O Herói do Mundo Ninja escrita por Dracule Mihawk


Capítulo 79
Shion e Hinata


Notas iniciais do capítulo

Hoje eu me fiz, cara! Namoral, manolos, hoje foi O DIA (de um novo tempo que começou. Nesses nossos dias, as alegrias serão de todos, é só querer. Todos os nossos sonhos serão verdade. O futuro já começou. Hoje a festa é sua, hoje a festa é nossa, é de quem quiser, quem vier. A festa é sua, a festa é nossa é de quem quiser...). Não, sério, hoje o camarada que vos fala postou nada mais, nada menos que dezessete one-shots! Cara, cês não sabem como é emocionante inaugurar uma segunda página no tópico "Histórias". Tô hiperventilando aqui!

Ah, eu escrevi uma one-shot para comemorar o meu aniversário como escritor. Adivinhem o tema? Hahahaha.

Eis o link: http://fanfiction.com.br/historia/616794/A_Grande_Final/

Bom, retomando O Herói do Mundo Ninja, eis o capítulo das duas girls of Naruto. Espero que gostem dele, tem muita coisa... interessante, hehe.

Nos vemos nas Notas Finais! Boa leitura o/



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A primeira coisa que Hinata fez foi estranhar tudo aquilo.

Shion veio apressada ao encontro dos ninjas da Folha e se atirou aos braços de Naruto, que a abraçou na hora.

— Há quanto tempo, Shion! — Naruto, sorridente, terminou de abraçar a saudosa amiga. — Olha, você cresceu!

— Eu cresci? — Shion, cética, apontou para si mesma. — Olhe só para você! Está enorme! E muito mais viril que quando nos conhecemos, cá entre nós.

— Bem... — Naruto, risonho, coçava a cabeça.

Hinata pigarreou, atraindo a atenção dos outros dois para si.

— Saudações, Shion-hime. — A Hyuuga inclinou a cabeça ante Shion. Naruto teve a ligeira impressão de haver uma seriedade fora do comum na namorada. — Viemos prestar-lhe socorro e protegê-la até sua coroação.

Shion sorriu simpática para Hinata, que, para espanto de Naruto, não retribuiu o gesto.

— Ah, Shion... — Constrangido, Naruto pigarreou antes de continuar: — Esta é Hinata Hyuuga. Ela é minha, hã, namorada e companheira de missão.

Shion arregalou os olhos, um pouco surpresa, e imediatamente, estendeu a mão para a Hyuuga, sorrindo.

— Muito prazer, Hinata-san!

— Prazer, Shion-hime. — Hinata limitou-se a cumprimentar educadamente a princesa, preferindo inclinar a cabeça a apertar-lhe a mão.

— Oh, por favor, não. — Shion ergueu o corpo inclinado de Hinata pelos ombros. — Não precisa dessa reverência toda! Somo iguais, Hinata-san.

— Iguais? Eu não entendi sua colocação, Shion-hime.

A princesa riu.

— Digo que não precisa ficar se prostrando perante mim. Já é bastante chato ter servos fazendo isso o tempo todo, todo o dia e o dia todo, entende? Você não é minha serva, é minha convidada. E... — Shion estendeu outra vez a mão para Hinata. — Eu preferiria que você apertasse a minha mão em vez de se encurvar, Hinata-san. Vamos tentar de novo?

Hinata olhou para Naruto, que com o olhar a estimulou a continuar; depois para a própria mão, para a de Shion. E por fim, apertou-lhe a mão.

— Viu? — Shion sorriu. — Eu não mordo.

— Claro que não, Shion-hime. — Hinata, ligeira, desfez o aperto de mão.

— Mas me diga, como esse idiota do Naruto conseguiu ficar com alguém? — perguntou Shion interessada.

— Ei! — Naruto exclamou. Shion deu com os ombros.

— Shion-hime, eu não acho que minha relação amorosa com o Naruto-kun seja assunto...

— Naruto — Shion interrompeu Hinata, que, contrariada, se calou. — Por que você nunca me escreveu nem nada? Não nos vemos faz três anos e quando te reencontro você me aparece com uma novidade dessas...

— Ah, não que você seja um incômodo, Hinata-san — continuou Shion, virando-se para a Hyuuga, que na hora havia arqueado a sobrancelha, desentendida. — Eu só não consigo imaginar um bobão como o Naruto... com uma garota, sabe.

— Não consegue? Mesmo? — Hinata perguntou séria. Shion encolheu os ombros; e Naruto, sem entender absolutamente nada, olhava de uma para a outra.

Felizmente, Burami, o conselheiro-chefe, interveio:

— Hime-sama, há de concordar comigo que nossos hóspedes estão cansados da longa viagem. Não é melhor deixá-los nos aposentos e, mais tarde, deixá-los trabalhar na segurança?

Shion, desviando os olhos da feição inexpressiva de Hinata para o rosto brando de Burami, assentiu.

