Blutengel - Love With The Devil escrita por min483
(29/08)
O dia anterior foi simplesmente, o dia. É, Sarah Schnut pensando em um garoto, quem diria? Ah, ele não é um garoto comum e eu nem sei se gosto dele mesmo, mas ele tem uma certa influência sobre mim, que ninguém jamais teve. - Eu escrevia para passar o tempo na aula.
Bateu o sinal, hora da saída finalmente.
- O que é isso? - Emily falou, pegando o papel que estava em minha mesa.
- Nada. - Retirei rapidamente da mão dela.
- Você tá escondendo alguma coisa não, tá? - O tom de voz dela mudou.
- Eu? Claro que não, Emily. - Terminei de colocar minhas coisas na mala e me levantei - Vamos logo.
- Você soube da Marie? - Ela me perguntava enquanto nós iamos andando até a porta do colégio.
- Não, o quê? - Perguntei.
- Ontem ela saiu com um garoto. - Emily sorriu.
- SÉRIO? - Fiquei surpresa, é difícil Emily sair com algum garoto.
Nos encontramos com Marie e Eric.
- Agora, Marie.. trate de me contar tudo sobre esse garoto. - Falei, cumprimentando ela e Eric.
- Ai, Saaah! - Ela parecia eufórica. - Ele é lindo, é alto, usa tranças.. não sei exatamente o nome daquilo e parece que tem um irmão gêmeo que pode servir para você!
- Marie, não me arrume pra cabeça. - Isso me soava comum, mas decidi saber mais. - E qual é o nome dele?
- Tom. - Ela comemorava. - Tom Kaulitz. Hoje nós vamos sair denovo, ele disse que tem muito a minha espera. Não tá feliz por mim?
- MARIE, VOCÊ TÁ LOUCA? - Eu exclamei.
- Louca por quê? Você conhece ele? - Ela me perguntou, todos ao meu redor me olharam.
Nesse exato momento, ouvi a buzina de um carro, era o Gustav indo me buscar.
Combinamos assim todos os dias apartir de agora.
- Escuta, eu tenho que ir. Mas fica longe dele, Marie. É sério. - Falei, andando para o carro.
- Você entra no carro com estranhos e eu tenho que tomar cuidado? - Pude ouvir ela falando, nada fiz.
Entrei no carro, já colocando o cinto.
- Sarah, tá tudo bem? - Gustav parecia preocupado com a minha expressão.
- Gustav, nos precisamos fazer alguma coisa. - Eu mal conseguia respirar.
- Sarah, o que aconteceu? - Ele andou um pouco com o carro até uma área com menos pessoas e parou, para que pudessemos conversar.
- A Marie. - Dei uma pausa, tomei folego e continuei. - Tá saindo com o Tom.
Gustav me olhou seriamente por vários segundos, não dizia nada.
- Gustav, seu idiota! Fala alguma coisa. - Dei um soco no braço dele.
- Não achei que ele chegaria tão longe.. - Gustav pisou com força no acelerador. - Eu tenho um plano.
- Que plano, imbecil? Espero que dê certo. - Meu desespero estava me fazendo ficar extremamente má educada.
Ele olhou no relógio. - Agora são 16h20, as 17h vamos até a casa de Marie falar com ela - Ele falava enquanto dirigia.
- Mas falar o quê? - Eu bufei. - Minha melhor amiga está saindo com um vampiro e quer apenas falar com ela?
- Você também está saindo com um vampiro, Sarah. - Ele complementou.
- Sei disso, mas é diferente. - Estava ficando realmente nervosa.
- Confia em mim. - Ele parecia calmo e seguro do que estava fazendo mas eu não estava me contendo apenas com aquilo.
- Tá, e qual a próxima parte do plano, espertão? - Eu olhava pela janela.
- Antes das 18h precisamos estar na casa deles, logo que eles acordarem já falaremos com o Tom.
- E você acha que conversar com aquele canibal vai funcionar? - Zombei.
- Não custa tentar, Sarah. Estamos meio que sem opções.
Ele parou o carro perto de um bosque vazio e escuro.
- Vamos ficar aqui até dar o horário. - Ele falou, saindo do carro e andando em direção ao bosque.
Sai do carro em seguida, amava quando me deixavam sozinha, uh.
- Por que aqui? - Eu olhava em volta.
- Porque aqui ninguém nos pega.
- Gustav, caso você não lembre.. não somos vampiros. Não tem porque se esconder.
- Não importa. Vamos ficar aqui e pronto. - Ele se sentou em um toco de árvore.
Andei um pouco até onde ele estava e me sentei ao seu lado.
- Como você conheceu eles, Gust?
- Ah, eu era criança.. Estava caminhando e Tom tentou me atacar, porém Bill chegou a tempo e me defendeu.
- E você se juntou a eles mesmo Tom tentando te atacar? - Esse Gustav era maluco.
- Eles eram recém-vampiros, não tinham controle do que faziam e eu senti atração por eles. - Ele explicava.
- Gustav, você é gay?
- Não. - Ele riu - Atração pelo vampirismo, senti curiosidade e me aproximei deles. Quando fiz 18 anos sai de casa para viver com eles.
