Rumour has it escrita por


Capítulo 12
Capitulo 12


Notas iniciais do capítulo

Bomm como amanhã minhas feria acabam e sei que meu dia vai ser um pouco complicado então resolvi postar logo!!!
Boa leitura a tods!!!



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Lindsay estava na sala tomando um café aguardando Stella que tinha ido tomar um banho com a ajuda de Rosa, a fisioterapia já tinha acabado e Aubray já tinha ido embora. Depois de meses sem praticamente ver sua amiga de novo embora ela estivesse na cidade era difícil estar ali naquela sala a sua espera. Lindsay deixa sua xicara na mesinha ao lado do sofá, levanta e caminha em direção a porta.

Stella – Lindsay? Você já vai? – Lindsay para ao ouvir a voz da amiga. – Algum problema? – ela vira-se para a amiga em sua cadeira de rodas atrás de si acompanhada por Rosa sua ajudante na casa e um cachorrinho parado ao lado dela. – Rosa obrigada pode ir. – ela sai sem dizer uma palavra deixando as amigas no mais profundo silencio.

Stella – Primeiro eu tenho que te pedir perdão mais uma vez, não é? – Lindsay solta um suspiro frustrado.

Lindsay – Por que Stella? – ela continuava de pé, parada.

Stella – Eu não sei, Lindsay. – seus olhos recaem sobre suas mãos, não tendo coragem em encarar a amiga. O cachorrinho se aproxima ainda mais da cadeira se prostrando na frente dela.

Lindsay –Stella. – se agachando diante da cadeira de rodas e tocando as mãos dela. E o cachorrinho parecia entender o que acontecia, ele cheirava as mãos das duas. Os olhos das amigas novamente se encontram. – Você tem que parar com essa mania de se fechar, de se trancar quando tem algum problema, nós somos a sua família, sabe disso e só queremos o seu bem. Já não basta esse tempo você longe da gente e nos evitando e agora de novo.

Stella – Justamente por vocês serem a minha família que não suporto que me vejam assim. – ela se olha. – Não suporto a pena de ninguém imagina de vocês.

Lindsay – Stella não temos pena de você. – Stella desvia do olhar da amiga e sorrir ironicamente.

Stella – É claro que sente. – Lindsay levanta e senta no sofá em frente a amiga. – Justamente porque vocês me conhecem e sabem o quanto eu sofro por estar aqui presa, do quanto eu gostava de dizer o quanto eu era livre e independente. – Lindsay permanece calada e de uma certa forma mesmo não querendo concordar com Stella mas ela estava certa.

Lindsay – Mas se você não se apoiar em nós que somos sua família você pretende ter o apoio de quem? Você afastou todo mundo, da última vez que estive aqui você praticamente me expulsou.

Stella – Olha eu sei o que eu fiz, ok?! E estou aqui pra te pedir perdão, sua filha me mostrou tanta coisa ontem, tanta coisa que eu estava perdendo não por estar presa nessa maldita cadeira mas por me afastar de todos e a única coisa que eu quero é ter meus amigos de volta por que sinto muito a falta de vocês e principalmente ... eu sinto falta da minha melhor amiga. – Lindsay sorrir. – Você me perdoa?

Lindsay – Claro. – Stella se aproxima e as duas dão as mãos.

Stella – Obrigada. E então você está de folga?

Lindsay – Sim.

Stella – Será que minha amiga poderá me acompanhar a um lugar? – ela fala um pouco misteriosa.

Lindsay – Onde você quer ir?

Stella – Você vai ver. Pode pedir um taxi?

Lindsay – Eu estou de carro.

Stella – Mas não da pra você ficar me colocando no carro, né? Então pede um taxi especial.

Lindsay – Tudo bem. - Lindsay se surpreendeu com a maneira descontraída de Stella. – E esse cachorrinho? Eu sempre soube que você gostava de gatos. – fazendo um afago no animalzinho.

Stella – Mas eu continuou gostando de gatos. Isso...- apontando para o cachorrinho e o olhando com o pouco de desdém - ... é obra da sua filha e do Mac. – Lindsay rir. – Eu vou pegar minha bolsa. O cachorrinho late ao vê-la sair da sala. – Psiu, silencio!

...

Lindsay – Você tem certeza disso, Stell?

Stella – Claro! – as duas almoçavam num restaurante, mas Stella tinha seu olhar perdido em uma outra mesa onde uma mãe brincava com um bebe. Lindsay a vendo parada segue o olhar da amiga.

