Bom dia, Kurt escrita por Lyandra Delcastanher


Capítulo 2
Questions


Notas iniciais do capítulo

vocês me perdoariam por ter esquecido a senha da minha conta e abandonado a fanfic por semanas?



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– Eu não acredito nisso! – Jogou os braços ao ar. – Essas coisas só acontecem comigo. – Kurt se apoiou na parede do elevador e escorreu lentamente até o chão.

– Não é tão ruim como parece, Kurt.

– Blaine, é quarta-feira de noite. Quinta e sexta é feriado no país inteiro, sábado e domingo ninguém trabalha. Se sobrevivermos até segunda-feira sem água nem comida eu pulo de bungee jumping pra comemorar!

Blaine suspirou e escorregou também até o chão do elevador, ficando frente a frente com o colega de trabalho de outro setor. Abriu a boca para falar alguma coisa, porém decidiu não continuar. A música no elevador havia parado automaticamente e o silêncio se instalou no andar inteiro, ou pelo menos na metade entre o décimo primeiro e o décimo.

Minutos se passaram, porém os homens ali juravam que era como se já fosse segunda-feira por tanta demora. Kurt levantava seu celular na altura da cabeça para tentar achar algum sinal da operadora, sem sucesso.

– Poderíamos jogar um jogo pra passar o tempo. – Blaine sugeriu vendo o amigo impaciente.

– Pode ser. – Kurt guardou o celular na bolsa e se ajeitou, endireitando a coluna contra a parede do elevador. – Quando eu viajava para Oregon com meu pai, costumávamos brincar de 20 perguntas durante o caminho. As regras são bem fáceis. Eu te faço dez perguntas, você me faz dez perguntas e devemos responder as nossas e as do outro. Você começa.

– Tudo bem. – Blaine sentou sobre suas pernas, animado como criança. – Qual seu nome completo?

– Kurt Elizabeth Hummel. – Disse com um sorriso no rosto.

– Blaine L. Anderson. – Disse rolando os olhos, se arrependendo da pergunta que havia feito.

– L...?

– L.

– Apenas a letra L ou...?

– Não, mas eu não gosto do meu nome do meio e acho que você ainda não passou no teste para ser merecedor de sabê-lo. – Blaine soltou um sorriso cafajeste que fez Kurt sorrir.

– Tudo bem, Blaine Nome-Misterioso Anderson. – Kurt sorriu. – Quantos anos você tem?

– Vinte e cinco. Você deve ter uns dezesseis. – Brincou.

– Errou feio, tenho vinte e seis.

– Você encontrou a fonte da juventude ou o quê? – Gargalharam por um tempo. Kurt informou o amigo que era sua fez e o fez pensar em uma pergunta. – Qual sua flor preferida?

– Que raios que pergunta é essa?

– Motivos que você ainda não passou no teste para saber.

– Devo ficar com medo de você, Blaine L. Anderson que misteriosamente gosta de saber o gosto florístico das pessoas? – Kurt brincou.

– Não sei, me diga você. Estou preso em um elevador com alguém que sabe como usar a palavra “florístico” em uma frase. – Kurt sorriu.

– Gardénias, particularmente as acho maravilhosas.

– Boa escolha, isso o fez passar no primeiro teste. Meu pai sempre me disse que podemos conhecer uma pessoa apenas ao saber sua flor preferida, e gardénias passam sinceridade e paz. – Kurt levantou uma das sobrancelhas. – Meu pai é floricultor, aliás. – Kurt assentiu e abriu um pequeno sorriso.

– E as suas? – Desfez o sorriso nos lábios, porém sorria com o olhar. Blaine nunca achou que um olhar revelasse tanto sobre uma pessoa. Por um momento se perdeu no mar que eram os olhos de Kurt, tentava descobrir se eram azuis ou turquesa. – Blaine?

– Hm... B-bela emílias. – Disse involuntariamente ao tentar tirar o azul dos olhos de Kurt da memória. – São lindas e têm um cheiro diferente das diversas flores. – Assentiu e Kurt sorriu sem dentes, um sorriso encantador. – Seus pais trabalham no quê?

