O Herói do Mundo Ninja escrita por Dracule Mihawk


Capítulo 72
A verdade sobre os Yuurei


Notas iniciais do capítulo

Daqui a pouquinho tem jogo do Bayern, hahaha. Vou ver meu time alemão jogar, que perfeito para esta tarde de quarta-feira!

Boa tarde, moçada! Como vocês estão?

Galera, galera, eu finalmente postei mais uma história o/ Conheçam minha nova pequenininha, Snow Fairy. Do anime/mangá Fairy Tail, shipp: Gruvia (Gray x Juvia).

Em breve vou começar a outra, eu me decidi e farei IchiHime primeiro.

Okay, vamos "hablar" sobre a história:

Descobriremos hoje quem são os "três" tão bem falados pelos nossos fantasmas, os Yuurei. Eu escrevi um presente para vocês logo no início deste capítulo porque amo todos vocês, espero que gostem da minha apresentação especial. Ela caminhará numa linha tênue entre o cômico e o sombrio.

Uma dica: prestem muita, mas muita mesmo, atenção no início deste capítulo. Ele trará informações demasiado importantes para o que vai acontecer à frente. Claro, algumas estarão óbvias, outras implícitas. Deixarei vocês desvendarem.

Sem querer enrolar mais, com vocês, o capítulo 72º Boa leitura o/



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O portal de escuridão se abriu.

Eles surgiram em um corredor mal iluminado por velas acopladas às paredes. O cheiro de fumaça impregnava o ar. Os vultos caminhavam, os capuzes escondendo-lhes os rostos, as vestes negras deslizando no chão à medida que eles andavam. Os Yuurei haviam retornado com sucesso.

Um terceiro vulto, muito menor que os outros dois, se interpôs no caminho. As pequenas mãos foram de encontro ao capuz, retirando-o. Um belo rosto feminino, de aproximados quinze anos, cabelos loiros platinados, sorriso infantil e travesso, se mostrara debaixo da cobertura.

— Seja bem-vindo de volta, Juha-sama — saudou a menina.

— Olá, Hana — Juha cumprimentou a garota.

— E aí, pirralha — Kan escarneceu. Hana pareceu fuzilá-lo com os olhos.

— Kan... nem falei com você, foi mal. Diga-me, como foi a excursão? Você fez alguma coisa interessante desta vez ou, como sempre, ficou só assistindo? — Hana provocou. Kan enrijeceu o rosto.

— Escuta aqui, moleca! Eu matei mais de cinquenta guardas sozinho, valeu? Cinquenta!

— Oh — Hana fingiu estar espantada —, figurantes... Kan, eu pensei que você se valorizava. Mas você se gaba por matar figurantes. Que tipo de Yuurei você é?

— Agora chega! — Kan sacou a foice de seis pontas das costas. Hana juntou as mãos em um selo.

— Parem com isso. É deprimente — disse Juha com calma.

Kan estava relutante a obedecer a seu superior, pois Hana, mesmo desfazendo os selos manuais, ainda o observava com o mesmo olhar desafiador que ela costumava dar às vítimas. Por fim, Hana sorriu debochada e Kan abaixou a foice.

— Hana — Juha prosseguiu —, creio que esteja aqui para nos dar algum recado, estou certo?

— Naturalmente, Juha-sama — respondeu a menina. — O Líder-sama me incumbiu de ficar com o Jinchuuriki capturado.

— Eu compreendo. De fato você é a melhor para ficar com ele — Juha abaixou o tom de voz ameaçadoramente —, mas você entenderá que eu não lhe darei de imediato, correto? Falarei com o Líder-sama pessoalmente primeiro.

Hana assentiu com a cabeça.

— Estamos aguardando — Hana falou.

— O quê? — berrou Kan. — A reunião já ia começar e você ficou aqui nos atrapalhando, fedelha descarada?

— Ora, cale a boca, Kan! Você é tããããão chato. Deve ser uma vergonha para o Juha-sama ter alguém como você por parceiro. Olha, quando eu for Sênior, você não será meu parceiro, não, Kan! — Hana deu a língua para o outro, que se irritou ainda mais.

— Sua moleca maldita! Eu juro em nome de...

— Calem-se, os dois — Juha ordenou. — Vamos entrar.

Os dois membros Juniores acataram a ordem sem questionamentos.

— Sim, senhor — disseram em uníssono.

Os três atravessaram uma gigantesca porta ornamentada à frente.

Um novo salão, sombrio e ancestral, se mostrou detrás da porta aberta. Lá dentro, sete pessoas trajadas de mantos completamente pretos, encapuzadas aguardavam. Duas estavam à esquerda, um homem alto, carregando uma gigantesca e larga espada de aço, e outro mais baixo e um pouco mais gordo e velho; três à direita, um homem musculoso, Taka Kazekiri, uma mulher portadora de um gigantesco leque às costas, Suki — a que assassinara o Oukami Iruzu Ibe —, e um terceiro homem, mais baixo que Taka, porém de feição muito mais fria e temível; à frente, duas pessoas, um homem e uma mulher.

— Eu voltei, Kioto-sama! — E Hana saiu apressada em na direção do homem ao lado de Suki — Nem demorei, não?

