Tudo começou no dia 1º de setembro 2023, dentro de uma cabine no expresso hogwarts, onde eu, Albus, Scorpius e Lysander estávamos, por algum fato fora do nosso conhecimento na época, Hugo não estava conosco, o que era estranho, pois ele era o “mascote” do grupo. O assunto? Lanna Longbottom.

– Você acha que eu sou maluco? A Lanna me corta em três! – Albus disse irritado. – Isso é tão... – revirei os olhos.

– Frustrante. – completei.

– Isso, eu namoro com ela a cerca de 4 mês, e adivinha? Não posso contar para ninguém, além de vocês, porque o pai dela é professor de Herbologia e vice-diretor de hogwarts. – bufou irritado. – CARALHO! PORQUE ELA TEM QUE AGIR COMO A GAROTA PERFEITA? – Lysander deu um tapa na cabeça dele.

– Não seja imbecil Potter. – disse o loiro. – Você é um dos caras mais galinhas da escola, se eu fosse mulher, também teria vergonha de namorar você. – o moreno estirou o dedo médio para o amigo, e ajeitou os óculos sobre o nariz.

– Não foi eu que levei um chute n... – a porta da cabine se abriu rapidamente, e encontramos uma garota loira e sorridente. Lanna Longbottom. – Amor! – anunciou sorridente e ela abriu mais ainda o sorriso.

– Oi gatinho. – disse após fechar a cabine. – Oi Scor, Lys e... – ela se demorou me encarando, com um sorriso tão gentil que me deu vontade de bater a cabeça dela contra a parede. – Rosie, que bom te ver.

– É muito bom te ver Lanna. – sorri amarelo, e Scorpius espirou um “mentira”, fazendo com que a garota suspirasse em desistência. Não é que eu não gostasse de Lanna, não em particular, eu não gostava de nenhum garota. Quando Lanna se sentou ao lado do namorado, e eles começaram com a pegação, eu tive que olhar para Scorpius e Lysander, e revirar os olhos. Lysander fez sinal de vomito e Scorpius deu de ombros, com um sorriso malicioso no rosto.

– Então, sobre o que vocês estavam conversando? – perguntou a loira, com aquele sorriso todo... FEMININO, arg.

– Sobre como a minha priminha deu um belo fora na Lysander. – Albus disse gargalhando.

– UM FORA? – disse enquanto ficava de pé. – HAHA! – revirei os olhos. – Ela deu um belo chute no saco dele. – Albus engoliu em seco, Lanna tencionou os ombros, Lysander deu um tapa na própria cabeça, e Scorpius gargalhou.

– E depois falam da Rose. – a loira disse antes de cair na gargalhada junto com Scorpius, todos a encararam, assim como eu, ELA REALMENTE ESTAVA RINDO?! – Oh desculpe, é só que... – suas bochechas ficaram vermelhas, como se tivesse dito algo errado.

– Esquece. – eu disse aturdida. – Eu vou atrás do meu irmão. – e sair da sala tentando entender o que acabara de acontecer, a Srta. Perfeição riu de algo que eu disse, e ainda me defendeu? Isso era de mais pra mim.

Comecei a abrir todas as cabines que estavam com as cortinas fechadas, recebendo diversos olhares assustados e confusos, nenhum repreensivo, a maioria tinha medo de levar um soco ou qualquer coisa do tipo. Aqueles que ousavam me olhar esquisito, recebiam logo um “Vai olhar feio assim pra tua mãe” ou “Tá olhando o que imbecil?”, logo eles abaixavam o olhar ou desculpavam-se, ser a melhor aluna de duelos, tinha suas vantagens, ninguém ousava duelar comigo.

Havia pego diversos casais se pegando, que me olhavam como se eu fosse o Voldemort, e quando viam quem era, suspiravam aliviados. Eu demorei bastante para abrir a cabine certa, mas quando consegui, Hugo estava com Lily, Lucy e um garoto totalmente estranho. Era alto e forte demais para estar no quinto ano, se é que ainda era estudante, tinha cabelos pretos e um ar de quem não era inglês.

– Achei você! – anunciei enquanto adentrava a o local, recebendo olhares repreensivos de Lily e um sorriso divertido de Lucy. Lily odiava o fato de eu ser do jeito que sou, Lucy achava isso hilário, e muitas vezes vinha me “elogiar” pelo meu comportamento irregular.

