A Odalisca escrita por Titina Swan Cullen


Capítulo 32
Capitulo 32


Notas iniciais do capítulo

Olá fofys
Então....para que não ficassem muito tempo esperando, postei esse capítulo correndo. Está um pouco curto, mas acho que é melhor do que demorar ainda mais.
Estou me esforçando ao máximo para as postagens não atrasarem, por isso me perdoem fofys do meu coração. Agradeço muito pelos comentarios e tambem estou me esforçando para responder a todos.
Vamos ao capítulo, não sei o que acaharão, me digam no final ;)



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O caos havia tomado conta das ruas do Egito. Homens guerrilheiros carregavam fuzis presos ao corpo, junto a granadas e outros tipos de armas. As forças inimigas do exercito do Líbano atravessavam a fronteira de Cairo. Depois da explosão que destruiu os muros do Palácio criando uma entrada perfeita para os inimigos rebeldes, o caos tomou conta das ruas.

 

Isabella/Amirah

— Nunca gostei de você. – Victoria disse secamente e enojada. – Sempre se achando melhor que as outras. Só que você é pior que a gente. Ardilosa e interesseira...

— Cale essa boca. – o lábio de Isabella tremia. – Nunca me achei melhor que nenhuma de vocês. Simplesmente não aceitava aquela situação.

— Oh, não me diga. – Rosalie se levantou e caminhou para perto. – E tomar meu marido, minha vida a torna melhor.

—Eu não tomei nada seu. – ela demorou muito para reconhecer. Até acreditar que devia sim lutar pelo amor que sentiam um pelo outro. Havia cedido ao amor que tinha por Al Badim de uma forma real, e se recusava a deixar que  aquilo fosse transformado em algo ruim. -  Eu o conheci muito antes dele se casar com você...

— Charmuta!!- gritou – É isso que é. Vadia! Maldita odalisca. Uma serpente pegajosa que seduziu o idiota do Edward.

— Não fale do meu marido assim. – ela disse com raive e,  sem que esperasse,  Isabella acertou um forte soco na primeira esposa. Ela tropeçou para trás caindo novamente. O sangue escorria rápido do nariz quebrado.

Jacob se sentiria orgulhoso de sua pupila. Fosse outra época e outro lugar, Isabella poderia ter sorrido com aquela pequena vitoria.

— Meu nariz!!! Meu nariz, maldita!!!! – Rosalie berrava com a mãos cobrindo o rosto empapado de sangue.

— O que você fez? Sua imunda! – ouviu o grito de raiva de Victória. – Vai pagar por isso!

Correu em direção de Isabella que ainda tinha os punhos cerrados. Antes que pudesse tocá-la, Isabella colocou o pé na frente, segurou seu braço a jogando sobre a mesa, que caiu junto com a odalisca mais velha.  Isabella pegou o jarro e aproveitou para golpear a nuca dela com toda força. Foi o necessário para ela desmaiasse.

Ia aproveitar para fugir, mas parou assim que o brutamontes se posicionou a sua frente.  Pensou. Estava já ofegante e com certeza não conseguiria lhe dar com ele que tinha o triplo do seu tamanho. Nunca tinha visto um homem como aquele no palácio. Ele tinha na metade do rosto a marca de um corte vermelho e profundo e seus olhos eram frios. Não. Mais que isso. Eram cruéis. Olhos de um assassino.

Imaginou porque nenhum guarda havia entrado no palácio com tanto barulho ali dentro. Ela vivia rodeada de seguranças e guardas.

Do lado de fora do quarto, ouvia gritos de raiva e estampidos de tiros.

“ O que está acontecendo?”— pensou.

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Jacob

Os soldados libaneses não estavam tão preparados como ele esperava. Sua equipe estava bem mais equipada com armamentos discretos mais ainda assim capazes de fazer um estrago bem grande. Jacob estava ao lado de homens de sua equipe particular que cuidava da segurança da princesa Amirah. Ele havia pensado muito desde que estava encarregado da segurança dela.

