A Herdeira dos Black escrita por Akanny Reedus


Capítulo 17
Inesperados




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“Susana Black”

“... filha de Sirius Black?”

“Susana Black”

“... filha...”

Havia perdido totalmente a noção mesmo suspeitando que quem perdeu a noção do que dizia era os adultos, era a professora Minerva por dizer um absurdo daqueles! Eu não sou… não posso ser filha, compartilhar o mesmo sangue que um assassino, um homem daqueles! Todos esses anos considerei a existência do meu pai, nula. Por mais que meu padrinho nunca tenha oficializado se o meu progenitor estava vivo ou morto. Agora me vem essa dele não só estar vivo como ser nada mais que o foragido Sirius Black. 

Pouco me importei com as outras pessoas no meu caminho, empurrava mesmo e dane-se! Sentia meu rosto gelado, junto com a respiração ofegante por conta do frio, nem coloquei vesti direito meu casaco e nem nada, só fui praticamente correndo até Hogwarts perdendo a total noção do tempo congelante e da distância. Só descobri o resultado dessas loucuras quando parei em frente a porta da única pessoa que poderia me dar respostas.

Não foi uma batidinha, mas foram vários fortes e chamando o seu nome. 

— Remus! REMUS! — insistia nas batidas. Foi quando parei que ouvi o trinco da porta abrindo com pressa e por fim sendo aberta. 

— Susana?! Mas o que aconteceu? — ele me perguntou desesperado. — Pelo amor está toda… Susana. 

Não o deixei continuar, apenas passei com tudo por baixo dos braços e pelas frestas da porta.

— O que aconteceu? — Remus me questionou mais uma vez. — Susana, algum problema?

Então o encarei respirando ofegante.

— Talvez seja justamente por ter me escondido todo esse tempo — respondi.

— Escondendo… — a porta ia sendo fechada. — Querida ainda não entendi onde quer chegar. O que está se referindo? 

Remus me encarava confuso, provavelmente não entendendo o que me referia, mas foda-se. 

— Só me diz que é mentira! Diga a verdade.

— Direi se você me disser do que se trata. 

Respirei fundo para segurar a enorme vontade de chorar então perguntei:

— E-eu sou filha de Sirius Black?

Meu padrinho ficou estático me encarando quieto e sem nenhuma expressão.

— De onde tirou isso?

— Não importa! — exclamei. — Me responda! Sirius Black é o meu pai?

Ele não me respondeu nada.

— Padrinho me responda, por favor!

Remus suspirou e respondeu:

— Sim, você é a filha de Sirius Black.

Naquele momento senti todo meu chão cair. Perdi todo equilíbrio, não me aguentei em pé a ponto de precisar de apoio conforme me ajoelhava. Consegui sentir as lágrimas escapando com insistência, como odiava passar por este papel. 

— Por quê? — questiono em um sussurro ao sentir a mão do meu padrinho tocar meu ombro. — Padrinho… por que nunca me disse a verdade?

— Sua mãe. 

Então o encarei sem entender. 

— Minha mãe? 

Remus suspirou. 

— Está na hora de te dizer tudo o que deve saber. Mas vamos lá no escritório, ok?

Assenti.

Levantei-me com ajuda dele, segui caminho até as escadas e subi na frente. Remus disse que iria depois, pois ia trancar a porta para que ninguém interrompesse. Ao entrar na sala do meu padrinho, logo me sentei em uma das cadeiras perto da mesa dele lotada de pergaminhos e livros. Não demorou para ele aparecer.

— Já deveria imaginar que do momento que colocaria os pés aqui a verdade iria chegar de alguma forma — dizia Remus assim que entrou no escritório.

Não lhe respondi nada e nem o olhei, continuei mantendo minha atenção em um ponto do escritório. Ouvi uma cadeira se arrastando ao meu lado, mas que não olhei, já sabia que era meu padrinho.

