She and the dudes escrita por Rayssa


Capítulo 21
End of an era


Notas iniciais do capítulo

QUASE QUE NÃO SAIA! FORGIVE ME! Eu queria ter postado antes, o capítulo tava pronto a décadas. Eu estava desanimada, so sorry. Não tenho nenhuma desculpa. Espero que gostem.



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Eu não sou mais virgem!

Essa era a frase que queria escapulir de meus lábios quando Lanna perguntou porque eu não aparecera para pular no lago negro. Tanto eu, quanto Scorpius. Eu não queria dizer, mas sabia que as minhas bochechas estavam vermelhas.

– Oh! – Exclamou animada. – O que houve?

Afundei em meu banco, um suspiro pesado invadindo o som do ambiente.

– Nós... bem... – Oh merda.

Como eu iria dizer isso a Lanna? Nem era real para mim, meu coração estava ficando louco, meus ouvidos pareciam que iam estourar com o pânico enchendo o meu coração. Ainda não era real. Nada fora tão ilusório.

– VOCÊS DORMIRAM JUNTOS? - Berrou a garota, colocando as mãos na boca, chocada.

– MERLIN LANNA! – Arregalei os olhos. – Não precisa gritar. E nós fizemos mais do que dormir. – Meu tom era um tanto sarcástico, como se fosse uma piada.

Mas não era. Nós fizemos sexo? Ou seria amor? Foi tão sentimental, há realmente uma diferença? Unimos nossos corpos sob a luz da lua, adormeci ouvindo o ressonar de seu corpo e as batidas lentas de seu coração, presa em seus braços, aconchegada em seu tronco, observando o rosto de um anjo.

Acordei com os primeiros raios do sol, os olhos azuis acinzentados de Scorpius me encaravam. Ele me deu uma escolha, eu podia ficar com ele ali para sempre ou aquilo poderia ser o nosso adeus. Eu queria escolher a primeira opção, só que eu não podia. Não estava pronta para isso, para esse sentimento arrebatador que me dominara. Fora tão perfeito, tão certo, eu não podia arriscar que essas lembranças fossem transformadas em dor no futuro.

Então era o nosso adeus, apenas amigos, concordamos entre lágrimas, abraços e sussurros.

– Vocês estão juntos também? – Sua voz era cheia de surpresa.

– Não estamos juntos... – Arregalei os olhos. – Também? Você e Albus também... ? – Suas bochechas ficaram vermelhas.

– Nós ainda não dormimos juntos. – Admitiu. – Mas decidimos ficar juntos. – Seus olhos ficaram esperançosos. – E meu pai sabe. – Afirmou.

Sem querer, soltei um daqueles gritinhos totalmente gays.

– Não acredito! – Pulei em seu banco, passando os braços ao seu redor, feliz por vê-la feliz.

– Credo Rose! – Uma voz irritada surgiu da entrada da cabine.

Albus estava ali, seus olhos verdes cheios de graça e sarcasmo.

– Você poderia ser menos fresca, doeu em meus ouvidos. – Resmungou. O garoto assentou-se a nossa frente, um sorriso vitorioso em seus lábios. – Onde estava ontem à noite, posso saber? – Abriu os braços, um chamado silencioso para que Lanna fosse até ele, e ela não hesitou.

Eles queriam estar juntos, ninguém poderia julgá-los.

– Estava jogando Xadrez-bruxo com o Scorpius e perdi a hora. – Lanna sufocou uma gargalhada e a expressão de meu primo ficou surpresa.

– Ele perdeu todas, não é mesmo? – Levantou as sobrancelhas, sem entender a ironia em minha voz. – Ou tem outra razão para ele estar tão filho da puta hoje? Sem ofensas a Astória é claro. – Deu de ombros.

Ouvir aquilo foi como uma faca em meu coração. Enquanto eu estava toda feliz por ele ser meu o primeiro e pela noite mágica que tivemos. Ele estava se remoendo, provavelmente, achando que a razão pela qual eu não queria ficar com ele era o Karich. Mas não era. Eu simplesmente não podia lidar com o sentimento, com tudo aquilo, era arrebatador demais como ele crescerá ainda mais em toda a minha angustia e nossas brigas. Por mais que eu mentisse para mim mesma, dizendo que eu não queria esse relacionamento e que estávamos destroçados demais, a razão pela qual eu não podia deixar era o meu medo de não dar certo e perdê-lo por toda a eternidade.

– Tudo culpa do jogo, acredito eu. – Os olhos de Lanna estavam esbugalhados e ela afundou o rosto no pescoço do namorado, tentando esconder a vontade de rir. – Foi um jogo particular, bem diferente dos comuns. – O corpo da garota começava a tremer.

Então, Albus explodiu em um gargalhada.

