Rumour has it escrita por


Capítulo 31
Capitulo 31


Notas iniciais do capítulo

Ôpaaa olhaa aii para quem quer a reconciliação de Jessica e Don está mais lá em baixo.
Bjos



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Cap 31

Mac faz como dissera a Stell, depois que a deixou na universidade voltou para casa para descansar, dessa vez tinha trabalhando a noite e estava bem cansado mas estava feliz com as ultimas noticias que recebera, sua mulher estava grávida e era tudo o que os dois mais queriam depois de tantas tentativas. Ele deitou-se em sua cama e o cheiro dela que estava nos lençóis o fez adormecer a manhã toda. Mac almoça em casa na companhia de Fred e logo segue para a clínica para buscar os exames de Stella e em seguida ruma ao laboratório.

Sheldon – Mac analisei o computador da vítima ela trocou e-mails com o nosso suspeito.

Mac – Então ele mentiu, disse que não a conhecia.

Sheldon – Mas era uma conta de e-mail diferente, não era no nome da nossa vitima mas vou conversar com o senhor Sanderson novamente. – saindo da sala do chefe.

Mac – Sheldon.

Sheldon – Sim Mac. – parando na porta.

Mac – Como está o Don?

Sheldon – Ele está bem triste, me contou o que a Jess pretende fazer e olha Mac ele ta arrasado, não quer admitir mas está sofrendo muito. – Mac apenas assente sem poder fazer nada.

Mac – E com você e Jane, como estão?

Sheldon – Ah ... nós ... nós terminamos eu acho.

Mac – Acha?

Sheldon – É, ela não entende meu trabalho. Não conversei com ela ainda estou esperando a poeira baixar. – seus olhos estavam distantes e tristes. – Olha eu preciso ir, ok?!

Mac – Tudo bem. – o telefone da mesa de Mac toca, alguém da recepção o avisando de uma visita que ele achou no mínimo curiosa. >> Pode deixar subir.

Mais alguns minutos alguém da recepção bate na porta dele trazendo a visita.

Mac – Dr. Cooper, como vai? – saindo detrás de sua mesa e estendendo a mão para cumprimenta-lo.

Dr. Cooper – Vou bem. – o cumprimentando de volta. Mac indica a cadeira para o médico sentar à frente de sua mesa e depois senta-se em sua poltrona.

Mac – O que o traz aqui Doutor?

Dr. Cooper – Eu que pergunto o que aconteceu com a senhora Taylor?

Mac – Como assim o que aconteceu?

Dr. Cooper – Ela não tem ido mais a fisioterapia, nem as consultas que cansei de agendar e reagendar e não comparece, nem se quer me atende ou atende os números do centro de reabilitação.

Mac – O que?

Dr. Cooper – Isso mesmo, tem meses que não falo com Stella. Parou completamente com o seu tratamento. Você não sabia? – Mac o olha sério não querendo responder. – Desculpe Taylor mas me preocupei com esse abandono dela.

Mac – Tudo bem doutor falarei com a minha esposa e vou saber o que está acontecendo.

Dr. Cooper – Receio que tenha sido por uma divergência entre ela e a fisioterapeuta.

Mac – Com a doutora Aubray?

Dr. Cooper – Isso mesmo. Elas discutiram e depois disso Stella não foi mais ao centro.

Mac – Ela tem andado muito ocupada trabalhando e ...

Dr. Cooper – Trabalhando? Não sabia.

Mac – Ela trabalha na universidade agora e essa semana Stella teve que ficar um tempo no laboratório, ela foi envolvida em um caso antigo mas não se preocupe mais Doutor. – Lindsay bate na porta.

Lindsay – Desculpe atrapalhar Mac mas é urgente.

Dr. Cooper – Eu já estava de saída. – ficando de pé. – Espero que a senhora Taylor volte ao tratamento rápido. – Mac fica de pé também e os dois se cumprimentam com um aperto de mão mais forte do que o necessário. Era notável que os olhos de Mac cuspiam raiva mas se controlou e não respondeu, ele apenas observou o homem sair de sua sala.

