A Odalisca escrita por Titina Swan Cullen


Capítulo 20
Capitulo 20


Notas iniciais do capítulo

Oiee amores, agradeço a todos pelos comentarios. Muito obrigada mesmo. Voces são nota mil. Ao contrário de euzinha que demoro a postar. Perdão... é que minha vida é muita corrida e por mais que queira postar logo, as vezes outras coisas se sobrepõe e quando vejo já passou um tempo enorme. Enfim... desculpem mais uma vez. Bjokas flores do meu jardim. Espero que curtam o capitulo e comentem. ;)



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Chegamos no inicio da tarde aos EUA.

Quando o avião pousou, Edward foi o primeiro a se levantar para dar instruções ao piloto. Segundo ele não pretendia ter uma estadia muito longa ali, talvez dois dias no máximo.

Pela pequena janela do avião, observei a paisagem invernal de fim de ano. Começava a nevar e dei graças a Deus por já termos pousado ou do contrário, não seria possível. Quando voltou Edward tinha uma pequena ruga entre as sobrancelhas, quase imperceptível se eu não estivesse com os olhos compenetrados em seu rosto. Assim que percebeu meu olhar, ele abriu aquele sorriso mágico capaz de me fazer esquecer até as coisas mais simples como respirar.

A noite passada fora linda para nós dois e ainda conseguia me sentir presa na bolha invisível daquele quarto na Turquia. Observei Edward dar um nó na gravata. Vestiu o paletó.

Ele sempre se vestia muito bem.”

 Seus ternos eram os mais caros, modelos exclusivos feitos especialmente para ele, e seus sapatos de alfaiataria. O terno dele era cinza escuro quase preto, e a camisa grossa de algodão iria com certeza aquecê-lo naquele dia gélido. Ele se abaixou me dando um pequeno selinho. Sua barba por fazer me provocou cócegas.  Passei os dedos em seu cabelo bagunçado tentando domá-los um pouco. Em vão.

— O que minha adorável esposa está pensando? – ouvi um pequeno click soltando o cinto da minha poltrona.

—Em como tenho sorte por ter um habib tão adorável comigo.

— Eu? Adorável?- me puxou da poltrona. Levou minhas duas mãos a sua boca, as cobrindo de beijo. – Confesso que nunca fui chamado assim.

— Desculpe. – sorri fazendo uma careta -  Devo ter soado extremamente piegas.

— Não. – roçou seus lábios aos meus - Soou extremamente apaixonada. Assim como sou por você. E isso me faz muito feliz.- dessa vez beijou-me com intensidade. Como se temesse algo. Como se quisesse se prender aquele momento para sempre. Quando já estávamos sem ar, e minha cabeça nas nuvens, Edward nos separou. – Tem alguns abutres lá fora, mas não se preocupe. Você sairá pela ala particular.

Não tive tempo para perguntar, pois no instante seguinte, Edward me puxou para fora do jatinho. Num momento, ainda sentia sua mão quente sobre a minha e logo em seguida, não mais.

 Segui com outros seguranças para o hotel. Edward seguiu em direção ao escritório do primeiro ministro. E aqui estava até agora. Entrei na ducha tentando assimilar tudo o que tinha acontecido até aqui. De certo modo, agora entendia como as pessoas podiam acreditar em conto de fadas. Eu mesma estava vivendo em um. Estava casada com ele. Com o homem que amava. Ele não havia me esquecido. Se lembrava de mim e juntos tínhamos as mesmas recordações e memórias. Me deitei na cama sentindo os primeiros sintomas de real cansaço. Não consegui fechar os olhos durante o vôo. Edward queria saber tudo sobre mim neste tempo em que estivemos separados. Da real participação de sua família e de quem estava comigo durante todo esse tempo. Tive que achar graça quando disse que iria matar Jacob lentamente por trai-lo ao mesmo tempo em que daria um aumento a ele por cuidar da minha segurança todo esse tempo.  Estava sem dormir, acho que há quase dois dias. Ergui a mão bem perto do meu rosto admirando a grossa aliança. Minha aliança com Edward.

 “Minha aliança!”- soltei um gritinho seguido de um riso histérico.

“Meu marido. Eu prometo que custe o que custar, o farei sempre feliz.”

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Acho que devo ter adormecido em algum momento entre os campos da euforia e os prados do contentamento. Era assim que sentia todo meu ser. A primeira coisa que senti foi seu cheiro.

Edward estava deitado sobre mim. Deixava  rastros de beijos molhados por meu pescoço e o vale entre meus seios. Sorri ainda de olhos fechados me deleitando com suas carícias. O envolvi em meus braços passando minhas mãos por suas costas e prendendo meus dedos em seus cabelos.

