O Preço De Sua Companhia escrita por Taynara Barbieri


Capítulo 9
Capitulo 8




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Eu olho para ele, o Serial-Killers novamente esta olhando para mim sem os óculos.Eu ergo as sobrancelhas sem entender o motivo dele ter me seguido:

―Posso ajudar?-Eu pergunto um pouco irônica e ele apesar exibe um sorriso de canto de boca-Quer que eu chame meu chefe novamente para você socar a cara dele novamente?

―Eu estou pedindo,saia fora disso antes que você também seja envolvida.

―Ao invés de você ficar sendo tão vago,porque não diz logo que merda eu acabei de entrar? Porque o estanho disso tudo é você.

―Senhorita Fountaine, você é um pouco complicada.

―Como sabe meu nome?

―Eu sei mais de você do que eu gostaria-Ele diz se aproximando um pouco de mim-Sou Adrian Llion.

―E você bate em pessoas com muita frequência?-Eu digo dando alguns passos para trás para me virar e correr a qualquer sinal de ameaça.

―Se me pagam para isso é o que eu faço.

―Se te pagam você bate em pessoas?Ai que bela profissão.

Um pouco de saco cheio desse dia super estressante eu me viro e começo a andar. Porem Adrian me segue e andamos lado a lado:

―Onde vai?

―Pegar um táxi.

―São dez horas da noite,achar um táxi a essa hora vai ser um porre.

―Eu vou de ônibus-Digo despreocupada.

―Com essa roupa?

―E porque você esta preocupado?-Eu paro de frente e o encaro.

―Você ouviu a parte que eu bato em pessoas por dinheiro?

―Ouvi-Eu digo cruzando os braços-Queria que eu corresse e chorasse?

―Queria que você fosse um pouco curiosa e perguntasse porque eu bati no seu chefe?

―Eu prefiro não me envolver-Eu digo com uma voz esganiçada e começo a andar novamente.

―O problema é que você já esta envolvida, ou você vai fora da empresa e se livra da merda toda, ou se fode...

―Por favor Adriano...

―Adriel-Ele me corrige e para de andar e eu repito.

―Tanto faz,eu não quero saber.Você é um maluco.

―Quer uma carona?-Ele pergunta sorrindo um pouco.

―Eu não entrei no carro do Pierre, porque eu entraria no seu?

―Larga a mão de ser medrosa, você quebrou uma taça na minha testa...sabe se defender muito bem.

Suspiro e tento analisar os pós e os contras.

O cara maluco a minha frente, acaba de bater e ameaçar meu chefe com a desculpa esfarrapada que foi por dinheiro.Eu não entrei no carro do meu chefe porque eu não tinha clima nenhum para fazer isso,porem ele é mais confiável do Adriel.Mas ele tem razão,táxi agora vai ser impossível e ônibus talvez eu não chegue em casa antes da uma da manha.

―Obrigada mas não!-Pego meu celular e disco para o telefone de casa.

―Tudo bem,nos trombamos por ai-Ele diz sussurrando no meu ouvido e começa a andar. Quando olho para trás para ver onde ele esta, ele já sumiu.

Algo me arrepia a nuca, eu balanço a cabeça para afastar pensamentos,ouço a voz da minha vó na linha:

―Fountaines.

―Vó,eu preciso que você venha me buscar.Desculpe por ligar tão tarde.

―Eu vou pedir para Ryan te buscar, aproveitar que ele tá em casa.

―Ryan, o que ele esta fazendo ai?

―Esta me ajudando com o jantar das senhoras.

―E...tudo bem.Diz que eu to na rua de trás do restaurante.

―Tudo bem,ele vai com meu carro querida.Beijos!

Ela desliga o telefone, e eu ainda fico olhando o visor.Mais cedo Ryan tinha saído de casa um pouco bravo,e por que motivos ele estaria na casa da minha vó.Hoje eu sei que é o dia que normalmente a vó Eleonor faz uma festinha de massas,ela adora uma casa cheia como todo italiano.Mas o que Ryan estaria fazendo por la?