Lindsay – Stella você está bem? - voltando a sua atenção a Stella.

Stella – Estou...eu acho que estou. – ela baixa seu olhar para o prato na sua frente.

Lindsay – Stella. – era nítido a preocupação no olhar e na voz de Lindsay. Stella tem seus olhos marejados ao encarar a perita a sua frente.

Stella – Eu estou com medo da escolha que estou fazendo Lindsay. Você ouviu o que a ginecologista disse aparentemente está tudo ok comigo, fiz aquele monte de exames mas sabe agora olhando aquela mãe com aquele bebe eu estou com medo. Eu quero muito ter um filho do homem que eu amo, quero construir uma família mas não sei se um dia eu deixaria essa maldita caldeira, eu estou aceitando o fato de ficar nessa condição para sempre mas caso o meu filho precise ir no hospital? E se ele cair? E se acontecer algo e eu presa aqui não puder fazer nada por ele?

Lindsay – Calma, Stella, você pode ter baba o tempo todo...

Stella – Baba Lindsay? Você sabe muito bem que não é a mesma coisa. Então me bateu esse medo agora. Eu não vou ter o Mac o tempo todo por perto. Sem falar que posso ter uma gravidez cheia de riscos...

Lindsay – Stella, Stella não toma decisões precipitadas, me prometa isso. Amanhã vamos de novo ao consultório da dra. Silvia receber seus exames e conversar com ela de novo, depois vamos ao seu ortopedista, o Dr. Cooper.

Stella – Mas e o fato de não sair dessa cadeira?

Lindsay – Não te impede de ter filhos.

Stella – Lindsay você ouviu o que eu disse? E se a criança cair? E se...

Lindsay – Stella são todos “se”, e “se isso”, e “se aquilo”, são riscos Stella. Eu vou estar aqui pra te ajudar é só você deixar que tem mais gente naquele laboratório que pode te ajudar e não é por pena, é pela sua amizade de tantos anos, pelo o que nós construímos como equipe, como a família que sempre fomos Stella. – ela lhe dá um daqueles sorrisos sinceros que faz Stella se reconfortar. – Agora que tal você comer?

Stella – Está bem. – forçando um sorriso.

Lindsay – É incrível. – sorrindo.

Stella – O que é incrível? – sem entender o porquê de Lindsay dizer isso.

Lindsay – Você e o Mac.

Stella – O que tem nós dois?

Lindsay – Vocês tem esse olhar ai meio indecifrável quando tem algo errado, quando não estão satisfeito com alguma coisa.

Stella – Você já descobriu isso?

Lindsay – É a convivência, mas não me enrola e diz o que mais está te atormentando?

Stella respira fundo, era difícil confessar aquele tipo de coisa.

Stella – De novo o medo está me atormentando...- ela olha um pouco sem graça para a amiga e depois desvia seu olhar para o prato e depois para a amiga de novo. - ...não sei se vou conseguir ir pra cama com o Mac pra fazer esse filho, não é só pelo filho que eu estou querendo ter mas pelo nosso próprio casamento... – ela sorri irônica.

Lindsay – Stella você está me dizendo que vocês não fazem sexo? – ela confirma com a cabeça.

Stella – Eu não sinto, Linds. Você imagina como isso deve ser horrível para o Mac? Um homem como ele que pode ter a mulher que quiser?!

Lindsay – Mas ele só quer você, Stell. – Stella sorri sinceramente sabendo que era verdade.

Stella – Eu sei que a maioria daquelas técnicas do laboratório suspiram pelo detetive de olhos expressivos, aquela seriedade dele desperta muito interesse, isso eu sei. Até mesmo a minha fisioterapeuta, você a conheceu hoje, arrasta um bonde por ele.

Lindsay – Você tem certeza? Não está com ciúmes?

Stella – Também mas eu ouvi uma conversa deles outro dia onde ela dizia para ele jogar a toalha porque eu já tinha desistido de mim mesma, de nós. Ela não estava totalmente errada, eu tinha mesmo desistido mas ao ouvir o Mac dizer que ele jamais me deixaria porque me ama foi incrível.

Lindsay – E você vai deixar esse homem por ai correndo o risco de um dia aparecer alguém que faça o coração dele balançar?

Stella – Não! – ela fala rapidamente já com lagrimas nos olhos. – Eu ficarei sem chão se isso acontecer porque eu o amo. Eu quero recuperar o tempo perdido, quero fazê-lo feliz.

Lindsay – E você não quer ser feliz?

