Somos um só escrita por Sadie


Capítulo 21
Capítulo 21


Notas iniciais do capítulo

MIGOS a fanfic tá acabando e eu quero mt a opinião de vocês sobre como ela tá indo....... a fanfic acaba no capítulo 24 e eu to meio triste pq tá acabando e feliz pois SWORD ART ONLINE VOLTOU!!!!!!!!!!!!! *GRITOS*
boa leitura!



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Elsa lembrou-se de livros que lera em sua infância. Mais especificamente, livros sobre os deuses nórdicos. Ela se lembrou de quando leu um capítulo sobre o destino, que era detido pela deusa Skuld, também deusa do futuro. Ela via pessoas rezando fervorosamente para que Skuld lhes dessem um destino bom, que o amanhã fosse melhor. Via pessoas fazendo oferendas, que inclusive seus pais já fizeram. Ela sempre ignorara esses rituais e oferendas – achava tudo aquilo uma baboseira, afinal, se algum deus existisse, ele não gostava de Elsa.

Agora, vendo o seu reino queimar, ela tinha certeza de que os deuses não gostavam dela e que Skuld a odiava – que destino terrível ela havia reservado para a rainha!

Eles haviam usado o portal de Norte para chegar até Arendelle. Eles não esperavam encontrar casas queimadas, destruídas, pessoas correndo, gritando, tentando salvar os familiares e amigos. Os portões do castelo estavam fechados, mas eles viram que alguns dos soldados de breu tentavam quebrar os portões.

Elsa começou a correr, mas logo foi interrompida por Norte, que a segurou pelo braço.

– O que está pensando? – ele perguntou.

– É o meu reino. É o meu povo. Minha família! – ela se afastou do aperto dele. – Anna? Kristoff? Olaf? – gritou, chamando-os. Ela sabia que era inútil, ninguém iria ouvi-la com aquela gritaria.

– Vão – Norte disse e acenou com a cabeça, dando permissão para os guardiões ajudarem as pessoas. Apenas Jack permaneceu. Norte tirou uma pequena garrafa de vidro contendo um liquido caramelo, quase cor de mel. – Tome, beba um pouco. Você está muito fraca, seus cortes estão reabrindo. Isso vai te ajudar.

– O que é isso? – ela perguntou, aceitando a garrafa.

– Já ouviu falar na bebida dos deuses, garota? – ele resmungou. – É hidromel.

Ela olhou para o líquido e bebeu apenas dois goles, e a bebida desceu pela sua garganta queimando. Ela parecia estar mais acordada e disposta, parecia ter recebido uma dose de energia. Norte guardou a garrafa.

– Agora fique aqui, enquanto eu e Jack cuidamos disso.

– O quê? Está brincando? – ela respondeu, irritada. – Eu sei o que vai acontecer em seguida, isso aqui foi um cenário de minha tortura! Se eu não ajudar também, minha irmã vai morrer! Meu reino todo queimará! Eu posso ajudar, meus poderes voltaram... Nós temos de achar Breu. Eu vou achá-lo.

– Elsa... – Jack sussurrou, chamando-a como se reprovasse algo. – Acalme-se, sim?

– O quê?! – ela se irritou. Olhou para o lado e viu estacas de gelo enormes no chão. Ela se assustou – tinha feito tudo aquilo, sem querer?

– Viu? Você tem que ficar aqui. – Norte disse.

– Certo.

Ela abaixou a cabeça, como se rendesse. Os guardiões começaram a se mover, mas ela correu em direção aos portões do castelo, deixando-os para trás e ouvindo-os gritando por ela.

Era dia, mas o tempo estava tão fechado que poderia ser confundido facilmente com uma noite de tormenta. Uma nuvem negra, como em um cone, se formava sobre o castelo. Ela sabia onde tinha de ir. Ela sabia onde ele estava. Não sabia como, mas iria derrotá-lo.

Mas antes, tinha de achar sua irmã.

Passou direto pelas casas da vila – ela sabia que tinha de ajudá-los, mas se não fosse à origem do desastre, não adiantaria de nada – e ouviu exclamações de moradores ao ver a rainha deles, que supostamente estava morta, correr pelo reino. Foi ao encontro com os dois soldados negros nos portões do castelo. Eles estavam segurando uma grande tora de madeira, batendo contra os portões, tentando abri-los.

