O Herói do Mundo Ninja escrita por Dracule Mihawk


Capítulo 49
Inferno


Notas iniciais do capítulo

AVISO: este capítulo conterá cenas de tortura e AVP. Caso tal temática te escandalize, caro leitor, recomendo que não o leia. Caso isso seja irrelevante e/ou inofensivo à sua moral, chega mais hahaha!

Obs.: Prevejo que muitas pessoas vão me odiar, colocar meu nome na boca do sapo, fazer uns trabalhos pra mim, me chamar de torcedor do Borussia Dortmund, enfim, só vão desejar ou fazer coisas ruins contra minha pessoa. Não tem problema, pois o que podia acontecer de pior já aconteceu: Dilma foi reeleita.

Como o número de leitores deste capítulo, na minha concepção de mundo, será menor em relação aos demais, economizarei palavras nas notas iniciais e finais, respectivamente.

Não me odeiem, eu os amo! Até as notas finais o/



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O fedor daquele enorme porão era repugnante. Não havia nenhuma fresta para a passagem da luz solar. Ela estava atordoada. Sua visão estava turva. Ela levou as mãos à cabeça e logo percebeu que não usava seus óculos.

— O-Onde eu estou? — Murmurou — Q-Que lugar é esse?

Seu corpo doía demais. Karin levou uma das mãos ao coração e constatou que fora ferida ali. Pouco a pouco ela também percebera que, de alguma forma, tinha sido perfurada nas pernas. Perfurada por agulhas ninjas, as senbon. As lembranças lhe eram vagas. A mente da ruiva estava confusa.

— Não me lembro de ter vindo parar aqui... Tudo o que me lembro é d...

Em um turbilhão repentino, as memórias de Karin Uzumaki vieram à tona. Lembrava-se de estar conversando com Suigetsu, de se encontrar com Izumo e Kotetsu, de conversar com eles e descobrir que os mesmos já estavam mortos, seus corpos estavam sendo possuídos pelos Oukami. Lembrava-se de salvar Suigetsu de um usuário do Reika no Jutsu. Lembrava-se de ser atacada impiedosamente por uma mulher chamada Mera Kujiro, de ver Suigetsu tombar em batalha diante dos dois lobos, de lutar com todas as forças que lhe restavam para não ser capturada e, finalmente, ser espetada no coração. Não se lembrava de nada mais após isso.

— Então foi isso... Eu, no fim das contas, fui capturada... Droga... — Por meio de suspiros e gemidos de dor, Karin falava — Eu preciso sair daqui.

Tentou caminhar, falhando e caindo violentamente no chão logo em seguida. Correntes lhe prendiam os pés, impedindo que ela caminhasse livremente.

— Droga. Pareço um animal aprisionado. — Karin bufou — Certo, só preciso quebrar essas correntes e...

Karin parou de falar e se mover ao perceber que alguém a observava. A garota ergueu os olhos para as escadas que levavam aos demais cômodos da mansão. Ali, parado a observando, sozinho com ela, estava um homem adulto de cabelos longos, loiros e bagunçados. Um homem que Karin, em uma enorme infelicidade, conhecera. O Oukami Raiga Takame.

— Ora, parece que a ruivinha gostosa acordou. — A forma como Raiga sorria e olhava para Karin deixava-a assustada — Então, você gosta da sensação de ser presa por correntes? Porque eu odeio! — Raiga fazia menção ao ataque à Karin e Suigetsu, quando a Uzumaki foi capaz de prender o Oukami com o Chakra Kusari Shouheki no Jutsu (Técnica da Barreira de Correntes de Chakra).

— O-O que está fazendo aqui? — Perguntou Karin ao ver Raiga se aproximar.

— Eu vim cuidar de você, ruivinha. Como eu sempre quis fazer... — Raiga sorriu pervertidamente para a garota. Karin, por instinto, tentou usar seu Chakra Kusari no Jutsu (Técnica das Correntes de Chakra) para se defender, mas nada havia acontecido. Karin estava desesperada e completamente indefesa diante de Raiga.

— Nós te drogamos, ruivinha, para que você não usasse chakra. Não importa o quanto tente, resistir é inútil. — Raiga riu — Você está indefesa... Somos apenas você e eu.

Karin não tinha uma boa impressão do que poderia acontecer logo em seguida. Raiga se aproximava cada vez mais dela, sorrindo maliciosamente. Ela, assustada, recuava até que sentiu as costas tocarem em uma parede. Estava na pior situação possível.

