com muito tempo livre. – respondendo as interrogações antes que elas surgissem. Aquela resposta e o meio sorriso dado pelo amigo com o braço imobilizado fez o semblante de Mac melhorar um pouco.

Mac – É isso mesmo. Eu só não sei como dizer tudo isso a ela, Stella fez tantos planos, aliás nós dois fizemos tantos planos, tantas compras, tantos projetos...eu já tinha fechado negócio para comprar outra casa, para que os nosso filhos tivessem mais conforto. Iria fazer uma surpresa, iria levar Stella lá esse fim de semana, recebi a chave hoje. – ele tira do bolso as chaves da casa nova.

Flack – Mac vocês vão superar...

Mac – Eu não sei...eu não sei...eu não suporto ver a Stella sofrer por minha causa. Hoje realmente desejei que ela não tivesse voltado só pra que não passasse por isso, só pra não vê-la naquela cama mais uma vez machucada.

Flack – Mac, Mac...para! Ouve bem o que você está dizendo! Stella nunca se machucou por sua causa, você nunca provocou nada disso, infelizmente foram fatalidades. Não tinha como você impedir aquele acidente de moto, não tinha como você impedir que aquele maluco fizesse o que fez hoje.

Mac – Eu só não quero vê-la sofrer porque eu morro por dentro, e eu sei o quanto essa notícia vai deixa-la transtornada. Eu sei disso porque isso me devastou.

Flack – Mac seja sincero, eu sei que você queria ser pai não estou questionando isso de forma alguma, quero deixar isso bem claro. Mas essa ideia de filho é mais porque a Stella sempre quis ser mãe e você queria realizar esse sonho dela, vivenciar esse sonho junto com ela ou...

Mac – Nem termine Don. – ele fala meio bravo.

Flack – Desculpa, desculpa mesmo Mac nem eu sei mais o que estou dizendo.

Mac – Tudo bem. Quando Stella estava se recuperando do acidente e já estava bem comigo, eu tive o caso de uma menina, o nome dela era Marie não sei se você vai lembrar também estava nesse caso, ela estava sequestrada enfim...aquela criança me abraçou com tanta verdade, os pais estavam em pedaços sem notícias dela. E o pai dessa garotinha me perguntou se eu tinha filhos, eu respondi que não e ele me disse que “neles estão nossas maiores alegrias e piores tristezas porque eles são um pedaço de nós que vivem fora de nós e não temos controle nenhum” e pela primeira vez eu quis que algo não estivesse no meu controle, queria alguém dependendo de mim, queria alguém me chamando de pai. De poder chegar em casa e ter minha família completa.

Flack – Sei como é, agora eu sei.

Mac – Aproveite esse momento Don.

Flack – Acho que dessa vez é você quem precisa da força da Stell.

Mac – E o que farei se ela desabar?

Flack – Desabe junto com ela mas não a deixe sozinha. Nós estamos aqui.

...

Mac, Flack e Jessica estavam no quarto de Stella mas ela continuava dormindo.

Mac – Vão pra casa, ela ainda vai dormir muito.

Jess – Mac você precisa descansar, vai você nós ficamos aqui.

Mac – Não, eu quero estar aqui quando ela acordar. Passem no laboratório e deem a notícia, Don diga toda a verdade. – Jessica olha o marido sem entender.

Flack – Ta bom Mac. – eles se cumprimentam com um abraço e o casal deixa o quarto.

Jess – Do que ele estava falando? – caminhando com Flack pelos corredores da clínica.

Flack – Eu vou explicar quando estiverem todos, Mac acha melhor e assim pra não ta fazendo as mesmas perguntas quando a visitarmos amanhã.

...

No quarto Mac senta na beira da cama e mais uma vez acaricia o rosto da mulher amada, ele toma a sua mão e a beija com ternura.

Mac – Como eu queria trocar de lugar com você pra que não sofresse tanto. – seus olhos se inundam de lagrimas mais uma vez. Talvez ... talvez ... o melhor ... – ele não conseguia completar a frase, as palavras perdem a força quando os olhos de Stella piscavam algumas vezes.


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Notas finais do capítulo

Espero que vcs nao queiram me matar mas eu falei pra se prepararem psicologicamente pra esse cap.



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