— Sempre com ótimos conselhos, Burami-san. — A mulher se virou para os dois ninjas. — Naruto, Hinata-san, o Burami-san irá lhes apresentar seus aposentos. O País do Fogo é muito longe daqui, logo, com certeza estão exaustos. Nem sei como vocês, ninjas, conseguem viajar tão longe em tão pouco tempo, mas nem mesmo vocês podem escapar do cansado, certo?

Shion riu simpática. Burami tomou a iniciativa e disse a Naruto e Hinata:

— Acompanhem-me, por favor. Mostrar-lhe-ei seus aposentos.

 

 

 

 

 

O quarto de casal, magnífico e elegantíssimo, com toda exuberância digna de um palácio, muito agradou a Naruto. Todavia o rapaz viu que Hinata não estava tão satisfeita ou sequer serena quanto antes.

— Hinata... — hesitou. — Aconteceu alguma coisa?

A jovem se virou. Naruto a encarou ansioso e confuso.

— Nada — ela disse. — Estou perfeitamente bem, Naruto-kun.

— Você está mentindo para mim, Hinata. — Naruto cruzou os braços, cético.

— Não estou...

— Está, sim. Você está mentindo.

Hinata suspirou, dando-se por vencida. Contudo não ousou dizer a Naruto o que sentia, pelo menos não naquela hora. Ele tinha acabado de reencontrar uma amiga que há muito não via e, por isso, Hinata achou desnecessário e completamente sem razão seu comportamento rígido e mal-educado.

Entrementes, Naruto esperava que Hinata lhe contasse o que tinha acontecido durante a recepção de Shion. Ele aguardou uma confissão que não veio. A Hyuuga olhava ao redor do quarto, repentinamente interessada na decoração.

— Hinata... Você estava com ciúmes da Shion? — perguntou Naruto, palpitando.

— O quê...?

— Você estava com ciúmes, não estava? — sustentou Naruto, perguntando mais uma vez.

— Ciúmes? E-eu? Por que estaria, Naruto-kun? — Hinata nunca desejou tanto estar menos desconcertada. — V-vocês dois só se abraçaram daquele jeito e ficaram sorrindo um para o outro o tempo inteiro... O que há de errado nisso?

Naruto não sabia bem o que fazer: se ria da namorada ou se tentava explicar o ocorrido. Viu Hinata ir se recostar sobre a janela, de costas para ele. Percebeu que ela suspirava.

— Não precisa se preocupar com a Shion, Hinata — garantiu Naruto, quebrando o repentino silêncio que lhes sobreviera.

Hinata se virou outra vez, cruzou os braços, fechou os olhos e, após alguns instantes, balançou a cabeça afirmativamente.

— Tudo bem. Eu só fiquei um pouco surpresa com tudo aquilo... E a viagem até aqui me deixou cansada. Acho que, no fim, terei de concordar com a Shion-hime a respeito da disposição dos ninjas. — Ela riu timidamente. — Eu vou tomar um banho. Nos vemos depois, está bem?

Ditas tais palavras, Hinata deixou Naruto no quarto, indo ao banheiro para se lavar. O loiro, sorrindo consigo, encurvou um pouco a cabeça, balançando-a para os lados. Sabia que Hinata, sempre que deparada com alguma fã dele, ficava com um pouco de ciúmes, apesar ser algo demasiado introspectivo, imperceptível aos olhos de quem não conhecia tão bem Hinata Hyuuga. Porém, diante de Shion, Hinata agiu diferente. A clara demonstração de descontentamento, de incômodo ante outra mulher fez Naruto se sentir um tanto importante, querido aos olhos da Hyuuga. Pelo que ele se lembrava, aquela tinha sido a primeira vez que Hinata havia agido assim. Por um lado, ficou sem graça devido ao mau clima entre as duas; por outro, satisfeito por ver que Hinata o valorizava e não tinha a menor pretensão de dividi-lo com outra mulher.

Três batidas na porta do quarto trouxeram Naruto de volta ao plano real. Quando ele a abriu, o rosto iluminado de um pequeno garotinho apareceu.

— Oi, você que é o Naruto Uzumaki? — perguntou ansioso.

— Sou — sem entender muito bem tanta empolgação, Naruto respondeu.

— Não acredito! É você mesmo! — exclamou o pequeno. — É verdade que você derrotou o líder da Akatsuki? Que parou o Juubi? Que derrotou Madara Uchiha e a Kaguya Ootsutsuki? É verdade mesmo?

E mais perguntas vinham da parte do menino que Naruto acabara de conhecer. Foram tantas que ficou embolado na hora de respondê-las. Gaguejou nas respostas da maioria, mas o menor pouco se importou; parecia estar diante de um deus ou algo parecido.

— Uau! Você é incrível, Naruto Uzumaki! Quando eu crescer, vou querer ser ninja também!

