A cerimônia transcorria perfeitamente bem. Bem até de mais, pensou o emir, para os padrões do Oriente, que sempre poderiam contar com algum atentado envolvendo tantos lideres de potências como aquela cerimônia de apresentação.

Não era  a toa que ordenara o triplo de seguranças nas ruas e ao redor do palácio. Homens armados e fardados rondando todos os lugares, casas, becos, edifícios. E ainda os a paisana que se misturavam entre os convidados no salão.

Isabella não poderia estar mais grata por ter Alice naquele momento, quando ela auxiliava em todas as tarefas para que começasse o segundo ritual. Não era de costume ter alguém para auxiliá-la, e sinceramente sequer sabia como era aquilo.  Durante os meses de aprendizado que passara com Jacob e todos os outros professores, soube que isso deveria ser feito em outro dia, porem a primeira esposa insistira com a rainha que fosse no dia seguinte.

Ela lhe dava pequenos toques sobre as mais variadas comidas doces e salgadas. Não conseguia dizer com exatidão, já que Rosalie havia dito que ainda não se decidira sobre o que Amirah teria que cozinhar para o dia seguinte.

Pob Bella

Resolvemos não mais nos preocupar com aquilo. Afinal era uma festa. A minha festa... e eu iria curtir o máximo que podia. Edward se aproximou. Segurou minha mão dando um beijo. De esguelha pude ver Rosalie me fulminar com um olhar mortal. Mas não me importei. Por mais que estivesse com a pulga atrás da orelha com o assunto de uma gravidez pairando sobre minha cabeça. Edward havia pedido que eu não me preocupasse com isso. Que cedo ou tarde as coisas iriam se esclarecer. 

Apenas pediu que eu confiasse nele.

E era isso o que eu faria.

Seu pai, Carlisle, que estava entre alguns homens engravatados o chamou. Ele se afastou e Alice e eu voltamos a conversar.  Para minha surpresa, um DJ apareceu com uma mesa de som deixando a festa ainda mais animada. Alice me contou um pouco sobre sua gravidez e de como Jasper havia se tornado mais protetor ao saber que se tornaria pai. E era verdade. Notei que mesmo estando distante de nós por quase toda festa, ele sempre tinha os olhos voltados para ela, além de claro, manter dois seguranças sempre ao seu redor, discretamente.

Depois de uma hora, não consegui mais encontrar Edward.

Fui avisada que deveria ir me preparar. Aquilo me pareceu extremamaente antiquado, até mesmo porque Edward e eu já tínhamos tido nossa primeira vez digamos.... varias vezes? Só que para eles aquilo tudo fazia parte da tradição.

Quando cheguei ao lado de fora do salão, dois seguranças e um amigo me esperavam. Ele estava distraído falando algo com os seguranças e não notou minha presença.

Tive que me controlar para não sair correndo e abraçá-lo. Jacob estava de terno, usando uma escuta presa na orelha.

— Jacob!!- falei mais alto do que devia para uma princesa. – Não acredito! O que está fazendo aqui?

— Princesa Amirah. – ele fez uma reverência e logo depois deu um leve sorriso. – É uma honra voltar a vê-la. – seus olhos apontaram para os dois seguranças, como se me chamasse a atenção para ter cuidado no que dissesse.

— Como está?- perguntei um pouco menos empolgada. – Não sabia que tinha vindo da Turquia.

— Fui solicitado senhora. – ele fez um gesto com a cabeça – Devemos ir. – dizendo isso ele simplesmente me ignorou. Fiquei um pouco decepcionada. Tinha poucos amigos ali, ou praticamente nenhum, e não queria perder a amizade de Jacob que tanto me ajudou.

Seguimos em silêncio pelos corredores. Não conseguia me lembrar de nada ali. Os seguranças param e Jacob toma a frente abrindo a porta. Entro no quarto e percebo de imediato como ele é imenso. Todas as cortinas estão fechadas e assim que notam minha presença, várias criadas param seus afazeres e ficam enfileiradas e paradas com as mãos para trás do corpo. Sorriem para mim e se curvam brevemente.