Stella – Se eu conseguir fazê-lo feliz eu com certeza também estarei.

Lindsay – Então vocês dois juntos tem que conseguir um meio de superar esse tabu, Stella.

Stella – Eu sei. E não imagina como essa conversa com a dra. Silvia me ajudou nisso. O pior é que não posso recrimina-lo caso ele tenha procurado fora de casa algo que não tinha, até beijos eu o neguei, Linds, até beijos, carinhos.

Lindsay – Você fez isso sabendo desse monte de mulher atrás dele?

Stella – Pior que fiz e como me arrependo, ele só queria ficar comigo e eu o afastando. – ela respira fundo. – Mac sempre despertou o interesse das mulheres, sempre povoou o imaginário feminino, ele nunca me confessou mas eu sei que ele já teve alguma coisa com a Dra. Jane Parsons, você lembra dela do DNA?

Lindsay – Lembro, ele teve alguma coisa com ela? – ela pergunta um tanto surpresa.

Stella – Eu não tenho certeza mas eu acho que teve sim, dentre outras teve também aquela mulher que estava com ele em uma cena de crime, naquele café que ele costumava ir, mas até ai eu não sabia o que sentia ao certo meus sentimentos ainda vagavam no campo da amizade, eu até arrumei a gravata dele pra poder sair o menos informal nesse dia, eu também tinha um encontro e tive que passar no laboratório antes, ele me deu um olhar de cima abaixo que me fez arrepiar que até hoje quando lembro eu me arrepio. Mas quem mais me doeu foi a Dra. Payton Driscoll. Ela me doeu. – um semblante triste se instala no rosto de Stella.

Stella – Com a Payton Mac realmente tentou ser feliz, saiu daqui pra conhecer a família dela em Londres e eles só terminaram porque Payton terminou por uma carta mas ele estava disposto a ir até Londres busca-la não sei porque desistiu e quando ele sofreu aquele acidente que ficou de molho em casa sem fazer nada e como ele não sabe ficar sem fazer nada ficou bisbilhotando os seus vizinhos do prédio da frente. É então que Payton aparece e Mac não se contém, mesmo com o braço fraturado, mesmo com as costelas quebrados ele foi a fundo e descobriu que o amigo dela era quem estava por trás do ataque que ia acontecer a um concerto onde a própria Payton estava e ele fez tudo isso para protege-la mesmo ela terminando com ele, mesmo ela ficando tanto tempo fora, mesmo ela vindo pra Nova York por outro motivo que não foi o Mac, ele estava lá pra protege-la, quando eu vi os dois chegando ao laboratório meu coração se apertou e eu não suportei, eu tive que ir embora. Eu vi que ali eu não tinha mais chances, que nunca tive.

Lindsay – Mas isso está no passado.

Stella – Eu sei que está mas me doeu muito Lindsay. – dando um leve sorriso. – Foi uma época difícil pra mim.

Lindsay – Que mais uma vez você se fechou na sua dor sozinha.

Stella – Foi. – ela respira fundo novamente. O garçom aparece para retirar os pratos e trazer a sobremesa. – Mas teve outra que me causou um certo temor.

Lindsay – Quem?

Stella – Você deve lembrar que o laboratório foi avaliado por uma comissão, de tempos em tempos isso acontece para revalidar a certificação.

Lindsay – Sei.

Stella – Havia uma perita que coordenava e ela e Mac se davam muito bem, ele não se intimidava com ela, não que ele fosse de se intimidar com alguém mas havia uma troca de olhares diferente ali e ela me disse que os dois juntos se candidataram para o cargo dele hoje. Eles se conhecem há muito tempo, teve algum tipo de envolvimento. Ela era muito bonita, muito sofisticada, se vestia bem, dava pra perceber que ela tem um gosto refinado, com um certo porte com certeza ela frequentou colégios caros. – ela falava com certo olhar longe parecia lembrar da perita.

Lindsay – Eu sei de quem você está falando, ela percebeu logo que havia algum envolvimento entre Danny e eu e na época não estávamos bem e acabei deixando uma evidencia em cima da bancada, não guardei como deveria e ela foi correndo dizer ao Mac.

Stella – É ela era esperta.

Lindsay – Mas agora vocês dois estão casados.

Stella – Casados? Não somos bem casados, né Linds?! Moramos juntos e que maneira de começar esse passo a mais nas nossas vidas, não tivemos nem tempo de conversar sobre isso, sobre família, sobre filhos, sobre casamento, eu estava aqui de férias e de repente acontece uma reviravolta na minha vida como essa. Às vezes eu ainda tomo um susto quando vou ao hospital e falam senhora Taylor, ou quando ele diz minha mulher, minha esposa. Não temos nada no papel.