— Doru! — A voz repreensiva, mas ainda branda, de Burami Satsuki, o conselheiro-chefe, ecoou pelo corredor. Naruto e o menino chamado Doru se viraram para a esquerda. O conselheiro vinha a passos apressados.

— Pai, eu só estava falando com...

— Doru, Naruto Uzumaki é hóspede da Hime-sama. Além disso, ele acabou de chegar de viagem. Decerto está cansado. — O menino baixou os olhinhos castanhos, decepcionado. — Melhor ir brincar lá fora. Deixe-o descansar.

— Tá... — arrastando os pés, Doru deixou o local. Naruto viu-o sumir corredor afora e achou graça. Um pouco constrangido, Burami disse:

— Desculpe-me, Naruto Uzumaki — pediu. — Meu filho ouviu muito sobre você e seus feitos. Sempre desejou conhecê-lo; é quase um objetivo de vida para ele.

— Oh, tudo bem. — Naruto coçou a cabeça. — Seu filho parece ser bem bacana, tio. Ele é a sua cara.

Apesar de haverem se apresentado há horas, Burami ainda não tinha se acostumado com o jeito exótico de interação do Uzumaki.

— Obrigado — disse simplesmente o conselheiro.

— A mãe dele também trabalha aqui no palácio? — questionou Naruto.

Burami negou silenciosamente.

— Minha esposa, Mika, morreu durante o parto de Doru. Sempre fomos nós dois. Ele e eu — respondeu sério Burami.

— Ah — Naruto sentiu-se idiotamente inconveniente. — Desculpe-me, tio. Eu não tive a intenção de...

— Tudo bem. Foi apenas uma pergunta natural.

Antes que Naruto conseguisse pensar em algo para dizer na tentativa de mudarem de assunto, Hinata, agora trajada de um elegante kimono cor verde-oliva, o cabelo preso em coque, fez-se ver detrás dos largos ombros do Uzumaki.

— Quem está aí...? Ah, é o senhor, Burami-sama — ela disse. — A que devemos a visita?

O conselheiro pigarreou, inclinando-se respeitosamente ante a Hyuuga. Naruto ainda se questionava por que Burami não tomava tal atitude diante dele.

— A princípio, vim aqui para dar um recado, Hinata Hyuuga. A Hime-sama os convida para almoçarem com ela no grande salão.

— A Shion-hime deseja almoçar conosco? Agora?

— Sim, Hinata Hyuuga.

Hinata suspirou. Olhou para Burami e depois para Naruto, recém-chegado de viagem, sujo e suado.

— O senhor poderia nos dar mais alguns minutos, Burami-sama? O Naruto-kun precisa se arrumar adequadamente.

— Preciso? — Naruto perguntou à namorada.

— Naturalmente. Aguardarei aqui fora. — E Burami fechou a porta do quarto.

 

 

                                                                             ***

 

 

Tudo ocorreu bem durante a farta refeição. Naruto comeu como nunca, aproveitando-se de todos os privilégios reais. Hinata e Shion ainda estavam na metade da porção de arroz quando Naruto terminou a terceira de sushi.

— A bobida bá buito boa, Bion! — Naruto, de boca cheia, elogiou a refeição. Hinata olhou incerta para o loiro; Shion riu da cena, Burami, de longe, quase desmaiou com a falta de educação do Uzumaki.

Terminado o almoço, Naruto foi se trocar. Tinha achado o kimono que vestiu para o almoço bonito, mas preferia, para examinar o palácio e trabalhar como protetor de Shion, outras vestimentas; aquelas eram, aos olhos dele, inadequadas.

Hinata também estava prestes a se retirar do salão quando alguém a chamou:

— Hinata-san, posso falar com você, por favor? — Shion sorriu simpaticamente para a outra, que, surpresa, parou de andar.

Hinata se voltou para a mesa, mas Shion negou com um gesto. Levantou-se em seguida e indicou uma porta à lateral direita; a direção dos jardins.

 

 

 

 

Caminharam lado a lado em silêncio. Hinata serena, Shion com ar distante; a princesa admirava a paisagem.

— Eu adoro vir aqui quando quero ficar só ou quando quero pensar. — Shion desfez o silêncio entre as duas. — Aqui é meu refúgio, sabe.

— É muito bonito — concordou Hinata.

Andaram mais alguns metros quando Shion falou mais uma vez:

— Sabe por que te chamei aqui, Hinata-san?

— Não me arrisco a responder, Shion-hime. Posso estar equivocada.

— Duvido que esteja. Você é inteligente; aposto que já sabe o motivo de estarmos aqui.

Hinata inspirou com calma.

— O Naruto-kun — disse.

Shion assentiu. O coração de Hinata palpitou mais depressa.

— Ele está muito diferente de quando o conheci — começou Shion. — A começar pela aparência. Ele também me parece muito mais adulto, mais amadurecido, entende? Se bem que ele não deixa o jeito cômico típico, não é verdade?

