Rumour has it escrita por


Capítulo 20
Capitulo 20


Notas iniciais do capítulo

Olha ate que dessa vez não demorei tanto...



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Cap 20

Sheldon caminha com sua maleta em punho pelo restaurante e se alivia ao ver que Christine chorava inconsolada sentada em uma mesa do restaurante já vazio.

Christine - Sheldon? - levantando e indo até ele. - Cadê o Mac? Ele não vem? - seus olhos estavam vermelhos e o lenço na mãos já não suportava mais lagrimas.

Sheldon - Hoje é a folga dele.

Christine - Folga?? Mas sou eu, ele tem que vir.

Sheldon - Olha Christine eu prometo que vou fazer o possivel ...

Christine - O possivel não é o suficiente! Eu quero o Mac nesse caso. - ela esbraveja aos gritos.

Sheldon - Eu não vou levar em consideração o que está dizendo por estar nervosa, eu vou fazer o meu trabalho como se deve. - saindo logo em seguida até a faixa listrada.

Na adega do restaurante um corpo ensanguentado jazia no chão frio, o assoalho em madeira estava encharcado e no pescoço da vítima uma perfuração profunda denunciava que sangrou até morrer.

Jamie - E então? - se aproximando.

Sheldon - O que eu posso dizer de imediato é que houve uma perfuração no pescoço que pegou a artéria carótida, mas é melhor o Sid examinar.

Jamie – Ok.

Sheldon - Quem encontrou o corpo?

Jamie - A dona do restaurante, segundo seus primeiros relatos ela própria veio guardar umas bebidas porque não encontrava o maitre e se deparou com a cena. Ela diz ter ficado muito tempo no salão atendendo os cliente exatamente porque sentiu falta do seu funcionário.

Sheldon – Por isso ele está tão bem vestido. - o morto trajava um belo terno. - Jamie eu vou precisar da lista de funcionários e clientes do restaurante, principalmente quem estava aqui essa noite, horários e tudo o que for possível.

Jamie –Vi que ela estar bem nervosa sem a presença do Mac.

Sheldon – É ela estar e já me disse uns desaforos.

Jamie – Deixa comigo. – saindo do local. Sheldon continuava a examinar o corpo principalmente aquela perfuração tinha marcas estranhas.

Sheldon - Respingos de sangue de alta velocidade. - observando umas gostas de sangue em uma das paredes, ele começa a fotografar o local.

...

Mais uma vez Mac estava a frente da janela de seu apartamento mas dessa vez na janela de seu quarto olhando a cidade, Stella ainda estava deitada dormindo serenamente, dessa vez o que o impedia de dormir era a felicidade que sentia ao saber da melhora de Stella, agora era sua melhora física, tudo era uma questão de tempo para ter sua vida nos eixos novamente. Seus pensamentos estavam livres e se estavam livres estavam em Stella mas o celular no seu criado mudo o faz retornar a realidade, ele logo se apressa para atender para não acorda-la.

Mac >> Taylor

Sheldon>> Mac estou te ligando para avisar o ocorrido e não seja pegue de surpresa.

Mac>> O que aconteceu Sheldon? << - ao ouvir a voz preocupada do amigo do outro lado da linha Mac adota um tom preocupado também.

Sheldon>> Ontem à noite houve um crime no restaurante de Christine, o maitre foi encontrado na adega do restaurante dela morto. << - Mac engole em seco tentando se manter racional com aquela notícia e novamente se volta para a janela do quarto, se afastando mais da cama.

Mac>> Sheldon eu não posso me envolver nesse caso, tive uma relação estreita com ela todos sabem disso, se você assumiu o caso é seu, somente seu.

Sheldon >> Mas ela exige sua presença

Mac>> Ela não pode exigir isso de mim, sei fazer muito bem o meu trabalho e confio em toda a equipe então faça o seu trabalho como deve ser feito.