Lindsay – Ah mas pra ele você sabe que não quer dizer nada, quando você sofreu o acidente e ele disse na frente de todo mundo “ela é minha esposa doutor” todos nós levamos um susto.

Stella – Imagina quando ele diz isso pra mim. Outro dia nós brigamos e ele falou “Stella Bonasera Taylor”, eu me surpreendi ao ouvir assim. Mas não digo isso por causa de um documento isso é só uma maneira de dá uma satisfação à sociedade, eu falo isso porque eu simplesmente cai de paraquedas no apartamento dele, na cama dele e começamos uma vida de casados e assim...por causa de um acidente, de cadeiras de rodas.

Lindsay – Mas ele te ama, Stella.

Stella – Eu sei Lindsay, e tenho sorte por ter esse amor mas você entende que não foi algo planejado?!

Lindsay – Entendo.

Stella – Mas hoje quando Mac chegar vou conversar com ele, preciso também resolver minha vida profissional não adianta eu ficar aqui em Nova York me recuperando com o laboratório de Nova Orleans pagando a metade das despesas sendo que eu não vou voltar, meu lugar é aqui ao lado de vocês, ao lado do homem da minha vida. – ela termina de falar com um enorme sorriso no rosto.

Lindsay – Gosto de ver você assim, animada.

Stella – Eu estou mesmo e só tenho que agradecer a duas pessoas, Mac e Lucy. – elas sorriem.

Stella sai daquele restaurante mais aliviada, aquela longa conversa com Lindsay trouxe-lhe uma certa paz, conseguiu dizer tudo o que lhe atormentava há tanto tempo e saber que tinha uma amiga como Lindsay em sua vida era maravilhoso, tinha mais forças para seguir em frente tendo Mac e seus amigos ao seu lado. Montana como era mais conhecida devida as brincadeiras de Danny na época seu colega de trabalho que tinha uma queda toda especial por ela, aos pouquinhos foi conquistando seu espaço no laboratório e na vida de todos da equipe. Stella se sentia mais leve e mais revigorada para as novas decisões que tinha tomado em sua vida.

Stella – Obrigada, Lindsay por ter me acompanhado. – elas já estavam em casa.

Lindsay – De nada minha amiga, sempre que precisar pode contar comigo.

Stella – Sabe que essa foi a primeira vez que sai de casa? Quer dizer eu saia pra ir aos médicos mas isso não conta. Hoje além de ir ao médico fui almoçar com minha melhor amiga. – elas sorriem.

Lindsay – Eu vou indo Stella, vou aproveitar minha folga e vou pegar a Lucy na escola e ficar um pouquinho com ela.

Stella – Faça isso mesmo, manda um beijo pra minha princesinha.

Lindsay – Tá bem. – Lindsay se agacha e da um meio abraço em Stella. – Pelo visto você já tem companhia. – vendo o cachorrinho se aproximando latindo.

Stella – Oww nem me fale. – elas riem e Lindsay deixa o apartamento. – E você o que quer? – o animalzinho se aproxima e põe as patinhas nas pernas de Stella ficando quase de pé, se apoiando apenas nas patinhas traseiras.

...

Já era noite e Stella estava sozinha em casa, ela assistia tv deitada em sua cama acompanhada do seu cachorrinho quando seu celular toca e um sorriso involuntário brota em seus lábios quando ela ver no visor o nome de Mac.

Stella >> Oi, amor!<< - atendendo o celular e como era bom para Mac ouvir ela lhe chamar assim.

Mac >> Stell meu amor me desculpe mas estamos num caso complicado, o desaparecimento de uma garotinha e vou demorar para chegar em casa. Sei que prometi que chegaria cedo.

Stella >> Tudo bem, sabe que não tem problema mas por favor tenha cuidado, Ok?! Não se arrisque.

Mac >> Não vou, eu tenho alguém me esperando em casa.

Stella >> E louca por você. Te amo, se cuida.

Mac >> Também amo você. < - eles se despedem, mal acabara a ligação Adam entra nervoso na sala do chefe.

Adam – Mac achamos um endereço. – entregando-lhe um papel. Mac pega o celular no bolso onde tinha guardado já discando um novo número.

Mac – Eu estou indo pra lá, avise a Jô e o Sheldon. – saindo de sua sala. >> Don temos um endereço...