— Quieta, Hana. Estamos em reunião — repreendeu o homem chamado Kioto. Suki, ao lado dele, riu.

— Você não deveria tratar sua parceira assim, Kioto. Ela venera você — ironizou.

— Silêncio! — ordenou a mulher à frente do grupo. Suki fechou o semblante, raivosa, e obedeceu. — Juha e Kan, como foram na missão? O Jinchuuriki está aqui?

— Sim, Mira-sama. A missão de captura foi bem-sucedida. Nem o Jinchuuriki nem o Raikage foram desafio. Tudo está acontecendo como nós previmos — relatou Juha.

— Nem acredito! O Raikage apareceu mesmo! — Hana exclamou.

— Cale-se, Hana — Kioto disse rispidamente. Juha prosseguiu:

— Neste exato momento o Raikage deixou a Vila da Nuvem, indo até a Vila da Folha.

— Excelente. — A voz gelada e ancestral do homem ao lado de Mira ecoou por todo o salão, como se viesse de toda parte. — Você agiu bem, Juha. Agora, o mundo conhecerá os Yuurei.

— Líder-sama — Juha questionou temeroso —, e quanto ao Jinchuuriki?

O líder dos Yuurei girou lentamente a cabeça para o lado esquerdo.

— Hana Sakegari, ele é todo seu. Mantenha-o vivo até o fim do prazo de seis dias. Sem comida e água; apenas não o deixe morrer antes da hora — ordenou. Hana deu um passo à frente, sorridente.

— Será um prazer, Líder-sama. — A garota sorriu.

— Juha, mostre-nos o Jinchuuriki agora — ordenou o líder.

O Yuurei obedeceu. Caminhou mais à frente, e, juntando as duas mãos, conjurou do nada uma nuvem negra de tempestade, que girou trovejante no solo, desaparecendo logo em seguida. Um monstro — mescla de touro e polvo — preso dentro de um cilindro de gelo surgiu assim que a nuvem se dissipou. Juha fez mais um selo e o gelo evaporou instantaneamente. O gigantesco Bijuu, inconsciente, tombou sobre o chão.

— Tsc. Esse era dos grandes mesmo — disse o homem que carregava uma espada às costas. — Eu queria tê-lo caçado.

— Eu odeio essas feras. Elas não servem para viver livres na natureza — pontuou o homem gordo que estava ao lado do espadachim. — Na minha época, eles ainda viviam soltos; era um pesadelo.

— Você é o Yuurei mais velho, Dairama, mas eu nunca havia imaginado que você fosse tão velho! Está vivo desde a época em que as Feras de Caudas eram livres? Você é mais velho que todas as Cinco Nações. Um fóssil...

— Ryuumaru — Dairama murmurou com a voz grave —, se não calar a boca, vou te transformar em pó, e você sabe do que sou capaz. Eu não desafiaria seu superior, se fosse você.

Ryuumaru fez uma careta e se voltou para o corpo Bijuu de Bee, observando-o.

— Hana — Mira, do alto, ordenou. — Faça o que deve fazer.

— Sim, Mira-sama. — Hana ergueu a mão direita; os dedos indicador e médio esticados, anelar, mindinho e polegar estavam dobrados. — Transforme-se em homem! — ela ordenou.

Ao comando de Hana Sakegari, o Modo Bijuu de Bee se desfez. Um corpo humano muito ferido estava estirado sobre o chão. Hana ainda mantinha o selo manual.

— Erga-se — disse a garota.

Obedecendo, o corpo de Bee se levantou. O homem ainda estava inconsciente, a cabeça caída, os ombros relaxados, os passos vagarosos; agia como um fantoche ao comando de Hana. A Yuurei se virou para Mira, a vice-líder da organização, e disse:

— Eu vou cuidar dele agora mesmo, Mira-sama. Vai ser divertido.

E deixou o local, caminhando e cantarolando. Bee a seguia.

— Tsc. A Hana é maluca. Tenho pena daquele Jinchuuriki — falou Kan.

— Agora — a voz do líder cessou qualquer conversa paralela no ato — nosso plano começou. Esperemos, pois em breve, muito em breve, poremos as mãos em outra vítima. Eles têm seis dias, é tempo suficiente para prepararmos uma recepção calorosa para nossos convidados.

— Acha mesmo que ele virá? — Mira se virou para o líder. — Naruto Uzumaki. Eu gostaria de enfrentá-lo.

— É claro que quer — disse o líder à parceira. — Vocês têm muito em comum, não?

Por baixo do capuz, Mira suspirou.

— É verdade — falou, por fim.

O líder dos Yuurei ergueu a cabeça para os demais comandados e falou em alta voz:

— A reunião está encerrada. Encontraremo-nos no lugar marcado em seis dias. Até lá, estão livres para fazerem o que quiser.

E, como se fizessem num perfeito sincronismo, todos os Yuurei desapareceram no meio da escuridão.

 

 

                                                                         ***

 

 

Ele acordou e ainda estava escuro.