— Como uma gatinha encurralada diante do lobo devorador... Eu fico extasiado. Ver a priminha daquele Naruto Uzumaki tão vulnerável, tão indefesa, diante de mim... — Raiga gargalhou.

— D-Do que você está falando? Eu não sou prima daquele Jinchuu...

Karin foi interrompida com um soco forte em seu rosto; forte o bastante para derrubá-la de imediato no chão frio. Raiga era muito mais forte fisicamente que Karin. O rosto da garota já estava marcado, tamanha a força do golpe. Raiga ria. Karin se encolhia no chão, assustada.

— Eu tô cagando se você e ele são primos ou não, sua vadia! O que importa é que ele venha te resgatar. É isso que estamos esperando. Você é a isca, mas o alvo é ele. Sempre foi.

— P-Por que... Por que acha que ele viria atrás de mim? — Karin perguntou confusa. Ela havia repudiado o loiro várias vezes, consequentemente não haveria razão para Naruto querer salvá-la. Karin se via sem esperança alguma. Naruto não viria resgatá-la.

— V-Vo-Vocês... não vão conseguir nada comigo... Ele não virá... — Continuou Karin.

— Você não conhece aquele garoto, ruivinha. Nós estudamos por muito tempo Naruto Uzumaki. Ele é bonzinho! — Raiga interrompeu Karin — Por exemplo, eu aposto que ele vai urrar de ódio quando descobrir o que eu vou fazer com você.

Raiga não se segurou e chutou o rosto de Karin. O nariz da garota sangrava, os olhos de Karin lacrimejavam, o corpo tremia sob a tensão da tortura. Raiga caminhou vagarosamente até a ruiva caída no chão e, puxando-a pelos cabelos com brutalidade, levantou Karin e a fez encará-lo. Raiga sorria como um demônio.

— Tire as roupas. — Ordenou Raiga.

— O-O q...

O Oukami enlouquecido socou a garota na boca do estômago. Karin desabou sem ar no chão. Raiga a levantou novamente, puxando-a pelos cabelos.

— Tire as roupas, ruivinha. — Ordenou pela segunda vez — Vamos brincar mais um pouco.

A visão de Karin estava turva, o corpo estava mais trêmulo do que nunca, o nariz sangrava incessantemente, os olhos vermelhos já não eram capazes de conter as lágrimas. Karin respirou fundo, tomou coragem e fez o que poucas pessoas fariam caso estivessem em igual situação: ela cuspiu no rosto de Raiga.

— N-Não vou... tirar... minhas roupas... para você... Seu maldito! — Disse Karin, em meio a suspiros.

A mão de Raiga foi até a face, limpando a cuspida. A ira de Raiga atingiu o ápice. Raiga tapeou o rosto de Karin com a mão direita enquanto a esquerda lhe espremia o pescoço, sufocando-a. Karin se debatia, indefesa. Raiga, com força, lançou a garota contra o chão. A crueldade do Oukami excedia os limites.

Raiga se agachou sobre a Karin. A cintura da garota se encaixava entre as pernas do homem.

— Tudo bem! Vai ser bem mais excitante tirar as suas roupas eu mesmo... Ruivinha.

Raiga tentava beijar Karin à força. A garota fugia com o rosto constantemente, evitando qualquer contato labial. Para a mente perversa e pútrida de Raiga Takame, aquele comportamento apenas deixava as coisas mais deliciosas.

As pesadas mãos do homem apalpavam os seios da garota com força e de modo grotesco, como se desejasse devorá-la. Finalmente a blusa lilás da garota fora rasgada pelo homem. Raiga não esperou e rasgou também as demais roupas superiores de Karin, expondo-lhe os seios nus. Karin se via em um verdadeiro inferno de desgosto e vergonha.

— Mas que merda é essa? — Com nojo nas palavras, Raiga olhava para as marcas de mordidas nos braços e pescoço da garota, que estavam escondidas sob a blusa de mangas longas. Eram souvenires desagradáveis que Karin Uzumaki estava fadada a carregar em virtude de sua habilidade de cura, as marcas no corpo.

— Você é uma vadia imunda, ruivinha gostosa! Tô vendo que um monte de gente já te mordeu. — Raiga continuou.

