Clumsy escrita por Rayssa


Capítulo 1
Flawless


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem!!! É em homenagem a uma garota que eu conheci, que tem, basicamente, a mesma visão que eu, sobre esse casal sz



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/504275/chapter/1

Por que eu nunca conseguia me concentrar na frente dela? Era uma resposta muito simples, Lily era a garota mais linda de toda Hogwarts. Alta e de cabelos ruivos enormes, sem falar de seus olhos castanhos totalmente viciantes e de sua personalidade incrível, extremamente carismática e...

- Hugo! – ouvi a voz de minha prima, e arregalei os olhos. – Você está fazendo de novo. – ela sussurrou e eu a encarei com o cenho franzido.

- O que... ? – Lucy revirou os olhos.

- Encarando a cabeça da Lily e babando. – senti meu rosto ficar vermelho, droga, até mesmo ela percebeu, isso estava ficando cada vez mais constrangedor.

- Droga. – todos os olhares se voltaram para mim, eu havia falado alto demais.

- Algum problema Sr. Weasley? – o professor Longbottom perguntou, com as sobrancelhas franzidas.

- Nenhum senhor. – disse rapidamente, e pela visão periférica, notei Lily olhando-me com um sorriso gentil.

- Então não terá problema nenhum em me responder... ? – Lily piscou para mim, com um sorriso divertido no rosto, e isso me desconcertou, fazendo com que eu não ouvisse o que o professor falou.

- O que? – a sala caiu na gargalhada, Lucy bateu na própria testa e Lily negou com a cabeça.

- Como se abre um Aracuposo? – a pior parte era saber a resposta, mas, por causa de uma ruiva, que estava sentada duas cadeiras a frente, me olhando, eu não conseguia formular uma resposta coerente.

- É... – fechei os olhos, tentando lembrar, e quando abaixei o rosto, estava escrito “Espetar com algo afiado.” – É preciso espetar com algo afiado. – o professor levantou as sobrancelhas e sorriu.

- Muito bem. 5 pontos para a grifinória. – ele disse antes de voltar a falar, e percebi um olhar cumplice de Lucy e Lily. Quando franzi o cenho, Lily apontou para o papel e fez sinal de silêncio. Minhas primas, sempre me salvando.

...

- Ah, quer ajuda com esse livros Annie? – perguntei com um sorriso no rosto, mas ela negou.

- Por Merlin Hugo, você acha que eu sou maluca? – brincou a garota. – Você é o garoto mais atrapalhado que eu já vi. – revirei os olhos, era verdade.

- Droga. – disse em tom de brincadeira.

- Mas é um atrapalho legal. – ela disse, dando-me um cotovelada leve.

- Obrigado. – foi então que eu a vi, ela virava o corredor, conversando com Lucy – sua melhor amiga –, e foi por isso que eu, mais uma vez, perdi toda a noção do que estava fazendo, e tropecei em meu próprio pé, indo de cara no chão. Boa Hugo, você, com certeza, vai impressionar a garota desse jeito.

- Pelas barbas de Merlin, o que há com você? – ouvi a voz de Annie ao meu lado, e gargalhei, levantando-me, quatro mãos vieram me ajudar.

- Eu tropecei... – dei de ombros, e notei que eram minhas primas que me ajudavam. – Obrigado garotas. – sorri, abraçando-as, e, obviamente, tremendo por Lily está tão perto de mim.

- Você está bem? – Lily perguntou, parecia assustada, e meu coração parecia que iria sair pela boca.

- E-estou. – ela franziu o cenho e era como se estivesse só eu e ela ali.

- Certeza... – ela tocou uma delicada mão em minha testa. – Você caiu feio, bateu a cabeça e tudo mais. – com seu rosto tão próximo do meu, eu já estava quase desmaiando. – Quer que eu te leve na enfermaria? – e então, uma risada alta me tirou de meu torpo.

- Ele está bem, mas acho que você deveria dar uma volta com ele, pra certificar. – Lucy disse com um sorriso malicioso no rosto. Eu tive uma grande vontade de azara-la por isso, entretanto, me contive.