Lindsay – Tudo bem Mac? – o vendo como estava.

Mac – Tudo ok. O que você tem Linds?

...

Mac ficou com aquela noticia lhe atordoando o restante da tarde, Stella não lhe contou nada, foi pego de surpresa e ele detestava isso. Ele saia do elevador com Danny depois de acompanhar a análise de uma cena em que deixou o colega comandar tudo. Mac andava por entre os corredores de vidro com a cabeça cheia quando ele percebe aquela mulher em sua sala, ele para diante da sua porta para respirar fundo. Ele apenas a via de costas diante da enorme janela, ela observava a cidade iluminada, seus cabelos cacheados presos do jeito que só ela sabia fazer lhe deu vontade de enfiar a mão como costumava fazer. Não dava para precisar a força que fazia para se manter quieto.

Mac – Muito tempo me esperando? – Stella vira-se para ele e o sorriso dela o fez ficar sem ar. Mac desvia o olhar e vai para trás de sua mesa numa tentativa de se recompor e não correr para abraça-la.

Stella – Nós combinamos de jantar juntos. – ela estranhou o jeito frio de Mac. - Ei não vai me da um beijo? – ainda de pé o olhando sentar-se em sua poltrona. O silencio dele foi como um balde de agua fria nas expectativas de Stella. – Tudo bem Mac o que está acontecendo? – cruzando os braços e sentando-se na cadeira em frente à mesa dele. – Mac continuava com a atenção nos papeis em suas mãos. – Você quer parar e olhar pra mim? – ela estava séria e chateada com as atitudes dele.

Mac – Você quer respostas? Bom eu também as quero. – finalmente a encarando.

Stella – Do que está falando? – franzindo a testa, sem entender do que ele estava falando.

Mac – Quando você vai para sua consulta com o Dr. Cooper? Ou quando vai para a fisioterapia? – o tom de voz dele era baixa mas carregada de chateação. Os olhos dela se arregalaram e a boca entreaberta denunciaram o quanto ela foi pega de surpresa.

Stella – Mac...eu...

Mac – Quando ia me contar Stella? – a voz dele já subiu um tom demostrando que não seria fácil apaziguar as coisas.

Stella – Como você soube?

Mac – Isso vai mesmo importar?

Stella – Claro que vai. – agora foi a voz dela que se agitou e soou um pouco mais alterada.

Mac – O Dr. Cooper apareceu hoje aqui querendo saber o porquê de você ter abandonado o tratamento, a fisioterapia. – ela bufou a ouvir a última palavra. – Sabe que odeio ser pego de surpresa! Sabe que odeio se confrontado com aquele doutorzinho e não saber o que responder!

Stella – Você está preocupado comigo ou com o fato de não saber de tudo o que se passa ao seu redor?!! – ela levanta-se chateada e pode notar que alguns técnicos observava o que se passava dentro da sala do chefe. Stella caminhava apressada para sair da sala não queria sua vida exposta para os funcionários.

Mac – Stella nós não terminamos! – levantando-se. Ela respira fundo, sabia que se saísse por aquela porta as coisas poderiam piorar. Stella apenas fecha a porta.

Stella – O que você quer?! Não já tirou suas conclusões?!! – falando rispidamente passando a olha-lo.

Mac – Quero saber porque mentiu pra mim. – caminhando até ela. – Algo muito grave deve ter acontecido para você ter feito isso e se não me contou é porque envolve você e aquele doutorzinho.

Stella – Como??? – franzindo a testa. – Não sei porque ainda esta casado comigo se acha que sou capaz de trair você!! – mesmo a portas fechadas a voz de Stella saiu alta e os olhares curiosos começaram a se voltar para o casal discutindo.

Mac – Eu não acho isso de você Stella!!

Stella – Não foi o que você acabou de dizer!!

Mac – Eu não confio naquele médico!!

Stella – Você e esse seu ciúmes infundado. – os olhos de ambos continuavam grudados um no outro pela raiva, pelas palavras ditas em alto e bom som para o laboratório inteiro escutar. Muitos funcionários relembraram brigas memoráveis deles quando trabalhavam juntos. Mac percebe o pequeno aglomerado de subordinados os olhando, ele respira fundo para se acalmar.