Sheldon >> Ok. << - eles desligam mas para Mac doeu dizer tudo aquilo, ele tinha Christine como uma irmã e de repente a ver envolvida em um caso desse não gostou nenhum pouco. Seus olhos agora olhavam o horizonte e o que parecia azul estava mais cinzento.

Stella – Mac? – aquela voz doce fez Mac sair de seus pensamentos em relação ao que acabara de saber mas não queria de forma alguma preocupar Stella com casos do laboratório muito menos com um caso que envolvesse Christine. Ele respira fundo.

Mac – Oi amor. – virando-se pra ela e ao vê-la ainda sonolenta e com o cabelo bagunçado ele sorri, parecia que ela tinha o poder de levar tudo de ruim embora. Mac amava aquela mulher disso não tinha dúvidas.

Stella – O que faz ai? – ele se aproxima da cama e deita-se afim de aproveitar mais um momento com sua mulher.

Mac – Nada. – a trazendo para seu peito.

...

Mac só apareceria no laboratório na parte da tarde naquele dia e mal entrou em sua sala quando vozes são ouvidas pelo corredor.

Christine - EU QUERO FALAR COM ELE!!! VOCÊS NÃO PODEM ME IMPEDIR!!!

Mac - Mas o que está acontecendo aqui? - ele olha pela porta e pode ver Christine ser contida pela segurança do local. Todo o laboratório olhava aquela mulher desesperada, as lagrimas. - Christine? – franzindo a testa. - Hey o que está acontecendo? - se aproximando.

Christine - Eu preciso falar com você Mac.

Mac - Podem solta-la. Vamos até minha sala. - eles caminham até a sala de Mac.

Mac - O que houve? – fechando a porta.

Christine - Como assim você me pergunta o que houve? - Sheldon bate na porta e entra na sala de Mac para lhe atualizar sobre o andamento da investigação. - Seus subordinados não o avisaram do que aconteceu no meu restaurante? - ela encarava o moreno a sua frente. Sheldon iria responde-la mas Mac o impede com um aceno.

Mac - Eu sei de tudo que se passa nesse laboratório Christine, sei o que aconteceu em seu restaurante e Sheldon é muito competente no que faz se ele está encarregado do seu caso ele fará um ótimo trabalho. - podia ser quem fosse Mac não permitiria que alguém questionasse o trabalho de sua equipe.

Sheldon - É melhor eu não ficar aqui, Mac depois eu volto para te atualizar. - saindo visivelmente chateado com aquela situação da sala do chefe.

Christine - Você deveria estar lá Mac e não o Sheldon, ele pode fazer um bom trabalho mas não é você.

Mac - Christine eu entendo...

Christine - Não, você não entende porque você me abandonou, você não estar la para segurar minha mão. Você prometeu que sempre estaria lá e no entanto quando eu mais preciso de você...você não estar. Você prometeu ao Harry! Espero que você cumpra o que prometeu. – ela grita aquelas palavras com ódio, era mais do que notada sua revolta pela morte de seu funcionário mais do que isso ele era seu amigo e ainda mais do que isso ela queria proporcionar a Mac a mesma angustia pela qual ela estava passando, não só pela trágica morte do maitre de seu restaurante mas pela sua separação, pela separação de seu amor de infância. Queria que ele sofresse como ela sofria poderia não ser pelo mesmo motivo mas o importante era que Mac estava sofrendo. Christine sabia que se falasse em Harry seu irmão Mac desabaria, muitas vezes foi isso mesmo que usou para que Mac não se afastasse tanto dela, da promessa que ele fez a Harry de cuidar de Christine. Essa era a forma dela de magoa-lo, de feri-lo.

E como ela esperava Mac praticamente desmorona ao ouvir aquilo, em sua mente vem toda a cena de seu amigo Harry agonizando em seus braços pedindo que cuidasse de sua irmãzinha.

Christine - Você prometeu agora cumpra, Harry confiava em você. - ela fala aquelas últimas palavras friamente e deixa a sala.

...

