Out of line escrita por TheRainbowFlash


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Só vendo se isso ganha leitores, se alguém gostar eu continuo ;)



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"Nagisa tome cuidado." Gou reclama voando em minha direção.

"Nah, acalme-se Gou. Eu só quero vê-los mais de perto" Eu retruco me esgueirando sobres as nuvens e indo mais para baixo.

"É Kou... E espere! Não me obrigue a pedir a Makoto para te parar." Ela entra em minha frente me fazendo parar de voar.

"Ah, vamos lá!" Eu rio inclinando um pouco minha cabeça. "O que o conselho pode fazer?" Gou me olha, ela sabe que serei severamente punido, mas também sabe que o conselho não da a minima para nós e não iria descobrir facilmente.

"O conselho pode te fazer desaparecer." Ela suspira quando ignoro seu comentário e continuo voando. "Para sempre.” Ela fala de modo sério antes de choramingar e me seguir “Nagisa, vamos voltar."

"Eles não vão nos pegar, Gou.” Digo sem olhar para ela, observando cada humano que passava por debaixo de mim. "Eles nem nos enxergam.”resmungo.

"Você é um anjo! Tenha responsabilidades.” Ela diz se aproximando de mim. “Devemos tomar conta deles, mas não podemos ir até eles.”

"Por que?" Faço uma careta.

"Nagisa, vamos voltar.” Ela pede novamente. “Faça o teste e veja se tem poderes suficientes. O conselho vai deixar você ir à terra se pedir." Eu rio.

Não é que eu não queira ter a aprovação do conselho, se eu tiver terei que ir à terra por trabalho e isso é uma coisa que eu não quero. Eu não quero ficar responsável por um humano. Não quero trabalhar para um.

"Nagisa?" Gou entra na minha frente, me fazendo a olhar.

"Deixe-me apenas ficar observando-os então." Juntos as mãos e faço beicinho para ela. “Não conte que estou aqui. Por favor." Digo observando-a suspirar e voar para longe.

Continuo observando os humanos até que penso em me aproximar, uma vez que não me enxergam provavelmente ficarei bem. Assim que piso no chão , faço questão de ocultar minhas asas, não é difícil, isso foi a primeira coisa que nos ensinaram.

Começo a andar passando pelas pessoas, provavelmente elas continuam sem me ver ou estão me ignorando como qualquer outra pessoa em torno deles.

"Onde pensa que vai?" Ouço um cara dizer, curioso sigo a voz esperando que ele continue a falar para eu poder localizá-la melhor. "Se quiser sair ileso passa a maldita grana." O cara repete, assim que ele termina de falar eu paro em frente a um beco.

Olho em volta para as pessoas que estão passando perto, algumas pareceram notar a situação, mas não estão fazendo nada a respeito. Entro no beco me escondendo nas sombras e pulando atrás de uma lixeira velha que está aberta.

Um cara está fechando um garoto de cabelo azul segurando uma faca em seu pescoço, há, de cada lado, mais dois caras que estão tampando a saido do garoto de cabelo azul.

"Eu não tenho nenhum dinheiro." p garoto responde sem demonstrar nenhum medo enquanto arruma seus óculos.

"Seu filho da puta, eu sei que você tem." o que estava na frente dele desta vez o segura pela gola empurrando-o para a parede.

Olho para fora do beco procurando por algum policial, infelizmente não há nenhum por perto, por que ninguém tenta impedir? Permaneço quieto tentando me lembrar do que Makoto me disse sobre termos capacidade de criar todo o objeto necessário que queremos. Fecho meus olhos seguindo os passos que ele me disse.

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"Wow, onde você conseguiu todos esses objetos humanos" pergunto assim que entro em sua casa.

"Na aula de hoje eles nos ensinaram a fazer" Ele diz fechando a porta atrás de si "Você deveria voltar a ir às aulas"

"Não."

Por que?"

"Por que deveria?" Makoto permanece quieto. "Afinal de contas, tenho meu próprio professor! O melhor de todos!" Sorrio o olhando .

"Certo, certo" Makoto ri

"Como você fez?"

"Em três passos" Ele diz levantando o dedo indicador. "Um: feche seus olhos." ele levanta mais um dedo. "Dois: imagine o objeto com todas as informações necessárias." E terminando em três ele continua "Três: Abra suas mãos após o imaginar. Se seus poderes forem bem desenvolvidos você conseguirá com a maior facilidade."

"E senão forem?"