— Não, não deixa — admitiu Hinata. — Eu acredito que se ele o fizesse, não seria ele mesmo.

— Posso perguntar... Há quanto tempo, bem, vocês dois estão juntos?

— Dois anos — respondeu a Hyuuga. — Bom, para ser mais honesta, quase dois anos.

— Estão juntos há bastante tempo... Quem diria.

— Como assim, Shion-hime?

— Bom, quando eu conheci o Naruto, ele era, digamos, bem... lento para certas coisas. Ele não percebia o óbvio, sabe. Quando eu pedi... — Shion se interrompeu, fechando os olhos e lembrando-se de quando pedira para que Naruto ficasse ao lado dela, junto com ela. — Bem, eu vi um brilho estranho nos olhos dele. Acho que ele já sentia algo outro alguém que eu não conhecia. Eu, na hora, tive certeza de que não era a Sakura-san, que também conheci na época. Provavelmente era você, mesmo ele nem sabendo direito o que sentia... Enfim, o amor é uma coisa tão esquisita e difícil de entender, não acha?

— Você o ama, não é mesmo, Shion-hime? — Hinata foi direto ao ponto. — Você também sente algo pelo Naruto-kun, não é?

Shion estremeceu. A pergunta de Hinata tinha sido muito direta, até demais para os olhos da princesa.

— Hinata, eu... — Inspirou, tomando coragem. — Eu nunca o esqueci. Nunca me esqueci do Naruto, nem por um instante sequer. Ele foi o grande responsável pela minha mudança. Eu era, acredite se quiser!, uma idiota arrogante e ríspida. Mas o Naruto... Ele me mudou, me mudou completamente. Eu, depois de tudo o que passei com ele, vi nele algo muito além de um herói, eu vi...

— Um amor — adivinhou Hinata. — Alguém para se passar o resto da vida.

Shion, completamente envergonhada, concordou.

— Eu ainda o amo, Hinata-san, não vou mentir para você; seria injusto da minha parte. Eu o chamei aqui porque queria vê-lo outra vez mais e, quem sabe... — Shion se calou, envergonhada. — Sobre o ocorrido no salão principal mais cedo, quando nos conhecemos, achei completamente válida a sua postura. Eu também me sentiria enciumada se...

— Não. — Hinata relaxou os ombros, relembrando da cena. — Meus ciúmes não podem justificar minha falta de gentileza. As pessoas não controlam os sentimentos, eles simplesmente vêm sobre nós. É por isso que peço desculpas por hoje cedo, Shion-hime.

— E eu por ainda ter tais sentimentos, Hinata-san — disse Shion. — Eu amo o Naruto. Porém, mesmo não estando junto dele, me alegra saber que ele está feliz ao seu lado.

— Sim — Shion prosseguiu, vendo o olhar um pouco surpreso de Hinata —, eu percebi nos olhos dele. Você, Hinata-san, é a dona do coração dele, não eu. Vê-lo feliz, junto a você, também me deixa feliz.

— Shion-hime... — Hinata se surpreendia a cada palavra de Shion.

— Só espero que o fato de amarmos o mesmo homem não impeça que sejamos amigas, Hinata-san. Eu adorei te conhecer, juro! Você parece ser meiga e gentil. — A princesa sorriu, retirou a tiara dourada que trazia na cabeça e olhou mais profundamente para Hinata. — E veja, se eu tivesse o Byakugan e o cabelo azul-escuro seria sua irmã gêmea, não? Imagine só: Shion Hyuuga... Soa legal?

As duas riram juntas.

— Se não bastasse minha irmãzinha caçula, agora ganhei outra... — Hinata sorriu gentilmente pela primeira para Shion desde que a conhecera.

— Você tem dezoito anos ainda, certo, Hinata-san?

— Ah, sim, Shion-hime. Tenho dezoito.

— Então eu sou a irmã mais velha... Conforme-se e faça o que eu mando — disse Shion ainda risonha.

— Como o quê, Shion-hime?

— A começar não me chamando de “Shion-hime”. Pode ser só “Shion”, eu não me importo. Como já disse, somos amigas e... Hã, quer dizer, somos amigas, não somos?

Hinata sorriu radiante.

— Sim... Shion-san, somos amigas.

— Mas os sufixos continuam, não é? — brincou Shion.

— Desculpe-me, mas são raríssimos os casos em que não uso sufixos para os nomes das outras pessoas. Eu acho que é uma questão de respeito.

— Tudo bem. E, de fato, eu acertei; você é meiga e gentil... E fofa também.

— Fofa? — Hinata fez uma careta.

— Sim, por quê?

— Todos dizem isso de mim.

E riram juntas mais uma vez.

 

 

                                                                                  ***

 

 

— Você demorou — disse Naruto, de costas, assim que a porta foi aberta por Hinata. — Ficou aquele tempo todo conversando com a Shion?