— Então — começou Remus dando um longo suspiro —, como foi que descobriu?

Dessa vez minha atenção foi para o pedaço de pergaminhos na minha frente.

— Pela professora McGonagall — respondi.

— A Profª McGonagall que lhe contou? — perguntou Remus parecendo surpreso e decepcionado.

— Eu estava no Três Vassouras com o Ha... Quero dizer com a Hermione e o Rony para tomar cerveja amanteigada e a professora apareceu acompanhada pelo Profº Flitwick, Hagrid e o Ministro. Eles começaram a conversar sobre ele — dei uma ênfase no “ele” que meu padrinho assentiu, entendendo a quem me referi. — Madame Rosmerta acabou entrando na conversa e ela começou a fazer várias perguntas sobre. Ai no decorrer da história eles comentaram sobre a esposa dele e disseram da filha que ele tinha, o ministro acabou querendo saber o nome da menina e a McGonagall falou o meu nome.

Eu realmente não queria fazer isso, mas não consegui aguentar e acabei soluçando. Minha voz saia embaçada, eu não conseguia falar direito.

— Mencionaram sobre ser sua afilhada... Disseram sobre a minha mãe e sobre os pais do Harry. Que foi ele quem entregou os pais do Harry para Você-Sabe-Quem e disseram também que Harry é...

— Afilhado de Sirius Black — completou Remus, dessa vez minha atenção foi para ele.

— Você... — Remus assentiu.

— Sim, eu sei, Sirius Black é o padrinho do Harry e sua mãe, Evanna é a madrinha.

— E a mãe do Harry é a minha madrinha — disse.

— Exatamente — confirmou Remus. — Eu era muito amigo de James que é o pai do Harry, também conheci Lily a mãe do Harry. Estudei junto com os dois. Na minha época em Hogwarts, estudei o mesmo ano com os pais de Harry, com sua mãe e com o Sirius.

— Era de se imaginar — comentei com a cabeça baixa. — Na conversa no Três Vassouras eles comentaram que o pai do Harry e ele eram muito amigos. Andavam sempre juntos e mencionavam sobre você que também andava muito com eles. Só que a questão aqui é; porque você nunca contou nada so-sobre quem era o meu pai.

— Já lhe disse Susana por causa da sua mãe, ela tinha me pedido para não contar nada sobre o seu pai.

— Por quê? — insisti. — Padrinho, me diga, por que minha mãe pediu isso?

Remus deu um longo suspiro e se endireitou melhor na cadeira para me olhar melhor.

— Não sei ao certo, mas sua mãe amava Sirius demais; com o ocorrido naquela noite ela acabou sofrendo muito — meu padrinho explicava. — Eles dois eram casados, logo que terminaram Hogwarts não demorou muito para eles confirmarem o casório. Semanas depois do casamento, Eva anunciou que estava grávida de Sirius, assim que você nasceu os seus pais chamaram Lily a mãe de Harry para ser sua madrinha, e como padrinho sua mãe me escolheu. Eram dias difíceis naquela época e principalmente para os Potter que estavam sendo perseguidos. Que você deve ter ficado sabendo pela conversa que ouviu no Três Vassouras?

Assenti.

— Como você também sabe, depois acabou tendo o infeliz incidente com os Potter. E é aí nesse meio tempo que entra o pedido da sua mãe, Sirius acabou sendo mandado para Azkaban acusado de ter matado doze trouxas e ter matado Pedro Pettigrew deixando sobrar um dedo.

— Disso também fiquei sabendo — comentei em sussurro. — Lá no Três Vassouras o ministro tinha dito que minha mãe rejeitou Sirius Black na hora que soube o que ele fez. É verdade?