"É só você treinar mais" Ele ri demonstrando o que disse fazendo um travesseiro surgir entre suas mãos e jogando em meu rosto.

"Ah!" grito segurando o travesseiro pronto para correr em sua direção.

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Faço exatamente o que Makoto instruiu. Imagino um celular com tudo que sei que um deve ter, vejamos: um chip, uma boa memoria, teclado, tela, som, não sei mais o que , não sei mais o que. E quando abro meu olhos um celular se forma em minha mão.

"Yiss" sussurro.

Abro-o imaginando um áudio de policial já preparado para ser apertado, que é exatamente o que acontece. Imagino um telefone sem fio, só os vi uma vez, lembro-me vagamente que os usava muito quando era mais novo.

Jogo um lado para fora do beco enquanto coloco a outra ponta sobre o telefone, pressionando o botão para reproduzir o áudio. Não demora muito até que comece a sair para a outra ponta chamando a atenção dos valentões que saem correndo segundos depois.

Permaneço quieto tentando não rir do trote que passei. Escuto passos e olho para cima por reflexo encontrando com o garoto de cabelo azul que me olha confuso e chocado.

"H-hey" gaguejo desejando que ele não tenha me visto usar nenhuma magia.

"Como fez isso?" Ele pergunta olhando para o pedaço de fio que se estica até fora do beco mostrando um copo de plástico na ponta. "Ah" Ele apenas diz sem comentar mais nada.

"O que?" pergunto por reflexo "Eu não fiz nada" me levanto sorrindo e correndo logo em seguida. Escuto ele falando para eu esperar, mas não o faço.

Continuo correndo por poucos minutos até eu achar algum lugar sem nenhum ser humano e fazer minhas asas aparecerem para eu voar para minha casa. Metros de distância daquele beco e, bem, metros de altura também. Eu finalmente me relaxo, tateio meus bolsos à procura do meu novo celular batendo a mão em minha cara logo em seguida.

"Merda." resmungo entre meus dedos. Então foi por isso que o garoto me chamou, eu deixei meu celular lá.

Penso em voltar,mas sou interrompido por uma grande mão que segura minha blusa arrastando-me para trás.

"Hey, Nagisa" Uma voz reconhecível diz.

Olho para trás vendo Goro me olhando com uma expressão divertida em seu rosto.

"Goro!" Retruco sorrindo

"Você é um moleque que só me da problemas" Ele ri soltando minha blusa e me observando cair em pé nas nuvens "Kou me disse sobre sua ida à terra." Suspiro em resposta "Não vou lhe repreender Nagisa, seria mentira se dissesse que quando cheguei aqui eu também não resisti em voltar para o lugar de onde disseram que vim"

"Por que?" pergunto sabendo o que Goro irá responder

"Você sabe que eles não gostam de pessoas curiosas."

"Duvido que eles gostem de algum tipo de pessoa" Goro ri colocando a mão sobre minha cabeça.

"Vá para casa, se eles tiverem sentido sua falta eu lhe cubro."

"Valeu Goro!" Sorrio voando para longe.

No céu as casas imitam as de madeiras da terra, mas quando você chega bem perto delas percebe que são apenas nuvens de uma cor diferenciada e um pouco mais duras, bem bizarro na verdade.

Entrei em minha casa e me joguei no sofá. O chato de cada casa é que não há nada alem dela e do sofá, se quiser mais alguma coisa você teria que projetar, que nem o Makoto. Fecho meus olhos e imagino uma casa semelhante à do Makoto. Quando abro novamente vejo tudo do modo que imaginei.

"Hehe" rio pensando em chamar o Makoto para ver o quão bom fiquei nisso em apenas alguns minutos.

Sento-me no sofá esperando por Makoto, sei que Gou contou a ele também, então tudo que preciso fazer é esperar Goro avisar de minha chegada.

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"Você tem nuvens da cabeça?" Makoto entra me acordando.

"Talvez eu tenha" Digo em meio a um bocejo

"Você fez tudo isso?" Olho para Makoto a fim de saber ao que ele está se referindo. "É impressionante"

"Obrigada" Respondo

"O que você fez? Desceu à terra?"

"Sim" Digo me sentando.

"O que você fez?" Makoto repete a pergunta com preocupação em sua voz.

"Ninguém me viu," começo "Quero dizer..."

"O que você fez?" Agora ele soa desesperado.

"Um garoto me viu"

"O que? Como?"

"Eu estava como humano"

"Certeza?"