— Já acordou? – ele perguntou levantando um pouco a cabeça.

— Não. - o abracei ainda mais apertado. - Ainda estou dormindo e quero continuar assim. –Ele riu e então seus lábios se juntaram aos meus. Um beijo cheio de paixão, desejo, saudade e mais infinitos sentimentos que não consegui identificar.

— Te amo...te amo – sussurrou em meu ouvido  após se afastar. Inclinou-se para me beijar mais uma vez. Dessa vez foi um beijo calmo e puro e mesmo assim também cheio de significados. Puxou meu corpo nos acomodando melhor na cama. – Tem um lugar – me deu um selinho -que quero que veja. – outro selinho.

— Estou bem aqui. – protestei – Não precisamos sair para lugar algum. - Ainda estava com os braços ao redor de seu pescoço e aproveitei para fazer um cafuné em seus cabelos. Senti sua ereção latejar em minha perna. Ele sorriu. Apertou-me contra seu peito.

— Estou com muito tesão por você, mas quero muito que conheça esse lugar e ainda tenho que alimentá-la.

— Não estou com fome. – menti. Senti meu estômago protestar. Num ato de pura força, ok...nem tanto já que Edward não mostrou resistência, consegui virar nossos corpos me sentando em cima do volume de sua calça. Uma perna em cada lado do seu corpo. Edward gemeu. Nos arrastou para a cabeceira da cama para apoiar as costas me deixando sentada sobre ele.

— Acho que podemos perder quinze minutos então? -  disse com a voz já rouca. Seus olhos estavam pequenos e carregados de desejo. Ele começou a beijar meu pescoço e mordiscar minha orelha. Senti todos meus pelos se arrepiarem.

— Talvez meia hora...- respondi já sem fôlego, desafivelando seu cinto e expondo seu membro já completamente ereto.

Edward abriu meu roupão e começou a beijar meus seios. Sua língua circulava meu mamilo enquanto suas mãos desciam pelo meu corpo afastando minha calcinha.   

— Não é que eu não goste de você magra, mas...- senti a ponta de seu membro começar a me penetrar - Quero que volte a seu peso de antes. - me puxou lentamente enquanto me tomava com delicadeza. Gememos juntos tamanho o prazer. – Quero...- suas mãos seguraram meus quadris me puxando de encontro ao seu corpo - que deixe seus cabelos cacheados. - numa investida forte, senti-o inteiramente dentro de mim.

— Ahhhhh – não consegui me segurar. O envolvi em meus braços.

— Quero ver seus olhos verdes. – dizia e suas mãos seguravam com força meus quadris num movimento de vai e vem. As  investidas ficavam mais fortes. Estava tomada de sentimentos nada puros. Meu corpo todo parecia formigar e esquentar ao mesmo tempo. No meio disso tudo procurei seus lábios. Sua língua procurou a minha, numa dança alucinante por desejo e possessividade.

Embora a posição, meu sultão era quem ditava os movimentos.  

— Ahhh... como senti falta disso.- disse ainda com a boca na minha. - E dessa cor – se afastou tocando minha bochecha afastando os fios de cabelo. Sabia que estava vermelha, pois meu corpo todo estava quente. – Essa cor é maravilhosa – Ahhhhhhh... – Edward gemeu aumentando ainda mais o ritmo das estocadas.

“Meu sultão selvagem. Amava isso.”

Não consegui dizer nada porque logo sua boca voltou a se juntar a minha. Sua língua invadiu com fúria minha boca sem pedir licença. E eu me derreti ainda mais com tudo isso.

Pov Edward

— Ahh... minha delícia.- a penetrava com força, gemendo a cada estocada. E a cada investida, um sentimento de posse, quase explosivo se apossava de mim. Isabella começou a se contrair ao redor do meu membro. Faltava pouco pra ela.

— Ahhh....Ahhhh.... H...Habib - agarrei com mais força seu quadril aumentando a intensidade das estocadas.

Quantas noites havia sonhado com minha Isabella me chamando de novo de habib. Queria que todas as vezes ela me chamasse assim agora. De seu habib. Seu único amor. Aquela simples palavra me tirou do sério e acabei gozando logo depois dela. 

Isabella estava vermelha e ofegante e eu estava do mesmo jeito. Esperei um tempo até que nos recuperássemos. A deitei de costas e repousei meu corpo ao seu lado. Ficamos assim, um de frente pro outro com um sorriso bobo e apaixonado, nos encarando por um tempo. Com as respirações ainda aceleradas.