– A garota começa o ano como uma puritana, sem ter beijado bocas que não fossem a de seus ursos e sai uma devassa que trata sexo como xadrez, porra Rose, não te conheci assim. – Todos gargalhamos, sem controle algum.

Afundei em meu banco, tremendo de tanto rir.

– Um ano de mudanças, o fim de uma era. – Relembrei o discurso.

Apesar das risadas que ecoavam pela cabine, eu ainda sentia o peso do discurso e de como eu esperava estar tomando as decisões certas, as nossas escolhas eram importantes demais.

X

Lysander

Eu observava a paisagem passar pela janela do comboio, sentindo o cheiro doce de que emanava do cabelo castanho e liso de minha namorada. Sua cabeça estava encostada e meu peito, seus dedos presos aos meus. Já havia um tempo que estávamos juntos e eu ainda estava transbordando de felicidade por estarmos juntos.

– Eu nunca te expliquei o porquê.

O som de sua voz chamou a minha atenção para o seu rosto encolhido em meu peito. Sua voz era baixa, suas mãos se apertando mais contra as minhas.

– O porquê do que? – Colei meus lábios em seus cabelos, beijando o topo de sua cabeça.

– De eu te tratar tão mal antes de tudo isso. – Ela se remexeu, virando em minha direção.

Passou suas pernas sobre as minhas, deixando uma certa distância de nossos corpos, podendo assim encarar-me.

– Vai me explicar agora? – perguntei. Parecia uma outra vida, eram memórias embaçadas e irreais, totalmente confusas e conflitantes.

Ela assentiu.

– Após a morte de meu pai, eu costumava sonhar com você. Eram coisas simples, sonhos bobos. Conversas em frente ao lago negro ou durante um jogo de xadrez bruxo. Nada especial, porém, eram sonhos que mexiam comigo, nunca entendia o que eles significavam, era intrigante.

"Quando Luna morreu, foi um choque a todos nós. Mesmo ela tendo adoecido, ninguém estava preparado para isso. Hugo disse que vira Rose chorar como um bebê, se recusando a sair do quarto. Ele mesmo chorou enquanto contava. Então, naquela noite, eu sonhei com você. Dessa vez, você estava na cozinha, um olhar esperançoso, enquanto provava um dos cookies que acabará de fazer. Mas logo a decepção tomou conta de você. Então, te vi encolhido embaixo da bancada, soluçando. Mas ninguém estava lá. Não havia ninguém para ficar com você.

"Isso me comoveu. Eu tinha que ir vê-lo, conversar com você, ajuda-lo como ninguém havia me ajudado. Os cookies. Já que você os queria, eu decidi fazê-los, não sabia muito bem fazer, porém, parte de mim estava certa de que estava fazendo a coisa certa, eu apenas segui a minha intuição.

"Durante aqueles dias em que conversávamos sem parar, eu ficava cada vez mais atraída por você, haviam momentos em que eu pensava em te beijar, mesmo que fosse rapidinho, mas não tinha coragem. Meus sonhos ficaram cada vez mais vivos, as conversas eram mais divertidas e muitas vezes, com um toque romântico. Eu sonhava acordada com o dia que você chegaria e me chamaria para sair, ou apenas me beijaria. Um dia, vocês foram jogar quadribol nA'Toca e eu estava lá, observando da janela.

"Você, Scorpius e Albus se aproximaram da janela. Vocês provocavam Albus, falando sobre o corpo da Lily. Comentando coisas do tipo 'Ela tá gostosa' e 'Você viu aqueles peitos?'. Eu sabia que era uma brincadeira, mas isso não era o bastante, Albus falou 'Acho que você deveria ficar calado ou eu vou atrás da sua Lulu' e você riu 'Ela não é minha. E ela até é gostosinha, mas a Lily, oh, a Lily, nossa, se eu tivesse uma oportunidade'. E eu corri da janela, afundando-me em meus livros.

"Como eu te odiei por isso. No mesmo dia, meu sonho se realizou, você me chamou para sair. Eu estava com tanto ódio, tanto ira. Eu só queria te bater, te fazer sofrer como você fizera comigo.

Um soluço escapou dos doces lábios de Lucy e eu a puxei para o meu corpo. Eu lembrava dessa conversa. Eu e Scorpius havíamos decidido irritar Albus por ele ter furado com a gente para ficar com a Lanna. Lembrava de como fiquei irritado pelo Potter falar da Lucy, como eu quis fazê-lo pagar. Não gostara da forma como ele trato a Lucy, tão carnal, tão idiota.

E foi essa sensação que me fez tomar uma atitude, a ideia de que alguém mais a visse de forma carnal, ela merecia mais.

– Descul... – Minhas palavras foram cortadas pelos lábios sobre os meus.