Procurava se manter ao lado dela como uma sombra. E durante esse tempo, acabou tornando-se amigo da princesa. Mas que isso. Para ele, Isabella era como uma irmã caçula e talvez por isso estivesse extremamente puto. Não conseguia imaginar que num dos raros momentos em que tivesse saído para também tomar um banho rápido, isso pudesse acontecer.

Se algo acontecesse com ela...

As saídas e entradas do Palácio eram vigiadas e a única pessoa mais próxima de cometer algo contra ela, segundo o próprio emir, estava em vigilância. Só restava esperar que um de seus homens estivessem com Isabella e Zafrina no quarto aguardando ordens.

Mas algo ainda o incomodava. Ele não estava conseguindo se comunicar com nenhum deles. Não era a primeira vez que se sentia confuso, mas em tempos como aqueles, quando arriscava a vida por outra pessoa, gostava de que fizesse tudo da melhor forma possível e aquilo não estava sendo feito.  E isso o havia deixado muito irritado. Parecia que grande parte dos guardas do palácio, havia sido comprada pelas forças libanesas.

Dos doze homens que tinha deixado no corredor do aposento real, dez lutavam ali com ele. Só não conseguia achar dois. Por isso esperava que estivessem mantendo a princesa segura. Os corpos dos guerrilheiros se amntoavam no corredor. Os outros soldados do palácio se juntavam aos outros. Era questão de tempo para que chegassem o quanto antes ao aposento da princesa, mas de algum buraco, não paravam de sair guerrilheiros que o impediam de chegar até o seu destino.

O odor metálico de sangue enchia o ar. Homens caiam de Jacob, atingidos por balas traçantes e barulhentas que cortavam o ar e zuniam bem próximo ao seu ouvido. Acertava um, dois, três e mais que o dobro brotava dos outros corredores. Estavam ficando já cansados. O chão embaixo de seus pés, tremia ao som de explosões no palácio.

Estavam conseguindo com muita dificuldade se aproximar da porta do aposento, mas não perto o suficiente para que conseguisse entrar e garantir a segurança da princesa.

O cheiro de fumaça invadiu suas narinas. Em alguma parte, o fogo se alastrava no palácio.

— Se o emir sabia disso, por quê o sheik não nos avisou que isso pudesse acontecer? - perguntou um dos seguranças de sua guarda particular - Pior ainda. Por que a trouxe pra cá?

— É simples. - pegou outro o cartucho que trazia preso em sua panturrilha, carregando sua arma. – Ele não sabia. Ele jamais colocaria a esposa em risco. – carregou pela oitava vez sua arma com o cartucho – Eles não esperavam por essa invasão.

Esses assuntos políticos não eram da sua conta. Sua função era manter Amirah segura e é isso que iria fazer. – atirou diversas vezes contra os inimigos.

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Edward

Al Badim atingiu com um tiro o coração do soldado libanês. Assim que souberam da invasão, mal tiveram tempo de se armar e foram tragados para a batalha. Seu pai já havia soado o sinal de alerta avisando a todos sobre a invasão.

O exercito egípcio estava nas ruas defendendo o povo. Dentro do palácio, os três reis lutavam junto aos guardas pela defesa do Egito.

— Não me interessa o que você tenha que fazer!- Al Badim gritou no comunicador para um dos guardas que tentava a todo custo chegar até o corredor de seu aposento. Seu coração começou a  bater ainda mais forte. Isabella estava bem. Tinha que acreditar nisso! Precisava encontrá-la viva e bem. Se se permitisse pensar o contrário, sua sanidade se esvairia  

Jacob e Zafrina estavam incomunicáveis, e ele se recusava a acreditar que um dos motivos fosse por estarem mortos. Jacob era muito bem preparado para esse tipo de situação. E não era a toa que deixara,s em pestanejar, a segurança de Isabella em suas mãos.

Mas por quê infernos , o  infeliz não se comunicara ainda?  Ele havia deixado dezenas de seguranças particulares além dos do palácio para cuidar unicamente da segurança dela e de seu filho.

Jasper já conseguira se comunicara com os seguranças de Alice e confirmado de que ela estava em segurança. Ele havia informado que estava partindo com o emir para o acampamento de Aro. 