— É nisso que vem minha dúvida. A cabeça da sua mãe é uma caixa de surpresas, não sabia se ela estava com raiva, chateada ou se acreditava em alguma inocência. Contudo, dizer que ela não quis falar com ele é mentira, pois ela queria e muito. Evanna queria ouvir da própria boca do marido o que tinha acontecido, só que foi barrada. O ministério impediu qualquer contato com ele. Então as únicas eram as que diziam para ela. Agora se Evanna acreditou em tudo que aconteceu não faço ideia. Em minha cabeça ela estava dividida no que acreditar.

— Mas ele é um assassino, teve testemunhas confirmando o que ele fez e o dedo de Pettigrew é a prova que ele matou toda aquela gente. Minha mãe ainda achava mesmo que ele era inocente? — perguntei incrédula.

— Não sei, Susana, eu realmente não sei — respondeu meu padrinho parecendo confuso. — A notícia foi um choque para todos que conheciam Sirius, comigo mesmo demorou para cair a ficha sobre o que ele fez com James, Lily e o Pedro. É difícil admitir, mas Sirius era um dos meus melhores amigos e eu achava que o conhecia muito bem.

“A sua mãe, mesmo que não quisesse demonstrar o que sentia sobre tudo. Eu sabia que estava sofrendo muito, Eva não era mais a mesma, o brilho no rosto e o sorriso radiante que eram suas marcas, desapareceu. Você era a única coisa que conseguia fazê-la se manter erguida. Sirius era o mundo da sua mãe, e perdê-lo da forma que perdeu foi horrível.”

— Eu só não consigo entender por que ela proibiu de me dizer a verdade.

— Dois dias — ele parou para pensar e concordou com si mesmo. — Sim, dois dias se passaram depois daquela noite e nesses dois dias, Eva insistia, ela sempre conversava comigo que alguma coisa iria acontecer, que iria morrer. Claro que eu advertia sobre esses pensamentos, até Dumbledore foi conversar com ela e disse as mesmas coisas que nada iria acontecer. Voldemort estava enfraquecido e os seguidores dele não fizeram mais nada. Só que em uma noite de chuva Evanna recebeu uma visita de uma comensal da morte.

— Comensal da morte?

— Era assim que se chamavam os seguidores de Voldemort.

— Então a minha mãe foi morta por um desses comensais da morte?

— Foi — disse Remus. — E foi morta justamente pela mais cruel. Já tinha cometido um crime terrível e estava foragida, mas que conseguiu ir atrás da sua mãe e cometer o último crime, já que depois foi mandada para Azkaban.

— E como pegaram ela? Quem é ela?

— Bellatrix Lestrange foi quem tirou a vida de sua mãe naquela noite, e quando estava prestes a tirar a sua, chegaram aurores na casa e a pegaram.

Sentia um grande aperto no peito e os meus olhos começaram a derramar várias lágrimas. Então essa foi a mulher que matou a minha mãe e tentou me matar também.

— O que me dói muito é que naquele mesmo dia, a sua mãe fez vários pedidos, me implorou para que eu ficasse com você caso algo acontecesse e pediu para que não contasse nada sobre o seu pai. Perguntei o porquê e ela me disse que não queria deixá-la perturbada por conta de um assunto delicado. Não queria que sofresse por causa disso. Queria que você tivesse uma vida normal.

Antes mesmo do meu padrinho terminar não me aguentei e comecei a chorar com a mão cobrindo meu rosto. Soluçava. Naquele momento não estava tendo forças para raciocinar direito, tudo dentro de mim doía.

— Me perdoe, Susana, por não te contar a verdade — disse meu padrinho acariciando meu cabelo. — Tudo o que menos queria é te esconder algo tão delicado. Juro que até pensei em contar antes de Hogwarts, pois eu sabia que uma hora ou outra você estaria a par de tudo. 

Sua mão parou nas minhas costas.

— É torturante te ver dessa forma. 

— Eu não choro por segredo — disse entre soluços. — Até entendo, mas o que me doí muito e me faz sentir raiva... — olhei para Remus, não conseguia ver direito já que minha vista estava toda embaçada por causa do choro. — É que eu preferia ter descoberto a verdade, saindo da sua boca e não pela professora McGonagall.