Os olhos arregalados, o corpo trêmulo e suado, a garganta seca. Naruto tivera um pesadelo. Ainda ofegante, ele se virou para o relógio digital que estava sobre o móvel de cabeceira; 05h32min da manhã. Ele bufou e jogou pesadamente a cabeça de volta ao travesseiro, mas se viu incapaz de pregar no sono novamente. Sem alternativas, ficou deitado a contemplar o teto do pequeno quarto.

— Tive um pressentimento ruim — murmurou consigo. Os galhos de árvore próximos a janela causavam estranhas sombras no teto, eram assustadoras. — Ah, talvez eu esteja só ansioso ou alguma coisa do tipo — completou Naruto.

Mas Naruto tinha a impressão de que não era ansiedade a causa de seu problema de insônia.

Continuou observando silenciosamente o teto. Ao longe, os raios solares matutinos riscavam as montanhas a leste, nascendo. A vila estava despertando para mais um dia.

Esperou, esperou e esperou. Quando, finalmente, o relógio marcou 06h, Naruto resolveu se levantar.

— Vou tomar um banho e depois vou ver se tem algo pra comer. Talvez Ramen logo de manhã seja uma boa pedida. — Naruto saiu de pijama pela casa.

Naruto se sentiu melhor depois do banho. Foi como se a água lavasse não só o corpo, mas a mente também. Era engraçado, ele pensava.

Agora, vestindo um casaco alaranjado, com detalhes pretos nos bolsos e nas extremidades dos punhos, uma calça preta até metade da canela, e sandálias baixas e abertas de igual cor, ele estava diante da mesa da cozinha com um pote de Ramen. Sakura sempre lhe alertava a respeito da importância de uma alimentação saudável, rica em legumes e verduras, mas para o café da manhã? “E daí que era apenas um pote de Ramen por refeição?”, ele pensava com seus botões.

— Eu não vou morrer por um pouco de Ramen. Foi mal, Sakura-chan — pensou Naruto, e separando os dois Hashi (palitinhos japoneses usados nas refeições), rezou: “Itadakimasu!” e pôs-se a comer.

Dois segundos depois, Naruto ouviu batidas fortes na janela da sala que o fizeram engasgar de susto.

— Sou eu, Naruto! Bom dia! — O garoto ouviu a voz de Sai.

— Ah, Sai, é você. — Naruto levou a mão ao peito, mais calmo. — Você ainda não aprendeu a usar a porta?

Sai sorriu por trás da máscara de ANBU antes de retirá-la e atravessou a janela sem dificuldade alguma, entrando na casa do amigo e sentando-se com ele. Naruto percebeu que o sorriso de Sai desfez-se em segundos, dando lugar a uma feição preocupada.

— Faz tempo que não nos vemos, né? E aí, trabalhando muito agora? A tia Yuugao é durona com você tamb...

— Desculpe-me, Naruto, mas terei de ser direto. Não posso me demorar — interrompeu Sai. Naruto se espantou, mas concordou com a cabeça no fim.

— Tudo bem, eu entendo. Pode falar.

— A Hokage-sama deseja vê-lo imediatamente — revelou Sai.

— O quê? Mais ainda nem são sete horas? Aconteceu alguma coisa, Sai? — Naruto perguntou.

— Provavelmente. — A feição do rapaz era sombria e misteriosa. — O Raikage-sama chegou cedo à vila. Está irritadíssimo.

— O vovô Raikage está aqui? Por quê? — Naruto estava confuso.

— Eu não sei — Sai enrugou a testa —, mas Naruto... você se lembra do porquê de o Raikage-sama ter vindo à nossa vila há quase três anos, lembra?

Naruto estremeceu na cadeira. O Ramen esfriava.

— Tio Bee... — Naruto falou quase num sussurro amedrontado. — Sai, você não acha que... quer dizer, quem...

— Eu não sei, Naruto. Espero encontrar as respostas quando voltar ao escritório da Hokage-sama — e acrescentou rápido, visto o rosto confuso de Naruto. — Sim, eu irei acompanhá-lo. Foi da vontade da Hokage-sama que eu o avisasse, bem como o acompanhasse. Talvez façamos uma missão juntos, Naruto — disse Sai.

Aquilo não pareceu confortar Naruto, pelo contrário. Que tipo de missão exigiria que um ANBU abandonasse seus serviços tão especiais? Naruto estava intrigado.

— Vamos logo, a Hokage-sama está esperando. — Sai recolocou a máscara no rosto. Naruto se levantou e engoliu a maior quantidade de Ramen que podia de uma vez.

— Sim, vamos nessa.

E os dois desapareceram em fumaça.

 

 

 

 

 

Naruto não bateu na porta, antes, porém, ansioso, passou por ela sem qualquer cerimônia. Dentro do escritório da Hokage estavam Tsunade, Shizune, o Raikage Ay, Karui, Omoi, Samui e os integrantes do Time Taka: Sasuke Uchiha, Karin Uzumaki e Suigetsu Hozuki.

— Ele está aqui, Hokage-sama...

— O que está acontecendo, Tsunade-obachan? — Naruto, interrompendo Sai, perguntou em voz alta. — Por que o vovô Raikage está aqui?

— Naruto, a situação é...

— Desembuchem logo! — berrou o Raikage. Só então que Naruto percebeu que Ay olhava com ódio para Sasuke e seu time. — Quem são aqueles malditos? Quem são esses tais Yuurei?

