Entre o Amor e Ódio escrita por Joybessa


Capítulo 48
Me atormenta a previsão do nosso destino




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/505392/chapter/48

Visão do Fernando

Quando a Juliana soltou minha mão, senti uma angustia muito grande. Eu queria ter ido atrás dela, mas antes que minhas pernas se movessem, uma musica muito familiar começou a tocar.

Quem te vê passar assim por mim
Não sabe o que é sofrer
Ter que ver você, assim, sempre tão linda
Contemplar o sol do teu olhar, perder você no ar
Na certeza de um amor
Me achar um nada
Pois sem ter teu carinho
Eu me sinto sozinho
Eu me afogo em solidão

As lembranças começaram a voltar. A garota de vestido azul que dançava comigo ganhou identidade. Era ela. Sempre foi ela. Cai ajoelhado, e me lembrei de tudo. O dia em que eu a beijei pela primeira vez. O dia em que ficamos perdidos na mata e principalmente daquele dia em que eu a tive nos meus braços e depois sofri aquele acidente horrível. Consegui me lembrar das nossas ultimas palavras e de como tudo ficou escuro. Eu não acredito que eu tinha esquecido dela. Eu não acredito que a fiz sofrer de novo. Droga!

Oh, Anna Júlia
Oh, Anna Júlia

Nunca acreditei na ilusão de ter você pra mim
Me atormenta a previsão do nosso destino
Eu passando o dia a te esperar
Você sem me notar
Quando tudo tiver fim, você vai estar com um cara
Um alguém sem carinho
Será sempre um espinho
Dentro do meu coração

— Cara, ta tudo bem? – William segurou meu braço – Cadê a Juliana?

— Eu me lembro de tudo – disse a ele – Eu amo a Juliana, sempre amei. Não posso acreditar nas merdas que eu fiz.

Me recompôs e a música ainda continuava a soar aos meus ouvidos. Eu ainda estava um pouco confuso, minha cabeça doía. As minhas memórias com a Juliana estavam todas voltando.

— Eu a tratei como lixo. Eu vou matar a Manuela! – gritei – Como eu me deixe levar. Como?

— Quanto a Manuela, você não precisa se preocupar. Ela está trancada em uma sala.  Você tem que se preocupar com a Juliana. Onde ela está? Eu a vi correr e...

— Ela saiu assim que a primeira música terminou – eu o interrompi – Eu não tinha lembrado ainda. Ela deve ter ido pra casa ou sei lá. É melhor eu ir procurar ela.

— Eu te ajudo – Will disse determinado

Uma ponta de ciúme me incomodou, mas não era hora de me preocupar com isso. Quando a Juliana saiu, ela disse que me amava. Então esse cara não era problema.

Procuramos em toda parte e nada dela. Quando eu ia chamar um taxi para me levar até a casa da Juliana, o William segurou meu braço.

— Cara, não vai adiantar. Ela não está em casa – ele me entregou o celular dele – Lê essa mensagem.

 Ju: Will, já estou no aeroporto. Devo embarcar daqui a pouco. Passei lá em casa para pegar as minhas coisas, desculpe não ter esperado por você. De qualquer forma te vejo amanhã á noite. Já liguei para os meus pais. Diga as minhas amigas que eu converso com elas assim que eu puder e para os garotos que eu achei linda a música da valsa. Essa lembrança vai estar sempre no meu coração. Amo você, Will.

Quando terminei de ler, fiquei sem saber como reagir.

— Amo você? Vocês estão juntos? – falei na impulsividade

— Quem dera se estivessem – Luiza chegou com os amigos da Juliana – Me desculpa aí Fernando, mas você tratou a minha amiga tão mal que eu realmente preferia que ela tivesse com o Will, ele sim a merece.

— Luiza!! – Lucas falou – A culpa não é totalmente dele

— Eu já sei que eu fui um idiota, mas eu não conseguia me lembrar. A Manuela dificultou muito as coisas.

— A gente sabe – Marina falou – Por isso, armamos esse plano. Tiramos a Marina do seu caminho. E foi tudo ideia do Will. É graças a ele que você tem sua memória de volta.

— Mas a Juliana agora já deve ta no avião – Alê falou – Já era.

— Eu e a Juliana somos amigos, Fernando. Ela ama você e por ela amar tanto você, é que eu resolvi te ajudar. Porque sinceramente você foi um idiota com ela esse tempo todo que saiu do hospital. Eu queria quebrar a sua cara muitas vezes

— Eu sei, não precisa enfatizar. Mas eu não posso deixa-lá ir assim. Como eu vou fazer? – falei desesperado – Vou para o aeroporto agora

— Espera, não vai adiantar – William olhou o relógio – Até você pegar o taxi e chegar no aeroporto, o avião já vai ter decolado.

— Droga! Eu amo a Juliana – falei desesperado – Eu vou encontrar uma maneira.

— Já sei – William falou – Eu tenho um plano.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Entre o Amor e Ódio" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.