Foi então que voltei aos soluços precisando tampar o rosto.

Remus não me disse nada, apenas me puxou para um abraço forte me deixando desabafar.

— Acredite, também preferia dessa forma — disse meu padrinho em voz ainda me abraçando da forma que só ele sabia abraçar de forma confortante me transmitindo força e tranquilidade.

Demorou um tempo até me recuperar, Remus foi fazer um pouco de chá quente (mesmo que odiasse) para nós dois. Nesse meio tempo fiquei olhando o lado de fora pela janela do escritório. Obviamente que não se via nada, apenas o céu nublado e alguns flocos de neve batendo na janela. Parece que a nevasca forte tinha amenizado.

Meus pensamentos estavam bem bagunçados com todas as informações que recebi hoje. Por um momento me lembrei de mais uma dor de cabeça ao lembrar que estava sem a touca e onde havia deixado. 

— Droga. — Era para ter sido para mim mesma o murmúrio só que não foi bem assim já que meu padrinho me olhou em seguida. — Como vou olhar agora para o Harry?

— Como assim? — perguntou Remus sem entender. Colocou a caneca de chá na mesa e se sentou novamente ao meu lado.

— Eu sou filha do homem que era amigo e traiu os pais do Harry e é também padrinho. Como vou olhá-lo agora?

— Querida não se torture com isso — pediu Remus.

— Mas...

— Sabe quando vi o Harry pela primeira vez, logo soube quem era ele. 

Encarei meu padrinho porque entendi o óbvio. 

— Não foi por causa da cicatriz como a maioria, mas por causa das semelhanças dele com os pais. Harry é a cópia do pai James, agora os olhos verdes são com certeza da Lily. Enfim, não irei me surpreender se ele não souber de nada e for descobrir em breve, afinal ele tem ligação com Sirius Black.

Desviei o olhar porque o Harry também ficou sabendo da história.

— Um dos motivos de você não ter estudado desde o início em Hogwarts. Era o próprio Harry e da ligação que os dois tinham. Dumbledore havia sugerido uma mudança e poderia conseguir uma já que conhecia alguém que abriria uma exceção.

— Quem acabou sendo a diretora chata de Beauxbatons e a premiada para mudança foi eu.

Meu padrinho apenas assentiu.

— O que não adiantou muito já que você acabou saindo e não pareceu o suficiente para que o destino colocasse Harry no seu caminho — neste caso foi na cabine em seguida a casa. Estes são detalhes que não tem como ignorar, sendo sinais que uma hora ou outra os dois ou um dos dois ia ficar sabendo. 

Como não estava em condições para continuar onde estava, pedi licença ao meu padrinho, disse que queria ficar sozinha. Peguei o que tinha que pegar e fui direto para o lado de fora do castelo, acho que não existe melhor lugar para esfriar a cabeça se não no frio.

Pouco me importei com o estado climático naquele instante. Sentei-me na neve em frente ao congelado lago enegrecido. Tudo estava silencioso, nenhum sinal da lula e só o que me vinha na cabeça era mais uma vez pedaços do que escutei no Três Vassouras e depois vinha meu padrinho confirmando tudo.

"— Um herdeiro não, mas uma herdeira.

— … veio junto com Lupin…

—… foi para Grifinória como o pai…

— Como é o nome da filha de Sirius Black?

— Susana Black.

— Sirius Black é o meu pai?!

—… sim.”

Cada palavra criava uma ferida dentro de mim… minha cabeça doía, tudo em mim estava doendo, junto com os olhos por conta do choro. Me sentia tão vulnerável por causa desses acessos de choro e de tudo que sentia. Além de me achar a pior pessoa do mundo, pois sou filha do homem que entregou os pais de Harry à Você-Sabe-Quem. 