O nome “Yuurei” pareceu estranho a Naruto, que esperou uma resposta. Ele desviava o olhar para cada pessoa naquela sala: Tsunade estava curiosa; Shizune, receosa; Karin e Suigetsu se entreolhavam, desentendidos; Sasuke, calmo e frio como sempre.

— D-do que está falando, Raikage-sama? — Karin perguntou tímida. — Nós nunca ouvimos esse nome...

— Mentira! — E Ay socou a parede, rachando-a. Tsunade estreitou os olhos na hora. — Vocês eram da Akatsuki, a maior organização criminosa que já existiu! São vocês, só podem ser vocês! Falem o que sabem de uma vez!

— A Karin está dizendo a verdade, Raikage — Suigetsu defendeu. — Assim como ela, eu também nunca ouvi falar desses Yuu...

— Mentira! — Ay urrou furioso.

— Já chega, Ay! — Tsunade se levantou, estava séria. — Eles não sabem. Você se equivocou.

— Não vê, Tsunade? Eles estão com medo! Eles temem que eu possa...

— Fazer o quê? — Tsunade perguntou em tom de desafio. — Você está na minha vila, Ay. Você não tocará em nenhum ninja da Folha.

— Se eles tiverem alguma coisa a ver com o desaparecimento do Bee, não importa quem sejam, vou trucidá-los, Tsunade!

— Você foi displicente com a segurança do seu irmão. Manteve-o isolado nas montanhas, mesmo sabendo que ele conseguia controlar perfeitamente o Bijuu. Deixou-o vulnerável a ataques. Se alguém deve ser culpado pelo desaparecimento de Killer Bee, é você, Ay.

— Não me venha com lições de moral, Tsunade! — Ay berrava de raiva. Pingos de saliva lhe saíam pela boca. — Meu irmão foi sequestrado e esses Nukenin que você protege sabem de alguma coisa!

— Eles são membros da minha vila! — Tsunade elevou o timbre de voz, irritada. — São ninjas legítimos, não Nukenin!

— Eles eram da Akatsuki! Da Akatsuki, Tsunade! E são três! Exatamente como os Yuurei disseram! Três pessoas! Só podia ser na Vila da Folha, sua vila, Tsunade! — gritava Ay. — Isso não é coincidência nenhuma!

— Poderia ser qualquer um!

— Pare de ser cega, Tsunade!

— Ei! — Naruto berrou, interrompendo a discussão dos dois Kages. — Afinal, o que está acontecendo? O tio Bee foi sequestrado?! Alguém pode me explicar tudo?

Tsunade suspirou e se voltou para Naruto.

— Naruto, pelo que sabemos, Killer Bee...

— Meu irmão foi sequestrado faz quatro dias, Naruto Uzumaki! — Ay interrompeu Tsunade. — Vim o mais rápido que pude para descobri pistas, pois os sequestradores me disseram que eu encontraria três pessoas capazes de me informar sobre eles, os tais Yuurei. Eu pensei nos últimos integrantes da Akatsuki vivos. — E acenou com desprezo para o Time Taka. — Akatsuki e Yuurei, duas organizações criminosas perigosíssimas. É claro que se conheciam!

— Ficamos pouco tempo na Akatsuki — disse Karin em defesa. — Não tínhamos acesso às informações da organização.

— É verdade! Só recebemos uma missão de capturar... — Suigetsu engoliu em seco — o Hachibi... quando e-entramos para a Akatsuki! E Falhamos, é claro! — acrescentou depressa; Ay o observava furioso.

— E ainda foi a mesma missão! — Ay gesticulou grotescamente. — Isso é muito óbvio! Não pode ser mera coincidência, não pode! Vocês sabem de algo! Digam de uma vez!

— Eu já lhe disse, Raikage-sama — Karin falava em tom apelativo. — Não sabemos nada sobre esses Yuurei. Nunca ouvimos falar! Eu juro!

— Mentira!

— Não, ela diz a verdade — Sasuke falou pela primeira vez. Todos se voltaram para ele, surpresos. — Suigetsu e Karin não conhecem os Yuurei.

— Sasuke? — Tsunade arqueou a sobrancelha. — Do que está falando?

— Quando entrei para a Akatsuki, um pouco antes de partir em missão para capturar Killer Bee, Tobi, ou melhor, Obito, me falou sobre uma organização parceira da Akatsuki. Eles eram extremamente reservados, impossíveis de localizar, a menos que quisessem ser localizados. — Sasuke ergueu o olhar para todos, como se não temesse ninguém. — Os Yuurei.

Demorou a alguém falar algo. O silêncio foi quebrado pelo Raikage.

— Eu sabia! Eu sabia! Fale agora, Sasuke Uchiha! Quem são os outros dois que sabem sobre eles? Diga o nome dos demais traidores!

— Eles não existem, Raikage — contradisse Sasuke. — Creio que os Yuurei apenas disseram que eram três pessoas a saberem sobre eles exatamente para facilitá-lo a chegar até aqui, na Vila da Folha. Como eu disse, eles só podem ser encontrados se quiserem ser encontrados.