Duas semanas depois Mac e Stella tomavam o café da manhã em um total silencio, mais uma vez ele chegara tão tarde, de novo ele estava com aquele aspecto de cansado aquele caso de Christine o estava tirando o sono, não houve muitos avanços e ele em particular não podia se envolver.

Mac >> Taylor<< - atendendo seu celular a mesa do café.

Sheldon >> Mac desculpe ligar tão cedo mas não sei mais o que fazer com Christine, estou tentando ter alguma consideração e não dá mais, ela não coopera em nada com as investigações alegando que você é o responsável maior e que você deveria conduzir, o advogado dela está me levando a loucura. Ela não nos dá suas digitais, seu dna, nada...em outro caso poderia julgar que está fazendo isso porque é a culpada...

Mac>> Então encontre algo mais sólido.

Sheldon>> Ok.<< - eles desligam.

Stella - O que aconteceu Mac? - ela vira como olhar de Mac reagia a cada palavra dita ao telefone que ela não pode escutar mas sabia que ele havia odiado todas elas.

Mac - Christine esta dificultando a investigação. - ele fala num tom de desabafo.

Stella - Porque ela esta fazendo isso? Por acaso é culpada? - no mesmo instante os olhos de Mac reagem com fúria ao olhar Stella.

Mac - Não, claro que não. Ela é inocente. – ele fala convicto e principalmente com raiva.

Stella - Como sabe? Você era o álibi dela e eu não sei? – aquele tom irônico dela o deixou ainda mais possesso.

Mac - Não, você sabe muito bem que estava com você toda a noite.

Stella - E então porque ela não pode ser culpada?

Mac- Porque Christine jamais mataria alguém. - ele fala impaciente.

Stella - Porque tem tanta certeza?

Mac - Porque ela não mentiria.

Stella - Pensei que as evidencias não mentiriam.

Mac - E eu pensei que você me entenderia. - ele levanta da mesa tentando acabar com aquela discussão.

Stella - O que acontece com você? Porque esse caso esta mexendo tanto com você? Porque sua princesinha tem a possibilidade de ser culpada?? - ela fala aos gritos e logo em seguida ela ouve a batida da porta. - Quando você quer você consegue ser um idiota Mac Taylor. - ela fala sozinha.

...

Naquela manhã Stella não conseguia se concentrar em sua fisioterapia, estava magoada com as palavras dele, brigar com Mac por causa de Christine era insuportável, mas porque ele não poderia duvidar de Christine? E porque ela queria que ela fosse tão culpada? Esses pensamentos a deixaram sem animo o dia todo. Stella estava em seu quarto pensativa até perceber Fred correndo pelo quarto com um sapato dela na boca.

Stella - Fred!! Para!!! - e mais uma vez ele passa pela cadeira de Stella correndo. - Volta aqui Fred!! - indo atrás dele. - Cachorro mal, muito mal! - ele larga o sapato e continua a correr e a latir, Stella que tentava ir atrás dele acaba esbarrando no sapato e ela não conseguia passar com sua cadeira.

Stella - Droga Fred!!! - ela fazia força na cadeira para passar por cima do sapato mas não conseguia e numa tentativa desesperada ela acaba escorregando e virando a cadeira.

Stella - Ai Fred! Droga!!! - ela esbraveja com o cachorro e vai as lagrimas com aquilo, ela tentava levantar mas sem sucesso. - Droga, droga, droga!!! Eu não consigo! - ela fala chorando. O animalzinho que se assustou quando a dona caiu vai de encontro a ela e começa a lamber seu rosto. - Para! - ela fala quase num sussurro, suas lagrimas eram insistentes mas o animalzinho continuava ao lado da dona. Stella vendo que o animal não sairia do seu lado enxuga suas lagrimas e se arrasta para perto da cama, ela consegue sentar e virar novamente sua cadeira deixando-a o mais próximo possível. Stella consegue sentar e apoiar as costas na cama, já cansada. Ela respira fundo criando coragem para fazer o que estava pensando. E com outro esforço Stella vira-se para se apoiar na cama e na cadeira de rodas e levantar seu corpo mas o peso de seu próprio corpo parecia demais e a cadeira ameaçava desiquilibrar, Stella percebendo isso volta a sentar-se e apoia-se somente na cama e com mais um esforço ela consegue arrastar todo seu corpo para cima da cama deitando-se, sua respiração já estava um pouco pesada, cansada do esforço que estava fazendo por mais que sua fisioterapia estivesse ajudando nesse momento ao fortalecer sua musculatura, não estava preparada para aquilo, foi da frustração a realização ao conseguir levantar sozinha.