Mac – Você sabe muito bem que não é infundado. Me fala logo Stella o que aconteceu pra você ter colocado em risco a sua recuperação. – ela desvia o olhar penetrante dele e caminha até a janela. – Stella. – sua voz agora era baixa. Ela devagarinho vira-se para encara-lo.

Stella – Sabe aquela última vez que me levou para o centro de recuperação? – ele apenas assente lembrando-se do dia. – Naquele dia eu discuti com a Dra. Aubray.

Mac – Discutiu? Porque?

Stella – Por sua causa Mac! – ela se altera mais uma vez ao ver que Mac não entedia a situação mas que no fundo ele sabia muito bem do que se tratava. – Você sabe muito bem que ela é apaixonada por você.

Mac – E você sabe muito bem que nunca incentivei isso da doutora Aubray.

Stella – Como sabe também que nunca incentivei nada do Dr. Cooper. Eu só quis acabar com isso, me afastar dela e do Dr. Cooper e evitar qualquer situação como essa. – eles respiram fundo quase que ao mesmo tempo percebendo que era apenas uma troca de ciúmes.

Mac – Mas apesar de tudo não quero que pare com o seu tratamento com o Dr. Cooper, ele é o melhor ortopedista do país.

Stella – Mas eu estou bem, estou caminhando normalmente agora e não sinto mais dor alguma.

Mac – Eu sei. – tocando os ombros dela. – Mas permita um último acompanhamento, últimos exames se for preciso, pelo nosso filho. – Stella não o olhava mas imediatamente seus olhos recaem sobre ele ao ouvir falar sobre o bebe. E os lábios de ambos se esticaram em um sorriso singelo. Mac a puxou e os corpos se coloram, os ânimos já estavam mais amenos.

Mac – Então quer dizer que você estava com ciúmes de mim? – falando quase no ouvido dela.

Stella – Não fica se achando. – dando um empurrãozinho nele. Mac a puxa de novo e a beija.

Mac – Só gostaria que você tivesse me contado.

Stella – Só estava querendo evitar uma situação como esta, não queria discutir com você. – ele sorrir. – Ainda vamos jantar?

Mac – Claro.

...

Mac – Você ainda esta com essa cara Stella? Chateada comigo? – eles estavam jantando.

Stella – Chateada? Não brava mesmo. Mac não aceito você desconfiar de mim. – deixando os talheres no prato.

Mac – Me desculpa, meu amor. Eu não desconfio de você, jamais mas eu fico louco com aquele médico dando em cima de você. Ele não me procurou apenas porque está preocupado com você, ele me procurou pra saber de você e não foi como médico. Me perdoa por esse meu ciúmes?

Stella – Vou pensar no seu caso ainda. Depois vou resolver isso que me atormenta.

Mac – Não vai me contar?

Stella – Você vai saber, não se preocupe está bem?!

Mac – O que posso fazer para me redimir com você? – ela apenas sorrir maliciosamente.

...

Uma semana depois Stella acorda sentindo um pouco de náusea, Fred que estava dormindo ao lado da cama fica de pé e coloca o focinho próximo a barriga dela. Ela senta-se na cama e o animalzinho da um grunido, Stella respira fundo passando a mão pela barriga e logo em seguida corre para o banheiro, ela toma um banho rápido e volta para o quarto, Mac ainda dormia. Stella vai até o closet veste uma roupa e sai pé ante pé do quarto para não acordar o marido.

Dr. Cooper – Stella. – se aproximando da mesa que ela estava sentada. – Vim assim que meu plantão acabou mas estranhei a sua ligação tão cedo.

Stella – Sente-se doutor que eu vou explicar. Vai tomar alguma coisa?

Dr. Cooper – Eu quero um café e você?

Stella – Não posso, eu vou fazer exames ainda. – eles estavam sentados numa cafeteria.

Dr. Cooper – Acho que sei o motivo dessa conversa.