Antes que eu pudesse pensar sobre isso, Lily estava puxando a minha mão e me carregando dali. A mão de Lily sobre a minha, fez o meu coração acelerar. Por que, de todas as garotas, eu tinha que me apaixonar logo por ela? Ela era a garota dos meus sonhos desde sempre, quando nós éramos pequenos, prometemos que nunca abandonaríamos um ao outro, e, ela cumpria com sua promessa, assim como eu. Contudo, depois que Lily cresceu, se tornou 1,73cm de pura perfeição, na minha opinião, e isso fazia com que o meu jeito atrapalhado ficasse cada vez pior.

- Se você continuar nessa rapidez, eu vou cair de novo. – ela parou imediatamente, e começou a rir.

- Desculpe... – quando ela soltou minha mão, suspirei pesadamente, colocando-a dentro dos meus bolsos. – Você não sabe o que me aconteceu. – ela parecia mais animada do que o de costume.

- O que? – perguntei curioso, sentindo meu coração aquecer ao vê-la sorrir daquele jeito.

- O Louis me chamou para sair... – seus lábios abriram um sorriso sapeca, entretanto, apesar de vê-la sorri daquele jeito, tão meigo e perfeito, meu coração gelou.

- Ele é nossa primo. – o sorriso dela se fechou rapidamente e se tornou um semblante triste.

- Eu sei, eu não aceitei. – ela mordeu o lábio, eu sabia que isso significava nervosismo, e passou as mãos pelos cabelos, jogando-os para o lado esquerdo, deixando seu lindo e alvo pescoço a mostra. – É o Louis, eu nunca sairia com o Louis, só que, foi esquisito e engraçado. – ela suspirou. – Eu não sinto nada por ele, não que essa coisa de primos faça alguma diferença Hugo, tem a Nique e Jay que estão juntos e... – cruzou os braços, contrariada. – Esquece. – percebendo que eu havia a deixado chateada.

- Continue... – ela negou com a cabeça.

Então, decidi fazer a coisa mais sensata no momento. Cocegas. Lily começou a se contorcer de tanto rir e tentar escapar de qualquer forma. Tentando pronunciar alguma coisa coerente, mas ela não conseguia. Foi só eu dar bobeira, por um segundo, que ela fugiu, correndo o mais rápido que podia pelo corredor. E eu? Corri atrás dela, obviamente.

- NUNCA VAI CONSEGUIR ESCA... – não terminei a frase, porque ela escorregou no chão e caiu de bunda no chão. Eu corri mais rápido ainda, atrás dela e escorreguei em um tipo de poça d’agua, e cai de bunda ao seu lado.

Nós encaramos e caímos na gargalhada.

- Oh Merlin, caímos sobre a mesma poça, qual sentido isso terá? – franzi o nariz.

- Professora Trelawney, com certeza, sabe. – dei de ombros enquanto levantávamos. – Quer que eu pergunte? – estirei a mão para que ela segurasse, e ela o fez.

- Acha que seria uma boa ideia? – perguntou, já de pé.

- Não, porque pode ser uma coisa ruim. – se eu não fosse tão alto, Lily teria quase a minha altura, mas ela ainda era mais de 10cm menor, o que era engraçado.

- Pode ser uma coisa boa também. – revirei os olhos, e ela passou o braço ao redor do meu braço. – Pode ser qualquer coisa. – senti minha bochechas queimarem por estarmos de braços dados.

- É, pode. – abaixei a cabeça.

- O que foi? – neguei.

- Nada de importante. – virei-me para ela, e sorri torto.

- Você é o cara mais fofo de toda a escola, sabia disso? – seu sorriso era lindo, como sempre, mais uma vez, minhas bochecharam tomaram cor.

- Obrigado, eu acho. – ela ficou na ponta dos pés e beijou bocheca.

- É um elogio. – depois alisou meu rosto com aquela delicada mão. – Bem, você parece estar bem.

- Eu estou mesmo. – assenti, e ela sorriu.

- Te vejo por ai.

...