...

Mac chegou ao laboratório querendo afastar qualquer pensamentos sobre Christine, mas porque ela colocava tanto obstáculo na resolução desse caso? E porque Stella não o entendia? Tantas vezes ela reagia com o coração o deixando possesso, e porque agora os papeis se inverteram? Desde quando Stella agia com a racionalidade e Mac com o coração? Stella não estava errada em considerar Christine a principal suspeita, ela estava certa as evidencias não mentem mas ele mesmo não queria ter acesso a nada agora, não queria que ela fosse culpada, parecia que sua promessa teria ido por agua a baixo e ele teria fracassado, não suportaria esse fracasso, tinha prometido protege-la e estava falhando. Será que estava falhando mesmo? Será que Christine era realmente culpada? A cabeça de Mac dava um nó ao pensar em tudo isso.

No laboratório Mac analisava um revolver que foi usado em um crime, depois dos testes ele compara a bala do revolver e a que foi achada na vítima.

Jo – E então? – chegando a sala em que ele estava.

Mac – Comparei as capsulas e realmente foram disparadas dessa mesma arma.

Jo – O que você acha de conversarmos com uma pessoa?

Mac – Vamos lá! – Mac tira o jaleco e saia da sala acompanhado por Jo mas Lindsay e Sheldon o impedem.

Lindsay – Mac precisamos conversar com você.

Mac – Não pode ser mais tarde? Estou indo com Jo interrogar um suspeito.

Sheldon – Tem que ser agora, Mac.

Jo – Não se preocupe, eu posso fazer isso sozinha. – tocando no braço de Mac. Ele apenas acena com a cabeça e ela sai pelos corredores.

Lindsay – Você precisa nos ajudar com esse caso de Christine.

Mac – Vocês sabem que não posso...

Sheldon – Nós sabemos Mac, mas é só uma conversa com uma pessoa que foi próxima de Christine.

Mac – Ok. – eles vão até uma sala onde se espalhavam fotos sobre o caso. – Preenchendo as lacunas. – observando o ambiente.

Sheldon – É o que estamos tentando fazer. – Mac olhava cada foto analisando cada detalhe.

Lindsay – Mac veja a perfuração no pescoço da vítima. – ele observava a foto bem de perto. – Despois de uns dias após a autopsia Sid observou na ferida essas marcas. – ela mostra uma nova foto.

Mac – Isso aconteceu depois da morte?

Sheldon – Não, na verdade ficou escondido só aparecendo agora. Veja que essas marcas são retas. Aqui nós encontramos pequenas lascas de madeira e dentro do ferimento achamos uma pequena partícula de algum metal.

Lindsay – A análise que o Adam fez diz que era cobre folheado a ouro.

Mac – Folheado? – franzindo a testa.

Lindsay – Pode conferir. – entregando pra ele um documento que confirmava o que dizia.

Mac – E a madeira?

Sheldon – Carvalho.

Mac – Carvalho? Uma madeira tão nobre?

Lindsay – Mac o restaurante de Christine é muito renomado em Nova York, sua adega é uma das melhores e ganhou até premiações por isso. – mostrando na grande tela de led que existia na sala algumas reportagens gastronômicas que falava sobre isso, inclusive em uma delas Christine aparecia em uma foto com um prêmio na mão, o que chamou a atenção de Mac. O prêmio era em formato de um saca rolha dentro de uma caixa de madeira muito sofisticada.