“— Potter confiava mais em Black do que em qualquer outro amigo. Nada mudou quando os dois terminaram a escola. Black foi o padrinho quando James se casou com Lily. Depois, eles o escolheram para padrinho de Harry."

Céus, como vai ser agora com o Harry?

Como irei olhar para cara dele depois disso?

Agora vou poder dar razão para todos da escola que ficam me olhando. Todos tinham razão quando diziam que tinha algo a ver com Sirius Black. Pois é e a relação que tenho com ele, o motivo de ter o mesmo sobrenome dele é porque carrego o mesmo sangue que um assassino.

Como odiava chorar! Odeio chorar! Odeio!

Por causa do frio, me encolhi, abracei os meus joelhos e escondia a cabeça entre eles. Soluçava. Tudo o que queria naquele momento era sumir, morrer, desaparecer para que ninguém mais me olhasse. Merlin, só me leva, por favor.

— Ora só que está aqui — disse uma voz debochada e conhecida. — Pensei que você não chorava. 

Não o olhei, virei o rosto para um lado oposto do dele e enxuguei as lágrimas. 

— Sai, Malfoy! — exclamei.

— Agora está nervosinha, ui.

Olhei-o pela primeira vez e balancei a cabeça, cara irritante.

— Se manca, idiota — disse ríspida enquanto me levantava. — Será que você não se toca que é irritante?

— E você não consegue ser menos ignorante? Tenta ser um pouco agradável — Malfoy rebateu.

— Como se você fosse um amorzinho de pessoa — revirei os olhos.

Já não bastava tudo está uma merda, ainda tinha que ficar discutindo com Malfoy. Ninguém merece fechar assim o dia.

— Por que estava chorando? — ele perguntou do nada.

Olhei a Madame com tédio e bufei irritada.

— Não te interessa — respondi.

— Mulher complicada — Malfoy murmurou balançando a cabeça. — Você é mais difícil do que parece.

— Que seja… agora saia da minha frente — disse o empurrando para o lado.

Correto é que tentei sair, porém quase não consegui sair do lugar já que a partir do momento que tentei afastar o Do sétimo, pisei errado e como o chão estava escorregadio; a pessoa aqui escorregou. Malfoy tentou me segurar, mas também perdeu o equilíbrio e isso foi o suficiente para os dois derraparem e caírem. Por mais que o chão estivesse “fofo” por causa da neve. 

Malfoy havia caído em cima de mim, podia sentir sua respiração pesada — não era muito diferente dele. Por conta de nossa aproximação, conseguia ver perfeitamente os olhos azul-acinzentados dele. 

— Você vai sair de cima ou está muito… confortável?

— Eu…

— O que?

Não obtive a resposta porque antes fui simplesmente pegar de surpresa porque fui beijada por nada mais que Draco Malfoy. Perdi a noção já que nem se quer o afastei, mas quero colocar a desculpa no meu estado de choque, pois não sabia o que fazer. 

Malfoy foi se prolongando, movimentou os lábios devagar e eu fui seguindo o ritmo ao invés de parar. Só o fiz depois que cai na real da idiotice que estava fazendo. Quando parei toda aquela cena, ele próprio me encarou quieto.

— Por que você fez isso? — questionei.

— E-eu não sei — respondeu Malfoy. — Eu realmente não sei.

Me levantei rápido, mas cambaleando um pouco, eu não conseguia nem me manter em pé.

— Eu preciso ir — disse dando de ombros sem olhar para trás.

Precisava sair de lá.

— Sus... Black — corrigiu Malfoy.

E ele ia me chamar de Susana.

Fingi que não ouvi nada e sai de perto do lago, mantive meu foco apenas na volta para o castelo e encontrar algum lugar que nada mais inesperado acontecesse. Sentia perfeitamente os meus batimentos cardíacos acelerados. Droga! Não consigo acreditar que tive meu primeiro beijo (em Hogwarts) com essa Madame.


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Notas finais do capítulo

E ai, o que acharam?



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