– É deputado em Washington. – Blaine se surpreendeu. – Minha mãe morreu quando eu tinha oito anos, ela era voluntária da paróquia da cidade.

– Oh. – Blaine imaginou em se desculpar, porém se lembrava como se sentia quando se desculpavam pela morte de sua mãe, então resolveu passar. – Meu pai, como eu disse, é floricultor no interior de Alkmaar.

– Alkmaar?

– Na Holanda, pra ser mais exato. Desde quando minha mãe morreu, faz uns quatro anos, ele resolveu sair de Connecticut e se dedicar mais no hobby que era cuidar das flores. A Holanda é bem conhecida por seus campos floridos. Bom, ele está feliz agora. – Kurt assentiu, como se conhecesse Blaine um pouco mais agora.

– Você tem irmãos? – Perguntou o castanho.

– Sim, uma renca deles. – Gargalhou baixo. – Meu pai e minha mãe tiveram seis filhos, e fora do casamento meu pai tem outros quatro. Imagine dez garotos da mesma altura que eu, sobrancelhas triangulares que puxamos do meu pai e um ótimo dom para moda e música. Essa é a família Anderson. – Sorriu para o chão.

– E você consegue se lembrar do nome de todos?

– Sim. – Abriu as mãos para contar os nove irmãos. – O mais velho é o Andrew, logo depois vem o Michael e o August que são gêmeos, e o Jensen que é o caçula fora do casamento do meu pai. E com a minha mãe somos eu, Christian e George que moram juntos em Los Angeles por causa da faculdade de atuação, Cooper que você deve conhecer porque é o homem aranha nos cinemas, e finalmente Jason e Paul que tem respectivamente 8 e 7 anos e moram com meu pai na Holanda.

– O natal na casa de vocês deve ser bem animado. – Blaine gargalhou novamente e Kurt começou a achar que aquele era o som que mais gostava no mundo. – Eu tenho um meio-irmão do atual casamento do meu pai. Ele mora em Ohio e continuou com o ramo de oficinas do meu pai.

– Oficinas?

– Os Hummel são bem famosos em Lima por saberem consertar um carro.

– Isso inclui você?

– Essa é a sua quarta pergunta?

– Sim.

– Então sim, eu sei arrumar um carro. Meio que tive que aprender para ajudar meu pai em dias corridos na oficina, não que eu gostasse de sujar minhas roupas de graxa, mas era um dos jeitos de passar um tempo com meu pai. – Blaine assentiu.

– Bom, eu não sei. – Respondeu por si.

– Então talvez eu devesse te dar meu cartão caso precise trocar um pneu de noite no meio da estrada. – Riram. – Minha vez... Vamos ver... Qual o nome do seu melhor amigo e melhor amiga?

– Meu melhor amigo acaba sendo meu irmão Cooper, bom, eu conto tudo pra ele e pro colega de quarto dele. E minha melhor amiga, digamos que seja minha assistente aqui na empresa. Quinn Fabray. Você deve ter esbarrado com ela alguma vez.

– É, a gente costumava conversar pelos corredores.

Os olhos de Blaine se arregalaram. Quinn sabia sobre o “caso platônico” de Blaine com Kurt durante as subidas de elevador. Sempre brincaram como um dia assumiriam seu amor e se casariam dentro de um elevador. Um frio correu pela espinha de Blaine. – S-sobre o quê?

– Estampa de flores, Kim Kardashian... Nada de mais. – Blaine suspirou aliviado. – Meu melhor amigo seria... Você? – Kurt sorriu com o espanto no rosto do castanho. – No meu escritório não tem muitos homens, e o que costumava ser meu melhor amigo quebrou meu coração... Você é o único cara que eu dou bom dia, então... – Blaine se convenceu e respondeu com um sorriso. – E minha melhor amiga é Rachel Berry.

– ...Rachel Berry??! A Rachel Ephaba Berry?