— Sasuke — Tsunade não acreditava no que estava ouvindo —, você...

— Como assim “facilitar”? — berrou Ay.

— Veja: se eles lhe dissessem que apenas uma pessoa no mundo inteiro sabia sobre eles, por onde você começaria a busca? — Sasuke viu a expressão de desconhecimento do Raikage e continuou: — Exatamente. Você não teria ideia por onde começar a procurar. Agora, se eles dissessem que três pessoas sabiam sobre eles, exatamente como fizeram, você, Raikage, raciocinaria logicamente e viria atrás de outra organização famosa em busca de respostas. No caso, os três últimos membros vivos da Akatsuki: Suigetsu, Karin e eu.

— Sasuke! — Naruto berrou irritado. — Você sabia sobre esses caras e não contou nada pra Tsunade-obachan nem pra ninguém! Maldito! Como você...

— Mesmo que eu contasse antes, Naruto, o que fariam a respeito? Como eu já disse, é impossível rastrear os Yuurei. Acredite, eu já tentei. Eles são verdadeiros fantasmas. Ninguém os encontra a menos que eles assim desejem. Ninguém — falou Sasuke. — Seria pior viver à sombra do medo iminente e se sentir impotente para combatê-lo, correto? Eu preferi restringir essa informação a mim. Desta forma, a vila se sentiria mais segura, pois pensaria que o inimigo havia sido extinto com a guerra. Com sorte, os Yuurei nem se manifestariam contra as Cinco Nações.

— Isso não importa agora — falou Tsunade. — Sasuke, o que sabe sobre esses Yuurei?

— Pouco, Hokage — falou Sasuke. — Só tenho as informações que recebi do Obito, a estrutura dos Yuurei.

Não se ouvia nada no escritório de Tsunade. Todos estavam atentos às palavras de Sasuke Uchiha, que dizia:

— Os Yuurei, assim como a Akatsuki, são formados por dez membros. Todos são Rank S. — Suigetsu murmurou “Maravilha. Tudo o que eu precisava.” baixinho, e Karin lhe deu uma cotovelada nas costelas. Sasuke continuou: — Quatro membros são chamados Juniores, quatro são Seniores. Estes dois grupos formam duplas entre si. Há também um líder e, como me disse o Obito, uma vice-líder.

Uma? Quer dizer que há uma mulher entre eles? — Omoi perguntou retoricamente.

— A Akatsuki também era assim — Sai lembrou. — A estrutura é idêntica.

— Talvez porque haja um detalhe à parte, um que liga a Akatsuki aos Yuurei — Sasuke continuou. — Os dois líderes dos Yuurei foram treinados pelos dois líderes da Akatsuki.

— O-o quê? — Karui perguntou.

— Espera aí! — Naruto sinalizou, pedindo tempo. — Você tá me dizendo que os chefões desses Yuurei aí foram treinados pelo Nagato e pela... — Naruto se calou na hora. Ainda não tinha coragem de dizer o nome da amiga Konan depois de saber que ela morrera.

Sasuke assentiu sombriamente.

— Ah, isso não é problema nenhum! — Suigetsu levou as mãos ao peito, suspirando aliviado. — Temos Naruto e o Sasuke, que são mais fortes que Hashirama e Madara. Não há como perdermos!

— Eu não subestimaria o inimigo se fosse você — Samui comentou sombria. — Nós vimos um Yuurei em ação. Ele parou o soco elétrico do Raikage-sama com apenas uma mão, e fez isso após derrotar o Bee-sama. O que mais me assusta é que o inimigo nem parecia cansado, foi como se a luta contra o Bee-sama fosse um mero entretenimento. Considerando que aquele não era o líder, nem consigo imaginar o que os dois mais fortes são capazes de fazer.

Naruto respirou tenso ao ouvir tais palavras. Ele próprio só conseguira se desviar do soco do Raikage Ay, mas bloquear um soco com Raiton em alta velocidade? E usando só uma das mãos?

Sasuke e Naruto se entreolharam por alguns segundos, pensavam a mesma coisa. Aqueles inimigos deveriam ser levados em consideração até mesmo pelos dois ninjas mais fortes da atualidade.

— Agora temos outro problema! — falou Ay. — Meu irmão, segundo os Yuurei, só tinha seis dias antes de ser morto. Uma viagem corrida da Nuvem à Folha dura quatro dias, no mínimo. Ou seja, meu irmão só tem mais dois dias até os Yuurei o matarem! E eu não faço ideia de onde começar a procurar! — O Raikage olhou para Sasuke, procurando respostas. O rapaz por sua vez não sabia como localizar os Yuurei.

— Sasuke — Omoi perguntava —, você tem alguma ideia de onde os Yuurei possam estar? Quer dizer, eles podem estar querendo ser localizados agora, não?

Sasuke fechou os olhos, pensativo, mas nenhuma referência lhe veio à mente.

— Eles querem ser localizados, mas não sei por onde começar a procurar.

— Quando atacaram — Sai teve uma ideia —, eles mataram os guardas do Bee-sama, certo? Talvez se trouxermos os corpos para cá usando alguma técnica de teleporte, possamos localizar os Yuurei. Temos o clã Inuzuka, o Kakashi-taichou e muitos outros ninjas rastreadores.

