A Odalisca escrita por Titina Swan Cullen


Capítulo 22
Capitulo 22


Notas iniciais do capítulo

LEIAM AQUI !!!!!!!!Olá flores do meu jardim. Estou passando brevemente apenas para dizer que estive internada algum tempo e passei por uma delicada cirurgia. Do hospital vi as mensagens de vcs, mas estava sem ânimo para fazer qualquer coisa. Hj estou em casa e me sinto um pouco melhor então resolvi ao menos explicar- lhes o motivo da falta de postagem da Odalisca. Minha amiga e eu estávamos empenhadas em outra fic que ela assumiu postando alguns capítulos que já estavam prontos. Não sei quando...pois também sinto falta de todos vcs. Um grande bom e fiquem com Deus.
ESTE AQUI FOI O COMENTÁRIO QUE COLOQUEI LÁ NO PERFIL PARA EXPLICAR QUE DESSA VEZ, POR MOTIVO DE FORÇA MAIOR, MEU ATRASO FOI DEVIDO A CIRURGIA. Porém surpreendentemente saiu um pequeno capítulo hoje. Não está revisado, então desculpem os erros.



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— É impressionante!!- berrou o emir furioso – Como você consegue transformar um lago límpido e calmo em um mar de águas agitadas e escuras, capaz de engolir qualquer embarcação que se aproxima!

Ao contrário do que esperava Al Badim não tinha um pingo de remorso ou arrependimento no olhar.

— Fiz o que devia e nem o senhor nem ninguém irá me separar de Isab....

— Cala a boca! – o emir parou o punho cerrado bem próximo do rosto do filho. –Cala -a - merda - dessa – boca! - o coração de Isabella palpitava forte no peito. Estava a sós com aqueles dois homens gigantes numa ala privativa do aeroporto de Cairo, meio que escondida pelas costas de Edward que a mantinha firme e segura, atrás de si, pronto para defendê-la caso alguém ousasse tirá-la de perto dele novamente. – O nome dela é Amirah! – sussurrou irado o emir com os olhos vermelhos e raivosos. - E assim será pra sempre.

— Sabe muito bem que o nome dela...

— Eu sei muito bem o que eu soube. – disse como se fosse obvio - Que você se casou com a prima de nosso parente, Jasper. E ponto final.

— Eu soube de tudo. De tudo o que fez para que eu não a encontrasse...

— E eu de toda sua farsa, fingindo perda de memória. E ponto final! Depois de toda a confusão que você armou eu espero que o passado permaneça justamente onde deve. No passado.

Tentou rodear o filho para enfim vê a moça escondida pelo braço protetor. Mas conforme se movia, o sheik se movia junto cobrindo com seu grande corpo a mulher atrás de si.

— Amirah. – chamou irritado, quando notou pela terceira vez que Edward se movia junto não permitindo que ele tivesse visão de sua nova esposa. Pegou o braço da moça com o máximo de delicadeza que podia, a puxando para frente do Edward.

Isabella vestia um longo vestido rosa claro a deixando com um ar ainda mais jovem. Um véu floral cobria-lhe boa parte da face, deixando a mostra seus olhos verdes penetrantes.

O emir levantou a mão tocando o véu. Sentiu quando o filho enrijeceu na mesma hora passando um braço pelo tórax da moça a puxando para si.

Carlisle bufou impaciente.

— Posso?- pediu sua permissão para soltar o véu. - Ou vai fazer uma cena de ciúmes tão grande só porque seu pai quer falar com sua esposa. – ouviu o ranger de dentes do filho. Edward deu apenas um leve aceno com a cabeça. O emir vislumbrou a face da moça. De certo já havia a visto, e, meio que pelas sombras de Alice que cuidara da moça nesse um ano e pouco que se passou, mas não se recordara o quão bonita ela era. O nariz arrebitado e o mesmo olhar determinado que tinha visto a pouco tempo no rosto do filho, confirmavam sua resolução em estar ali.

— Amirah, a quanto tempo. – o emir trazia um sorriso sereno e acolhedor. Bem ao contrário do seu semblante quando cruzou com Al Badim. A puxou meio sem jeito, para um abraço e dois beijos no rosto, já que o filho a mantinha presa e bem próxima de si. – Dessa vez está certa de que é esse ogro o que quer? – apontou com o queixo para o filho arrancando um sorriso de Bella e um murmúrio indignado de Al Badim.

— Sim, sogro. – respondeu ainda sorrindo. – Amo seu filho e...- colocou sua mão sobre a de Edward que a mantinha bem firme em volta de sua cintura. – dessa vez sei bem o que me aguarda e como devo agir.