– A própria. – Sorriu com o brilho nos olhos do moreno. – Mas não se empolgue, a personalidade dela não tem nada a ver com a do personagem. Talvez ela seja um pouco menos excêntrica, mas mesmo assim. – Blaine assentiu e inconscientemente se sentou um pouco mais perto do amigo.

– Qual seu animal preferido? – Blaine perguntou como se aquela fosse a melhor pergunta de todos os tempos.

– De onde você tira essas perguntas?

– Você pode perguntar isso na sua vez, como agora é a minha, eu te pergunto qual seu animal preferido. – Disse com um sorriso enorme nos lábio e um olhar de quem vencera aquela rodada.

– Tudo bem. – Cruzou os braços na altura do peito. – Eu gosto de gatos. Tenho um no meu apartamento, que por sinal nem deve ter notado que não estou em casa.

– Eu gosto de coalas.

– Coalas?

– Coalas.

– ...

– São fofos.

– Fofos?

– É.

– Tudo bem, esquisito. – Kurt rolou os olhos antes de gargalhar. – Vou entrar no mundo das perguntas esquisitas qual você habita e te perguntar qual sua música e cantora favorita.

– Taylor Swift, obviamente.

– Obviamente. – Kurt assentiu.

– E sobre as músicas, tenho que realmente escolher uma só? Digo, você ouviu o novo album da Katy Perry? Ou o último single da Beyoncé? É quase impossível escolher uma só nos dias de hoje.

– Tudo bem, tenho que concordar com você. No meu caso a cantora deveria ser Celine, ou Whitney. Sobre música favorita eu concordo com você. – Blaine assentiu mais uma vez como se fosse o “vencedor” dessa rodada.

– Quantos anos você tinha quando deu seu primeiro beijo? – Perguntou Blaine depois de alguns segundos tentando bolar a pergunta perfeita. – Kurt encarou Blaine por alguns segundos e se perguntava se realmente tinha intimidade com aquele homem para responder isso. – Você me classificou como seu melhor amigo, melhores amigos devem saber esse tipo de coisa um sobre o outro.

– Tudo bem. – Deu de ombros. – Acho que foi quando eu tinha dezessete, ou dezesseis. No baile do colégio eu fui acompanhando minha amiga Rachel, porque ela ainda não namorava o cara mais popular do colégio e ninguém sabia que eu era gay... – Eles haviam falado sobre orientação sexual já? Mas Kurt ficou aliviado que Blaine não reagira mal a essa situação. Apenas assentia com a resposta do castanho.

– Ela te beijou?

– O quê?! Não. Então no meio da festa ela sumiu, e eu acabei ficando sozinho. Era a última música lenta da noite e eu estava de olhos fechados me imaginando dançando com alguém. Quando abri meus olhos vi meu colega do clube do livro caminhar até mim e me convidar. No meio da dança trocamos alguns olhares, mas não iríamos fazer nada ali, a escola era bem “fechada”, digamos assim. Ele se ofereceu para me levar em casa, e como Rachel já havia sumido, aceitei. Namoramos algum tempo, mas então ele teve que se mudar para Oregon.

– Ah. O meu foi com minha prima em um jogo de sete minutos no céu quando eu tinha quinze anos. Foi a primeira vez, e Deus queira que a última, que beijei uma garota. – Kurt gargalhou, assentindo com o fato de Blaine ser gay também.

Os garotos suspiraram e olharam o relógio. Apenas com aquela brincadeira duas horas haviam se passado, e nenhum sinal do segurança. Obviamente não ficariam ali até segunda-feira e quando o monitor acordasse veria pelas câmeras de segurança que os homens estariam ali. Só precisavam sobreviver mais algumas horas.

– Tudo bem, minha vez. – Kurt esfregou as mãos. – Qual o nome dos seus filhos?

– Eles ainda estão no futuro, mas sempre pensei em Alice e Joseph.

– Curioso, sempre pensei que teria dois meninos e duas meninas. Alice e Anne, e Joseph e Mark. – Blaine levantou as sobrancelhas com a coincidência, porém logo desencanou afinal Alice e Joseph eram nomes bem comuns.

