She and the dudes escrita por Rayssa


Capítulo 11
Super-hero


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem :D Fiz com muito amor e carinho ;*



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– EI! ESPERA! – eu estava quase dizendo a senha quando Albus apareceu esbaforido.

– Quié? – resmunguei.

Ele sorriu torto e me entendeu um papelzinho. Franzi o cenho, enquanto o pegava. Ele estalou um beijo em minha bochecha e saiu correndo novamente. Abri o papel, devagar. E quando li as palavras que ali estavam escritas, um sorriso bobo surgiu em meus lábios.

"Já podemos ser amigos de novo?"

Revirei os olhos e guardei o papelzinho em minhas vestes. A resposta era óbvia, somos amigos a tempo de mais para ficarmos brigados por tanto tempo. Murmurei a senha quase sem perceber, e adentrei ao salão comunal, subi as escadas correndo, adentrei ao meu dormitório, e fechei a cortina que separava minha cama das outras.

Puxei a pequena malinha que estava em baixo da minha cama. Haviam muitas coisas lá dentro. As mais recentes eram uma rosa vermelha enfeitiçada para que não murchasse. O livro que eu havia ganhado do professor Krum. A máscara que eu usei no baile e um terno. Tirei o bilhete do bolso e coloquei dentro da mala. Eu fazia isso desde o primeiro ano de hogwarts, era como um lembrete de tudo que eu fizera, uma mala de lembranças.

Puxei o terno delicadamente e o vesti, sentindo o cheiro do Karich me inebriar. Então, ainda com a mala aberta, deitei-me sobre a cama, e deixei que as lembranças me invadissem. Eram cerca de três da manhã quando ele havia tentado me convencer que eu deveria colocar seu terno, estava frio e mulheres sentem mais frio que homens, ele disse. E apesar de ter me deixado em meu dormitório, só ele sabe como, não havia pegado de volta.

"- Rose! – neguei com a cabeça, como uma criança mimada. – É sério, você vai ter uma hipotermia. – resmungou retirando o palitó.

– Não ouse colocar isso em mim! – ameacei. – Verá a minha irá. – ele piscou para mim, antes de colar nossos lábios.

Eu, no fogo do momento, mal senti que ele colocara o "casaco" em meus ombros. Só após alguns minutos, quando percebi que meu frio havia passado, e fui falar algo como "Nem precisei" notei que havia um peso extra nos meus ombros.

Após alguns tapas e muita risada da parte dele, ameacei jogar o maldito palitó no lago negro.

– Rose. Calma! – estávamos de pé. Frente a frente. E estendia o palitó em direção ao lago.

Rapidamente, ele puxou o terno de minhas mãos, e me enrolou nele novamente, jogando-se no chão, e me puxando junto, para que eu ficasse entre suas pernas, aquecida entre os seus braços."

E lá estava eu, sorrindo feito uma retardada por um cara que eu nem sei o nome.

(...)

Lanna iria me pagar caríssimo! Aquilo não se fazia. Como ela pode?! Arg. Passar três dias no EUA para os últimos jogos do campeonato de xadrez-bruxo e me deixar como organizadora principal da venda. Tantas coisas para fazer. E aquelas quintanistas que iriam participar pela primeira vez, além de me olharem com cara de nojinho, ficavam fazendo um milhão de perguntas. As outras meninas da organização odiavam ter que me pedir opinião, todas achavam que eu não tinha a menor noção do que estava fazendo, e elas estavam certa!

Bem, naquele momento, eu estava escondida na parte mais isolada da biblioteca, lendo uma análise sobre os mitos criados pelos trouxas, porque eu não aguentava mais Thea e Bridgitte me perguntando qual tecido era o mais adequado para fulano usar, ou quem deveria ser o narrador, já que nenhum menino iria aceitar e as meninas iria querer comprar. Esse bláblá havia me dado dor de cabeça.

Na verdade, eu não estava lendo, estava apenas olhando para as páginas, minha cabeça estava em outro mundo, e esse era o mundo que eu sentia falta. Um dia antes da venda, haveria jogo, grifinória contra a lufa-lufa, e eu precisava pensar em uma boa estratégia, logo que lufa-lufa havia destroçado a corvi...

– Sentiu minha falta ruiva? – ouvi a voz de Scorpius em minha orelha, o que me provocou um arrepio. Seus lábios tocaram a minha bochecha e uma coisa caiu sobre o meu livro.

–Merda! Estava tão melhor sem você aqui. – fingi desgosto, enquanto virava em sua direção.

– Magoou. – brincou, fingindo estar triste.

– Nunca fiquei tão feliz por te ver. – admiti. – As coisas estão um completo caos. – ele riu.

– Bem, eu voltei para salvar o dia! – exclamou, como se fosse um super-herói trouxa. – Não vai abrir? - perguntou, apontando para o livro.

Quando olhei, havia uma caixinha retangular dourada amarrada em uma fita branca. Fiquei surpresa, de onde aquilo tinha saído?