— Não vai dar — Karui negou. — Não havia cadáver algum. Nem rastro de sangue, nem pedaços de roupa, nem qualquer vestígio de luta. O local está limpo, como se os Yuurei nunca tivessem estado lá. Eles fizeram um ótimo trabalho apagando evidências, os desgraçados.

— E se... — Karin se calou na hora, visto que todos olhavam para ela. Suigetsu a cutucou, estimulando-a a continuar. — E se esse tempo que eles deram quer dizer alguma coisa? Digo, suponha-se que os Yuurei calcularam o tempo exato que teríamos.

— Como assim? — Ay perguntou.

— O senhor demorou quatro dias para nos encontrar, certo, Raikage-sama? Restam dois dias, então. O lugar no qual os Yuurei estão deve estar a dois dias de viagem daqui.

— No País do Fogo? — Tsunade perguntou. Karin assentiu.

— É só uma ideia que tive, Tsunade-sama — Karin se justificou.

— Faz sentido. A Karin tem razão — Sasuke defendeu a companheira. — Os Yuurei querem ser localizados e estão mais próximos de nós.

— Mas mesmo assim isso não ajuda muito! — O Raikage retorquiu. — O País do Fogo é gigantesco! Eles podem estar em qualquer lugar!

— Talvez estejam em um lugar que tanto eles e nós conheçamos. Um lugar cuja presença deles seria óbvia para nós — sugeriu Shizune.

Naruto ouvia em silêncio, pensando. Se de fato os Yuurei queriam ser encontrados, Shizune estava certa: eles estariam em um lugar conhecido pelos ninjas da Folha. A questão era: onde uma organização criminosa poderia ter base? Naruto forçava a mente, pensando em possíveis lugares cujo tempo de viagem era de, no máximo, dois dias, mas estava difícil chegar a uma conclusão. Ele não era Shikamaru, não era hábil para encontrar a resposta como o amigo fazia. Ah, se ao menos Shikamaru estivesse ali para ajudá-lo...

Naquele segundo Naruto teve uma teoria que considerou estúpida, improvável. A mente viajando nas memórias: Shikamaru ajudando-o, sequestro, dois dias no máximo até a chegada, base de organização criminosa... E Iruzu Ibe, o Oukami, lhe dizendo: “Eles” enquanto lutavam.

Era isso! Só podia ser isso! Como não percebera antes?

— Ei, pessoal! — Naruto acenou afoito. — Acho que sei onde os Yuurei estão.

Todos se viraram para Naruto, desentendidos. Sasuke estreitou os olhos.

— Naruto, do que você...

— Sasuke! Você não percebeu?

— O que eu exatamente deveria ter percebido?

— Qual foi a última missão que fizemos em que uma organização criminosa estava envolvida? Qual era o tempo de viagem até encontrarmos o inimigo? Diz aí, Sasuke!

Os dois aigos se entreolhavam. Naruto ansioso, Sasuke pensativo. Por fim, Sasuke murmurou:

— Acha que os Yuurei estão em Zuko, a cidade na qual os Oukami usaram como base há dois anos?

— É. Quando enfrentei o líder deles, Iruzu me falou sobre uns clientes aos quais ele se referia como “Eles”. Poderia ser esses Yuurei aí, não poderia?

Sasuke não disse nada. Naruto percebeu que o amigo também cogitava tal possibilidade.

— O Naruto-kun pode estar certo, Tsunade-sama — Shizune defendeu o rapaz. — Faz sentido.

— Naruto, isso é meio enrolado, não? — disse Suigetsu. — Quer dizer, eu não vejo nada além de coincidências. O que acha, Karin? — perguntou à garota que estava ao lado. — Ei, Karin!

A garota estava quieta e um pouco mais pálida que o costume. Pensava na tal missão citada por Naruto, a mesma na qual ela havia sido resgatada, a mesma na qual uma organização criminosa estivera envolvida, os Oukami. Karin tinha certo trauma desse nome, pois vivera horrores protagonizados por ele, horrores que a garota queria, e muito, esquecer.

Naruto percebeu a mudança no comportamento da prima e estreitou os olhos para Suigetsu.

— Isso é apenas coincidência! — falou Karui exasperada. — Mesmo que haja alguma interação entre esses tais Oukami aí e os Yuurei, não podemos apostar a vida do Bee-sama em um palpite tão sem fundamento! Temos apenas dois dias restando até que ele seja morto! Se errarmos o lugar... — A voz dela morreu.

— Não, não é apenas coincidência — retrucou Sai. — A ANBU inteira foi enviada pela Hokage-sama ao local em questão após a vitória sobre os Oukami. Eu mesmo estive novamente lá e vi: o lugar foi completamente destruído, queimado. Os moradores nada sabiam a respeito, disseram que aconteceu repentinamente. Não encontramos nenhum corpo, nem mesmo carbonizado, nada. Matar sem deixar corpos, isso parece familiar, não?

— E quem garante que os Oukami não fugiram depois do Naruto os ter vencido? — Suigetsu perguntou.