– Qual o nome do seu último ex-namorado e por que terminaram? – Blaine perguntou.

– Sam, e terminamos de um jeito que a vizinhança inteira soube. Tivemos uma briga feia sobre ele querer largar sua carreira de modelo para tentar ser ator em Los Angeles. Quebramos alguns vasos, algumas taças. Fiquei tão irritado que saí de casa na hora, fechei a porta e nunca mais olhei pra trás. Morávamos juntos, nunca mais voltei para pegar minhas coisas naquele apartamento.

– Então você comprou um gato?

– Então eu comprei um gato. – Kurt fez sinal para Blaine responder sua pergunta.

– Meu ex-namorado se chama Brandon. Foi um desgraçado, totalmente. Eu estava prestes a pedi-lo em casamento quando descobri que ele me traía. – Kurt arregalou os olhos. – Espero que o vagabundo esteja morto. – Sorriu como se fosse uma criança.

– Uau.

– É.

– Então...

– Qual seu número e cor favoritas? – Perguntou Kurt tentando mudar o assunto.

– Treze, e cinza. Os seus?

– Treze e cinza... – Os dois arregalaram as sobrancelhas antes de gargalharem alto. Essa noite estava mostrando que os dois colegas de trabalho eram mais parecidos do que achavam. Um silêncio se instalou por alguns minutos até Blaine fazer sua pergunta.

– Como você perdeu sua virgindade?

– Uau. Começamos com as perguntas mais íntimas agora? – Blaine assentiu como se fosse óbvio, e Kurt achou aquilo adorável demais para não responder. – Tudo bem. Eu tinha dezenove anos, eu ainda não havia superado Charlie, o garoto do clube do livro, então fiz a maior loucura da minha vida. Fazia exatamente oito meses que ele havia ido embora, então peguei um avião e fui até Oregon. Transamos a tarde inteira.

– Uau.

– Até que o namorado dele chegou.

– U-A-U.

– Pois é. Não foi agradável correr sem roupas até o banheiro do restaurante do prédio para terminar de se vestir. – Blaine gargalhava alto e Kurt se juntou ao amigo na risada. – Sua vez.

– Eu ainda sou virgem. - Kurt engasgou com a própria saliva. – Estou esperando pala pessoa certa. – O Hummel tinha os olhos arregalados de surpresa.

– O-o quê?!

– Tô brincando com você. – Gargalhou baixo. – Você deveria ter visto a sua cara! – Ignorou Kurt revirando os olhos. – Foi com meu colega de quarto da faculdade. Ele ainda não havia saído do armário, mas eu gostava tanto dele que não me importava. Ele levava garotas pro quarto e fazia-me sair, eu sei, era patético eu aceitar isso. Foi meu primeiro amor.

– Fofo.

– É, talvez.

O silêncio se instalou, mas os garotos ainda se olhavam nos olhos. Blaine sorriu sem perceber e Kurt sentiu um calor subindo por seu corpo. Então percebeu que aquilo estava rolando, que o clima no elevador estava platônico e que se se inclinasse por alguns centímetros poderia sentir os lábios de Blaine nos seus. Pensou em como seria beijar os lábios do garoto de nove irmãos que gosta de bela emílias. Imaginou também em como seria arrancar aquelas roupas e passar as mãos por aqueles braços fortes e aquelas mãos o apertando, e aquela mão passando por seu cabelo e aquela mão... Aquela mão tinha uma enorme aliança no dedo.

Kurt chacoalhou a cabeça.

– Qual o nome do seu marido? – Perguntou chamando a atenção de Blaine. Precisava tirar essa ideia da cabeça, que aquele cara que cumprimentava todos os dias pela manhã no elevador era casado e mesmo Kurt querendo entrar naquelas calças, ele era casado. E ele era casado. Já havia dito que ele era casado?

– Marido?

– É.