– De onde veio isso? – perguntei, segurando-a firmemente antes de puxar o lacinho.

– Fiz essa encomenda para a mamãe antes dela ir para a Nigéria... – deu de ombros. – É um presente. – havia um grande sorriso em seus lábios.

– Obrigada. – e, enfim, abri a caixinha, vendo a coisa mais magnífica que alguém poderia me dar. – NÃO! NÃO ACREDITO! – por impulso, passei meus braços ao redor de Scorpius em um abraço animado.

– Sabia que você ia gostar... – retribuiu o abraço, e logo me soltou. – Sei que pretende ser jornalista, então, decidi lhe dá algo para começar. – meu sorriso era descomunalmente grande.

– Caramba Scorpius! – respirei fundo. – Normalmente se dá uma pena de pavão, ou algo assim, não uma das penas de fênix de ouro. – eu não podia acreditar que Scorpius tinha conseguido, nem em meus sonhos mais profundos, eu me imaginava com uma.

– E eu lembro bem, que quando éramos pequenos, você nunca me deixava esquecer a lenda da fênix que possuía penas de ouro. Claro que isso é uma réplica, já que ninguém sabe se realmente existiu essa fênix. – passou um braço pelos meus ombros.

– Você deve ter gastado uma fortuna. – sussurrei. Ele negou com a cabeça.

– Não vamos tocar no assunto do dinheiro, ok? – apertou seu braço ao meu redor. – Na verdade, quando falei que cheguei para salvar o dia, não estava brincando. Um passarinho alto, de olhos verdes e cabelos pretos me contou que a passarinha fêmea dele havia viajado e deixado você encarregada de cuidar da venda, e bem, eu decidi que você precisa de ajuda! – suspirei pesada.

– Não podia desejar uma decisão melhor de sua parte.

(...)

– Estou muito, muito, muito impressionada. – a menina bateu palminhas. – Se eu soubesse que você era tão boa, teria deixado você organizar tudo! Parabéns, está tudo perfeito. – Lanna me agarrou firme pela cintura. – Aplaudam a Rose, ela simplesmente arrasou! – as garotas aplaudiram a contragosto, mas tiveram que concordar, tudo estava perfeito.

Não graças a mim, claro. Scorpius foi realmente um daqueles super-heróis trouxas.

– Sally, você tem a lista das músicas? – a morena assentiu, e Lanna foi em sua direção. – Foi aprovada? – perguntou nervosa.

– Rose conseguiu aprovação da diretora McGonagall. – admitiu. Tá, isso foi obra minha mesmo.

Lanna me encarou novamente, a surpresa queimava em seu olhar.

– Bem, já que está tudo pronto e perfeitamente organizado. – falou animada. – Dispensadas, até sábado! – as meninas bateram palmas e saíram.

– Então...? – perguntei curiosa.

– O que?

– Que colocação você ficou? – fez uma careta de desgosto.

– Segundo lugar.

– E você está triste porque...? – após um longo suspiro, se pôs a falar.

– Vários motivos. Primeiro, eu deveria ter ficado em primeiro, mas perdi a concentração graças ao filho de uma mãe do Potter. Desde o baile, ele vem me pressionando para contar ao papai sobre nós e eu acho que deveremos esperar até que saiamos de hogwarts. – percebi que seus olhos estavam cheios de lágrimas. – Ele deixou bem claro que não quer continuar com uma garota que vai deixa-lo nas mãos de uma qualquer na compra, e eu não conseguia me concentrar por isso. Agora, não sei o que fazer. – ela parecia bastante perturbada.

– Huuuum... – tentei pensar em alguma coisa. – No dia do jogo, venha falar comigo, direi a você uma solução. – ela abriu um grande sorriso, e me abraçou.

Eu estava recebendo muitos abraços ultimamente.

– Você é a melhor Rose. – disse quando me soltou. – Sabe, eu sempre tive vontade de conhecer você de verdade, só que, você sempre me odiou. – admitiu. – Você tem uma coisa que te deixa incrivelmente interessante. – continuou. – Acho que é por isso que você está em primeiro lugar na lista das mais esperadas da venda de garotas. – arregalei os olhos.

– O que? - fiquei em completo choque.

– Isso mesmo. E, como disse, sete dos dez garotos mais bonitos de hogwarts queriam você na organização do evento. – admitiu.

– Isso com certeza foi algum tipo de piada. – revirei os olhos.

– Pode até ter sido quando o Lorcan colocou seu nome em votação... – lembrei do quão desesperado ele ficou para dançar comigo na festa e ri pelo nariz. – Mas, quanto o Lysander se levantou em sua defesa, deixando todo mundo impressionado. Quer dizer, o Lysander nunca está nem ai. O Scorpius ajudou. Depois o Albus. O Noah. Harvey, e por fim, Alex. – sorriu abertamente. – O público te ama. – brincou.

– Beeeeeeeem, isso não é ver... – foi então que eu lembrei.

Ikarus! Merda!