Stella – Será que sabe mesmo?

Dr. Cooper – É porque fui procurar seu marido, ele não sabia que você tinha abandonado o tratamento.

Stella – Ele realmente não sabia.

Dr. Cooper – Mas eu estava realmente muito preocupado, você não me atendia mais, parou com tudo.

Stella – Doutor eu aprecio a sua preocupação pena que seja pelos motivos errados.

Dr. Cooper – Como assim?

Stella – Doutor eu sou ciente de tudo, do seu...seu interesse por mim.

Dr. Cooper – Se você sabe me poupa chegar até esse ponto. – sorrindo.

Stella – Mas acho melhor para por aqui.

Dr. Cooper – Mas Stella eu nem falei ainda.

Stella – Senhora Taylor. – o corrigindo. – Dr. Cooper apesar de saber do seu interesse em mim estou avisando que não há a menor chance. É muito fácil doutor me amar quando estou sorrindo, quando estou bem, quando eu quero ser amada, notada, quando estou de pé. Agora me amar quando me escondo de mim mesma, quando estou amarga, quando é mais fácil se afastar, é difícil doutor. É difícil continuar amando uma mulher que além de invalida estava numa depressão horrível, cega de raiva de tudo.

Dr. Cooper – E só uma pessoa foi capaz disso. – sarcástico.

Stella – Sim, só um homem. Eu vou lhe dizer a mesma coisa que disse a Dra. Aubray, não ouse fica entre mim e Mac, você não conhece a nossa história. Nem mesmo o tempo e a distância foram capazes de apagar o nosso sentimento eu sei que é clichê mas qual história de amor não é clichê?! Nem mesmo o senhor doutor foi capaz de me notar se eu não tivesse abandonado o meu jeito amargo.

Dr. Cooper – Não Stella...

Stella – Pra você senhora Taylor. – ela já começava a se irritar.

Dr. Cooper – Desde que vi você a primeira vez... – ela ria.

Stella – A primeira vez? – ainda rindo. – A primeira vez que você me viu eu tinha acabado de ser atropelada, estava machucada, você me operou nem se quer olhou pra mim direito. Não venha me dizer que foi amor à primeira vista. Você está querendo ser clichê mais do que eu? – sua expressão era divertida. E isso deixava o doutor Cooper bem sem graça.

Dr. Cooper – Então esse encontro...

Stella – Esse encontro é apenas para que você saiba que sou muito bem casada e amo meu marido e não...não tente se colocar entre nós. – o telefone de Stella começa a tocar.

Dr. Cooper – Recado dado senhora Taylor.

Stella – Agora se me der licença.

Dr. Cooper – Está me pedindo pra sair?

Stella – Estou dizendo delicadamente que quero ficar sozinha. – o medico levanta-se a contra gosto e sai da mesa.

Enquanto isso em casa Mac acordava sozinho, ele estranha o fato de Stella não estar na cama. Ele levanta-se vai até o banheiro mas nada dela, então toma um banho veste seu terno e vai tomar seu café e mesmo assim nada de Stella.

Mac – Oi Rosa, você viu a Stella?

Rosa – Ela saiu bem cedo, eu estava chegando quando ela saiu.

Mac – Tudo bem. – ao contrário do que dizia não estava nada bem ao saber que ela saiu tão cedo. Ele arrisca-se a ligar para ela, estava quase desistindo achando que Stella não atenderia quando por fim a sua voz se fez se ouvida do outro lado da linha.

Stella >> Oi amor.

Mac >> Stell onde está? Acordei e você não estava.

Stella >> Eu vim da uma volta, porque você não vem me encontrar? Estou na confeitaria.

Mac >> Stella você não pode comer, sabe que você vai colher sangue para fazer novos exames.

Stella >> Não sei porque mais exames, acho que a Dra. Silvia está escondendo algo de nós.

Mac >> Ela só quer ter certeza que esta tudo bem.

Stella >> Está bem, mas não se preocupe que não comi nada só o cheirinho do sonho já me satisfaz.

Mac >> Ok, estou indo encontrar você.

