A Odalisca escrita por Titina Swan Cullen


Capítulo 23
Capitulo 23


Notas iniciais do capítulo

LEIAM ANTES!!!!!!! PARA LER ESTE CAPÍTULO TENHAM EM MENTE: NÃO JULGUEM AL BADIM. ESPEREM ATÉ O PRÓXIMO CAPÍTULO!
E aí vai mais um capitulo. Agradeço a todos pelos comentários e desejos de melhoras Estou me sentindo melhor graças a Deus e um aviso... talvez sofram com o capítulo, mas não me matem por favor... ao invés, me digam o que acharam e ESPEREM POR UMA REVIRAVOLTA. Curtam e divirtam-se.



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Estar de volta ao palácio.

Esse era sem duvida um dos motivos que vezes ou outras lhe provocava insônia. Emmet seguia a alguns passos a sua frente enquanto ela sentia seus pés pesados, se arrastando  sobre o caríssimo mármore que cobria todo o piso do palácio.

Estavam indo de encontro a rainha. Segundo Emmet ela era a responsável pela arrumação da noiva e recepção dos convidados. Queria ter perguntado ao conselheiro o que a rainha achava dessa segunda união de seu filhos, mas se as lembranças não fossem tão vividas em sua cabeça, poderia dizer com certeza que ela estaria furiosa com a noticia.

Andaram por alguns corredores onde o conselheiro recebia algumas vezes reverências dos guardas. Com certeza nem todos do palácio sabiam que a segunda esposa já estava ali. De repente o coselheiro parou e Isabella quase chocou seu corpo com o do conselheiro.

— Não se preocupe. – disse ao notar o nervosismo da moça. – A rainha é meio brava mas no fundo ela é uma mulher muito generosa.

 - Ahh...é mesmo não me diga. – Isabella queria soar verdadeira, tentou conter o sarcasmo, mas não conseguiu ao lembrar de como fora tratada pela mulher generosa um tempo atrás.

O conselheiro apenas limitou- se em sorrir.

Deram mais alguns passos e ele parou em frente a colossal porta de madeira maciça. Deu três leves batidas na porta. Não tardou muito até que uma criada a abriu.

— Com licença, a rainha.

— Aqui Emmet – ouviu a voz da soberana de dentro do aposento. O conselheiro fez uma leve reverência . – A senhora Amirah está aqui, minha rainha.

Demorou alguns segundos, mas para Isabella pareciam mais longos minutos até que finalmente Esme respondesse um “deixe-a entrar” sem ânimo.

O conselheiro abriu um pouco mais a porta dando passagem para Isabella. Tomou três lufadas de ar até que finalmente seu corpo reagisse e ela entrasse no aposento.

Sequer ouviu a porta sendo fechada, mais seu pressentimento alertava que já estava a sós com a rainha e mais ...uma, duas, três...seis criadas ao todo.

Esme sequer levantou os olhos em sua direção estava sentada na mesa assinando algo. Logo em seguida outra criada colocou mais três lenços em sua frente e a rainha enrugou a testa como se decidisse qual deles seria o melhor.

— Esse daqui.- apontou para um azul turqueza. Quando outra criada ia colocar mais algo a sua frente, pela distância Isabella notou ser talheres, a rainha esbravejou. – Chega...chega...chega! – colocou as duas mãos nas têmporas as massageando – Eu não aguento mais. Preciso de vinte minutos. Vão...vão...vão..- chacoalhou a mãos dispensando as empregadas que saíram correndo. Isabella se afastou para que não fosse derrubada no caminho.

— Ai como isso é insuportável! – Esme reclamou ainda com os olhos na mesa. – ter que planejar um casamento real em apenas dois dias. Vou dizer-lhe algo Amirah.- finalmente seus olhos se encontraram com o de Bella. Nessa hora ela notou o quanto o olhar de Esme era gélido em sua direção. – Nunca. Jamais tenha filhos. Mesmo já sabendo que você jamais irá assumir um posto de rainha, é meu dever previni-la.

De algum modo as palavras gentis de Esme soaram com profunda ironia.

— Sogra – Isabella fez uma reverência. Parecia que de algum modo, só por estar na presença daquela mulher, todos os meses que teve tendo aulas em como ser uma mulher submissa, dentro das leis do islamismo, haviam desaparecido.

— Sogra? – Esme se levantou finalmente se aproximando de Isabella – Mais quanto atrevimento! Não lhe dei e nunca darei permissão para chamar-me assim. E pelo que soube de meu genro, você nada mais é que uma prima de segundo grau, achada em meio aos escombros dessa maldita guerra infindável. – puxou o véu de Isabella de repente a pegando desprevinida. Deixou a mostra seu cabelo e todo o rosto descobertos. – Uma simples menina ordinária. – andou circulando o corpo de Isabella – Não entendo Amirah, o que meu filho viu em você para desafiar dessa forma nosso conselho. Para desafiar seus pais.

Isabella tentou se controlar, porém quando percebeu as palavras já haviam saido de sua boca.