– Eu não sou casado. – Blaine levantou uma das sobrancelhas e Kurt de repente mudou a percepção de Blaine. Da visão de príncipe encantador que tinha antes, agora Blaine era um desgraçado igual Sam, que mentia sobre ser solteiro para conseguir ficar com cara mais novos.

– Você está usando uma aliança.

– Isso? – Mostrou o círculo dourado em sua mão. Kurt se engasgou com a saliva e assentiu rapidamente, tentando tirar sua visão das mãos de Blaine, de como elas o apertariam e... Casado.

– Sim, isso.

– É uma longa história. – Blaine coçou a nuca e Kurt revirou os olhos, esperando uma mentira desgraçada vir. – Lembra quando te contei que meu melhor amigo era meu irmão? – Kurt não assentiu nem nada, apenas observava os lábios de Blaine se mexerem (e mentirem). – Eu costumava ter um melhor amigo, o nome dele era Alberto, Beto pros conhecidos. Nós éramos melhores amigos desde infância, vivíamos um na casa do outro. Fui padrinho do seu casamento e padrinho dos seus filhos, considerava ele como meu décimo irmão. Então ele viajou com a mulher dele e seus dois filhos pro Grand Canyon, mas nunca chegou lá. Teve um grande acidente no meio do caminho envolvendo dois carros e um caminhão. As crianças e sua mulher morreram na hora, ele morreu no hospital. Meu número era o primeiro na lista de contatos de emergência então me chamaram para o reconhecimento dos corpos. Foi um horror quando levantaram o lençol e eu vi o Beto embaixo dele. – Algumas lágrimas caíam pelo rosto de Blaine, mas ele ainda se mantinha forte. – Depois do reconhecimento, me deram os pertences que acharam nos corpos e nos destroços. Entreguei algumas coisas para a família de Laura e de Beto, mas precisava de alguma lembrança da melhor amizade que tive. Resolvi ficar com o anel de casamento dele, pra me lembrar de que, seja onde ele estiver, está com Laura e seus filhos, que Beto está feliz. – Assim que terminou passou a manga do paletó pelo rosto, limpando as lágrimas que caíam.

– E-eu... E-eu não acredito que você foi capaz de inventar essa mentira apenas pra me convencer que você não é casado. – Cuspiu as palavras. – Você achou que eu iria sentir pena de você, pedir desculpas e falar que tudo iria ficar bem e que poderíamos ser melhores amigos agora? B-blaine, isso foi baixo. Tudo isso pra quê? Uma noite de amor em um elevador sujo? Me poupe.

– Kurt, você entendeu errado.

– Com certeza devo ter entendido. – Kurt se levantou e limpou suas calças por alguns segundos, até apertar o botão de contato com o monitor, que ainda dormia pesadamente. Blaine se levantou também.

– É claro que não estou reclamando de ter ficado preso com um cara divertido e lindo, mas nunca inventaria uma desculpa assim pra ir pra cama com alguém, mesmo que esse alguém fosse o cara do elevador por qual eu estou apaixonado há meses. – Disse sem perceber o que falava, Kurt também não fez grande caso disso. Blaine girou o círculo dourado de seu dedo e entregou para o castanho em sua frente. – Veja, está escrito.

Kurt deu de ombros e pegou o círculo, olhando os dizeres na parte de dentro da aliança dourada. “ALBERT E LAURA PRA SEMPRE”. Sentiu uma pontada no coração ao se dar conta que Blaine ERA um príncipe e que estava certo desde o começo, que ele e Blaine estavam platônicos.

– Blaine... – Kurt se arrependeu de todas as coisas que havia dito. Tentou olhar nos olhos do moreno, mas o mesmo encarava o chão. – E-eu sinto muito, me desculpa... – Então percebeu que estava falando as mesmas coisas que disse que não faria.

Suspirou e abraçou o Anderson, que se deixou cair no abraço do mais velho. Ficaram alguns minutos assim. Frank ainda dormia, só que dessa vez, envoltos no calor um do outro, Blaine e Kurt não estavam preocupados se o sono iria demorar.


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