Stella >> Estou esperando.

...

Mac – O que deu em você, hein?! – se aproximando da mesa de Stella.

Stella – Quis caminhar um pouco. – levantando-se para beija-lo.

Mac – Me deixou preocupado. – eles sentam-se a mesa. – Você está bem?

Stella – Claro, porque?

Mac – Estou achando você um pouco preocupada.

Stella – É a Jess.

Mac – Ela está indo embora hoje.

Stella – E não foi falar com o Don, ele estava péssimo quando fui vê-lo ontem.

Mac – Você contou do sexo do bebe da Jessica?

Stella – Não. Ela me mataria.

Mac – Mas ele também está sendo teimoso.

Stella – Olha quem fala. Você fez algo parecido, não?! – eles riem.

Mac – Você está certa, eu não vou deixar que ele faça a mesma coisa que fiz.

Stella – Do que está falando?

Mac – Que horas será o voo dela?

Stella – Daqui a uma hora mais ou menos, nós temos que ir ao aeroporto nos despedir dela.

Mac – Vamos fazer o seguinte você vai para o aeroporto que eu vou falar com o Don e encontro com você lá.

Stella – O que vai fazer?

Mac – Abrir os olhos dele para a loucura que está prestes a acontecer. Vamos eu vou pegar um taxi pra você. – ela levanta-se e caminhava com Mac por entre as mesas para sair quando avista o Dr. Cooper sentado.

Stella – Mac só um minuto, vamos cumprimentar o Dr. Cooper.

Mac – Não sei se será uma boa ideia.

Stella – Vem. – puxando-o pela mão. – Dr. Cooper bom dia, tudo bem? – era notável o cinismo na voz de Stella.

Dr. Cooper – Bom dia. Taylor como vai? – cumprimentando os dois com um aperto de mão.

Mac – Bem.

Stella – Doutor nem lhe contei estou grávida. – o médico se surpreende ao ouvir.

Dr. Cooper – Grávida?

Stella – Isso. Estamos tão feliz não é amor?!

Mac – Sim, muito.

Dr. Cooper – Então só tenho que parabenizar o casal.

Stella – Obrigada. – sorrindo. – Bom nós agora temos que ir. – eles se cumprimentam mais uma vez e saem.

Mac – Eu sinto que esse encontro não foi por acaso.

Stella – Não, não foi mas depois te conto.

Mac – Ok. – rindo.

...

Don estava deitado na cama quando escuta a campainha tocar insistentemente, parecia até que o mundo iria desabar naquela hora.

Flack – Nossa que desespero. – a caminho da porta. – Mac? O que aconteceu? – se preocupou ao ver o amigo na porta tocando a campainha daquele jeito.

Mac – O que aconteceu Don? – franzindo o cenho. – O que vai acontecer isso que deveria dizer.

Flack – O que está acontecendo? – fechando a porta e não entendendo por que o amigo estava nervoso.

Mac – Flack eu não vou deixar você cometer o mesmo erro que eu. A Jessica está no aeroporto nesse momento e você não pode deixa-la ir embora.

Flack – Ela tomou essa decisão Mac, não eu.

Mac – E você vai deixa-la ir embora assim? Com um bebe na barriga?

Flack – O que eu posso fazer? Ela escondeu isso de mim! Ela não me quer por perto. – baixando a cabeça.

Mac – Don você não sabe o que é ter a mulher que você ama longe. Você não sabe como é não saber o paradeiro dela, saber se está bem, se está sozinha, se está com alguém. Você não sabe como é dormir e acordar pensando nela e quando você acha que vai enlouquecer encontra a melhor opção para evitar isso, encontra outra pessoa pra tentar desfazer as lembranças, tentar reconstruir a sua vida mas não é o cheiro dela, não é a voz dela dizendo que tudo ficará bem, não é o abraço dela que te reconforta.

Flack – Para Mac! Para assim eu não consigo. – as lagrimas já escorriam pelo seu rosto. Ele se aproxima da janela e passa a encarar a rua mas parecia que a seus olhos tudo estava vazio, sem vida.