— Talvez pelo mesmo motivo que o emir casou-se com a senhora. – sem que esperasse, Isabella só sentiu uma profunda ardência no rosto. O tapa fora tão forte que chegou a virar seu rosto. Esme jogou o véu no chão aos pés de Isabella que tremia de raiva com os punhos cerrados junto ao corpo. Estava louca para voar na megera.

Porém sabia que iria passar por isso. Tinha que controlar seu temperamento a todo custo. Agir com cautela para que não fosse descoberta.

— Como ousa me comparar a você?! – fez questão de frisar o “você” demonstrando o total desprezo que sentia pela nova nora . - Desde o inicio já imaginava que tipo de mulher meu filho traria para casa. Circundou a mesa voltando a se sentar.

— Tem razão minha rainha. – Isabella se odiou pelo o que estava por fazer, mas lembrou-se que era necessário atuar. Não queria trazer problemas para Edward. Se ajoelhou com a cabeça enterrada no chão -  Peço perdão. Não foi minha intenção. Quis apenas dizer que pelo amor que o emir tem por...

— Cale-se Amirah! Você precisa aprender qual o seu lugar aqui! Do contrário serei obrigada a fazer reclamações suas a meu marido, o emir e ao sheik.

Ainda com o rosto rente ao mármore frio, Esme não pode ver o entortar de boca de Isabella. Pelo pouco que conhecia do emir, duvidava que ele fizesse algum mal a ela, mas com certeza iria demonstrar que ela não se preparou nesse ultimo ano para estar ali.

— Sinto muito minha rainha, me perdoe.

— Saiba que esse casamento mulambento que meu filho teve o desplante de fazer aqui para nós é tão nulo quanto o brilho do sol a noite. Aqui nessa casa você nada mais é que uma criada. Deve servir a mim e Rosalie como suas únicas senhoras. – Isabella mordeu a própria língua para não soltar o palavrão que estava atravessado em sua garganta. – Rosalie não deve se aborrecer de forma alguma, portanto faça o impossível para agradá-la.

Esme a fitou mais uma vez.

— Já sei que tem uma língua muito afiada Amirah. E se não consegue se portar a minha frente, imagine amanhã nas primeiras horas do dia frente a todo o povo, durante a cerimônia?

— Posso assegurar-lhe que me portarei da melhor maneira possível minha rainha,

— Talvez sua melhor maneira não seja suficiente.- murmurou Esme – mas não posso mais me opor a isso, uma vez que meu marido está lutando para que o conselho a aceite, Em todo caso Eward precisará de uma mulher para servi-lo na cama, tão logo sua esposa não possa mais fazê-lo, afinal o repouso nesses primeiros meses é necessário.

Isabella tentou assimilar as palavras. Sabia que algo lhe escapara mais não conseguiu perceber o que era. Edward já havia dito que Rosalie não seria problema, talvez essa fosse a desculpa que usassem para camuflar a distancia um do outro, enquanto

 

Ouviram batidas na porta.

— Levante-se Amirah. – ordenou Esme voltando a olhar para a mesa – vamos começar a prepará-la para o ritual. Podem entrar. – disse um pouco mais alto.

As mesmas criadas entraram sendo acompanhadas por mais uma dúzia. Assim que todas já estavam no aposento, Esme se levantou ficando ao lado de Isabella. Passou um braço por seus ombros como se fossem grandes amigas.

— Essa é Amirah, futura esposa do sheik Edward e senhora de vocês.

Rapidamente todas fizeram uma reverência ao redor de Isabella. Nesse momento ela sentiu seu coração se aquecer ao reconhecer uma delas. Já era bem idosa e seria impossível não lembrar da única amiga que tivera naquele lugar. Zafrina. Seus dedos fornigaram loucos de vontade em tocar, em abraçar a amiga, mas não ali. Não poderia ser reconhecida. Haveria um melhor momento e esperaria ansiosa por isso.  

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Apesar de o dia do casamento ter amanhecido claro e enolarado, a noite que o antecedera tinha sido um verdadeiro tormento para Isabella.

Ela não dormira um minuto sequer. Em outro momento, ela poderia até agradecer por ter seu corpo massageado com óleos cheirosos e seu cabelo hidratado com iguarias exóticas mas que o estavam deixando sedosos e com um brilho intenso. Porém a única coisa que ela queria era alguns minutos sozinha. Queria tirar aquela lente que estava pinicando seus olhos deixando-os ainda mais vermelhos. Queria poder se espreguiçar e fechar os olhos por alguns momentos.

Aquilo parecia impossível, ainda mais com arainha que ia no aposento de 30 em 30 minutos verificar os preparativos para o ritual. Sem falar que ela aproveitava para dar pequenas agulhadas em seu ego. Dizendo que seu corpo mais parecia como um corvo do deserto, com um nariz enorme como se fosse o bico da ave alem de seu copo miúdo e sem curvas e que com certeza o vestido escolhido cairia no meio do templo de tão magra que estava. Fora as dúzias de maquiagem que experimentara e que segundo Esme nenhuma havia ficado bem, todas a deixaram ainda mais com o semblante de um cadáver.