"Siiiiim" eu me alongo me levantando em seguida. "No problem" Sorrio.

Makoto suspira projetando um banco à sua frente e se sentando nele. Permaneço quieto pensando em que eu vou falar e Makoto apenas aguarda.

"Você não se sente perturbado?" pergunto olhando rapidamente para a porta.

"Eu tranquei" Makoto responde ao meu ato. "Perturbado com o que exatamente?"

"Nosso caso."

"Nagisa esqueça isso"

"Eu nem sei se tive uma vida na terra mesmo. Ninguém sabe."

"Que diferença faria se soubéssemos?"

"Iríamos entender o por que temos que fazer o que nos dizem"

"Nagisa"

"Makokoro" Digo brincando com seu nome e fazendo-o revirar os olhos "Por que não podemos saber? O que eles querem esconder?"

"Você sabe que sua curiosidade vai apenas leva-lo a ser banido"

"Rin descobriu" Fico emburrado

"E por esse motivo foi banido" Makoto se levanta. "Você não vai voltar."

"Mas eu quero meu celular!" eu imploro

"Projete outro, tais coisas humanas não são necessárias para nós"

"Makoooootooo"

"Só me prometa uma coisa." Makoto anda até a porta parando antes de abri-la "Se for voltar e pegar o celular, você nunca mais vai voltar novamente e não vai manter contato com nenhum humano"

"Okay" suspiro, ao menos ele deixou eu voltar para pegar.

Makoto abre a porta saindo e fechando a mesma atrás de si, eu suspiro me deitando no sofá de novo e caindo no sono.

Quando acordo a primeira coisa que faço e olhar para a cor das nuvens, elas mudam dependendo da hora, não temos relógio, nem precisamos, então nos ensinaram apenas a diferenciar dia,tarde e noite. Saio de casa e vou até um tipo de prédio. Entro nele indo direto a uma sala que há vários computadores, puts.

"Não precisamos de coisas que humanos precisam, se criar algo que não consideramos necessários isso será tomado." debocho, com uma voz bem fina, em sussurro.

Entro na sala e digo à mulher que trabalha lá que apenas quero pesquisar sobre humanos para uma pesquisa pessoal, ela concorda com a cabeça me guiando a um computando e me dando acesso ao mesmo que está bloqueado.

"Tem uma hora" Ela diz com uma voz neutra saindo.

"Vou levar provavelmente 10 minutos" sussurro.

Abro o computador e pesquiso humanos com cabelos diferenciados. Há vários deles e acho que encontrei um que me lembrou Rin, na duvida separei a dele para imprimir e pesquisei pelo cabelo de cor azul. Lá está ele, o mesmo garoto de hoje, pego as informações dele também e as imprimo junto com o parecido Rin.

Aviso à moça que já peguei duas pessoas suficientes por hoje e que se precisar de mais eu volto. Ela vem até meu computador e, fazendo coisas das quais eu não entendo nada, diz que essas duas pessoas estão a caminho da impressora.

Concordo com a cabeça, me assustando em seguida com um barulho alto, viro-me para ver o que é vendo a mulher ir até lá e pegar duas folhas.

"Aqui está" Ela sorri por alguns segundos antes de voltar para sua mesa.

Viro-me para o computador vendo-o ficar preto e então me levanto com as duas folhas na minha mão.

Ando todo o caminho até minha casa, gosto se voar, mas é mais cansativo que andar. Quando chego em casa entro e tranco a porta indo para o sofá.

"Rei Ryugazaki" Leio em voz alta. Tem praticamente todas as informações sobre ele. Sua idade, data de nascimento, moradia, escola, Hobbies... É impressionante o quanto os anjos observam cada humano.

Me levanto olhando mais uma vez para o papel antes de guardá-lo a uma cômoda que acabo de projetar.

Saio de casa fechando a porta e projetando um clone meu, eu não quero ser pego fora, felizmente eu consegui. Um 'eu' aparece e se senta no sofá.

Desço as escondidas indo para terra e escondendo minhas asas, é muito ruim, não podemos realmente fazê-la desaparecer, mas sim encolher-las escondendo-as debaixo das blusas.

Projeto um moletom indo em direção ao endereço no papel, felizmente eu consigo chegar sem me perder, bem,claro que eu perguntei por informação e uma senhora praticamente me acompanhou até a casa. Eu a agradeço vendo-a partir enquanto ando para o lado da casa.