“Não sei quando iria me acostumar com aquilo.”

— Nós iremos cuidar da senhora. – anunciou uma delas passando por mim e fechando a porta.

Pela primeira vez ali me senti como uma verdadeira princesa.

Após um relaxante banho com sais corporais, na banheira que mais parecia uma piscina, meu corpo foi massageado com óleos aromáticos, deixando minha pele perfumada.  Depois meu corpo foi pintado com tatuagens de henna. Pareciam desenhos tribais, e ao mesmo tempo como um labirinto de flores e folhas que subiam e se misturavam as outras. Quando volto para o quarto a cama está coberta de pétalas de rosas brancas e vermelhas.

Por fim, vesti uma camisola branca de tecido bem fino, como seda, que se moldava as minhas curvas.

— Podem ir. – ao ouvir sua voz meu coração pareceu perder uma batida. Me virei em sua direção e notei que Edward também havia tomado banho. Vestia uma calça caqui e uma blusa de mangas compridas brancas. As criadas correram retirando alguns objetos e os levando junto.

Edward deu passagem para que as elas saíssem. Me encarava dos pés a cabeça com aquele sorriso torto capaz de me fazer de todos os problemas.  Precisava urgentemente parar de ficar nervosa em momentos como esse. Era incrível como sempre meu rosto esquentava me denunciando.

Ainda sorrindo ele se aproximou.  Seu perfume poderoso me inebriou de imediato. Era quase hipnótico. Tocou meu rosto com uma das mãos me provocando sensações já conhecidas e ao mesmo tempo novas, capazes de me fazer derreter com seu simples contato. Com a outra afastou meu cabelo do pescoço.

— Não consigo encontrar palavras que expressem o quão bela é. – disse me olhando nos olhos. Sorri sem graça.

“Sempre que ele dizia coisas assim ficava sem graça.”

— Tenho que admitir que elas fizeram um bom trabalho. – respondi abaixando os olhos. Ele ergueu meu queixo para que eu o encarasse.

— Como você consegue ser tão decidida e impulsiva as vezes e em outras se envergonhar com simples elogios?- sorriu - Não...nada disso vem de maquiagem. Você é a mulher mais linda que já vi. E o fato de ser só minha, torna isso ainda mais tentador minha habibt.

Edward diminui a distância entre nós dois e começou a beijar meu pescoço, me provocando arrepios. Fecho meus olhos me permitindo mergulhar naquelas sensações tão provocantes.

Percebo que ele está agindo ainda mais diferente do que esse pouco temo que passamos juntos. Está mais calmo, mais carinhoso e talvez até mais delicado. Ele vai para trás de mim e com mãos bem gentis tiram as alças da camisola, passando por meus braços. A peça cai sobre meus pés me deixando apenas com a calcinha. Quase nua  e exposta. Nesse momento não sinto mais vergonha, apenas um desejo, uma vontade quase primitiva de ser logo possuída por meu sheik.

Ele vira meu corpo, me deixando de frente para ele. Volta a tocar meu rosto e percebo seus olhos escurecidos e sua boca entreaberta pelo desejo reprimido. Me sinto feliz pois achava que só eu estava me sentindo assim.  Por algum motivo, Edward resolvera fazer as coisas bem delicadas e eu estava adorando essa nova forma dele.

Seus braços envolvem meu corpo e minhas mãos afundam em seu cabelo enquanto aprofundamos nosso beijo. Sua língua acaricia a minha numa sincronia perfeita. Ele se afasta e de repente parece urgente. Me coloca deitada na cama sobre as pétalas. Tira sua roupa e se livra rapidamente da minha ultima peça intima.  Deita sobre mim e começa a beijar meu pescoço. Abraça meu corpo e eu me aninho ao dele o máximo que posso. Volta  a me beijar e acaricia meus seios com as mãos. Automaticamente seu corpo se acomoda sobre o meu e ele me preenche.