“Linda. Ela é linda. E é só minha.”

 Toquei seu rosto e me aconcheguei para ainda mais perto. Sua boca estava convidativa e antes que pudéssemos nos beijar nossos estômagos fizeram um coro juntos.

— É...acho que agora estou faminta. – Bella disse sorrindo.

— Somos dois. – me levantei primeiro, não me importando com minha nudez. Isabella soltou um grito quando a carreguei nua para a sala.

— Deixa eu me cobrir com o lençol. – protestou, mas a calei com um beijo.

 “O que eu podia fazer? Sou completamente apaixonado por essa mulher!”

Vários pratos nos esperavam.

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Pov Bella

—“ ...É isso mesmo Howard. Nas primeiras horas dessa manhã, a acessoria de imprensa da família Al Badim informou que o super cobiçado sheik, príncipe Edward Al Badim, assumiu seu segundo  casamento com a prima de seu cunhado. Fica tudo em família. Hahahahaha”- ouvia a matéria sem acreditar em como a mídia era rápida. Ambos já estávamos prontos para sair. Eu usava um vestido azul marinho até os joelhos, salto preto e um coque levemente frouxo. Brincos de pequenas gotas de diamante. Estava bem discreta. Agora mais que nunca evitaria ser o alvo de atenções. Como ele havia pedido, tinha tirado as lentes, o que por um lado era bom já que elas irritavam muito e por outro eu temia que alguém me reconhecesse. Estava sentada na cama esperando Edward acabar de falar ao telefone. A ligação com seu pai já durava quase 30 minutos e pelo teor da conversa ele parecia irritadíssimo.

— “E qual o nome dessa nova princesa, Sthepany?”-perguntou o âncora do jornal.

—“ Sua acessoria não informou, apenas avisou que o casamento foi particular, com a presença de pouquíssimas pessoas. O que muitos já especulam é que um casamento feito tão as pressas e as escuras seria devido a algum herdeiro chegando.”

— “O quê?!  Será isso mesmo? Finalmente o povo do Oriente contará com o herdeiro tão sonhado? Vamos ter que esperar para ver...”

— “Mais do que isso, creio que além de um novo herdeiro outras preocupações estão a caminho, pois segundo fonte, o real Conselho não está aceitando nada bem essa nova situação, já que o mesmo sequer foi consultado...”

 - Pare de ver isso. – estava tão compenetrada que não senti aproximação de Edward. Ele pegou o controle e desligou a TV.

— Acha que realmente não será alvo da fúria do Conselho? – ele sentou-se atrás de mim e começou a beijar meu pescoço.

— Não estou nem ai pra a fúria do Conselho. – sua mão começou a deslizar por cima do meu abdômen. – Só me importo que agora a gente esteja junto. E nada nem ninguém irá nos separar. – me deu leve mordidinhas no pescoço. Todo meu corpo se arrepiou com  toque. Ainda assim não consegui relaxar com medo do que pudesse acontecer a meu sheik. Me levantei antes que me perdesse em meio a suas carícias.

— Mesmo assim. – ele segurou minha mão me trazendo para mais perto -Tenho medo do que possam fazer a você.

— A mim?! Nem a mim e nem a você. Ninguém vai fazer nada contra a gente. Eu te prometo. - me abraçou encostando sua cabeça na minha barriga.

Ele me olhou e seu rosto estava tão lindo. Tinha acabado e fazer a barba deixando apenas um pouco do bigode que começava a crescer.

Não consegui resistir e me abaixei encostando nossos lábios. Na mesma hora uma de suas mãos começou a subir por dentro do meu vestido enquanto a outra apertava o meu bumbum.

— Acho que assim não iremos conseguir sair do hotel – sorri ainda de olhos fechados – Não que eu esteja reclamando, mas não foi você quem disse que queria me mostrar algo?

— Sim...sim está certa. – disse a contragosto. Se afastou um pouco e seus lábios estavam rosados com meu batom. Passei os dedos para limpar. Seus olhos escureceram ainda mais não só de desejo. Também pude ver carinho, amor, devoção. Estava diante de mim, uma mulher comum. Entregando sua vida a ela e todo seu comprometimento com uma nação. Prometi a mim mesma.

“Não quero que nada de ruim lhe aconteça. Vou fazer o que for preciso para que não se envergonhe de ter me assumido e para que seu povo me aceite. Farei o possível para estarmos sempre juntos.”