Sheldon – Ela ganhou por três anos consecutivos. – mostrando outras fotos. – E uma coisa que chamou muito a minha atenção desde o começo foi as marcas na ferida, marcas circulares. – mostrando outra foto em que enquadrava a ferida bem de perto.

Lindsay – E na adega só encontramos dois dos prêmios que Christine ganhou. – mostrando outra foto onde tinha um lugar vazio ao lado dos outros prêmios.

Mac – Poderiam pedir um mandado pra casa.

Sheldon – Já pensamos nisso e já tentamos mas o juiz não deu, ele é um grande amigo de Christine e de seu advogado que já a cercou de tudo. Eles alegaram que Christine encontrou o corpo e chamou a policia, tem uma conduta invejável, e não podemos basear em suposições.

Mac – Então vamos pensar friamente, aqui no relatório da autopsia diz que perfurou a artéria carótida ou seja a pessoa que fez isso estava toda suja de sangue.

Lindsay – E conhecia muito bem o local ou tinha livre acesso já que ninguém viu ninguém estranho entrar ou sair do restaurante, muito menos sujo de sangue.

Mac – Cadê as imagens das câmeras de segurança?

Lindsay – Que câmeras?

Mac – Christine possui um sofisticado circuito interno de tv que eu mesmo indiquei a empresa pra instalar.

Sheldon – Não requisitamos porque não sabíamos, não vimos e claro ela não falou.

Mac – Quando ainda estava com Christine ela estava desconfiando de pequenos roubos no restaurante, então dei a ideia de instalar câmeras escondidas, realmente ficou comprovado que a recepcionista estava furtando até algumas garrafas de vinhos.

Sheldon – E o que aconteceu com ela?

Mac – Christine a despediu.

Lindsay – Ela teria livre acesso ao restaurante, talvez com a ajuda de alguém ela pudesse entrar e sair sem ser notada.

Mac – Ela namorava o...espera...deixa eu ver uma coisa. – pegando uma foto do morto. – Ela namorava com ele.

Lindsay – Tem certeza, Mac?

Mac – Tenho.

Sheldon – E qual o nome dela?

Mac – Eu não lembro já faz tanto tempo.

Lindsay – Deixa eu ver nos arquivos. – olhando outros papeis. – Aqui Leslie Nielsen.

Sheldon – Vou jogar esse nome no CODIS. – Sheldon digita no teclado e logo na tela aparece toda ficha criminal. – Ela já foi presa por pequenos roubos para sustentar seu vício em heroína.

Lindsay – Mas ela não agiu sozinha, não entrou em um restaurante lotado e saiu toda ensanguentada sem ser notada.

Mac - Peçam um mandato para as câmeras de segurança do restaurante, com certeza lá terá todas as respostas.

Sheldon - Vou ligar para Jamie. - pegando o telefone. Mac continuava a encarar a foto na tela de Christine segurando o seu prêmio.

Lindsay - Mac está tudo bem?

Mac - Está sim, resolvam tudo e me mantenham informado estou na minha sala. - Mac ainda estava atordoado com tudo aquilo, porque Christine não disse sobre as câmeras? Será que ela estava querendo esconder alguma coisa?

Enquanto isso o dia passara e Stella não tinha notícias nenhuma de Mac, ele não ligou o dia todo e ela muito menos, a noite já estava perto de ir embora e o dia começava a nascer e Stella não havia pregado o olho, estava preocupada, com raiva, frustrada, triste...sabia que o trabalho no laboratório consumia muito de Mac mas não a ponto de não fazer uma ligação para ela, sinal que ele estava muito chateado, pior ainda estava magoado por um motivo que parecia tão bobo, mas porque Stella queria tanto que Christine fosse culpada? Talvez para tirar aquela máscara de princesinha, de coitadinha, que Mac queria tanto proteger. Mas ela também poderia ser inocente... esses pensamentos estavam inundando a cabeça de Stella quando ouve o barulho da porta abrir e ela prontamente fecha os olhos e se pôs a fingir que dormia.