Olho para os lados, procurando por algum sinal de humano, quando não encontro nenhum tiro o moletom e estico minhas asas. Me a próximo da janela que está com a luz acesa, o garoto está naquele quarto.

Ele está mexendo em meu celular, pela cara que faz parece que esqueci alguma coisa sobre o celular, escondo minhas asas abrindo a janela e sentando nela.

"Me devolva" Digo esticando minha mão e o observando ficar em choque.

"De onde você veio?" Ele pergunta

"Me dê" Repito

"Vou chamar a policia" Ele ameaça ao mesmo tom que eu.

"Apenas me devolva e eu vou embora"

"Por que?"

"Sem perguntas" Faço uma expressão seria vendo-o encolher e levantar de sua cadeira me dando o celular.

Pego o celular e me preparo para virar-me e pular da janela, mas sou agarrado pelo meu pulso. Me viro quase caindo para dentro da casa.

"Como me achou?" Ele pergunta.

"Tenho meus contatos." suspiro puxando meu braço com tanta força que ele solta "Agora deixe-me ir."

"Por que me ajudou?" Ele me encara com uma cara neutra

"Por que não?" Digo vendo-o frangir a testa

"Certo." Ele fecha seus olhos. "Sei que isso pode soar estranho, mas vou te ver de novo?"

"Haha, o que foi se apaixonou por mim" Rio vendo-o corar um pouco. Bem, talvez esse seja o caso da curiosidade dele. "Talvez" respondo.

"Hm" Ele retruca desviando o olhar e arrumando seus óculos "Então, obrigada por me ajudar"

"Sem problemas" Jogos os ombros para cima e me viro pulando da janela.

Chego ao chão com meus pés doendo um pouco pelo impacto, evito olhar para cima, mas como quero saber se ele ainda está me observando ligo o celular com colocando-o na câmera.

Sim, ele esta me encarando. Guardo o celular no bolso e começo a andar a caminho para fora da casa de Rei. Quando me afasto o suficiente começo a voar para minha casa.

Chegando no céu tento de tudo para não ser visto. E por sorte eu consigo, eu ando lentamente para minha casa, abro a porta sendo recebido por meu clone.

"Conseguiu?" Ele pergunta sorridente.

"Sim" Sorrio de volta de sentindo estranho por falar comigo mesmo.

"Makoto veio aqui"

"Merda"

"Ele não estranhou, afinal sei agir exatamente como você" ele pisca "me imagine desaparecendo que vou embora"

"Funciona isso?"

"Makoto que disse" E assim faço. Imagino meu clone desaparecer e quando abro meus olhos ele não está mais na minha frente.

Olho para meu celular, nada diferente nele, nenhuma imagem, áudio, contato... Acho que foi por isso que Rei estranhou. Pelo menos não tenho que me preocupar com nada, acho que numa mais irei vê-lo.

Viu para meu quarto e projeto uma cama e um armário, até hoje não sabia como projetar então só tinha um sofá que veio junto com a cada que recebemos no céu

Pulo na cama dormindo quase que de repente. Eu tive um sonho, eu nunca tive um desde que cheguei ao céu. Sonhei que estava com Goro, Gou, Makoto e Rin como nos velhos dias.

"Hey," Rin começa "vocês nunca se perguntaram o por que de estarmos aqui?"

"Por que perguntaríamos?" Goro ri "A vida aqui não é tao ruim"

"Nunca quiseram saber se tiveram uma família?"

"Nós anjos não somos todos irmãos?" Pergunto

"Aqui somos, mas ouvi boatos que estamos todos mortos"

"Mortos?" Makoto repete

"O que significa estar morto?" pergunto vendo Rin me ignorar e continuar andando "Rin?" corro atrás dele, ele continua andando "Rin!" grito vendo-o virar e acenar para mim.

"Nagisa eu descobri" Ele diz sorridente

"Descobriu o que?" Pergunto me sentindo ofegante

"Como viemos para cá, nós realmente morremos" Ele diz coçando a cabeça "Está tudo nas informações, mas eu peguei em outro lugar"

"Sério?"

"Sim, tem sobre todos, acredita que eu e Gou somos irmão? Eu contei a ela e também comentei como morremos, ela ficou em estado de choque." Ele ri.

"Nagisa você não morreu a tanto tempo também"

Quando estava prestes a responder vejo Rin ser puxado para longe e o cenário mudar, olho para o lado desesperado vendo-o ser forçado a ajoelhar-se, ele está machucado e ensanguentado.