— É bom saber disso. Fico muito feliz em saber que alguém aqui ao menos tenha juízo.

A primeira coisa que iremos fazer é prepará-la para o ritual. Aqui há duas saídas, você irá com Emmet para o palácio enquanto seu marido virá comigo para a coeltiva de imprensa e em seguida iremos falar com o conselho.

— Eu e Isab... – recebeu um olhar cortante do pai – Eu e ... – o nome entalou em sua garganta. Seria muito dificil, vendo agora chamar a mulher que amava por outro nome – Isabella e eu iremos juntos. – disse seu nome sem se importar com o olhar raivoso do emir - Além do mais pouco me importa o que os velhos anciãos achem ou deixem de achar.

— Sabe muito bem que deve desculpas seu moleque insolente por ter agido desse jeito.- Carlisle tomou uma inspiração profunda tentando controlar a raiva que ameaçava explodir de novo. Por mais que quisesse repreender o filho como uma criança pequena, ele agora era um homem adulto e futuro rei de Omã assim como herdeiro de diversas terras do Oriente. -  É o mínimo que terá que fazer, implorar pelo perdão dos ancestrais. Agora suas necessidades mudaram. Ao assumir uma segunda esposa também colocou Amirah de frente. Acha mesmo que todos nossos inimigos e aliados ficarão quietos ao confirmarem a noticia de que desposou uma outra mulher.- os olhos do sheik ampliaram por uma fração de segundos, muito rápido, mas por tempo suficiente para que Carlisle percebesse que o filho não estava de fato preparado.

Al Badim lá no fundo sabia disso. Sabia que não só teria que lutar pela aprovação de seu casamento como lutar com todas as forças para mantê-la segura. O Oriente era uma terra vingativa que destruía tudo e todos que se opunham a eles.

Isabella sentiu um arrepio pelo corpo. Já sabia o que esperar sendo uma odalisca para o sheik, e mesmo que improvável, Alice chegou a falar com ela sobre como ser uma esposa de um sheik e em suas implicações. Mas ouvir isso da boca do emir soara terrivelmente real.

— Vou mandar Emmet preparar o carro. – anunciou o emir deixando o casal a sós.

— Não se preocupe. Não deixarei que nada nem ninguém faça mal a você. Assim que meu pai chegar o avisarei que seguiremos juntos até o palácio. Ele falará com a imprensa...

— Não Edward...está tudo bem. Sabíamos que seria assim. Vamos fazer a coisa certa.

— Não irei colocá-la em risco.

— Quando aceitamos ficar juntos já sabíamos dos problemas – Isabella ignorou a carranca de Al Badim - Não está me colocando em perigo.  Eu já estava preparada para isso.

Edward ainda contorcia a face numa careta terrível quando o emir abriu a porta sendo seguido pelo conselheiro.

— Antes terá que dá um jeito em seus olhos. – anunciou – por acaso você ainda tem as lentes castanhas? – Isabella assentiu. – Seus olhos são belíssimos mas não é algo praticamente raro aqui no Egito termos moças com essa cor de Iris. – entregou-lhe uma bolsa de papel.

— Por aqui Amirah. – Emmet a conduziu até o pequeno banheiro e assim que Isabella fechou a porta, Al Badim soltou um suspiro pesado deixando o corpo quase tombar se não tivesse se encostado na mesa de granito do lugar.

— Por Alá, o que eu fiz? – murmurou esfregando o rosto com as duas mãos. – Não posso deixar que nada aconteça a minha Bella.

— E nada vai acontecer. – respondeu o emir convicto. – Você só precisa demonstrar que tudo continua como antes. Que Amirah nada mais é que uma mulher para aquecê-lo nas noites frias.

— O quê?!  - retrucou com impaciência com as palavras do pai.

— É isso ou irá atrair a atenção de muitos inimigos. Rosalie é sua esposa escolhida há anos pelos ancestrais e é dela que deve vir o primeiro filho. – afirmou sem rodeios ou enganações.

— Jamais terei um filho com Rosalie. Já disse isso ao senhor. Não a amo. É Isabella que amo. Ela é a mulher da minha vida.

— Depois que Rosalie tiver o primeiro filho, tenha quantos outros quiser com Amirah.-seu tom era de aviso. Essa possibilidade era impossível de todas as formas, e depois com o tempo, acharia um jeito de burlar mais uma daquelas leis absurdas de seu povo. – E outra coisa- o emir adiantou-se - Nunca deixe transparecer esse amor que sente por ela. Será muito fácil atingi-lo desse modo. Saberão que para desequilibrá-lo terão apenas que alcançá-la primeiro.

— Não posso. Não coseguirei. A amo mais que tudo. Nem que tenha que abdicar da minha posição real...