Fizemos amor de um jeito totalmente novo. Intenso, quente, mas sem a luxuria de quando éramos amantes na Inglaterra ou a poucos dias atrás com a urgência de como se fosse nossa ultima vez depois de tanto tempo sem estarmos juntos. Dessa vez foi tudo na medida certa. Calmo, intenso, louco, carinhoso, quente, envolvente. Já no ápice para sentir, meus gemidos foram abafados por seu beijo enquanto seus ritmos aumentavam. Mergulhamos juntos naquele prazer imensurável.

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Estamos suados e ofegantes.

— Isso foi...- tento encontrar a palavra – Incrível! – ele sorri.

— Quer dizer que as outras vezes não foram? - ele dá um selinho em meu nariz.

— Não. Também foram, mas esta.. eu não sei... 

Ele me encarou e de repente seu olhar tão sereno mudou. Ele me olhava intensamente. Agora não ria mais. Estava sério.

Voltou a me beijar tão intensamente como quando fazíamos amor. Apenas retribui.

Quando estávamos sem ar nos afastasmos.

— Bella quero lhe pedir uma coisa.

— O que você quiser..- disse voltando a envolver seu pescoço, acariciando sua nuca.

— Não saia deste quarto amanhã até que eu venha lhe buscar. – o olhei sem entender. Poderia achar que ele me faria alguma surpresa, mas seu semblante dizia o contrário.

— Por que isso? Do jeito que fala parece que iremos sofrer alguma atentado amanhã.

Ele ficou calado me encarando e comecei a me preocupar. Tentei me sentar na cama, puxando o lençol para cobrir meus seios.

— Aconteceu alguma coisa? – perguntei tocando seus cabelos desalinhados

— Não. Mais vai. Não quero que me odeie pelo que farei. Sei que embora você tenha passado todo esse tempo estudando sobre meu povo, você ainda não concorda com tudo.

Mordi meus lábios ainda o encarando. Não conseguia entender onde ele queria chegar.

— Posso não concordar com tudo Edward. E de fato não concordo, mas isso não quer dizer que não vou ouvir sua opnião.

— Opnião? - Ele riu sem humor. – Não se trata da minha opnião e sim da nossa lei. Rosalie me expôs em frente ao Conselho e a nossos pais. Agirei conforme a lei.

— Não entendo. Está falando da gravidez?

— Gravidez falsa. – ele deitou sua cabeça em meu colo me abraçando. Não pude resistir e comecei a pentear com os dedos seus cabelos bagunçados.

— Quer dizer que irá pedir o divórcio? – falei tentando não parecer tão interessada naquele assunto.

— Divórcio? Aqui as coisas funcionam diferentes. – ele me envolveu com seus braços e me puxou, me deitando sobre seu peito. – Não se preocupe com isso. Só quero que amanhã fique aqui no quarto até que eu retorne. – ele beija minha testa. – Só você me importa habib e não quero envolvê-la nessa podridão.

— O...

— Não quero mais falar sobre isso. - ele me aperta mais contra seu peito fazendo carinho em meus cabelos - Durma minha habibt.

Ficamos ali aconchegados e  nem eu sabia que estava tão cansada. Sem perceber caio no sono e quando acordo, a luz do sol entra no quarto por uma brecha. Uma criada está meio que na ponta dos pés arrumando a mesa do café. Ela não percebe que eu acordei.

— Eu não quero nem ver o que o sheik fará com a princesa Rosalie. – achei que ela estivesse falando comigo até que a outra empregada aparece com mais uma bandeja.

— Todo o conselho já está lá e soube que o sheik mandou que alguns comerciantes também participassem.

— É muita humilhação, principalmente para a princesa. ...- ela continuou falando e minha cabeça começou a trabalhar imaginando o que Edward faria. Não importa o que diziam as leis ali. Rosalie era uma mulher e só de imaginar que ela pudesse sair ferida...- A mulher nunca deve desonrar seu marido. Seja qual for o motivo, a ira de Alá cairá sobre ela.

— O que vai acontecer? – perguntei me sentando na cama. As duas pularam de susto e abaixaram a cabeça. Pelo visto, não iriam querer me dizer. Me aproveitando da minha atual posição ali, ordenei . – E então,  o que vai acontecer?