Lembrou da conversa que tivera com o pai que disse que já esperava por isso. Era o unico jeito para que Aro viesse até aqui. Fingir estar desprevinido para que ele os atacassem de uma vez. Achar que a batalha já estivesse ganha e assim assumir seu real interesse.

Esperava que logo Jacob se comunicasse com ele. Ele mesmo tentaria chegar até o quarto. Isso se não fosse a cada passo que desse, cinco homens das forças inimigas cruzassem em sua frente. Lutando por um motivo totalmente errôneo. Por um rei vil, que só pensava em seu benefício próprio, não importando quantas e quantas vidas fossem perdidas. Totalmente despreparados, com armas enferrujadas e em sua maioria paus e facas.

Edward soltou um urro de raiva por mais uma vez ter que fazer parte daquela guerra sem sentido em busca de poder.  Por que aquela batalha já durava milênios. E sempre baseada na injustiça. Homens perdiam vidas e, mais que isso, perdiam famílias e suas esperanças ajudando os reis a cada passo do caminho, a defender terras, suas por direito, mas que jamais seriam suas de verdade.  

A fúria queimava dentro de Al Badim.

Cansado do bang bang de faroeste, Edward partiu para o ataque corpo a corpo, sem se importar com seus guardas que gritavam para ele esperar.  Estava de colete e para alguma merda aquela porra deveria servir.

Atingiu um outro com um tiro e golpeou com a cabeça outro. Um soco bem forte derrubou outro que vinha em sua direção.  

O zunido de balas cortou o ar passando por cima de sua cabeça. Seus guardas e soldados se agrupavam na defesa de seu soberano.

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Isabella

Olhou para a porta trancada do quarto e a passagem na parede aberta. Se conseguisse chegar em alguma das duas conseguiria correr. Talvez, precisava tentar. Pegou um dos cacos de vidro da jarra.

— O que está esperando?- Rosalie se levantava – Mate-a!

Os olhos assassinos se voltaram para ela. O coração  de Isabella vacilou ao ver que ele a encarava.

Tentou afastar o medo e a dor para encontrar forças.

— Eu juro que se me encostar, eu vou matá-lo. – ameaçou sabendo que suas palavras não surtiriam o efeito desejado.

— Ah é? – sua voz era tão odiosa quanto seu rosto - Acho que hoje não. Mulher mundana!

Com o coração na garganta, Isabella acelerou na direção de seu opressor. Antes de conseguir empunhar o pedaço de vidro na mão, o dorso da mão dele bateu em seu rosto com força a jogando para trás. Bateu a cabeça com força na parede. Seu corpo tombou no chão. Sentiu o gosto de ferrugem na boca quando por morder o lábio de dor.

O quarto se tornou um borrão diante de seus olhos e seu ouvido começou a zumbir. Com  o baque sentiu-se tonta e desorientada. Antes que pudesse se dá conta, o brutamontes já estava em cima dela. Seus braços sendo amarrados com a corda.

— O que está fazendo? Eu disse para matá-la! –  Rosalie vociferou.

—Seu pai mandou seqüestrá-la. – o comparsa respondeu entediado.

— Só que não farei isso. Mate-a. Agora!!!

— Quem é você para mim? – disse com desgosto, como se tivesse que perder seu precioso tempo com um inseto. - Não a conheço como ninguém.

— imbecil! Meu pai ficará sabendo disso.

Demetri a observou por um instante, como se ela fosse algo que ele pudesse facilmente esmagar com seus sapatos.

—  Sinceramente, não estou nem um pouco interessado no que mulheres vadias pensam de mim.

— Como ousa?! – ela empinou o queixo ensanguentado.

Ele se ergueu, segurando as cordas ainda sem nó.

— Se você dá valor a sua vida, princesa, saia do meu caminho. Não recebo ordens suas.

— Seu infeliz. - o olhar furioso de Demetri não foi o suficiente para fazê-la se calar. - Farei você se arrepender amargamente por isso.

Ele largou as amarras e se voltou para Rosalie. Ela deu alguns passos para trás. Tarde demais. Demetri agarrou sua garganta com uma mão e apertou tanto que a primeira esposa começou a engasgar. Ela se debatia arranhando os braços dele, mas ele apertava ainda mais.