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Pov Rosalie

Eu detestava lugares como este. E detestava mais ainda esse tipo de gentinha a meu lado. Tive que vir no vôo executivo de emergência. O emir havia me dito que

não poderia enviar o jato particular. Estava ocupado recebendo os inúmeros membros do Conselho vindos dos quatro cantos do Oriente.

Mordi meus  lábios para evitar que soltasse o palavrão preso na garganta no meio daqueles mulambentos. Victoria estava sentada ao meu lado. Mais cinco seguranças também estavam no mesmo vôo, espalhados pelo avião. Esse fora o único jeito que encontrei para voltar para o Egito o quanto antes.

Tão logo recebi a ligação de meu pai que a essa hora já devia estar no palácio a minha espera.

Ahh... como estava bem em Paris. Desfrutava daquele ar puro, pessoas belas, cidade bela e agora....

“ O  que deu na cabeça daquele imbecil?”

 Casar de novo. E sabe-se lá com quem. Não podia imaginar que ele faria uma coisa dessas. Era um otário mesmo. Desde que perdeu a memória ele estava mais calmo. Controlável. Tudo que eu pedia, ele fazia. Sem perguntas, reclamações ou brigas. Tudo bem que já não dormíamos mais juntos. Cada vez que tentava uma aproximação, era uma odisséia. Algumas vezes, ele se lembrava de mim vagamente e outras ele se esquecia até da mãe. Eu tinha ali, o momento ideal para tê-lo a meus pés. Mas quer saber. Cansei. Nunca tive saco pra cuidar de pessoas doentes, muito menos dele. Quando estava internado, só fui vê-lo uma vez e mesmo assim porque Esme me obrigou.

Também não sentia falta dele. Apenas minha posição já era suficiente. Ele não ficava no meu pé como antes e nem me cobrava mais em comparecer a esses eventos sociais super chatos e com pessoas que mais pareciam animais sem modos ou educação. Não tinhamos uma conversa descente, porém estava bem melhor do que antes dele perder a memória.

“Ô povo paupérrimo, era esse do Oriente!” 

Guiados por uma fé cega. Viviam em cima de escombros, ou soterrados por ele e ainda assim mantinham a fé inabalável. Principalmente achando que a chegada de um herdeiro, vindo dos príncipes predestinados poria fim aquilo tudo.

Sorri com deboche.

Era muita ignorância.

Contudo, tinha que admitir que em matéria de veneração, eles eram os melhores. Sempre que aparecia em publico, me tratavam como uma deusa. Era amada, embora os odiasse. Eu era idolatrada mesmo detestando cada um daqueles selvagens. Se pudesse ficaria para sempre no estrangeiro. Apenas recebendo os cheques do meu marido. Aquele idiota. Nunca esqueci a humilhação que me fez passar quando trouxe aquela européia para o palácio. E agora ainda isso. Um casamento. Com certeza encontrou alguma biscateira.  

Agora se casar?! Eu precisava no mínimo ser consultada. Segundo as leis egípcias eu teria que estar junto quando ele a escolhesse. E também teria que opinar já que eu era a primeira esposa.

“Pelo pouco que soube, ele passou por cima de tudo e de todos.”

 Tudo estava muito estranho. Bem sabia que ele não tinha amantes. Quem poderia fazê-lo perder o rumo e desafiar o Conselho dessa forma.

Pior de tudo seria encontrar meu pai.

 Agora por culpa daquele infeliz teria toda a fúria dele sobre mim.

— Aiii. –bufei impaciente.

—Ouvi rumores que ela poderia estar grávida! – Victoria disse ao meu lado.

— Grávida? - Uma criança horrenda chorosa de nariz escorrendo...– Arghhh.... - fiz cara de nojo só em lembrar. - Nunca serei mãe. Está fora de cogitação uma coisa dessas. -Passei mão na testa limpando o suor naquela sauna chamada de avião.- Edward não seria tão estúpido a esse ponto!

— Apenas um filho seria capaz de fazer com que o povo aceitasse essa união.- sussurrou Victoria. – A senhora é a princesa prometida. O povo todo será a seu favor. A menos que essa outra esposa tenha um filho dele.- Victoria segurou minha mão dando um beijo discreto porém cheio de intenções.

— É o único jeito de ser aceita sem que haja uma comoção nacional a meu favor. – sorri. Uma idéia começou a surgir. Até que as vezes Victoria me surpreendia.

Observei com curiosidade o gesto dela. Victoria era muito intensa em tudo. Era verdade que muito do prazer que tive nos últimos meses se deviam a ela. E também era verdade que ela era uma forte aliada dentro do palácio.