Vinte minutos depois o carro da minha avó encosta,eu abro a porta e pulo para dentro.Sinto uma pontada nas mãos e olhos para elas,um corte enorme cruza as linhas.Como é que eu não percebi isso antes. Fecho a mão e a encosto na coxa e coloco o cinto com a outra mão:

―Oi Ryan-Eu disse olhando para ele, seu rosto não demonstra emoção.

―Oi Pandora-Sinal de perigo, ele me chamou de Pandora e não de Pan.

―O que foi?-Eu pergunto e ele apenas suspira ligando o radio-Ryan fala comigo.

―Porque estava aqui?–Sua voz esta mais grossa do que o normal.

―Eu...-E que explicação eu ia dar,dei uma pausa pesando em qual seria a consequência se eu dissesse a verdade a ele.

―Se essa demora é para inventar uma mentira...prefiro que não me diga nada-Ele me conhece bem o suficiente ate para saber quais são os motivos das minhas pausas.

Eu suspiro e olho para ele:

―Antes de te falar o que aconteceu no restaurante,você pode me dizer porque esta bicudo.

―Porque você não me ouviu.

―Eu devia ter te ouvido...-Ele me olha e eu sinto que ele amoleceu um pouco.

―Pandora, por favor.Não podemos continuar assim.

―Continuar assim como?

―Desse jeito, não te incomoda quando a gente briga?-Ele parece querer mudar de assunto, e sinto que não era isso que ele queria falar-É horrível, eu nem consegui pensar em ir para a faculdade. Voltei para a gente colocar os pingos nos is mas você não estava mais la.

―Eu devia ter ouvido você,eu sei que eu devia.

Ele para no semáforo, e tira uma das mãos do volante e pega a minha.Ele a aperta e eu arfo de dor por causa do maldito corte.Ele me olha,tentando identificar o que aconteceu de errado:

―O que foi?

―Nada-Eu minto e retiro a mão da dele.

Ele puxa a minha mão rápido de mais para que eu possa evitar,ele olha o corte raso que esta ali:

―Porra Pandora, o que aconteceu?-Ele quase grita e acelera o carro assim que o sinal fica verde.Ele acelera de mais que o carro da um tranco.

―Calma Ryan, é só um corte.

―Não é só um corte!-Ele grita novamente e eu fico um pouco assustada com a velocidade que ele esta indo.

Quando ele vira a curva sei que ele esta indo para o apartamento dele,e sei que ele esta puto pelo jeito que ele breca o carro na frente do prédio.Ele desce do carro e bate com força e em seguida abre a porta para mim:

―Ry,deixa eu explicar.

―Levanta-Ele quase ordena.

Eu obedeço para que não cause mais confusão do que antes. Ele me puxa pelo braço para a portaria.

Quando chegamos ao seu apartamento,vejo o quanto um homem solteiro pode bagunçar um comodo só.Eu venho a casa do Ryan poucas vezes, é ele quem vai á minha com mais frequência. Pela historia eu sei que o pai dele era um bêbado e a mãe sumiu quando ele tinha oito anos.

Ele fecha a porta atras de mim e corre para a cozinha,sento no sofá e espero o chilique que eu sei que ele vai da.Ele volta com a maleta de primeiro socorro e segura a minha mão na sua.Ele começa a limpar com água oxigenada,eu arqueio um pouco o corpo por causa da ardência:

―Ry-Eu chamo baixinho,ele me olha de canto de olho.

―O que aconteceu Pandora?

―Eu m machuquei quando fui defender meu chefe de um cara-Eu falo um pouco baixo e ele tem quase que encostar sua orelha na minha boca para entender-Um cara socou o rosto dele, e eu quebrei uma taça em sua testa.

―Você ficou louca?-Ele pergunta gritando novamente.


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