— Ah, me desculpe, Naruto-kun. E-eu e a Shion-san ficamos conversando e... — Hinata suspirou, reconhecendo a própria falha. — Eu te deixei trabalhando sozinho durante todo esse tempo. Eu não...

Mas para surpresa de Hinata, quando Naruto se virou para ela, este parecia feliz em ouvir as novas.

— Viraram amigas, é? Que bom! Isso significa que vou ter minha Hinata de volta? — perguntou Naruto, aproximando-se da Hyuuga.

— De volta? Não entendi. — Ela riu.

— É. A mulher que vê a todos com bons olhos, a minha Hinata Hyuuga. — Naruto estava a menos de um metro de Hinata, a mão sobre o ombro esquerdo dela. — Se bem que foi divertido te ver com ciúmes.

— Divertido, é? — A jovem o fitou com os olhos. — A Shion-san e eu falamos muito sobre você hoje, Naruto-kun. Também achei bem divertido.

— O quê? — Apesar do sorrisinho gentil de Hinata, Naruto temeu. — Duas garotas falando sobre mim? Vocês não tinham outro assunto para conversar, não?

— Conversamos sobre vários assuntos — respondeu ela. — Você, sentimentos, sobre os nossos países, política, família...

— Por que as mulheres adoram falar tanto? — Naruto se perguntou.

— Eu não sou de falar tanto. Hoje foi uma exceção.

— Pois é. De qualquer forma, eu fico feliz em saber vocês duas se entenderam. — Naruto se afastou de Hinata, dando-lhe as costas e caminhando em direção à janela da suíte na qual estavam hospedados. — Hoje vai ser mais cansativo do que eu poderia imaginar.

— Algumas missões de escolta exigem isso mesmo. — Sentou-se sobre a cama, desfazendo o penteado em coque. — Não vamos poder dormir enquanto tivermos que proteger a Shion-san. Pelo menos não ao mesmo tempo.

Naruto concordou com a cabeça, observando os jardins da janela.

— Esse lugar é bem grande, não é?

— Não se preocupe. — Hinata por cinco segundos ativou o Byakugan. — Não há nada neste palácio que fuja do meu campo de visão. Consigo ver todos os cômodos, todos os presentes neste lugar, até mesmo dentro de seus corpos...

Naruto ficou contente por ouvir aquilo.

— Três anos atrás o alcance do seu Byakugan era de 10 quilômetros, Hinata. Era muito maior que o do Neji, 800 metros...

— Verdade. Mas o Neji-niisan era um usuário de Juuken muito mais hábil do que eu na época. O fato do alcance do meu Byakugan ser maior não influenciava em nada.

— Eu sei. — Naruto se virou para a companheira. — O que eu estou dizendo é que na época seu alcance era um. E agora, quão grande ele é?

Hinata há via terminado de soltar os cabelos. Levantou-se da cama e, sobre um dos braços, tomou as vestimentas ninja.

— Triplicou — disse. — Meu Byakugan, em questão de alcance, perde apenas para o do meu pai, 56 quilômetros.

— Hinata... Naruto retirou o próprio cachecol, alisou os curtos cabelos loiros, apreensivo. — Quanto acha que aquele tal Kioto deve ter de alcance?

Ela interrompeu o próprio andar à pergunta do outro. Kioto Hyuuga, o Yuurei que mais intrigava Hinata.

— Naruto-kun... Não é o alcance do campo de visão do Byakugan que me incomoda; é a habilidade para com o Juuken. Para ser aceito pelos Yuurei, para ter derrotado cinco conselheiros de clã, todos da Souke, com o mesmo golpe... O quão forte ele é?

“Eu sou parte dos Yuurei, sou eu quem promove o Yami no Fuuin dos ‘Fantasmas’. E agora, sou parte de você também...” De repente, as vozes mistas do demônio com o qual Naruto sonhara outro dia lhe vieram à cabeça.

E tudo escureceu do nada.

 

 

                                                                                 ***

 

 

Naruto acordou sobre a cama. A iluminação do dia se fora; era madrugada. Ele tentou se erguer, mas pequenas mãos femininas sobre o seu peito o impediram. Ao lado dele, pondo-lhe um pano quente sobre a cabeça, estava Hinata. No rosto dela Naruto viu o cansaço sobressaindo-se, as escleróticas dos olhos estavam vermelhas devido à falta de sono.

— Hinat...

— Descanse — ela pediu. — É melhor.

— Não, estou bem agora. — Ele, contra os esforços de Hinata para mantê-lo deitado, conseguiu se sentar. — Mas o que aconteceu comigo?

A Hyuuga retirou o pano quente da cabeça do rapaz, tocando-lhe a área recém-descoberta com as costas da mão direita.

— Você desmaiou, Naruto-kun. Enquanto falava comigo. Estávamos conversando e você simplesmente desabou.