Com as mãos, rasgou completamente as demais vestimentas de Karin, deixando-a completamente nua. Em seguida, o homem se deitou sobre o corpo da garota. Karin, desesperada, amedrontada, assustada, tentava inutilmente afastar o corpo de Raiga do dela, mas não obtinha sucesso. Raiga era muito mais pesado do que ela. O homem perverso esfregava o próprio corpo sobre o da jovem. Os lábios rachados e secos de Raiga premiam e beijavam de modo asqueroso e nojento o pescoço de Karin. A mão direita explorava animalescamente o corpo da ruiva enquanto a esquerda empunhava uma faca contra Karin; caso ela gritasse ou fizesse qualquer coisa da qual Raiga não gostasse, seria torturada vagarosamente.

Para Karin, nada mais importava. Enojava-se de si mesma e daquela situação que vivenciava. Aquilo era insuportável, era triste demais, era doloroso demais. Ser usada daquele jeito tão vulgar e impiedoso. Ela queria acordar e constatar que tudo não passava de um pesadelo horrendo, mas isso não aconteceria. Aquele momento era real, muito real. Odiava a si mesma, odiava o mundo. Queria gritar, pedir socorro, ser abraçada por alguém amigo, se sentir protegida, não humilhada. Sem a menor sombra de dúvidas, aquilo que vivia era pior que a morte. Ela ameaçou gritar, mas a mão pesada de Raiga Takame lhe cerrou a boca. O homem sussurrava no ouvido da garota.

— Ruivinha, eu falei para ficar quietinha, não falei? — Enquanto Raiga sussurrava, a faca na mão esquerda do mesmo vagarosa e agonizantemente cortava a coxa direita da garota. Karin se debatia em dores, mas nada podia fazer. As lágrimas escorriam copiosamente nos olhos avermelhados como sangue.

Raiga gargalhava quase satisfeito com o que via e fazia. Para o loiro, uma coisa faltava concluir o ato maligno. Era a hora de forçar Karin ao extremo.

— Eu realmente ganhei o dia... Você é deliciosa, ruivinha. — Raiga levava as mãos até o cinto que lhe prendia as calças, desatando-o vagarosamente — Não se preocupe, não vai doer nada... Palavra do titio Raiga, está bem? — Disse, irônico.

Karin estava aterrorizada. Ela se arrastava pelo chão, tentando se afastar, mas as correntes que lhe prendiam pelos pés a impediam. Raiga se divertia com a cena enquanto caminhava lentamente na direção de Karin.

— Priminha do Naruto... Ruivinha... — Dizia.

Raiga estava prestes a se deitar sobre o corpo de Karin novamente para violá-la e consumar o ato cruel quando uma voz soou atrás do Oukami.

— O que está fazendo, Raiga? — Perguntou a alarmada voz feminina. Raiga arregalou os olhos, assustado.

— M-Mas que merda você está fazendo aqui, Mera? — Raiga perguntou já recuperado do susto — Quer me matar do coração? Eu pensei que fosse a Beni! Saia daqui! Eu estou ocupado!

— Idiota! Não percebe o que está fazendo? — O tom de voz de Mera Kujiro era de advertência.

— Estou apenas me divertindo, Mera. — Raiga disse, contrariado.

— Você é um tolo sem cérebro, seu bastardo! A Beni foi bem clara com você, não foi?

— Sim, ela foi. Ela disse: “Se eu descobrir...”, ou seja, caso ela não saiba o que aconteceu aqui, estou salvo. — Raiga relaxou os ombros. Mera balançou a cabeça.

— Seria lamentável se ela soubesse, não é mesmo? — Mera ameaçou com palavras.

— Ei, Mera! — A feição de Raiga mudou de indiferente para assustado — Você não vai contar para a Beni, vai? Quer dizer, eu só me diverti um pouco! A gente vai matar essa garota mesmo, então eu...

— Levante a sua calça! Eu não quero ver essa sua bunda horrorosa, seu tarado ridículo!

Raiga foi obrigado a obedecer. A partir daquele momento estava à mercê de Mera. Se errasse com ela em apenas um momento sequer, ela relataria para Beni Makagawa o crime de Raiga. Beni, que era vazia de sentimentos, de misericórdias, o desintegraria em questão de segundos depois. Ele se amaldiçoava. Se não tivesse desobedecido Beni, ou se simplesmente Mera não aparecesse, não estaria naquela situação crítica. O loiro caminhou até Karin. As roupas dela tinham sido vorazmente rasgadas pelo Oukami; era impossível repará-las. O homem suspirou, amedrontado. Seu anseio incontrolável e insaciável de abusar de Karin Uzumaki poderia gerar sérias consequências caso Beni resolvesse descer até ao porão.