“- Desse jeito o sheik Edward sairá correndo assim que a vê! Uma múmia zumbi!”— foram as palavras que disse na ultima vez que esteve ali.

Toda aquela situação a estava deixando muito frágil. Começou a imaginar porque Edward não havia lhe procurado em nenhum momento desde o dia anterior.

“Calma Isabella... Calma.— recitou para si mesma um mantra – Algo deve ter acontecido que o impossibilitou de estar ali ao seu lado.”

À medida que o tempo passava, mais sua cabeça criava situações inimagináveis pela sumiço de Al Badim. Talvez ele pudesse estar com Rosalie. Por mais que ele tivesse dito que eles não eram um casal, ela era sua esposa. Teriam se reconciliado?

Uma das criadas colocou o bracelete de prata nos pulsos de Isabella enquanto a outra terminava a trança embutida adornada por duas correntes finas cobertas de safiras.

— Veja...veja...- Bella notou quando algumas criadas correram em direção a TV que estava ligada no canto do quarto.

A capital do Egito, estava enfeitada e pronta para o tal ritual. Pela TV Isabella ouvia as comemorações ruidosas do povo. A bandeira do país, com três faixas horizontais nas cores vermelha, branca e preta, tremulavam em todas as ruas e edificios.

Tendo como tema central na bandeira a aguia de saladino, representa todo o ouro da nação.

O aposento designado pela rainha para que ficasse, mais semelhante  a uma pequena suite, estava apinhado de presentes que chegavam a todo momento, tanto do Egito como de Omã, expressando a estima do país por seu futuro governante.

— Olhe senhora, lá está o sheik!- exclamou a criada que arrumava seu cabelo. – O sheik é um homem muito bom.

Os olhos de Isabella voaram imediatamente para a tv. A enorme tela mostrava Edward em toda sua glória, e ela esqueceu de como fechar a boca. Bonito era pouco para descrever seu marido.

O carro que o transportava mais parecia uma carruagem dourada, provavelmente blindada, com a parte de cima descoberta, percorria a avenida central de Cairo, cercada por uma multidão que acenava e gritava alegremente. Levava também seus pais, o emir Carlisle sentado ao lado da rainha Esme, sentados no banco da frente. Edward estava sentado no banco de trás, vestindo um uniforme militar azul marinho com detalhes dourados. Várias insignias presas ao peito que realçava seu corpo másculo e de exemplo de principe perfeito. Levava uma espada embainhada no colo.

A câmera deu um close em seu rosto e Bella não conseguiu deixar de olhá-lo e pressentir que algo não ia nada bem. Ele transbordava uma certa tensão nos ombros. Uma apatia no olhar, e, embora tivesse um sorriso fixo no rosto, a alegria não chegava a seus olhos. Bella sentiu uma nova angústia no peito, dessa vez tão forte que chegou a colocar a sobr que o local. E foi então nesse momento que viu.

Edward, com todo seu isolamento, estendeu a mão para a mulher ao seu lado. Ela era linda. Vestia um vestido branco com um delicado lenço verde cobrindo-lhe a cabeça. Estava com as bochehchas coradas a deixando ainda mais bela.  De mãos dadas e dedos entrelaçados, ela se levantou ficando de pé junto dele com os braços erguidos. Foi o suficiente para que a multidão em polvorosa tentasse furar o bloqueio explodindo em urros de intensa felicidade. Aplausos ensurdecedores e gritos de alegria eram direcionados ao feliz casal como se fossem deuses aqui na terra. Ao contrário dele, Rosálie, a esposa, sorria abertamente e era possível ver o quanto estava feliz, chegando a ser até mesmo pálpavel aquele sentimento.

Mas toda aquela alegria que o cercavam, parecia não conseguir atingi-lo. Como se houvesse uma redoma em volta dele impenetrável.

“O que está acontecendo? Oque significa aquilo?”

Questionou Bella em pensamento, sendo tomada agora por uma vertigem. Se apoiou nas costas da cadeira.

Como se respondesse ao seu pensamento, uma das criadas respondeu.

— A princesa Rosalie está grávida. Finalmente os reinos irão parar com a guerra...

Bella não conseguiu ouvir mais nada. O quarto rodou cada vez mais rápido e ela desmaiou. Antes que atingisse o chão, uma das criadas apoiou sua cabeça.

 

E começaram a correr pelo quarto tentando socorrê-la.


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Notas finais do capítulo

E então é isso. O que será que aconteceu minha gente? Edinho aceitou seu filhote com a jararaca? E Esme a cobra mãe, parece que não irá facilitar em nada as coisas para nossa Belinha que também já mostrou logo que não está ali para engolir nenhum sapo, mas por amor acabou se curvando as maldades da sogrinha. E agora com a notícia que sheik Al Badim será pai, o que deve passar pela cabeça da nossa Bellota... ainnn sabe que estou com dó dela gente. Vamos aguardar os próximos capitulos... Me contem o que acharam e mais uma perguntinha fofys...será que o desmaio de Bella é devido ao calor escaldante do deserto ou terá outros motivos? HAUHAUAHUAHAU Aguardo coments meu povo, bjos.