— Desmaiei? Eu não...

E pela segunda vez em menos de vinte e quatro horas a dupla voz da criatura roxa sibilou na mente de Naruto. Eram ruídos estranhos, incompreensíveis.

— Ah...

— O que foi? — Hinata percebeu a alteração da feição do parceiro. — Sabe por que aconteceu?

“Sim”, ele quis dizer a ela. Falar-lhe que algo estava errado com ele, revelar a respeito do sonho de dias atrás, da criatura roxa e de tudo que ela contara a respeito dos Yuurei. Mas algo o impediu, um desejo muito introspectivo de se calar cresceu dentro dele. Seria medo? Medo da incompreensão de Hinata Hyuuga.

“Besteira, seu idiota!” pensou consigo. “Ela sempre esteve do seu lado. Por que agora iria te dar as costas? Conte pra ela! Ela merece saber!”

Mas e se isso tivesse algo a ver com o que o demônio lhe dissera a respeito da morte de Hinata? Naruto cogitou. Se o fato dela estar mais envolvida com a escuridão dentro dele for a causa da possível morte de Hinata? Certa vez, no cais quando falavam sobre Kioto e os Yuurei, Hinata havia lhe dito que já estava envolvida, que isso era algo quase inevitável. Porém Naruto pensou: se ela estivesse enganada? Se fosse possível evitar, afastando-a de tais problemas? Estaria ela de fato mais segura?

“Eu vou estar com você. Sempre. E eu já te disse, eu me sinto protegida quando estou com você, lembra? Não há melhor lugar para eu estar do que ao seu lado.” Agora era a voz de Hinata em sua cabeça. Naruto viu-se martirizado pelos próprios pensamentos; eram verdadeiros açoites para ele.

Era tão complexo, tão confuso, tão medonho. Aproximar ou afastar? Contar ou esconder? O que cada escolha proporcionaria? Seria a primeira ou a segunda a melhor decisão a ser tomada? Qual garantiria a segurança de Hinata? Pior, e se ambas as escolhas resultassem no mesmo fim. Se a morte de Hinata fosse, conforme assegurou o demônio roxo, inevitável, e tudo o que Naruto poderia fazer seria ouvir os gritos de dor da amada enquanto ela sofria antes de perecer?

Perdê-la seria o mesmo que perder a si próprio. Não, consertou-se Naruto, seria muito pior.

Paralisado, apavorado, Naruto pensava inutilmente, como se estivesse sendo obrigado a optar por um dos extremos naquele exato momento. Não fosse a voz doce a despertá-lo...

— Feliz aniversário, meu amor.

E a visão de Naruto centrou em foco. Hinata sorria suavemente. O rosto dela próximo do dele.

— O que...?

— Quando você desmaiou estávamos no dia 09 de Outubro. Agora são 02h33min da manhã do dia 10; hoje é seu aniversário, hoje você completa dezenove anos, se esqueceu?

Era verdade. Hoje era o dia. E nada mais caloroso do que ter a pessoa mais importante para ele naquele momento sendo a primeira a cumprimentá-lo.

— Mas Hinata, e a Shion? Devíamos estar protegendo ela! — lembrou-se imediatamente da missão. — Você está cansada; cuidou de mim o tempo todo! Descanse você. Eu vou e...

— Eu falei com a Shion-san sobre o que aconteceu com você, Naruto-kun — interrompeu Hinata. — Concordamos que a prioridade era a sua saúde. Então, ela me permitiu cuidar de você esta noite.

— M-mas e a segurança? Tem gente querendo matá-la e...

— Pense, Naruto-kun, não é de hoje que a Shion-san vem sendo ameaçada. Antes de sermos contratados, o Burami-sama cuidava da segurança real, escolhia os guardas mais confiáveis, enfim. Ela vai ficar bem. — A Hyuuga pôs a mão sobre o tórax despido do Uzumaki, tranquilizando-o. — O importante agora é você ficar bem também se quiser protegê-la. Tenho certeza que às vésperas da coroação os ataques serão mais intensos, não concorda? No primeiro dia que chegamos aqui, quem quer que seja o inimigo, na certa preferiu nos estudar a tentar um ataque direto. Bom, eu agiria assim.

O raciocínio de Hinata era coerente. Mais apaziguado, pelo menos quanto à segurança de Shion, Naruto suspirou.

Todavia ainda restava a segurança de Hinata. E esse, sim, era o dilema de Naruto desde que viera naquela missão.

— Você está preocupado, não está? — Tranquila, ela lhe acariciou os cabelos. — O que foi desta vez?

Ele ficou em silêncio.

— Tudo bem... Vou respeitar seu desejo de ficar calado. Mas... — Os lábios carnudos de Hinata foram de encontro à orelha direita dele. — Saiba que nada irá me afastar de você, queira você ou não.

E ela o beijou na bochecha.