– Não importa. – Murmurou. – Estamos juntos agora. Tudo isso é passado. – Seus lábios sussurraram as palavras sobre os meus. – Eu te amo, isso é o que importa.

– Estamos juntos e ficaremos juntos para sempre. - Confirmei. – Não importa se Hogswarts acabou para mim e não para você! Se estivermos juntos, vamos dar um jeito. – Selei seus lábios. – Eu te amo, isso é, realmente, o que importa.

X

Rose

Quando o trem apitou que era a chegada, estávamos todos lá. Eu, Lanna, Hugo, Lily, Albus, Scorpius, Lysander e Lucy. Todos no mesmo vagão, conversando e rindo. O garoto a quem eu me entregara noite passada tomou o mesmo posicionamento que eu, agindo como amigos. Éramos mais íntimos, conhecíamos cada parte um do outro e, por incrível que pareça, isso pareceu nos aproximar. Talvez tenha sido a naturalidade como ele agiu, mas senti-me preenchida por aqueles pequenos olhares cúmplices e sorrisos bobos.

Caminhamos todos juntos pelo corredor do trem. Lanna puxou uma de minhas mãos, prendendo em seus dedos, apertando com tanta forma que minha mão começou a formigar. Saímos do trem, um a um, Scorpius me ajudando a descer o último batente como se fosse a coisa mais normal do mundo.

Era o fim, eu sentia meu nariz arder, meu coração acelerar.

A emoção tomou conta de meu corpo quando Lysander abraçou-me com força, um ato que não era comum entre nós. Eu sabia que havia um sorriso em seus lábios, assim como havia nos meus.

– Acabou. – Lembrou. – Por mais assustador que seja, temos que seguir em frente. – Aconselhou-me e passou os dedos entre meus cabelos. – Não esqueça de me enviar cartas, ou você receberá um berrador bem constrangedor. É o fim da escola, mas, um dia, seremos todos vizinhos.

Quando se afastou, deu uma piscadela e saiu com os braços sobre os ombros de sua namorada.

Dois braços puxaram-me pela cintura, abraçando-me pelas costas e em seguida, girando-me para ficar de frente para o garoto de cabelos loiro, observando as janelas de sua alma brilharem pelas lágrimas que começavam a se formar.

– Se ousar me esquecer... – Engoliu em seco, sem terminar a ameaça.

Eu passei meus braços por seu pescoço, escondendo meu rosto em seu peito, sendo invadida por um conforto e uma sensação de familiaridade. Merlin. Scorpius sempre fora um porto seguro para mim, como eu pude ser tão burra de me apaixonar por ele?

– Nunca serei capaz de esquecer de você... – Murmurei contra seu peito. – Você significou e significa muita coisa, passamos por muita coisa para ficar no esquecimento. – Suas mãos agarraram-me com mais força.

– Sempre que precisar ruiva, eu faço... – Eu o interrompi.

– Eu sei Scorpius, eu sei. – Ficando na ponta dos pés, beijei a sua bochecha e sorri. - Eu também faço qualquer coisa por você.

Nossos olhos se encontraram, cumplicidade, felicidade, compreensão.

Tudo estava no lugar.

Os braços de Lanna me apertaram contra si e eu não hesitei em retribuir. No início do ano letivo, eu odiava a garota que eu estava abraçando, agora ela era minha melhor e única amiga. Muita coisa havia mesmo mudado em um ano.

– Eu vou jantar na casa do Albus, então, nos vemos mais tarde. – Sussurrou baixinho, podia ver que ela se controlava para não chorar.

Ignorei minha natureza grosseira e solucei em seus braços. Ela iria embora amanhã de manhã e eu não queria que ela fosse para longe, a queria comigo, a pessoa que me confortou em um momento de necessidade e que confiou em mim todos os seus segredos.

Minha melhor amiga, minha confidente e minha irmã.

– Eu vou sentir... – funguei. – Muito a sua falta.

O abraço ficou mais firme e ela também estava chorando. Pelas barbas de Merlin, estávamos fazendo uma cena no meio da plataforma 9 ¾. E parecendo que lia meus pensamentos, começamos a rir. Afastamo-nos e com uma piscadinha, Lanna correu até os seus pais.

– Eu vou sentir saudade de tudo isso. – Afirmei.

– Eu vou sentir saudades dela. – Albus deu de ombros, como sempre. – Você mora do meu lado, sempre encontramos com o Scorpius e Lysander.

– Não é a mesma coisa. Nós nos víamos todos os dias! – Exclamei. – E logo estaremos trabalharemos e...

– Que tal vivermos o agora? Daremos um jeito. – Suas mãos assanharam meus cabelos. – Você parece uma garota agora, não é mais o menino esmolambado do ano passado. – Um sorriso brincava em seus lábios. – Nos vemos em casa garota. – E saiu, caminhando até os pais de Lanna.