– Ei! – ela chamou. Eles olharam em sua direção, e soltaram a tora indo em direção à rainha. Ela bateu o pé no chão, e aquela parte onde eles estavam formou-se uma camada de gelo escorregadiça. Eles vacilaram, mas não caíram. Tiraram então da manga do sobretudo deles duas adagas curtas pretas. E jogaram em direção a ela.

Formou um escudo de gelo e recuou surpresa. Uma adaga passou perto de seu ombro, cortando o resto da manga de seu vestido rasgado e ensanguentado.

Moveu a mão como se jogasse um disco, e uma estalactite pontuda de gelo foi em direção ao soldado em sua frente. Não esperando pelo ataque, a estalactite atingiu no meio de seu peito, e ele se dissolveu em areia negra, sendo levada pelo vento forte.

O segundo soldado – já sabendo do que ela era capaz – recuou, mas sacou a espada negra que carregava em sua cintura. Cravou-a no gelo, que se partiu e se dissolveu em areia, também negra. Ela se assustou – como ele havia feito aquilo?

A cada passo para trás que Elsa dava, o soldado dava um para frente. Em alguns segundos, eles já estavam cara a cara. Ela fazia escudos de gelo para se proteger, mas eram logo dissolvidos pela espada. Ele a levantou, preparado para atingir a rainha.

E ela se lembrou da época em que tudo que ela tocava virava gelo.

E tocou na lâmina da espada, segundos antes de ele abaixar seu braço para matar Elsa. O gelo foi tomando conta da arma, congelando-a e logo passou para o braço do agressor. Em questão de segundos, ele era uma estátua de gelo.

– Certo... – pensou alto, agora confiante de si mesma. Correu em direção ao portão, e congelou sua tranca, quebrando-a. Com os portões abertos e as trancas quebradas, qualquer um teria acesso ao castelo. Sabia que era tolice deixá-lo assim, mas ela não tinha outra escolha.

Longe do calor das chamas e do caos, a entrada do castelo estava vazia.

– Anna? Olaf? – ela gritou, aposento por aposento no castelo. – Kristoff?

– Elsa? – a voz de Anna ecoou no silêncio. – Estou aqui!

– Onde?

– Estou aqui, Elsa! Não me deixe – o tom de sua voz era de dor e medo.

– Estou indo! Anna! – a rainha correu pelo castelo, seguindo a voz de sua irmã. E enfim a achou em um grande salão com paredes roxas e com algumas pinturas.

– O que você está fazendo aqui? Vamos embora! – Elsa se aproximou da irmã, mas ela se calara. – Anna?

Ela levantou o braço e apontou para algum lugar, como um robô. Elsa olhou na direção, e viu duas crianças brincando. A mais velha, loira, criava neve, enquanto a mais nova pulava entre os montes de neve brincando. E então, a mais nova caiu, e foi atingida por um raio de gelo da mais velha.

Elsa não estava entendendo mais nada. Olhou de volta para sua irmã, mas ela não estava mais ali. Breu a encarava, sorrindo satisfeito.

– Está vendo, Elsa? Você nunca se perdoou. Você se culpa todos os dias por esse acidente. Você é um monstro, amor.

– O quê... Por que está fazendo isso comigo? – ela caiu no chão, fraca e desorientada. Era como se o efeito do hidromel estivesse passando.

– Você ainda não entendeu, Elsa? – ele andou em volta dela. – Eu sou seu subconsciente, eu sou seus medos e seu ódio. Eu sou uma parte de você, e enquanto essa parte existir, eu existirei. – Discretamente, ele levantou uma espada afiada e negra. - Sua tortura pode acabar, você sabe. Eu posso dar um fim nisso, amor.

A rainha chorava. Quase matou sua irmã. Matou seus pais e, agora, matou quase metade do reino. Magoara quem amava, e ela era sim um monstro. Ela sempre soube disso. Nunca conseguiria ser a rainha necessária, nem a irmã presente e nem a amante adorável.

– Apenas... por favor... – sussurrou, a voz falhando com o choro.

Ela não sabia, mas breu levantou a espada, preparado para o golpe fatal.

– Elsa? – ela ouviu o grito de sua irmã, que entrava no salão. – Quem é esse? Céus, afaste-se dela! – ela correu em direção a irmã para ajudá-la. Frustrado por ter sido atrapalhado, ele acelerou o golpe, visando estocar a espada na barriga de Elsa.

A espada foi de encontro com a carne, mas não da rainha.


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