Mac fica de pé junto a cama olhando sua esposa dormir, o cachorrinho balançava o rabinho querendo um carinho de seu dono, ele acaricia o cãozinho e vai até o banheiro tomar um bom banho para descansar. Ele volta ao quarto e deita na cama ao lado de sua esposa, ele acaricia o rosto dela é quando percebe um vidrinho de remédio em cima da mesinha ao lado da cama. Ele pega o vidrinho e reconhece o remédio que o médico já tinha receitado para dormir, ele voltou o vidrinho de remédio a mesinha e deitou por cima de Stella.

Mac – Me desculpe. – falando baixinho no ouvido dela. – Eu não deveria ter deixado você sozinha, deveria ter vindo pra casa cedo mas foi tanta coisa...eu tenho medo Stella, tenho medo de fracassar, medo de fracassar como homem pra você, medo de fracassar como líder daquele laboratório e estou fracassando com a promessa que fiz de proteger Christine, eu ainda não sei se ela é culpada ou não, mas se ela for significa que eu fracassei. E eu não sei lidar com isso. – ele senta na cama e recosta na cabeceira da cama. – Não tenha ciúmes dela se ela é minha princesa você é a minha rainha. – Stella se esforça pra não sorrir, ela fica lá deitada aproveitando os carinhos dele e acaba adormecendo. Mas ao acordar ele já não estava mais na cama e de uma certa forma sua frustração aumenta.

...

Ainda era muito cedo quando Mac chega ao laboratório, ele apenas ficou deitado na cama ao lado de Stella sentindo o cheiro que lhe deixava tão calmo, que lhe fazia pensar, lhe fazia tão bem. Ele passou a manhã em sua sala analisando relatórios.

Lindsay – Mac. – entrando na sala do chefe.

Mac – Novidades?

Lindsay – Sheldon está agora na delegacia interrogando nossos suspeitos.

Mac – Suspeitos?

Lindsay – Despois que vimos as imagens das câmeras de segurança podemos perceber que Leslie teve uma ajudinha para poder entrar e sair do restaurante. Christine já sabia e já esperava que fossemos pegar as imagens, ela não disse uma palavra Mac, a única coisa que disse foi que quando você olhasse para o caso dela tudo se resolveria. Mac você sabe que se quiséssemos poderíamos acusar Christine por obstrução da justiça.

Mac – Eu sei, Linds mas ela estar cercada por advogados muito preparados e que vai fazer isso se arrastar por muito tempo.

Lindsay – O que vai fazer?

Mac – O que eu deveria ter feito. – levantando-se e saindo da sala.

...

Christine – Sabia que você viria. – ela estava sentada de costas para a entrada a uma mesa do restaurante que desde o incidente estava fechado. – Despois que Lindsay esteve aqui tão cedo eu sabia que você viria.

Mac – Porque tudo isso Christine? – se aproximando da mesa e entrando em seu campo de visão. Christine apenas o olha. – Sabe que podemos acusa-la de obstrução da justiça?

Christine – Mas você não vai fazer isso. – aquele olhar era desafiador e Mac nunca tinha conhecido antes, se deu conta que nunca conheceu aquela mulher que um dia cogitou casar. Ele olha a mesa e ver uma garrafa de vinho aberta já pela metade e uma taça já vazia. – Você quer um pouco?

Mac – Eu não bebo em serviço.

Christine – Você não esta trabalhando agora, você não estar aqui como um representante do laboratório ou teria trazido Lindsay ou Sheldon em seu encalço. Mas sente-se. – Mac respira fundo não estava gostando nada do rumo daquela conversa mas teria que ir até o fim. – Como eu disse Lindsay já esteve aqui e levou as imagens das câmeras que poucas pessoas sabiam, a arma do crime não estava lá eu não tirei mas imagino que ela encontrou senão não teria voltado outra vez aqui, devem ter passado os seus pozinhos mágicos e devem ter achado as digitais.

Mac – Eu não entendo Christine porque isso? Porque essa sua agressividade, porque você dificultou tanto essa investigação.