— Não fugiram. — Sasuke negou com a cabeça. — Se os Oukami eram de fato empregados dos Yuurei, foram punidos pelo fracasso. Isso explicaria por que em dois anos nunca mais ouvimos falar de Iruzu Ibe. Ele está morto, essa é a explicação.

Tsunade estudou Naruto com o olhar. Quieta, a Hokage meditava. Teria Naruto razão no que dissera? Era notório que o palpite dele era fundamentado em nada mais que especulações, porém eles estavam sem tempo, e Zuko era o único lugar que podia ser associado aos misteriosos Yuurei, além de combinar perfeitamente com as descrições e teorias formadas.

— É isso. Eles estão em Zuko — falou Tsunade, por fim.

— O-o quê? Hokage-sama, você acredita... — Karui abriu a boca, incrédula.

— Não temos muitos lugares em mente, correto? Temos pouco tempo e os Yuurei sabem disso, sabem que só teríamos dois dias para decidirmos e agirmos. Eles calcularam estritamente o nosso tempo de ação. Além disso, se eles querem realmente ser encontrados, estão em um lugar de fácil acesso para nós.

— E vamos apostar a vida do meu irmão, Tsunade? — vociferou o Raikage. — Apostar a vida do meu irmão em uma suposição feita pelo Naruto?

— Vamos, sim! — Tsunade berrou de volta. — Você, Ay, fez a mesma coisa quando veio para cá. Não tinha ideia de onde estariam as “três pessoas” e acreditou em uma suposição: a de que elas estariam aqui na Folha. Quem é você para falar do Naruto? E na minha frente ainda por cima?

Raikage e Hokage se encaravam furiosos um com o outro. Nem Ay nem Tsunade vacilaram com o olhar; fuzilavam-se, como se não temessem um ao outro. O clima no escritório era de pura tensão.

— Parem com isso! Pare, Tsunade-obachan! Pare vovô Raikage! — falou Naruto suplicante. — Enquanto discutimos entre nós, o tio Bee está na pior! Agora não é hora para isso!

— O Naruto tem razão — apoiou Sasuke. — Devemos agir contra o inimigo, não contra nós mesmos.

Os dois Kages desviaram o olhar um do outro para os demais instantaneamente. Tsunade fitou Naruto, os olhos deles se encontrando. Ela respirou profundamente, encolheu os ombros e assentiu com um balançar da cabeça.

— Você está certo, Naruto. Desculpe-me.

Ay ainda não conseguira digerir a ideia de Naruto, mas chegou à conclusão de que aquele era o melhor palpite que eles tinham em mãos, e o tempo estava passando.

— Tsc. Acho que não tenho escolha senão aceitar essa teoria.

— Ótimo. Chegou a hora de decidirmos quem irá à missão — anunciou Tsunade. — Ay, um time misto é a melhor opção, creio eu. Folha e Nuvem juntas, o que acha?

— Estou de acordo. Vimos os Yuurei agir — concordou o Raikage.

— Karui, Omoi e Samui irão pela Nuvem — convocou Tsunade. — Pela Folha, o Time Sete: Naruto Uzumaki, Sasuke Uchiha, Sai e a Sakura Haruno também.

Suigetsu se sentiu dividido. Por um lado estava feliz por não ter sido chamado a combater os Yuurei, por outro queria ser útil, ir às missões. Karin, contudo não reclamou, antes, suspirou aliviada. Ela não queria se envolver com outra organização criminosa, muito menos voltar à cidade de Zuko; tinha péssimas lembranças de lá.

— Sasuke — Tsunade se voltou para o rapaz —, você será o capitão.

— Espere aí, Tsunade! — berrou Ay. — Você envia mais ninjas do que eu e ainda quer determinar quem será o capitão? Inaceitável! Samui será a capitã!

— Você quer discutir isso agora, Ay? Você realmente quer discutir isso agora? — Tsunade não acreditara no que ouvira, mas Ay não demonstrou o menor desejo de voltar atrás.

— Samui comandará a equipe, não o Uchiha! — reprovou teimosamente Ay.

— Você é inacreditavelmente teimoso, seu...

Mas Tsunade parou de falar quando, de esguelha, seus olhos viram Sasuke dar as costas a todos e se dirigir à porta do escritório.

— Sasuke?

Já de costas, o rapaz explicou a própria atitude.

— Já está decidido. Irei à missão, ponto final. Não me importo com um cargo provisório de capitão; que a Nuvem fique com ele. — E virou-se para o Raikage e para Samui. — Isso não a tornará mais forte do que eu mesmo.

O Raikage fuzilou Sasuke com o olhar. Samui, todavia, não se ofendeu.

— Uchiha insolente... — Ay trincou os dentes.

— Naruto — Sasuke chamou pelo companheiro —, você vem também?

O Uzumaki também seguiu os passos do Uchiha. Ambos estavam à porta quando Sasuke perguntou pela última vez:

— Hokage, partiremos imediatamente, suponho?

Tsunade assentiu.

— Ótimo. Irei me arrumar. Depois encontrarei todos nos portões da vila.

E passou pela porta junto com Naruto, fechando-a em seguida.

 

 

                                                                         ***

 

A porta estava entreaberta naquele momento. Hanabi a atravessou, adentrando no quarto da irmã mais velha. Encontrou Hinata no fundo, próxima à janela. Estava sentada sobre uma cadeira, costurando algo similar a um cachecol vermelho.