Todos já estavam com a suas respectivas famílias e era hora de eu encontrar a minha.

– Rosa?

Virei-me rapidamente, encontrando um Ikarus completamente diferente do normal. Ele usava jeans e camiseta, os cabelos assanhados e o um sorriso espontâneo. Estava lindo como o inferno.

– Profes...

– Ikarus. – Interrompeu-me. – Me chame de Ikarus, somos amigos agora, não mais aluna e professor.

Senti meu coração acelerar e meu rosto queimar, ele não era mais meu professor. Provavelmente nunca mais o veria. Esse pensamento não me agradou, queria Ikarus por perto, ele fora muito mais do que mais um dos meus antigos professores, eu tinha que admitir. Foi o primeiro homem por quem senti real atração sem nem ao menos saber direito o que era. Havia me acostumado com a sua presença, talvez por seu jeito bondoso, ele sempre me tratara muito bem e eu sempre teria aquela quedinha, sempre manteria sentimentos pelo homem sorridente a minha frente.

– É verdade. – Bati em minha testa. – Você está certo, eu sou tão... – Soltei um barulho sem sentido e ele gargalhou.

– Você é uma gracinha, na verdade. – Seus olhos estavam nos meus, um sorriso genuíno em seus lábios.

Senti minhas bochechas esquentarem ainda mais, provavelmente já estava da cor de meus cabelos, encarando seus olhos gentis, pude ver o quão ele era jovem. Havia percebido isso quando o conheci, mas após vê-lo em sala e passar tanto tempo o vendo como alguém inalcançável, ignorei a sua idade.

– Obrigada. – Minha voz saiu com dificuldade, praticamente arfando.

Eu queria te fazer uma pergunta... – Sua mão foi até o pescoço e seus olhos me estudavam. – Faz muito tempo que não faço isso, então... – A sinceridade foi expressada em uma careta de nervosismo. – Na verdade, eu nunca fiz isso. Não com um ex-aluna, até porque, vocês são meus primeiros ex-alunos e... – Uma risada nervosa saiu de seus lábios. – Estou tagarelando como um garotinho. – Afirmou com uma gargalhada.

– Acontece. – Sorri, encantada com o seu nervosismo. – O que quer saber? – Perguntei, curiosa.

Seu sorriso embaraçado foi substituído por um olhar decido, o olhar ao qual eu estava acostumada.

– Você deseja sair comigo? – Sua voz praticamente cantarolou as palavras.

E elas demoraram uns bons segundos para fazerem sentido.

Meus olhos estavam arregalados e tinha certeza de que meu queixo estava tocando meus joelhos de tão escancarada que minha boca estava. INACREDITAVEL! Lysander e Lanna estavam certos! ELES ESTAVAM CERTOS! O profe... IKARUS ESTAVA INTERESSADO EM MIM! E ELE ME CHAMOU PARA SAIR.

Inspira, expira, inspira, expira. DIGA ALGUMA COISA SUA IDIOTA.

Ele vai pensar que você é uma idiota Weasley... Mas espera ai, você é uma idiota!

– Se não quiser, eu peço perdão pela au.. – Eu tive prazer em interrompê-lo.

– Eu adoraria sair com você. – Os olhos azuis piscaram várias vezes, absorvendo aquela frase.

Era estranho vê-lo sem toda aquela compostura, era ainda mais agradável. Seus olhos estavam mais gentis e azuis – se é que era possível -, sem a iluminação obscura do castelo e com sua postura informal, ele parecia tão mais... Humano. Não que antes ele não fosse, só que aquele era um vislumbre do jovem Ikarus e não o homem que trabalhava como professor de DCAT.

– Mas...? – Uma desconfiança estava em seu olhar, como se não acreditasse que fora tão fácil.

– Não tem mais, quero sair com você. – Afirmei com convicção.

A surpresa estava estampada em seu rosto. Ele não esperava isso, ele realmente não esperava isso. Um sorriso se formou em seus lábios, algo tão lindo que meu coração pareceu falhar uma batida.

– Onde quer ir? – Perguntou. – Podemos tomar um chá? Ou algo mais agitado, como um show, seria melhor? Esqueça. – Abanou as mãos. – Deve estar louca para ver sua família e estou só atrasando-a. Eu mandarei uma carta, tudo bem? – Perguntou esperançoso.

– Claro Sr. Krum. – Brinquei. – Será um prazer... – Fiz uma rápida saudação e comecei a me afastar. – A propósito... – Virei por um segundo. – Você também é uma gracinha.


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Notas finais do capítulo

Mas, e ai? O que acharam? CONTE-ME! FALEM A VERDADE! MAS FALEM POR FAVOR! QUERO SABER!!!!!