Vezes ou outras a achava muito submissa e isso me irritava nela. Só que de um tempo pra cá comecei a perceber que um sentimento estranho crescia dentro de mim por ela. Embora ainda não conseguisse identificar.

“Gratidão?”

 Não.

Jamais seria grata a alguém.

 Puxei minha mão a assustando.

— Assim que chegar ao palácio, quero que sonde todos os empregados. Alguém deve saber o que aconteceu nesse tempo em que estive fora.

— Sim minha senhora. – bufei. Como sempre, ela era muito submissa.

“Custe o que custar Edward, você vai me pagar. Você e essa tal que ousa por os olhos no que é meu por direito! Farei comer o pão que o diabo amassou!”

Teria que voltar para aquele lugar quente, seco e bege.

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Pov Narrador

Estava muito nervosa quando desceu do avião. O carro real já lhe aguardava com mais outros seguranças para lhe acompanhar.  Ela sentou-se atrás. Enquanto Victoria e o motorista sentaram-se a frente. Foram escoltados por mais dois carros que os seguiam na escolta do veículo real. 

Rosalie Al Badim percorria os corredores iluminados, caminhando na direção dos aposentos de seus sogros, situados na ala mais ao sul da área principal do Palácio.

Seus chinelos de couro mal faziam barulho ao tocar o piso de mármore. Já havia mandado Victoria sondar os outros funcionários em busca de maiores informações. Eram 21h30. Ela já deveria estar dentro de seu aposento e não caminhando pela ala. Na verdade não queria mesmo estar ali. Porém como acabara de chegar de viagem teria que dar logo satisfações para a sogrinha. Por sorte seu pai ainda não tinha chegado.

Parou na porta do quarto. Torceu para que o sogro não estivesse no aposento. Ou seu plano não daria certo. Deu batidas fortes na madeira secular. Assim que ouviu a ordem, adentrou.

— Sogra... – se ajoelhou fingindo choro – como isso aconteceu?

Esme estava sentada de frente a sua penteadeira dourada. Passava o hidratante nos braços e já estava preparada para deitar. Sua cabeça latejava após a conversa que tivera mais cedo com o marido. O emir havia lhe acusado por ter sua casa de pernas pro ar. Que ela apenas demonstrou não só para ele como para o mundo que não era uma esposa digna ao permitir que o filho fizesse o que lhe dava na cabeça. O que dirá do governo de seu país? Não quis saber de nenhuma explicação vinda por parte da rainha, sua esposa. Estava irado com tudo aquilo que ainda estava por vir.

— Eu que te pergunto, Rosalie. – pelo reflexo do espelho, mirou o rosto da nora. - A tratei como uma filha e veja só o que recebo em troca. Injúrias e calúnias! – se levantou e caminhou até ela. Rosalie se levantou.

— Mas sogra...eu não tive culpa...

— Suas lagrimas não me comovem. O emir me acusou. Por sua culpa! – apontou o dedo para nora. – Te ajudei a afastar aquela puta quando ele trouxe para o Palácio.

— Eu não sabia sogra. Meu marido agiu pelas minhas costas. Não sei nem quem é essa mulher.

— Um homem só procura fora quando o que ele quer não encontra em casa.

— Eu juro sogra...- Rosalie dizia aos prantos.

— Sogra nada... No ultimo ano esteve mais em viagens que eu durante toda minha vida. Só essa ultima, você já está fora há três semanas.- apertou a cabeça com as duas mãos. Com a discussão a dor voltava com força total.

— Sogra... eu demorei por que queria ter certeza. Fui aos melhores especialistas.

— Saia daqui!Não aquento mais ouvir sua voz!

— Eu espero um bebê. – colocou as duas mãos sobre o ventre. – O bebê sogra. O bebê tanto ansiado está aqui.

Na mesma hora os olhos de Esme nublaram com as lágrimas. Tocou a barriga reta da nora.

— Sim. Agora eu tenho. – afirmou Rosálie emocionada. Depois pensaria num jeito de prosseguir com aquela falsa gravidez. Precisava agora apenas de atenção. Não iria ser passada para trás por uma qualquer.

Edward jamais teria coragem de dizer que o filho não seria dele. Para um homem do Egito, sua virilidade, vinha acima de qualquer coisa e ele jamais assumiria em público, que não dormiam juntos há mais de um ano.

Esme acariciava a barriguinha da nora. A dor de cabeça já não mais importava. Finalmente iria esfregar na cara daquele país que sabia sim comandar seu Palácio.


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Notas finais do capítulo

E então o que acharam? Gostaria muito de saber.. bjos e até o próximo.