Eu estava preocupado. Nunca vira um jogo tão agressivo entre a grifinória e a sonserina, eles estavam pegando pesado e muitos balaços passavam de raspão pela cabeça de Lily Potter. E toda maldita vez que isso acontecia, eu prendia a respiração. Senti uma pressão sobre os meus dedos, uma mão a segurava, e quando virei, era mão de Lucy, e ela me olhava horrorizada. Lucy odiava quadribol, todos sabíamos disso, só assistia por causa de Lily.

- O que foi? – a menina tremia.

- Eu não quero assistir ao assassinato de minha melhor amiga. – sorri torto. Ela era uma das garotas mais dramáticas que conheci.

- Vem cá. – coloquei meu braço em seus ombros, e a puxei para perto. – Ela não vai morrer. – prometi.

Quando voltei a olhar para o jogo, Lily parecia um furacão, indo a uma velocidade fora do comum, até chegar perto o bastante para lançar a goles que estava em suas mãos. Lançou e acertou. Isso se repetiu várias vezes, até que todos os batedores começaram a focar sempre a ruiva. Cada vez que Lily desviava de uma balanço, Lucy suspirava e apertava com força a minha mão.

O jogo demorou a acabar, a grifinória estava com uma vantagem de 100 pontos, o que era humilhante para a sonserina, quando Lisa Thompson – a apanhadora da grifinória – conseguiu agarrar o pomo de ouro.

Todos pulamos animadamente, incluindo Lucy, que parecia mais aliviada do que feliz.

...

- EU NUNCA MAIS ASSISTO A UM JOGO DE QUADRIBOL! – disse enquanto cruzava os braços, irritada.

- Não precisa exagerar... – revirou os olhos.

- Não estou exagerando. – ela pisava fundo. – A LILY QUASE MORREU! – dessa vez foi eu que revirei os olhos.

- Eu também fiquei preocupado, mas ela não iria morrer... – foi quando Lily apareceu, estava com a cara amarrada e os braços cruzados.

- NUNCA MAIS ENLOQUEÇA DESSE JEI... – Lucy não terminou de dar o seu sermão, pois a ruiva a interrompeu.

- Quando iam me contar? – nós dois nos encaramos, sem entender nada.

- Contar o que? – perguntei, enquanto colocava as mãos nos bolsos.

- Sobre vocês dois. – eu não entendi o que ela queria dizer, até a garota ao meu lado começar a gargalhar.

- Espera, eu e a Lucy? – a ruiva assentiu e eu tive que respirar fundo para não rir. – Eu e a Lucy não temos nada. – franzi o cenho. Lily com certeza havia surtado. – Ela é a Lucy! – a menina ao meu lado, já havia caído no chão de tanto rir, eu quase me senti ofendido.

- Oh, não me venha com essa. – mordeu o lábio. Nervosismo. – Agora faz sentido, eu sei que você não se importa com primos ficando juntos, mas, você disse aquilo sobre eu e o Louis, porque queria acobertar você e a Lucy! – exclamou tão rápido, que eu quase não entendi o que disse.

- Merlin, Lily. – dei um tapa na minha própria cabeça. – Eu e ela... – apontei para a menina que se desmanchava em gargalhadas no chão. – não somos um casal. – ela revirou os olhos.

- Pensei que confiavam em mim, os dois! – comprimiu os ombros, em sinal de tristeza. Lucy parara de chorar de rir, e encarava a melhor amiga, perplexa.

- Qual é Lils? – disse ficando de pé. – Você realmente acha que eu tenho algo com o Hugo? Uou, pensei que fossemos melhores amigas. Ele é a pessoa mais atrapalhada, tímida e fofa que eu conheço. – revirou os olhos. – Não faz meu tipo. – foi nesse momento que Lily baixou a guarda, seus olhos estavam lacrimejando.

- Mas eu me apaixonei por ele. – sussurrou. Quando percebeu o que disse, colocou a mão sobre a boca assusta... ESPERA AI! ELA DISSE QUE SE APAIXONOU POR MIM? Arregalei os olhos, tentando processar tudo aquilo.