"Rin Matsuoka" uma voz diz "você será banido de agora para sempre para o inferno" Vejo Rin ser arrastado para longe logo em seguida.

Acordo com um barulho e sento-me em minha cama. Esfrego meu olho olhando em seguida para a janela. Um pássaro, ou devo dizer bomba está me encarando, há algo amarrado em suas pernas. Me levanto abrindo a janela e pegando o papel de sua perna. 'Procure sobre todos na sala de computação e imprima' o papel dizia.

Frangi a testa projetando um papel em minha mão e uma caneta em outra e escrevendo 'por que?' amarrei de volta na perna do passarinho vendo-o voar para longe.

"Matsuoka" Eu sussurro, a primeira vez que escutei o sobrenome de Rin foi aquela vez. E foi com isso que descobri o sobrenome de Gou também, uma vez que Rin disse que eram irmãos.

Vou até minha gaveta e pego o papel do garoto parecido com Rin. Olho para a foto atentamente, ele parece ter 10 anos de idade e está todo sorridente, nosso Rin parece ter sido criado por um tubarão.

"Rin..." Começo a ler o nome do garoto arregalando meus olhos. "Não." sussurro procurando o status da criança.

Morto

Solto o papel levando as mãos para minha boca. 'Está tudo nas informações' Rin disse.

"Eu, pesquisei nas informações..." Saio correndo de casa indo até o prédio e entrando assim que me acalmo.

"Olá, eu quero fazer mais umas pesquisas" Digo à moça que sorri assim que me reconhece.

Ela levanta indo até o computador e desbloqueando-o, sento-me lá e começo a me preparar para usar.

"Uma hora?" pergunto.

"Deixarei meia hora a mais hoje se a pesquisa for difícil" Ela sorri, sorrio de volta, movendo minha atenção para o computador assim que ela sai.

Começo pesquisando por Gou Matsuoka, logo em seguida aparece a foto de uma criança de aparentemente 9 anos, igualzinha a ela. Status: Morta. Pesquisei sobre Makoto, um garoto semelhante a ele apareceu, chequei o nome e status.

Nome: Makoto Tachibana
Status: Morto

Separei Gou, Makoto e Goro ainda chocado pelo fato de estas informações estarem disponíveis e ninguém tentar ter acesso.

"Rin descobriu" Sussurrei para mim

Hesitei em pesquisar sobre minha pessoa, mas o fiz assim que percebi que estava começando a atrair olhares. Escrevi meu nome e desci por uma lista de pessoas com nomes iguais aos meus até parar em um que era parecido comigo.

Nome: Nagisa Hazuki
Status: Morto

Encarei a tela por alguns minutos, separando-as e pedindo para a mulher imprimi-las, sem olhar para o conteúdo a mulher o mandou para a impressora.

"Tem certeza de que quer arriscar a esse ponto?" Ela perguntou me olhando com olhos tristes.

"C-como assim?" Gaguejei

"Não vou lhe entregar, mas tome cuidado com seu próximo passo, o ultimo que conseguiu tais informações foi expulso." Ela andou em direção à impressora pegando as quatro folhas.

"É... Eu sei" Respondi sorrindo tristemente e pegando os papéis de sua mão. "Ele era meu amigo." digo me virando, andando até a porta.

Quando voltei para minha casa Makoto estava sentado fora dela me esperando. Ele sorri assim que me vê, ficando serio quando não sorrio de volta.

"Algum problema?"

"Eu descobri." Digo passando direto por ele e entrando em minha casa.

"O que?" Makoto diz me acompanhando e fechando a porta atrás de si.

Viro para ele jogando os papeis em sua direção, ele tenta agarrá-los deixando dois cair no chão. Pegando qualquer um deles ele começa a ler arregalando seus olhos logo em seguida.

"Ta brincando." Ele diz, mas não como uma pergunta, ele sabe que isso está longe de ser uma brincadeira.

"Tem de todos," Digo pegando as folhas do chão e vendo que a do Makoto está incluída. "Makoto Tachibana. Possuía um pai, mãe e dois irmãos mais novos, desses sendo uma garota e um garoto." Ele me encara sem nenhuma reação "Morreu em um ato de tentar ajudar um amigo."

"Han?" Ele finalmente diz.

"Aqui diz que você morreu... Há uns dois anos."

"Como assim em um ato de ajudar um amigo?"

"Não tem muita informação sobre isso aqui." Digo lhe dando o papel. "Diz que foi no mar, isso explica o por que você tem uns arrepios toda vez que comentamos sobre mar."