- Não quer virar vampiro? - Perguntei.
- Não. - Ele sorriu. - Já vi muita coisa horrível mesmo em pouco tempo, eles matam animais, pessoas.. são monstros. É até legal no começo mas quando você se acostuma perde a graça e também.. a eternidade é muito tempo.
- É, é mesmo. - Complementei.
- E você? Não quer virar vampira? - Ele sorriu.
- Não! - Exclamei. - Por enquanto não, não sei muito sobre o assunto..
- E quanto ao Bill? - Ele me perguntou.
- O que tem o Bill? - Olhei para os lados..
- Gosta dele, não gosta?
- Vai guardar segredo? - Olhei para ele.
- Claro, Sarah. - Ele sorriu. - Você é a única amiga humana que tenho.
- Acho que posso dizer que sim, talvez.. não sei. Estou confusa.
Ele riu da minha confusão.
- Mas então, que horas são? - Perguntei, tentando mudar de assunto.
- 16h45! - Ele exclamou. - Vamos logo.
Nós dois saímos correndo em direção ao carro, em pouco tempo já estavamos na porta da casa de Marie.
Eu toquei a campainha.
- Sarah! - Marie falando, abrindo a porta.
- Marie, esse é meu amigo Gustav, podemos entrar? - Perguntei.
- Oi Gustav, entrem aí. - Nós entramos e Marie fechou a porta.
- Quer um cigarro? - Marie nos perguntou.
- Claro. Quer um, Gusti? - Falei já pegando um cigarro e acendendo.
- Não, e não fume. - Gustav tirou o cigarro de minha mão - Vamos direto ao ponto, Sarah. - Ele falava baixo.
- Má, como sua amiga eu queria te pedir uma coisa.
- Pode pedir. - Ela falou, se sentando e dando uma tragada.
- Fica longe do Tom, Marie. É sério. - Falei me sentando também, Gustav se sentou ao meu lado.
- Denovo com essa história? - Ela aumentou o tom de voz. - O que você tem com o Tom? Você nem conhece ele.
- Mas eu conheço. - Gustav a cortou.
- Então fala para a sua querida amiga deixar ele em paz, por favor? - Ela gritava.
- Marie. - Antes que pudesse falar algo, ela me cortou.
- Olha Sarah, o Tom é um garoto incrível, lindo.. e está apaixonado por mim. Não há nada de errado nisso.
- E quem falou que ele está apaixonado? - Perguntei. - Marie, acorda para a realidade, o Tom não se apaixonou por você.
- Sarah, eu já estou cansada disso! Não é porque você não gosta de namorar que eu tenho que ficar solteira.
- Nunca disse isso, Marie. Mas se apaixone por um garoto mais coerente. Ele é a pessoa errada para você.
- E como você sabe tudo isso? - Ela se levantou, gritando. - É vidente agora? Ou algo do gênero?
- Marie, não dificulte as coisas. Cadê seus pais? - Gustav perguntou.
- Estão viajando. E o Tom vai chegar daqui algumas horas, podem sair por favor?
- Gustav, ligue para o Evan - Entreguei meu celular a ele. - Fala pra ele vir urgente pra cá.
Gustav pegou meu celular e foi em direção a cozinha.
- Marie, me escuta por favor. Somos melhores amigas.
- Não, Sarah. Eu escutaria mas você não tem razão alguma. - Ela mal poderia saber a verdade.
- Você não sabe o que tá falando, Má. Gustav o conhece, sabe de suas intenções..
- Depois fala de mim. Você acaba de conhecer esse tal de Gustav e prefere confiar nele do que em sua melhor amiga. - Ela gritava novamente.
- Pronto, Sarah. - Gustav falou me entregando o celular. - Ele já está a caminho.
- O que vocês fizeram? - Ela parecia estar bem irritada.
- Você não verá o Tom hoje. - Gustav respondeu. - Evan está vindo tomar conta de você até seus pais chegarem.
- O Tom virá de qualquer jeito, idiotas. Ele me ama. - Ela retrucou.
- Não ama. E não virá. - Gustav complementou.
Ela chorava e gritava de nervoso, agia como uma criança birrenta.
Depois de alguns minutos Evan chegou, eu abri a porta.
- Entra, Evan. Obrigada por vir. - Falei dando um abraço nele.
- Não há de quê, cadê ela? - Na cozinha, chorando. Gustav está lá vigiando ela. Não tire os olhos dela a noite toda, por favor. Fique com a chave da casa e não deixe ela sair em circunstância alguma. - Evan era apaixonado pela Marie desde pequeno, sabia que ele faria exatamente o que eu mandasse.
- E quem é esse Gustav? - Evan me perguntou.
- Depois eu te conto direito.
- Sarah, vamos, estamos atrasados. - Gustav falou indo já em direção a porta.
Eu assenti. - Qualquer coisa me liga, Evan.
Ele concordou.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Espero que gostem e desculpem alguma coisa. Depois respondo os reviews do cap passado, aliás, obrigada por todos, voces sao lindos. b29;.b29; Beijosss!