Outra vez o arrepio que apenas os lábios de Hinata Hyuuga poderiam lhe causar. Naruto virou-se abrupto e premiu a própria a boca contra a da jovem, que se viu surpreendida pelo beijo repentino. O rapaz passou os dois braços por volta do corpo dela, puxando-a para perto, apertando-a contra seu corpo. A Hyuuga vacilou incerta, mas, percebendo que era ele, Naruto, e não outra coisa ou outro alguém a beijá-la, enlaçou o pescoço dele com os próprios braços.

O ato tornou-se mais intenso, mais urgente, mais desesperado, principalmente para Naruto, que a cada toque, cada carícia, cada vez que sentia o sabor do beijo de Hinata, parecia perder os sentidos e agia por puro impulso.

Ergueu o corpo de Hinata nos fortes braços, ainda beijando-a. As mãos firmes nas coxas dela, sentindo-as, apertando-as.

Caiu por sobre ela no leito aconchegante. Ela estava um pouco trêmula, tímida na certa. Os olhos dela passearam do peitoral de Naruto para os olhos azul-safira do rapaz, que prontamente a envolveu, de forma que os braços da morena pudessem lhe massagear nas costas largas. Entre arrepios e sussurros, tornaram a se beijar. Explorou outra vez as coxas da Hyuuga, deslizando as próprias mãos por elas até alcançar as duas nádegas de Hinata, e apertou-as.

Ela gemeu e reagiu ao estímulo arranhando de leve as costas do loiro. Sentiu Naruto lhe beijar o pescoço, a boca dele causar-lhe arrepios. Deixou a própria mente viajar, os pensamentos fluírem para o desconhecido. Pela primeira vez, sentiu seu próprio corpo, seu ser exercer reações aos toques e carícias do namorado. Adorava beijá-lo, mas outra parte dela, mas profunda e reprimida, talvez, lutava para se libertar à medida que Naruto a tocava. Já não era mais uma garotinha apaixonada e por extremo introvertida, mas sim uma adulta, uma mulher. E sentiu-se uma mulher junto de Naruto Uzumaki, sentiu prazer, não vergonha ou vontade de interromper tudo aquilo; era bom.

Quando Naruto terminou de beijar-lhe o pescoço, Hinata o parou, fazendo-o encará-la por alguns instantes. O rapaz não pôde desvendar a expressão no rosto da namorada e, confuso, indagou:

— Hinata... Eu estou te machucando? Quer que eu...

Mas ela apenas sorriu antes de selar os próprios lábios apaixonadamente aos dele. Terminado o beijo, com o rosto vermelho, Hinata sussurrou para ele:

— Eu te amo... — E, pondo a mão direita na bochecha dele, o beijou outra vez.

 

 

                                                                                      ***

 

 

A mão amedrontada girou a maçaneta. O homem magricela a atravessou, fechando-a, por conseguinte. Estaria lá sozinho se não fosse pelo outro ocupante do cômodo, alto, forte, rígido, de capuz e vestes de um negror tão denso quanto do lugar.

— Eu não imaginaria que você iria demorar tanto — disse o homem trajado de preto.

— P-peço humildemente o seu perdão, meu s-senhor... — gaguejou Burami Satsuki, o conselheiro-chefe de Shion. — Eu tive de me certificar que o ambiente estaria...

—... O quê? Seguro? — Riu-se debochado Taka Kazekiri. — Não seria você capaz de fazê-lo, Burami. Nem em um milhão de anos.

O conselheiro engoliu o próprio temor.

— Participei a nossa situação aos meus companheiros e decidimos que hoje, pela manhã, haverá o ataque — continuou Taka.

— P-pela manhã?! H-Hoje?! — surpreendeu-se Burami. — Mas meu senhor, não vai esperar até o dia da coroação?

— Coroação? — O Yuurei gargalhou. — Todas as providências cabíveis foram tomadas, Burami. Resta agora ceifar a vida da garota...

— Não! — exclamou o conselheiro alto demais para o tom da conversa. Percebendo o erro, imediatamente, falou quase sussurrando: — P-por favor, meu senhor... A Hime-sama não precisa ser morta, apenas afastada... Foi o que combinamos, não? Destituir a princesa Shion e, com isso, desfazer o recente sistema político do país.

Taka voltou-se para o outro e, desdenhoso, gargalhou.

— Acha mesmo que vim proclamar uma república, criar uma revoluçãozinha estúpida, Burami? Acredita mesmo nisso?

— Mas eu...

— Não, seu imbecil! Os Yuurei desejam apenas uma coisa e esta nada tem a ver com este país desgraçado... Pelo que me lembro a sua princesa Shion é amiga de Naruto Uzumaki, estou correto?

Então a ficha caiu. Burami, desesperado, prostrou-se aos pés de Taka.

— Por favor, meu senhor! Não faça mal a Hime-sama! Por favor.! Ela é só uma garota...