"Nagisa, você..." Ele começa olhando para o papel e então amassando-o. "O que pretende fazer com essas informações?"

"Nada." Digo observando-o guardar o papel em seu bolso. "Eu vou entregar para Gou e Goro."

"E?"

"E depois descobrir sobre mim"

"O que quer dizer? No papel já está escrito como você morreu e há quanto tempo, o que mais você quer saber?"

"Quero saber como eram meus pais, amigos e por que eu vim para cá..."

"Nagisa"

"Também quero saber por que Rin foi punido por encontrar isso."

"Você vai ser punido antes."

"Você continuaria com isso?"

"Não"

"Mentira"

"Por que iria?"

"Por que comentar sobre sua morte lhe deixou curioso" Ele não responde "Eu sei que você tem algumas lembranças vagas Makoto, sei que já deve ter revivido sua morte em seus sonhos mesmo que seja por pouco tempo ou nem lembrasse disso direito, todos nós ainda sonhamos com isso, é o único tipo de sonhos que é nos permitido ter, mas ninguém sabe se isso é algo que realmente aconteceu. Você agora sabe Makoto."

"Pare"

"Você se lembra de tentar ajudar esse seu amigo."

"Nagisa"

"Não negue"

"Ok, eu lembro, mas o que eu posso fazer com isso? Eu não posso ir à terra e, mesmo se pudesse eu não lembro como esse amigo é." Rio colocando a mão em seu ombro.

"No pior dos casos você só vai me acompanhar e acompanhar o Rin no que eles chamam de inferno"

"Pare com isso." Makoto ri suspirando em seguida.

"Acho que vou voltar à terra" Digo me sentando no sofá e recebendo um olhar de Makoto.

"Hey," Makoto diz sentando-se perto de mim "Você sabe o que o conselho diz quando comenta que se você lembrar de tudo vira um anjo-nivel?"

"Por que a curiosidade?"

"Eu acho que eles nos matam"

"Eles não mataram Rin"

"Por que Rin não chegou a lembrar de tudo." Makoto brinca com seus dedos continuando "Rin apenas achou informações básicas, ele não soube por que morreu e nem como viveu."

"Fato" Digo fechando os olhos.

"Alguma coisa que eu diga pode mudar sua mente?"

"Nem em um zilhões de anos." Digo.

"Vai lá apenas para descobrir de si mesmo?" ele levanta a sobrancelha.

"Talvez." cantarolo.

Ele ri, ele me conhece sabendo que não adianta o que falar eu ainda vou fazer mesmo que isso me coloque em problemas.

"Vai ficar na terra então?"

"Provavelmente"

"Vai ver Rin?"

"Claro." sorrio

"Diga que eu disse oi" Ele sorri de volta.

"Uh hum"

"Onde vai ficar?"

"Provavelmente na casa do Rei"

"Rei?" Ele agora me encara

"O humano que me viu e ficou com meu celular."

"Como sabe o nome dele?" levanto indo até a comoda e abrindo a gaveta pegando a folha com as informações dele. "Ele tem nossa idade" Makoto nota assim que começa a ler as folhas que lhe dei.

"E?" Pergunto recebendo um olhar de Makoto."Não. Não vou por nada disso Makoto."

"Hm"

"É serio!" Rio

"Você sabe que esse tipo de relacionamento não é bem vindo de um anjo"

"Makoto!"

"Só deixando claro," Makoto abaixa as folhas olhando para mim e esticando a mão "Me dê seu celular."

"Por que?" Pergunto tirando o celular de meu bolso e entregando a ele.

"Vou lhe dar meu número, o de Gou e Goro"

"Número?"

"Não acredito que criou um celular sem chip"

"Ele tem"

"Então ele tem um número." assim que Makoto termina de colocar os números começa a ligar para alguém.

"O que está fazendo?" Pergunto

"Me ligando" Ele diz abrindo seu celular e cancelando a ligação "Agora tenho seu numero salvo, quer que eu coloque no seus contatos?" Aceno vendo-o fazer isso.

"Vai se despedir deles?"

"Acho que Gou não me deixaria ir"

"Também acho" Makoto diz olhando para cima "Tem certeza disso?"

"Sim." digo mais como um sussurro, na verdade eu não faço ideia do que estou pretendendo fazer.


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Notas finais do capítulo

o capitulo está grande por que na verdade eu queria fazer um capitulo unico, mas pelo que vi não vai dar.



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