— Não volte a repetir isso. Pensa que seria tão fácil assim? Algo dessa grandeza está alem de sua vontade. – Al Badim empalideceu. Piscou algumas vezes jurando que faltava pouco para enlouquecer de vez, pois não acreditava ter seu pai a sua frente com um tom claramente preocupado, afirmando sem sombra de duvidas que para onde quer que fosse Isabella e ele seriam perseguidos por inimigos, como terroristas. - Trate-a com bem menos aparato do que  trata sua primeira esposa. – Edward sorriu em desgosto. Não dava nenhuma pompa a Rosalie e se assim fosse, não poderia sequer conversar com Isabella - Na cama mostre a ela o quanto a ama, mas fora dela trate-a como apenas uma dentre tantas outras mulheres.

— Terá que fazer isso meu amigo. – Emmet se juntou o coro como se quisesse obrigá-lo a agir de acordo com as leis.   

— Do que estão falando?- retrucou com impaciência.

— Senhor não...- Emmet foi interrompido por Carlisle pôs a mão no ombro do conselheiro. Não adiantaria em nada conversar com Edward enquanto ele absorvia aquelas informações.

Edward compreendeu então que se não era mais possível escapar daquele inferno, teria de arranjar uma maneira de conviver nele, e infelizmente era um doente, um drogado irrecuperável que precisava a todo custo ter sua heroína ao seu lado, precisava ter Isabella consigo.

Amaldiçoou o dia em que a encontrou naquele pequeno restaurante no meio do nada tirando dela toda a possibilidade de uma vida feliz ao lado de um homem de bem. Agora ela estava com os pés e mãos atados a ele, porque de fato, de uma coisa tinha certeza, jamais permitiria que ela se afastasse dele novamete. Era ciumento e possessivo demais para permitir isso. Não viveria sem ela.

— As coisas mudaram. Não serei mais uma marionete nas mãos dos velhos do conselho. Se terei que ficar será conforme minhas condições. – Porém eles que se preprassem. Era homem suficiente para fazer pagar com uma morte lenta e bem dolorosa, qualquer um que ousasse sequer pensar em sua aldi.

— Estou pronta. – Isabella abriu a porta, usando agora um khimar, um véu bem longo que chegava a cintura e cobria-lhe boa parte do corpo. O hijab, peça também que o emir lhe entregara, estava enrolado no pescoço e  cobria-lhe a cabeça. Seu rosto estava a mostra revelando agora seus incríveis e bem delineados olhos castanhos como o costume das mulheres locais.

— Ahh...Isabella me perdoe. – pediu Al Badim indo em passos largos, a abraçando. – Me perdoe por fazer do você passar por isso tudo.  

— Não se preocupe comigo. Eu estarei bem.- disse com o rosto enterrado no peito do sultão, presa pelo seu abraço.

— Quantos seguranças irão acompanhá-los Emmet ?– indagou.

—Dois carros.- respondeu – Além dos seguranças que irão nos acompanhar no interior do veículo.

— Será o suficiente. – respondeu o emir ao notar o semblante preocupado do filho. – Acharão que ela ainda estará aqui para a coletiva que só daremos quando estiverem bem longe.

 - Eu prometo, logo estaremos juntos.

— Eu sei. Vamos fazer isso dá certo.

Emmet já tinha a porta aberta a aguardando. Ela levantou o véu cobrindo o rosto. Teve que se esforçar para soltar a mão de Al Badim da sua. Não sabia dizer qual dos dois fazia mais força para que os dedos não se desgrudassem. E quando finalmente isso aconteceu, Isabella saiu rapidamente da sala. Não queria deixar que o sheik a visse chorando. Só que a verdade é que seu corpo inteiro tremia. Estava sim preparada para tudo o que estava por vir, só precisava se acalmar e convencer a si mesmo que custe o que custasse ajudaria Edward a passar por todo aquele turbilhão que ameaçava os engolir.

“ Um mundo cheio de obrigações, deveres e sacrifícios...O que mais? O que mais poderia ameaçar o amor dos dois?


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Notas finais do capítulo

E então gatinhas e gatinhos. Estou aqui deitada na cama, graças a Deus me recuperando bem. E então sem muito o que fazer, peguei o note e não é que saiu esse capítulo. Espero que gostem dele. Está bem curtinho, mas acho que preferem curtos do que tanto tempo sem postar e não se preocupem que o outro já está a todo vapor. Vou tentar postar amanhã, logo assim que eu acabar. Desculpem os erros, assim que possível revejo. Me digam se preferem todos curtinhos mesmos porém com a postagem mais rápida. Um grande bjo e muito obrigada pelo carinho de todos.