— Nee-sama! — chamou Hanabi eufórica. — Nee-sama! Eu consegui! Eu consegui!

Hinata se virou para trás, Hanabi ostentava um largo sorriso nos lábios finos. Na mão direita um diploma, na esquerda um colete da Folha.

— Parabéns! — Hinata lhe deu um meigo sorriso. — Agora você é uma Chunnin, Hanabi-neesan.

— É isso aí! Agora eu tenho o colete legal também! Se bem que não vou usá-lo por aí. Você não faz isso, Hinata-neesama, por que eu faria?

Hinata ficou um pouco desconcertada; Hanabi via nela um exemplo.

— A-ah, tudo bem.

— E o Sarutobi também conseguiu — continuou Hanabi. — Só espero que aquele Oiroke no Jutsu não tenha influenciado a decisão da Hokage-sama.

— Tenho certeza que não, acalme-se. — Hinata abaixou os olhos de volta para a costura.

— Isso é para ele, Nee-sama? — Hanabi indicava o cachecol semipronto. — Para o Naruto, quero dizer.

— S-sim, é. Está ficando bonito, Hanabi-neesan?

— Claro! O Naruto vai adorar! E... falando no Naruto, eu o encontrei hoje cedo. Ele parecia meio tenso. — Hinata reergueu os olhos para Hanabi.

— O que disse Hanabi-neesan? Por quê?

— Acho que ele foi convocado para uma missão urgente. Ele e o Sasuke Uchiha estavam juntos, às pressas. E também tinha um pessoal da Nuvem aqui — resumiu Hanabi.

— O que será que aconteceu? — Hinata estranhou a situação. — Papai me informaria com antecedência se algum encontro diplomático acontecesse na vila.

— Bem estranho, não acha? — Hanabi se deitou na cama da irmã.

— È... muito estranho mesmo.

Os pensamentos de Hinata estavam distantes, o olhar na janela, as mãos haviam parado de costurar. Por que ela acabara de ter um mau pressentimento?

 

 

                                                                              ***

 

 

Estava reunido no portão o time da Nuvem: Omoi, Karui e Samui. Tsunade, Ay e Shizune também estavam presentes. Presentes os membros do Time Sete: Sai, desta vez sem a roupagem da ANBU, usava as tradicionais roupas pretas, a camisa de mangas longas, e portava, também, um grande pergaminho nas costas; Sakura, que fora avisada cedo que também faria parte do time, conferia no estojo todos os itens de primeiros socorros; Sasuke, que contemplava os céus, enquanto aguardava o último integrante do time.

— Ele está demorando. — Fungou o Raikage.

— O Naruto já está vindo, tenha calma — retorquiu Tsunade.

E de fato ela estava certa. Naruto surgiu do nada no local de encontro. As sandálias fechadas de cor preta, a calça laranja, o estojo de shuriken acoplado à perna direita, o de acessórios à parte posterior da calça, a camisa negra de mangas longas, uma braçadeira com o símbolo dos Uzumaki no braço esquerdo, o cachecol azulado no pescoço, o protetor ninja apertado na testa, o rosto sério e determinado.

— Vamos lá — ele falou ao chegar. — Estamos atrasados.

Samui, a capitã do time, pareceu satisfeita, apesar de não ter demonstrado mudança comportamental. Ela se dirigiu à Tsunade e Ay, curvando-se para eles.

— Estamos partindo, Hokage-sama, Raikage-sama.

— Vá, Samui. Deixo essa missão nas suas competentes mãos — falou Tsunade.

— Samui, traga meu irmão de volta — ordenou Ay. — E se encontrar aquele Yuurei maldito, diga que eu mesmo irei matá-lo.

— Como desejar, Raikage-sama. — A capitão deu as costas para os dois Kages, dirigindo-se naquele momento para seus comandados. — Muito bem, vamos!

Todos os sete ninjas se dispersaram rumo ao Norte velozes. Restavam-lhes um pouco menos de quarenta e oito horas até o fim determinado pelos fantasmas. Correndo à máxima velocidade, Naruto meditou:

“Aguente firme, tio Bee! Vou salvá-lo desses desgraçados, e vou acabar com todos eles! Eu prometo!”


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Notas finais do capítulo

De boas aqui, só aguardando as vossas teorias conspiratórias para debatermos em paz.

MENTIRA! NÃO VOU DAR SPOILER (se bem que eu adoro saber o que vocês acham que vai acontecer, o que pensam e tal)!

O choque se aproxima. O tempo está passando. Conseguirão os ninjas da Folha e da Nuvem chegar a tempo de salvar Bee? Conseguirão encontrá-lo antes do prazo terminar? E o mais importante: conseguirão sobrepujar os temíveis Yuurei?

Próximo capítulo: Mira

Sim, jovens, um capítulo com o nome da querida e misteriosa vice-líder. Eu estava em dúvidas quanto ao nome do capítulo, mas no fim optei por esse mesmo, uma vez que ela (Mira) fará algo surpreendente no capítulo seguinte.

É isso, people!

Até o próximo capítulo o/