Christine – Pra ter você Mac, pra ter você nem que fosse mais um pouco comigo, pra ter de novo seus cuidados. – ela fala com lagrimas nos olhos.

Mac – Eu não podia entrar nessa investigação.

Christine – Mas entrou ou ninguém saberia dessas câmeras.

Mac – Mais cedo ou mais tarde eles descobririam.

Christine – Será que você não ver o quanto eu sou apaixonada por você? Que mesmo esse tempo que estamos longe eu ainda espero por você. Que desde criança eu sonho com você, quando meu irmão voltava pra casa e você voltava junto eu me deslumbrava e quando eu tive tão perto de realizar esse sonho veio a Stella e estragou tudo.

Mac - Às vezes a gente não se apaixona por alguém, a gente se apaixona por uma ideia do que é esse alguém em nossas expectativas. Às vezes a gente está apenas apaixonado por um sonho, e só quer alguém que te acompanhe nessa empreitada. E eu não era e nem sou esse alguém pra te acompanhar nessa empreitada porque eu sou apaixonado por outra pessoa e esse é um sentimento reciproco e ela está junto comigo nessa mesma empreitada. – ele levanta-se e caminha para sair dali.

Christine – Eu vou embora. – ela fala enxugando uma lagrima que teimava em cair. Ela ouve os passos dele cessarem. – Não se preocupe eu estou librando você da sua promessa. – ela coloca um pouco mais de vinho na sua taça. – Você não tem mais nenhum compromisso comigo.

Mac – Pra onde você vai?

Christine – Eu ainda não sei ao certo. Tenho que refazer meu nome, meu restaurante em Nova York já esta marcado por esse acontecimento.

Mac – Desejo que consiga levantar seu restaurante novamente e que encontre de verdade alguém e que seja feliz, como eu sou.

Christine – Mesmo ela sendo uma invalida?!! – as palavras lhe fugiram da boca raivosas.

Mac – Não me interessa a forma como ela caminha mas a forma como ela me ama. – Mac deixa o restaurante sabendo pra onde iria.

...

Já passava e muito do horário do almoço e até agora Mac não tinha dado notícias, ela também não ligaria pra ele, Stella queria pensar apenas nela naquele momento, poderia estar sendo egoísta mas se alguém tinha culpa por aquela situação o culpado seria Mac Taylor por defender tão ferreamente Christine, apesar de ter entendido o que ele sentia em relação a tudo, ao medo de fracassar, o medo de perder. Stella empurrava sua cadeira em direção ao quarto mas para diante do quarto de fisioterapia, Fred parou junto dela e a olhava depois grunio e sai em direção a sala. Stella resolveu entrar e parou sua cadeira diante de uns dos aparelhos, na verdade eram duas barras paralelas fixas ao chão mais cedo com a ajuda de Aubray ela tentou ficar de pé mas não conseguiu. Ela toca nas barras frias, olha seus pes descalços, fazia uma força enorme para conseguir mexer um pouquinho seus dedos dos pés e sentiu um certo espasmo, sim estava mexendo e no movimentos dos seus dedos seus lábios se alargava num sorriso. Stella posiciona sua cadeira entre as barras, tira as pernas do apoio da cadeira e podia muito bem sentir o chão novamente sob seus pés, com era grata por aquele momento, antes aquilo era algo que passava despercebido, tocar o chão com pé, andar descalça e hoje era algo suado, sofrido para conseguir. Stella apoiava as mãos nas barras, aplicava toda a força que podia, seus braços estavam mais fortes do que o normal com as seções de fisioterapia e de levantamento de peso para fortalecer sua musculatura, ela lutava para se equilibrar, se manter de pé e conseguiu. Suas pernas pareciam estar firmes, agora tentava mexer um pouquinho que fosse seu pé e apesar da perna ainda não obedecer completamente mas alguns centímetros seu pé foi para frente dando assim o seu primeiro passo. Como estava feliz, como ela estava emocionada, sentia dor naquele momento mas suas lagrimas eram de felicidades, ela tentava agora com o outro pé até ouvir os latidos de Fred a sua frente.