Mac – Eu sei disso Don porque passei anos assim e você meu amigo foi quem deu um jeito de fazê-la voltar pra mim e eu preciso fazer o mesmo por você pra não vê-lo se transformar numa cópia minha de algum tempo atrás. Sem vida, sem animo, vivendo apenas para o trabalho. Eu já vi esse filme Don, eu vivi esse filme.

Flack – Mas eu não vou suportar ver a decepção nos olhos dela novamente. – passando a olha-lo. – Eu não vou suportar a rejeição dela.

Mac – Pior meu amigo é tê-la longe. E pior ainda é não saber... da sua filha.

Flack – Filha?

Mac – É uma menina. – com um sorrisinho de canto vendo o quanto Don se emocionou a saber disso. – Ela soube ontem, Stella a acompanhou na consulta e eu fui busca-las depois.

Flack – Uma menina. – ele não acreditava no que ouvia, não sabia se chorava por Jessica esta partindo ou porque acabou de descobrir que tinha uma filha se desenvolvendo no ventre dela. Um sorriso se desenrolou naquela face, sua mente gritava “menina, menina”. – Uma menina Mac? Tem certeza? – ele ainda sorria.

Mac – Sim, uma menina.

Flack – Você me da uma carona até o aeroporto?

Mac – Claro. – tocando de leve no ombro saudável dele.

Flack vai até o quarto e veste um terno por cima da sua camiseta branca básica, ele não pode colocar um dos braços que ainda estava imobilizado. Eles estavam na corredor esperando o elevador quando Jamie salta de um deles.

Jamie – Don, Mac. – surpresa ao vê-los ali.

Flack – O que faz aqui?

Jamie – Eu vim te ver, saber como está.

Flack – Eu estou com pressa, Jamie. E estou bem. – entrando no elevador que acabara de chegar com Jamie. – Mac você não vem?

Mac – Claro. – entrando logo em seguida.

Jamie - Mas... – já não ouve tempo e o elevador fecha com os dois homens.

Flack – Vamos Mac, pisa fundo. Liga a sirene eu preciso recuperar minha mulher e agora minha filha.

Mac – Nós vamos chegar a tempo.

...

Já no aeroporto a emoção rolava solta. Danny, Lindsay, Sheldon, Stella se despediam da amiga.

Lindsay – Ainda acho que você está fazendo é uma loucura.

Jess – Não começa Lindsay. Vai me abraça e não me recrimina, por favor. – elas se abraçam.

Lindsay – Eu vou sentir sua falta.

Jess – Também vou sentir sua falta.

Lindsay – Avisa quando nascer, tá? – as lagrimas já inundavam o rosto das duas.

Jess – Claro. – se separando do abraço.

Danny – Uma boa viagem, Jess.

Jess – Obrigada Danny. – eles também se abraçam.

Sheldon – Se cuida, quero acompanhar essa gravidez de longe então não deixe de me mandar tudo.

Jess – Ta bem Sheldon. – eles também se abraçam. – Stella. – as duas se abraçam.

Stella – Não acredito que está indo embora.

Jess – Mas você vai poder me visitar quando quiser, principalmente agora que não esta enterrada naquele laboratório. – se separando do abraço. – Quero saber de tudo do meu sobrinho por isso não deixe de me contar nada.

Stella – Prometo que terá boletins diários. – elas riem.

Mais uma chamada para o voo dela é ouvido pelos sistema de som do aeroporto.

Stella – Mac não pode vir, ele estava no meio de um caso mas mandou um beijo pra você.

Jess – Ta bom, manda outro pra ele.

Stella – Ok.

Jess – Tchau gente, amo todos vocês. – ela pega sua mala de mão e caminha para o seu portão de embarque. Mais uma vez Jessica olha para trás para ver os amigos ainda chorando por ela e da as costas para continuar seu caminho.

Flack – Jessica. – a voz dele a fez paralisar de repente. Don caminha por entre os amigos para chegar até ela. Mac se aproxima de Stella e a enlaça pela cintura em um abraço. – Jessica espera. – devagarinho ela vira-se para a voz atrás de si, queria ter certeza que estava tendo uma alucinação.