— Devia ter se calado enquanto teve chance princesa. – sussurrou entredentes.

Rosalie arquejava em busca do ar. Aos poucos seu tom de pele foi mudando de cor.  Até que ela parou de lutar e arquejar fracamente.

O estômago de Isabella estava embrulhado. Seu rosto ardia e podia sentir que o local do tapa estava muito inchado. Imaginou que se ainda estava viva, era porque Aro via alguma vantagem em mantê-la com vida.

Com a mente um pouco mais claro, buscou um modo para fugir dali. Olhou para a porta trancada e a passagem ainda aberta na parede. O capanga de Rosalie estava de costas para ela. Observou o rosto da primeira esposa num tom quase arroxeado.  Lamentava muito, mas não poderia fazer nada. Procurou se concentrar, firmar a vista e unir forças.

Ele não percebeu. Victoria cambaleante, pegou a faca no chão e muito rápido se aproximou deles. Viu quando ela estocou a faca nas costas do homem que pareceu não notar até que ela enfiou pela terceira vez.

— Eu mandei soltá-la. – Victoria dizia com tanta raiva que a voz saia arrastada num lamurio de tormento. O homem finalmente se virou para ela ainda apertando o pescoço de Rosalie. Os olhos do homem esbugalharam de surpresa e de dor com aquela reviravolta. 

Ela o apunhalava mais rápido e fundo a cada segundo, várias outras vezes. O sangue esguichava entre seus dedos, até Demetri cair no chão com um baque pesado sobre uma poça de sangue.

Isabella olhou para a cena chocada demais pelo o que acabara de testemunhar. Tanta frieza, tanto sangue, tanto ódio. Tinha que sair dali, tinha que sair...Sem saber como suas pernas ganharam forças, seu corpo se ergueu e correu. Correu tanto quanto pode.

Passou pela abertura estreita da parede e deu de cara com o corredor. O mesmo que pouco tempo atrás havia ido com Alice. Era grata a ela por isso, caso contrário não saberia onde ir.  Pensar na amiga lhe trouxe novo medo e angustia. Não se arriscava a olhar para trás com medo de encontrar alguém em seu encalço. Continuou correndo.

O corredor era sombrio e escuro, e parecia ainda mais do que ela se lembrava. Acabou tropeçando em algo que não conseguiu ver. Apoiou as mãos no chão antes que seu corpo tombasse.

Sentiu uma dor intensa e aguda no baixo ventre.

— Oh não... - tocou a barriga - O que está acontecendo? - mordeu o labio abafando um outro gemido de dor. Sua respiração começou a ficar ofegante. 

Tentou ignorar a dor. Voltou a apoiar as mãos no chão e parede para se equilibrar e voltou a caminhar, já que agora com a dor não conseguia mais correr. 

A cada minuto,  a dor estava aumentando. agora com muita dificuldade conseguia caminhar. Tinha vontade de deitar e contrair o corpo com tanta dor.

Apoiou seu corpo na parede.

— Por favor bebê...aguente um pouco mais. - friccionava a barriga tanto para diminuir a dor, como se o bebê em seu ventre pudesse sentir seu afago. - Logo seu pai virá nos salvar. Eu sei que vai...

Tentou voltar a andar, mas uma fisgada mais forte a impediu. Suores brotaram em sua testa. Aqueles corredores sujos e sem ventilação não ajudavam. Outra pontada tão forte a fez arquear o corpo e tombar de dor.


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Notas finais do capítulo

Não me matem..... acalmem-se, acalmem-se.
Pelo visto o emir já esperava por isso, e Aro achava tanto que tudo estava a seu favor que resolveu dar as caras durante a batalha. ele conta com uma arma secreta que é a princesa Amirah em suas mãos, só não esperava que os planos de sua filha não são os mesmos que os seus.
Al Badim tambem acredita que está tudo bem e por isso não enlouqueceu de vez. Quero ver o que ele fará quando souber que sua amada e bebê correm perigo.
Espero que tenham curtido fofys...um grande bjo e até o próximo. :)