Entre o Amor e Ódio escrita por Joybessa


Capítulo 3
Onde ele está?




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Eu e a Luiza caminhamos até o pessoal ansiosas para ver em qual sala tínhamos caído.

— Voltei gente! – falei - Já acharam a nossa sala? 

— Até que enfim! pensei que você fosse fabricar o livro né – Marina falou - Que demora!

— haha engraçadinha – fiz uma careta

— Então? Já olharam em que sala ficaram? – perguntei

— Ainda não! estávamos te esperando – Marina deu um suspiro

— Bom então é melhor a gente conferir porque já estão chamando pra gente ir para sala de aula. – falei ansiosa - Esse momento sempre me deixa nervosa. 

Fomos todos olhar a lista e para minha surpresa eu não caí na sala da Marina e do Alê. Fiquei triste com isso, mas pelo menos eu estava na mesma sala da Luiza e do Marcelo que é a 701. O lado ruim é que caí na sala Bruna e ela realmente me odeia.

— Já vi que vai ser um ano cheio de dramas com o Marcelo, você e a Bruna na mesma sala – disse Luiza fazendo uma careta

— Da minha parte não vai ter drama nenhum – respondi - Quanto mais longe eu conseguir ficar da Bruna, melhor! 

— Não sei quem é essa Bruna, mas já não gostei, se ela se meter com vocês, vai ter problema. – Marina disse

— Ihh acho bom a Marina nem chegar perto dessa garota. Quando ela cisma em implicar com alguém já era –  Alê falou

— Relaxa, esse vai ser o melhor ano de todos – falei com convicção - A gente vai fazer acontecer!

O segunda sinal tocou, já estava na hora de todos irem pra sala, eu fui para 701 enquanto a Marina e o Alê foi para 702. O bom que nossa sala era do lado da deles. Chegando lá, eu e a Marina sentamos e meus olhos foram logo em busca do Marcelo, mas ele não estava lá.

— Estou vendo que o Marcelo já vai começar o ano matando a aula – Luiza virou pra trás - Não chegou até agora. 

— Eu não sei o que ta acontecendo, mas parece que o termino está afetando ele de verdade – eu falei preocupada 

Antes que a Luiza pudesse me responder, o professor de Geografia entrou na sala dando boas vindas e começou aquele discurso que todo ano ele faz. Eu não conseguia tirar o Marcelo da cabeça e comecei a pensar em como ele estaria encrencado se descobrissem que ele estava matando aula, resolvi procurar por ele.

— Professor – levantei a mão

— Sim, Juliana – o professor me respondeu com uma cara feia por interferindo na aula dele.

— Posso ir ao banheiro? – perguntei

— Ta bom, mas vai rápido – ele me respondeu

Luiza me olhou com uma cara de interrogação, eu só a olhei e acho que ela conseguiu entender, pois acenou com a cabeça. Saí em disparada pelo corredor e comecei a procurar em todo canto pelo Marcelo. Se eu estivesse com sorte, eu sabia direitinho onde ele estava. Tem um lugar na escola que eu sabia que ninguém ia lá a séculos e eu sempre ia pra lá quando estava querendo ficar sozinha e desconfio que não é só eu que sabia sobre esse lugar secreto. Desci a escada até o porão entrei e tinha outra escada que dava para o térreo comecei a subir e logo o sol ofuscou meus olhos, aquele lugar tava do jeitinho que eu lembrava, um pouco sujo e as flores do canteiro estavam mortas. Olhei triste pra lá porque eu as tinha plantado antes das férias, mas eu sabia que com elas morreriam, pois não iria ter ninguém pra cuidar delas. Já estava começando a me sentir em casa novamente, aquele era o meu lugar secreto. Até que olhei para o banquinho que ficava perto das minhas flores e encontrei o Marcelo.

— Err Marcelo? – eu o chamei.

Ele se virou surpreso pra mim.

— Juliana? Mas o que você esta fazendo aqui? Pensei que ninguém vinha aqui. 

— Eu venho sempre aqui, esse é o meu lugar especial, gosto de vir pra cá quando eu quero ficar sozinha - respondi meio envergonhada.

— Ah, desculpa, por estar invadindo – ele falou dando um meio sorriso

— Não, tudo bem. Eu percebi que você não estava na sala e resolvi te procurar antes que o professor te coloque em uma encrenca.

— Ah então quer dizer que vamos ser da mesma sala esse ano? 

— Vamos. Você quer me contar o que ta havendo de estranho com você? 

— Tudo bem, já vi que você não irá me deixar em paz, ao que parece, até que eu conte. 

— Ainda bem que você sabe, costumo ser bem insistente quando eu quero – falei dando uma piscadinha pra ele.

— Acho que percebi isso em você. Acho que você já sabe, aliás uma hora dessa todo mundo já sabe,  eu e a Luciana terminamos. 

— É eu fiquei sabendo. Mas não entendo o motivo de você estar se isolando de todo mundo. É nessas horas que precisamos distrair a cabeça e conversar com os amigos. 

— Quando você descobri o porquê do termino, vai entender 

— Então me fala, quem sabe eu posso te ajudar – falei o olhando intensamente

— Tudo bem, eu e a Lucina terminamos porque ela me traiu. Eu peguei ela me traindo com meu primo. - ele suspirou desanimado

Eu fiz uma cara de espanto e não conseguia pensar no que dizer

— Eu sinto muito

— Agora você entende o motivo? Se eu aparecer agora, as zuações vão começar. Só virou esse escândalo porque eu peguei os dois em uma social que eu estava dando em casa. Geral estava lá, era óbvio que isso ia vazar. 

Eu pensei bem no que eu iria dizer. 

— Você não pode ficar aqui se escondendo, tem que enfrentar seus problemas de cabeça erguida, o errado na história não é você e sim ela que o perdeu você por um capricho. Se você continuar aqui se isolando de todo mundo, as pessoas vão começar a falar que você é um derrotado e eu estou começando a concorda com elas, observando essa postura sua – eu falei brava 

— Ei Calma, não precisa exagerar – ele fechou a cara - Pensei que você queria me ajudar. 

— Olha Marcelo, eu sei muito bem que eu sou umas das pessoas menos indicadas pra ta aqui conversando com você sobre isso, e sei que eu não sei quase nada da sua vida, mas você tem que reagir e não deixar que a Luciana te transforme em uma pessoa boba. Se as pessoas começarem a te encher o saco, erga a cabeça e ignore. Seja superior, ninguém pode te julgar, só você sabe a dor que você ta sentindo - falei - Pode parecer uma coisa ruim agora, mas isso vai te tornar mais forte.

Marcelo ficou em silêncio por alguns estantes depois olhou pra mim.

— Você está certa, chega de ficar aqui chorando. - ele falou sorrindo 

— Ah! Esse é o sorriso do Marcelo que eu conheço – falei satisfeita - Agora sim!

— Obrigado Ju, de verdade – ele me puxou pra um abraço - Você parece ser mesmo bem legal. A gente deveria trocar ideia mais vezes. 

O sinal bateu e eu queria ficar só mais alguns estantes abraçada com ele. Se eu pudesse, congelaria o momento ali. 


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