– Lanna, a gente se fala depois... – disse enquanto saia correndo. – ATÉ DEPOIS! – gritei.

(...)

– PROFESSOR! – gritei, adentrando a sala, sem bater.

Ikarus, que escrevia em alguns papéis, levantou o rosto e sorriu para mim.

– Rosa, entre. – levantei a mão para dar um tapa na cabeça, mas me controlei. Apenas adentrei e sentei a sua frente. As coisas em sua mesa começaram a se organizar magicamente e voltar para as gavetas.

– Mil desculpas... – precisei tomar ar. – Sei que prometi te entrega os testes da Lanna ontem, mas, você deve saber que eu estava atolada. – falei ao mesmo tempo que colocava os papéis sobre a mesa. – Conversamos semana passada sobre isso e eu... – ele levantou uma mão, como se pedisse para eu parar.

– Rose, quem é Karich? –arregalei os olhos.

– De onde tirou esse nome? – o homem levantou as sobrancelhas, espantado.

– Aqui. – apontou para a pilha de folhas.

Puxei-as rapidamente e notei que acima de todos os testes que fiz com Lanna, havia uma carta do Karich. Minhas bochechas ficaram imediatamente vermelhas, e eu puxei a folha, colocando-a entre minhas vestes.

– É o Michael Karich do quinto ano? – perguntou o homem, colocando os cotovelos sobre a mesa, interessado.

– Não! = exclamei. – Na verdade, não sei quem ele é. – respirei fundo. – Quer dizer, é apenas um cara que fica me enviando cartas e essas coisas, nada de mais. – dizer aquelas palavras me pareceu tão errado, como se eu estivesse dizendo uma grande mentira. Só que, sinceramente, era basicamente isso, tirando a parte do não é nada de mais, por que é. Minhas bochechas estavam em chamas.

– Hum, interessante. – sussurrou. – Enfim... - pegou a pilha de folhas novamente, e passou o olhar sobre essas. Eu não ousei falar mais nada. – Uau, ela teve um excelente progresso. – sua voz era impressionada. – Já pensou em seguir carreira de docente? – neguei com a cabeça.

– Jornalismo é minha principal escolha. – ele abriu aquele charmoso sorriso torto que só ele tem.

– Bem, se desisti do jornalismo e o quadribol não der certo. – como ele sabia que essa era minha segunda opção? - Posso te ajudar a seguir essa carreira, o que acha? – fiquei surpresa com o modo que ele falou, tão amigável.

– Cl-claro! – gaguejei.

– Bem, sobre o atraso, não há problema algum. Acontece. – deu de ombros. – De toda forma, vou dar uma olhada melhor nos papeis e conversamos mais, ok? – ele parecia empolgado.

– Tudo bem, até mais. – sussurrei, levantando-me.

– Até mais Rosa. – e em um movimento rápido, pegou a minha mão, depositando um beijo em minha bochecha.

Meu rosto ficou vermelho e minhas pernas enfraqueceram instantaneamente. Como aquele homem tinha aquele poder sobre mim?

Sorri envergonhada, e sai rapidamente da sala. Assim que virei o corredor, peguei o bilhete novamente e li o seu conteúdo.

"Como se sente nesse momento? Eu realmente gostaria de saber. É tão fácil fazer com que se abra para mim e ao mesmo tempo tão difícil. A verdade seja dita, gostaria de poder sentir seus lábios, sua pele e seu cheiro durante todo o dia. Isso soa como um maníaco, eu sei. mas, amor e paixão são duas coisas que nos deixam alucinados, porém, só aceito ficar assim por você. Já soube que está em primeiro lugar entre as garotas mais caras da venda? É a primeira prova de que mais uma vez estou certo.

– Karich"

Puxei minha varinha e levei até o pergaminho.

– Revele seus segredos. – sussurrei.

Aos poucos, um rascunho de um desenho. Quer dizer, não era um desenho qualquer. Era eu, sentada entre algumas prateleiras de livros, um livro aberto em minhas pernas e olhos focados nele. Completamente concentrada. Porém, o mais importante não era isso.

Eu estava com a farda da grifinória, como o usual, entretanto, em meu pescoço estava uma corrente, com uma rosa como pingente. Um colar que eu usara durante todo o meu primeiro ano de Hogwarts.

Quem quer que fosse o meu admirador secreto, era do meu ano.

*

Scorpius Malfoy (Sonserina)

Albus Potter (Sonserina)

Lysander Scamander (Corvinal)

Lorcan Scamander (Sonserina)

Noah Zabine (Sonserina)

Zachary Finnigan (Grifinória)

Isaac Wood (Lufa-lufa)

Harvey McLaggen (Grifinória)

Kyle Davies (Corvinal)

Alexander Abercombrie (lufa-lufa)


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Notas finais do capítulo

Então, gostaram? Detestaram? O que acharam dos garotos que vão para a venda? E quem cês acham que vão compra o Malfoy, o Potter e o Scamander? Huuuum.
Beijoooooooooos ;****