— E-Ei, Mera... Você, por um acaso, não teria algumas roupas para dar a essa garota? Eu acabei rasgando as dela e... — Raiga foi interrompido por uma gargalhada irônica de Mera.

— Raiga, Raiga, Raiga, Raiga. — O sorriso de Mera era sarcástico — Você está em péssimos lençóis! Tudo porque quis fazer o que não prestava.

— Eu não fiz nada, viu? Você chegou antes que eu fizesse alguma coisa! Eu passei mais tempo batendo nessa ruiva do que me divertindo com ela! Eu não estuprei essa garota! Você chegou antes! Você viu! — Desesperado, Raiga tentava se justificar.

— Diga isso para a Beni. Talvez ela tenha misericórdia. Ah, me esqueci! — Mera sorriu diabolicamente — É da Beni que estamos falando! Sabe como ela é, não sabe?

— Mera... A Beni vai me matar! Por favor...

— E o que isso importa para mim? Você buscou isso.

Raiga não sabia o que fazer. O medo que Beni significava para ele era incomensurável. Preferia morrer nas mãos de qualquer um, menos nas mãos de Beni Makagawa. Mera riu do companheiro e do desespero do mesmo.

— Suma daqui, Raiga. Volte lá para cima. — Ordenou Mera.

— M-Mas... A garota está sem rou...

— Suma agora. — Mera, em tom de advertência, falou — Volte lá para cima antes que a minha compaixão acabe, tarado de merda.

Sem pensar duas vezes, Raiga subiu as escadas, deixando, consequentemente, o porão. Mera, antes de também deixar o porão, olhou para Karin, que tremia e encolhia o corpo nu.

“Seu priminho vai ficar com muita raiva de nós, Karin Uzumaki.” — Mera sorriu malignamente enquanto contemplava a situação da Uzumaki.

Mera deixou o porão. Agora, ali no chão frio, sujo, solitário e melancólico estava Karin apenas. As lágrimas escorriam incessantes, mas, desta vez, silenciosas; marcavam o belo rosto da Uzumaki. O nariz e a boca estavam sujos de sangue, assim como a ferida em sua perna. No entanto, nada era comparável a horrenda e amarga sensação que a dominava naquele instante. Apesar de não ter sido violada, ela ainda tremia de pavor. Não pensava em mais nada, não sentia mais nada além de tristeza, medo e frio, muito frio. Este último não se tratava de ausência de calor. O frio que tomava Karin se tratava do frio da alma, do coração rasgado. Ela acreditava que jamais se veria livre de tamanha angústia. As palavras dos Oukami foram claras: ela iria morrer. Karin não acreditava que alguém, miraculosamente, a salvasse. Aquilo era um sonho egoísta e distante. Não imaginava ninguém na Folha que pudesse ou, no mínimo, quisesse salvá-la. Nenhum Jounin, nem Sasuke, nem Naruto, ninguém. Via-se sem esperança, mas, ainda às lágrimas, disse em sua solidão:

— A-Alguém... P-Por f-favor... m-me a-ajude...


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Notas finais do capítulo

Depois deste capítulo, Victor vai... morreu! Simples assim!

Desculpem-me, foi necessário fazer isso. Perdão. Não me odeiem; darei um prêmio a vocês ainda nesta saga para balancear com este capítulo.

Próximo capítulo: A Dama que personifica a morte.

OK, sinto que muita gente quer ver o Raiga morto da pior forma possível e mais um pouco. Além disso, acho que, sem querer (tá, um pouco propositalmente), eu criei um fã-clube da Beni.

Vamos cantar pro Raiga:

"Uh! Vai morrer! Uh! Vai morrer! Uh! Vai morrer! Uh! Vai morrer..."

Ou ainda:

"A Beni vai te pegar! A Beni vai te pegar! A Beni vai te pegar..." (quem gosta de gritos de torcida, sabe que música é essa, principalmente a galera do Fluminense; Fred que o diga)

PS: não torço para o Fluminense, sou Mengão do coração aqui no Brasil.

Espero que goste do próximo capítulo, as coisas vão se atritar ainda mais a partir dele.

#ABenivaitepegar

PS: não entendam estas declarações anteriores como Spoiler; só estou aderindo ao fã-clube da Beni, uma vez que ela é minha Oukami preferida. Não necessariamente ela matará o Raiga. Pode acontecer ou não. Isso só depende da minha pessoa hahaha.

Até o próximo capítulo, pessoal o/



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