- Eu sei. – Lucy tocou o ombro dela. – Mas você tem que contar isso para ele. – após dizer isso, saiu de lá, deixando eu e Lily a sós no corredor. A menina a minha frente, ruborizada, e eu, paralisado, ficamos em um silêncio constrangedor, até que eu comecei a falar.

- Vo-você me ama? – perguntei assustado, ela simplesmente assentiu. – Co-como uma ga-garota como você se apaixonou por um garoto como eu? – franzi o cenho, tentando entender o que estava acontecendo. Nunca, em nenhum dos meus sonhos mais delirantes, Lily me amava de volta. – Eu sou atrapalhado, bobo, esquecido e que não tem nada de especial. Não é normal que alguém se apaixone por mim. – tagarelei. – Principalmente alguém linda, divertida, decidida, esperta, corajosa, carismática e encantadora como você. – a menina piscava várias vezes, como se estivesse tentando processar algo. – É normal eu ser apaixonado por você, todo mundo já sabe disso, e todo mundo entende isso. Mas você se apaixonar por mim é um... – eu nunca terminei aquela frase, pois Lily Potter pulou em cima de mim, beijando-me. E como eu tenho um grande equilíbrio, nós dois caímos no chão.

- Oh! Você está bem? Bateu a cabeça? – ela estava com os olhos arregalados, e o cabelo caindo sobre o seu rosto realçava a sua beleza. – Se machucou de alguma forma? Ai, eu não devi... – eu a beijei, colocando meu braços em sua cintura e apertando contra mim. Uma descrição para aquilo? Perfeito. Sincronia perfeita. Encaixe perfeito. Gosto perfeito. Tudo era perfeito.

- Eu te amo. – ela sussurrou quando se afastava do beijo.

- Oh Merlin... – apertei-a contra mim. – Você não faz ideia de como é bom ouvir isso. – beijei sua cabeça, antes de sussurrar. - Eu te amo Lily.

E foi assim que ficamos juntos. Claro que isso foi só o começo, tivemos que contar para nossos pais e nossos irmãos. Mamãe foi a única que nos parabenizou e apoiou desde o início. Papai ficou inconsolável, tentando entender o que fizera de errado para que sua garotinha namorasse um Malfoy e seu filhote namorasse uma prima. Tio Harry, além de ficar morrendo de ciúmes de sua garotinha, foi perguntar ao Albus qual era a prima que ele estava interessado. Já que James estava com a Dominique, e Lily comigo. Ele perturbou Albus por um mês, dizendo que se fosse a Rose, ele iria entender, mesmo ela sendo comprometida. A tia Ginny nos chamou para conversar sobre sexo, e foi algo perturbadoramente constrangedor. A Rose chorou como um bebê – apesar de ficar feliz conosco, estava triste por perder o irmãozinho dela. James tentou me bater, mas foi impedido por Albus que disse “NÃO JAMES! Apanhar não é um castigo bom o suficiente, temos que pensar em algo grande.” Por fim, acabaram esquecendo e aceitando. Teddy desmaiou e fez um milhão de ameaças, na verdade, ainda faz, até hoje, sempre que me vê. Lucy gargalhou e ficou horas dizendo que nós dois éramos cegos, que era óbvio, em outras palavras, ela ficou radiante por ter causado tudo isso. Louis passou dois meses sem olhar na minha cara. Mas, a melhor parte foi Victorie, que fez todos os primos usarem uma camiseta com “TEAM HULY" escrito, quando fomos contar do nosso relacionamento para vovó e vovô. Muitos deles não tiveram opção, já que a loira colou a camisa em seus corpos com um feitiço que só ela e Dominique sabiam desfazer, já que fora exatamente Dominique quem o criou.

Eu e a Lily?

Bem, casamos, tivemos filhos e vivemos... Como é mesmo que diz naqueles livros trouxas que ela costuma ler?

Ah, é mesmo.

Vivemos felizes para sempre.

P.S. da Lily P. Weasley: Vivemos felizes para sempre, até Juliet – nossa filha mais velha – arrumar o primeiro namorado. Porque um certo ruivo achava que ela era nova demais para isso. Homens, nunca os entenderemos.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E ai, gostaram? sz