– E ai irmã. – disse o meu irmão, levantando a mão para que eu batesse.

– Pode recolher isso ai, por que você não estava na cabine com a gente? – ele recolheu a mão e olhou de rabo de olho para Lily. – Ah, me poupe Luna, você não fez isso? – a ruiva abriu a boca em um “O” e virou-se para encarar o meu irmão, mas, logo voltou-se para mim.

– Eu só disse que ele nunca ficava com a gente no expresso e, próximo ano, vocês não estarão aqui. – bufei, por que tudo que a Lily falava, meu irmão fazia? Isso era irritante.

– Exatamente! Próximo ano, esse ano, ele deveria estar ao lado da irmã dele e... – alguém pigarreou, ou melhor, o Sr. Estrangeiro pigarreou. Quando me virei, ele tinha um sorriso - E QUE SORRISO - no rosto, e seus olhos azuis, me encaravam com um olhar o qual eu nunca vira ninguém me olhar.

– Desculpe-me a intromissão. – disse ficando de pé, ele era realmente alto, tipo, alto mesmo. – Eu sou Ikarus Krum, e adoraria saber quem é a linda garota a minha frente. – ouvi uma gargalhada distante, mas não ousei tirar meus olhos dele. COMO ALGUÉM PODERIA SER TÃO LINDO? E... Senti meu estomago embrulhar e minhas pernas fraquejaram. Ele estava mesmo falando comigo? E qual era mesmo o meu nome?

– E-eu... – abaixei a cabeça, procurando concentração, tomei ar, e quando voltei a olha-lo, ele estava com o cenho franzido e um olhar preocupado. – Rose... – eu tinha realmente esquecido o meu sobrenome? – Weasley? – soou como uma pergunta, mas era uma afirmação.

– Você está bem? – assenti, sentindo-me esquisita, o que estava acontecendo? – Se você é irmã do Hugo, é a filha da Hermione, não é? – assenti novamente. – Nossos pais namoraram uma vez, você sabia disso? – neguei com a cabeça. – O gato comeu sua língua pequena Rosa? – e então, as gargalhadas voltaram, quando virei-me, percebi que meu irmão estava quase se engasgando de tanto rir. Fuzilei-o com o olhar, fazendo com que ele se calasse na mesma hora.

– N-não. – respirei fundo. – Não! – falei com mais convicção dessa vez. – Eu nem sei quem é seu pai. – ele abriu um sorriso malicioso.

– Viktor Krum, não sei se você já ouvi falar dele. – assenti, e logo percebi que estava fazendo de novo.

– É, eu to ligada nisso ai. – ele riu pelo nariz.

– Se eles tivessem dado certo, nós seriamos irmãos. – neguei com a cabeça imediatamente.

– Claro que não, nem você, nem eu teríamos nascido, pois nós somos um conjuntos de genes provenientes de nosso pai e de nossa mãe, assim, se nossos pais fossem os mesmos, nós provavelmente seriamos duas pessoas completamente diferentes, dã. – após o meu surto de sabe-tudo, fechei os olhos, sentindo que minha bochechas ficavam da cor de meus cabelos. Também, né? Estupida do jeito que eu sou.

– Inteligente que nem a sua mãe... – quando abri os olhos, ele estava com aquele sorriso galante e encantador. – É realmente um prazer te conhecer. – ele estendeu a mão, e quando eu estava pronta para aperta-la, ele segurou-a com delicadeza e a levou até os lábios, beijando-a com delicadeza. – Você fica linda corada. – sussurrou para que o meu irmão e minha primas não escutassem. E claro, Rose Weasley fica ainda mais corada. Só então, percebi que respirava com dificuldade, e soltei todo ar de uma vez.

– Foi um prazer... – “Recomponha-se garota estupida.” Disse a mim mesma, e decidi que o melhor a fazer, era sair dali. – Hugo! – virei-me para ele, e o mesmo me olhava perplexo. – Se levanta e me segue, antes que eu decida te levar a base da pancada. Tem cinco minutos. – quando virei-me para olhar para Ikarus, ele sorria para mim, então, fiz o mesmo, sorri, enquanto acenava e saia.

– Até mais Rosa. – foi a última coisa que ouvi, antes de fechar a porta da cabine, suspirando.

É, foi assim que a minha perdição começou.

*