Jess – Don. – sua voz saiu quase num sussurro. Os olhos de ambos se encontram e a emoção trasborda em lagrimas.

Flack – Jess eu precisava te ver antes de ir embora. – se aproximando ainda mais dela. – Eu quero te pedir um favor, não deixa que a nossa filha não saiba quem é o pai dela. Deixa ao menos ela ter um pouco de orgulho desse pai aqui, assim como eu tenho do meu, assim como você tem do seu. Profissionalmente eu sempre fui um policial exemplar você sabe disso, o meu erro foi com você, foi confiar de mais nas pessoas, eu não sei exatamente o que aconteceu naquela noite mas foi o suficiente pra me separa de você e só eu sei como eu estou morrendo por dentro toda vez que acordo e você não está do meu lado. Eu tenho um presente pra ela. – ele busca dentro do bolso do terno um par de sapatinhos de lã brancos. Jessica tem seu rosto inundado por lagrimas ao ver aqueles sapatinhos tão pequenos que cabiam na palma da mão dele. – Outro dia eu estava caminhando nas minhas tardes de tédio e vi isso numa loja, eu não sabia se era menino ou menina e me aconselharam a comprar branco. Eu queria que um dia ela soubesse que foi o pai dela que deu. – Jessica assente e recebe os sapatinhos mas sua garganta estava travada, doía e não conseguia dizer uma palavra se quer. – Eu vou estar aqui Jess, se precisar eu sempre vou estar aqui. – ele acaricia o rosto dela enxugando uma das lagrimas que jorrava. – Eu...eu...posso...? – Don é cauteloso com a pergunta e não consegue termina-la mas Jess entendeu o que ele queria e apenas balança a cabeça dizendo que sim e então ele se ajoelha. Mas Don tremia, a sua mão estava no ar mas não ousava tocar na barriga de Jessica, ele só chorava. Então ela toma a iniciativa pegando a mão dele e pousando em seu ventre. Ele se emociona ainda mais, uma emoção em tocar mesmo por cima da pele de Jessica a sua filha que já era tão amada.

Flack – Eu...eu...já amo você...minha filha. – Jessica não consegue mais conter a emoção e o abraça, toca seus cabelos, sua nuca, encosta a barriga no rosto dele e pode sentir sua blusa molhar pelas lagrimas do homem que amava.

Mais uma vez a chamada para o voo de Jessica é ouvido essa era a última chamada o que a faz acordar de um transe.

Jess – Don eu... – sua voz saiu rouca. Don ergue a cabeça e passa a olha-la. Seus olhos estavam vermelhos. Jessica o ajuda a levantar. – Eu preciso...

Flack – Você já escolheu um nome?

Jess – Não. – mais uma vez ele enxuga as lagrimas dela.

Flack – E se eu te pedir pra ficar e nós escolhermos juntos? – se aproximando ainda mais dela e percebendo que Jessica não faz nem uma objeção a isso. – Eu fiz uma burrice eu sei, não sei se fui vítima de um boa noite Cinderela mas não fui a fundo nisso com medo de ser verdade e eu jamais confiar em ninguém. Mas eu nunca deixei de te amar Jessica, nunca. E eu fiz certo eu tomar essa bala por você, alguma coisa me dizia que fizesse isso porque estava além de te protegendo, estava protegendo nossa filha. – ela continuava em silencio. Jessica olha para trás vendo a fila do embarque sumir e pode sentir Flack se afastar se ela não tomasse uma decisão ele tomaria pelos dois. Jess o segura pelo braço.

Jess – Eu pensei em Charlotte, o que você acha? – ele sorrir e Jessica não pode deixar de se encantar com o sorriso dele. – Eu também amo você, Don, nunca deixei mas eu tenho medo.

Flack – Eu sei por isso quero uma nova chance pra mudar tudo isso. – Jess se aproxima e eles se beijam. Todos da equipe estavam emocionados ninguém conseguia interromper e muito menos queriam interromper aquele momento.


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