Adam corre até a sala de Jô e ao entrar de sopetão ela acaba se assustando.

Jô – Adam você me assustou. – ela estava sentada a sua mesa concentrada fazendo uma pesquisa em seu computador.

Adam – Desculpe, Jô. Achamos uma pista de onde a garotinha pode estar e Mac já está te esperando pra irem pra lá.

Jô – Obrigada, Adam. – já levantando.

Adam – Jô. – ela para na porta da sala e o olha. – Tenha cuidado, tá?!

Jô – Eu vou ter Adam. – saindo de vez. Ela andava pelo corredor em direção ao elevador onde Mac a esperava e um certo sorriso bobo se instalou em seus lábios quando ouviu Adam lhe pedir para ter cuidado. Já algum tempo Jô tem sentindo algo diferente pelo técnico do laboratório, aquele nerdzinho meio estabanado estava ganhando seu coação e ela não sabia como parar isso. Ela era uma mulher bem resolvida, divorciada, filhas já crescidas como se apaixonaria por um homem mais novo? Isso não, não podia! Ela chega ao encontro de Mac no mesmo instante que o elevador chega e os dois seguem.

...

Mac usava um colete aprova de balas e entrava com arma em punho acompanhado de Don, Sheldon, Jô e outros policias em uma floricultura clandestina. A garotinha dormia tranquila abraçada a um ursinho debaixo de uma mesa, num canto escuro. Mac se agacha para olhar aquela cena e se perguntava como alguém fazia isso com um serzinho tão indefeso quanto uma criança de três anos, como alguém pode simplesmente deixa-la dormir sozinha, sem comida, sem agua?? Como alguém era capaz disso?? Essas perguntas vão rondando a cabeça dele quando a garotinha acorda assustada com tanta gente desconhecida ao seu redor e começa a chorar.

Mac – Shiii, calma. Eu sou policial estou aqui para ajudar você. Olha aqui. – ele pega seu distintivo e mostra a criança. Ela para de chorar e mesmo desconfiada pega o distintivo das mãos dele e o olha.

Garotinha – Você é mesmo policial?

Mac – Sim.

Garotinha – E você vai me levar pra casa?

Mac – Claro que sim. Você pode vir aqui? – a garotinha engatinha e sai debaixo da mesa. – Qual o seu nome?

Garotinha – Marie e o seu?

Mac – Mac.

Marie – Me leva pra casa? Estou com saudade de minha mãe e do meu pai.

Mac – Claro que eu levo. – a garotinha abriu um enorme sorriso e envolveu os seus braços pelo pescoço de Mac o pegando de surpresa. Ele abraça a criança e pega no colo para saírem daquele lugar. Marie tinha o rosto afundado no pescoço de Mac, ela ainda segurava o distintivo quando ele a coloca chão, Mac olha profundamente naqueles olhinhos amedrontados e acaricia o rosto da pequena que também tinha os olhinhos nele. Mac faz um aceno com a cabeça e garotinha segue o olhar do seu novo amigo vendo seus pais se aproximarem, ela abre um sorriso instantâneo que faz Mac também sorrir. Ela corre para junto de seus pais e Mac a segue.

Susan – Obrigada detetive por achar a minha filha. – ela fala emocionada com Marie em seus braços. Ele apenas assente com a cabeça com o sentimento de dever cumprido.

Jason – Obrigado detetive, não sei como agradecer. – estendendo a mão para cumprimenta-lo. – Marie é nossa princesa...é minha vida. – Mac cumprimenta o homem a sua frente que estava emocionado. – Você tem filhos detetive?

Mac – Não.

Jason – Neles estão nossas maiores alegrias e nossas piores tristezas porque eles são um pedaço de nós que vivem fora do nosso corpo e do qual não temos controle nenhum.

Mac – Eu imagino senhor Jason.

Marie – Isso é seu. – devolvendo para Mac o seu distintivo.

Mac – Obrigado. E isso é seu. – devolvendo o ursinho de Marie.

Logo em seguida Jason e Susan deixam o local mas Mac continuava com aquele olhar indecifrável, olhando ao longe.

Jô - Você está bem Mac? – se aproximando dele.

Mac – Sim esta sim. Você que me parece um pouco cansada, tem feito muitas horas extras vá pra casa.

Jô – Eu ainda tenho algumas coisas pra fazer, tenho que voltar ao laboratório você vem comigo?

Mac – Não, eu vou pra casa.

Jô – Tudo bem.


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