Taka retirou o próprio capuz, mostrando o rosto endurecido e indiferente.

— Não seja hipócrita, Burami Satsuki. Não é você o líder do Golpe de Estado? A pessoa por trás de todos os ataques contra a vida da “Hime-sama”?

— Apenas para intimidá-la! — defendeu-se Burami. — Para fazê-la crer que deixar o trono de lado é a melhor opção, apenas isso! Eu jamais tentaria matar a Hime-sama... Eu... Eu... Jamais...

Taka achou aquele desabafo pateticamente deplorável.

— Ah, sim... Você considera a princesa como uma filha adotiva, não é verdade? Agora, falando em filhos, diga-me meu caro conselheiro-chefe, antes de vir falar comigo você foi ao quarto do seu filho Doru? Sabe dizer se ele está bem? Realmente bem?

O sorriso diabólico no rosto de do Yuurei fez o coração de Burami se contorcer de dor.

— Sabe... — continuou Taka. — Ele dormia tão tranquilamente... Quando eu destrocei-lhe o crânio...

— Taka! Maldito! — Sem pensar, Burami avançou contra o Yuurei. Taka riu antes de esbofetear a face do magro conselheiro, arremessando-o contra a parede. Depois, lenta e pomposamente, o ninja caminhou até o corpo caído do indefeso pai.

— Nunca pronuncie o meu nome, seu verme. Quem é você para me chamar pelo nome?

Burami tentou se levantar, mas, fraco, foi chutado no rosto pelo Yuurei. A boca sangrava.

— Você realmente acha que representa alguma ameaça para mim? — debochou. — Eu sou um Yuurei, seu idiota!

Mas a mente do outro estava distante, melancólica, desolada.

— Não... Meu filho... Doru... Meu único filho... Eu... — Contorceu-se no chão. — Eu preciso...

— Eu matei seu filho, Burami. — A passos vagarosos, os olhos fixos na presa que rastejava ferida física e psicologicamente sobre o chão, Taka se dirigia ao homem. — Eu vou matar a princesa Shion... E vou matar qualquer um que entrar no meu caminho. Quanto ao seu país, eu quero mais que ele se dane.

A vítima estava fraca. O pobre Burami ainda estava a um metro da porta. Taka deu um sorriso maquiavélico e sádico. A mão direita posicionada em um selo.

— Minha parceira, a Suki-senpai, me ensinou a saborear a comida antes de devorá-la... Eu não vejo graça alguma em matar rápido, afinal, que diversão há nisso? Assim como seu filho se borrou nas calças quando eu me diverti, assim farei com você, Burami. Você já não me serve mais. Mas não se preocupe! O dinheiro que você me deu para destituir a princesa será muito bem utilizado pelos Yuurei. Você tem a minha gratidão. Sem dúvida, esta foi a maior honra que você alcançou nessa sua estúpida e miserável vidinha.

Por baixo do manto de Taka, algo similar a uma asa grande, e emplumada ergueu-se às costas do Yuurei. Um segundo depois, três penas, de quase trinta centímetros, cravaram-se na porta de madeira.

— Aquelas belezinhas são abafadoras — explicou Taka. — Agora sim, não? Vamos poder brincar sem interrupções. Grite para mim.

Do lado de fora do quarto, não se ouviu nenhum dos urros de agonia de Burami quando dezenas de penas avermelhadas lhe perfuraram as costas.


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Notas finais do capítulo

Recapitulando: Hinata ficou com ciúmes, Shion não se mostrou uma nojenta nem uma "rival" para NH (podem falar, ela foi legal com a Hinata), Naruto desmaiou devido a uma manifestação psíquica do demônio roxo e desconhecido, Naruto acorda se vê no dia 10/10, Naruto e Hinata têm um momento... Uou, huhuhu (aquela carinha), Borumi era o cara por trás dos atentados contra a Shion.

E o Taka apareceu. Um Yuurei apareceu. Para quem achou que eu tinha deixado nossos vilões de lado, hehehe, só que não. Na verdade, esta é a parte em que eu começo a olhar terminantemente para certos personagens antes de digitar a morte deles.

Ah, Victor, então quer dizer que...

Isso, já tenho certas pessoas no meu Death Note.

Próximo capítulo: Penas e Palmas.

Podem teorizar, apesar de o título ser bem tendencioso, hahaha.

Ah, já vou avisando: alguns de vocês vão, com certeza, me odiar, mas me odiar mesmo, nos próximos capítulos. Quem avisa amigo é; guerra avisada morre quem quer.

E falando em morrer, hehehehe...

Sobre os próximos capítulos, fiquem atentos; como fiquei offline por um tempo, escrever foi minha maior ocupação. Preparem-se que pode acontecer de um capítulo sair mais cedo do que de costume.

Bom, é isso, moçada!

Até o próximo capítulo o/