Stella – Fred meu amor, você esta vendo? Eu estou de pé! Mas... – ela se da conta que Fred não estava com ela e que a porta estava fechada, Stella olha em direção a porta um tanto assustada e encontra um par de olhos azuis a olhando surpreso e ao mesmo tempo orgulhoso. Mac estava boquiaberto vendo Stella de pé. Eles se encaravam como lagrimas nos olhos, as emoções trasbordavam nos olhos de cada um em forma de lagrimas. Mas Stella já não conseguia mais se segurar e ameaçava desabar quando sente os braços fortes de Mac a segurando, ele percebeu na mudança de expressão dela que algo estava errado então correu para junto dela, sim aquela mulher ele conhecia de verdade. Mac a ajuda a sentar-se sem dizer uma palavra, ele apenas chorava assim como Stella. Ele estava de joelhos na frente da cadeira dela colocando as pernas dela no apoio sem coragem de encara-la quando sente o toque suave dela em seu rosto. Imediatamente ele para o que fazia e devagarinho encontra os olhos brilhantes e vivos de Stella. Eles se encaram por um momento e então Mac desaba no colo dela, ele deita a cabeça nas pernas de Stella e passa os braços em torno de sua cintura. Como se sentia seguro ali, como estava se sentindo um idiota por brigar com sua esposa por alguém que não representava nada, pra defender alguém que não se importou em deixar solta uma assassina só para tê-lo por perto.

Mac não sabe precisar quanto tempo ficou ali mas foi tempo o suficiente para ter de novo sua sanidade.

Mac – Me perdoa por eu ser um tolo? – ele a olhava nos olhos e fazia carinho no rosto de sua esposa.

Stella – Shiii – colocando o dedo indicador em seus lábios. – Não vamos mais falar sobre isso até tudo se resolver.

Mac – Já foi resolvido por isso ontem eu demorei muito a chegar em casa.

Stella – Você se envolveu nessa investigação?

Mac – Não diretamente, só indiquei uma pista que deu certo. Meu medo é o de fracassar Stella e ficar sem você. Eu não me importo com o que vai acontecer com Christine apesar dela não ser culpada ela poderia ser acusada de obstrução em uma investigação, ela vai embora da cidade, não tem mais promessa que me prenda a ela, se eu fracassei ou não em relação a ela eu não me importo mas eu não quero fracassar com você porque eu posso te perder. – ela enxuga as lagrimas dele.

Stella – Você não vai me perder desde que eu seja sempre a sua rainha. – ela fala com um sorriso tímido nos lábios. Mac se surpreende com que Stella havia dito.

Mac – Você não estava dormindo não era? – ele perguntou um tanto desconfiado.

Stella – Você devia saber que eu não durmo direito sem os seus braços.

Mac – Mas eu vi o vidro de remédio.

Stella – Que não tomei, eu não tomava aquela porcaria antes porque eu tomaria agora? - ele sorrir.

Mac – Você ouviu tudo que disse?

Stella – Ouvi. – ela respira fundo. – Eu entendo Mac mas ao mesmo tempo eu tenho ciúmes. – ele sorrir ao ouvi-la dizer que tem ciúmes.

Mac – Eu amo você Stella Bonasera Taylor. – eles se beijam. – Ei quando você começou a andar e não me contou?

Stella – Esqueceu que você andava sumido?! Mas eu tentei esse exercício antes e não consegui, só consegui dessa vez.

Mac – Então merecemos comemorar. – a tomando nos braços.

Stella – Você não vai voltar para o laboratório?

Mac – Me dei folga hoje. – indo para o quarto.

...


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Notas finais do capítulo

So pra explicar
O maitre (lê-se: métri) é o profissional responsável supervisão dos trabalhos desenvolvidos pelos garçons. Cabe a ele também o planejamento das rotinas de trabalho em restaurantes, hotéis, bares e estabelecimentos similares.



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