O Preço De Sua Companhia escrita por Taynara Barbieri


Capítulo 8
Capitulo 7




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―Por favor,apenas saia daqui-Ele diz se virando e entrando no restaurante.Eu o puxo pela camiseta e ele quase se desequilibra-Ficou louca menina?

Ele tira os óculos para me encarar, os grandes e estreitos olhos mel dele encaram os meus.Eu apenas ergo um pouco o queixo para parecer intimidadora:

―Vai me dizer quem é você e porque bateu em Pierre.

―E porque eu faria isso?-Ele pergunta rindo um pouco e em seguida bate a mão de leve na minha fazendo eu soltar sua camiseta-Eu estou dando um conselho,se não quiser confusão.Saia dessa empresa.

Ele se vira rápido de mais e não consigo segura-lo dessa vez,eu me viro para entrar dentro do restaurante mas alguém me segura pelos ombros:

―Olha quem temos aqui-Ouço a voz de Nicollas e meu rosto já se forma em uma careta,me viro para encara-lo de frente.

Confesso, é estranho ver ele sem suas roupas sócias e os óculos aviadores.Ele esta com uma jaqueta de couro e uma blusa azul marinho,uma calça skinny aperta e botas marrons .Nicollas tem o péssimo habito de estar gato em qualquer hora do dia.Olho para seu lado, Carol esta a tira colo com um vestido tão colado que se ela comer um pouquinho de mais o zíper estoura:

―Se eu disser que é um prazer ve-lo seria uma mentira enorme-Me viro para ir ver se Pierre esta bem mas Nicollas me puxa pelo braço novamente.

―Onde vai fofa?-Carol pergunta sorrindo.

―Eu preciso entrar no restaurante-Eu puxo meu braço da mão dele.

―E porque a pressa?

Vejo o careca sair de dentro do restaurante, ele me olha de canto de olho e começa a andar rápido em direção a rua.Meu Deus,o que sei la que ele tivesse que fazer no restaurante ele já tinha terminado.Eu ignoro o casal e corro para dentro, vejo Pierre se levantando do chão com dificuldade e sendo ajudado pelo garçom.Eu me aproximo e o ajudo a sentar na cadeira:

―Você esta bem?

―Aquele cara era um maluco-Ele diz cuspindo sangue no prato.

Meu estomago se revira quando vejo o sangue em cima do prato branco,eu puxo uma cadeira e sento ao lado dele;

―Obrigado pela sua ajuda-Ele diz um pouco baixo de mais.

―Não foi nada.O que ele aquele maluco queria?

―Me ameaçar, dizendo que eu tenho que passar a gerencia para o meu irmão.

Vejo o Nicollas entrando com a Carol e vindo em nossa direção. Quando ele vê Pierre ao meu lado seu rosto forma uma cara de surpresa,ele anda mais rápido do que antes.

―Pierre,que merda essa vadia fez com você?-Pierre se levanta e solta um soco no rosto do seu irmão.

Caramba! Eu fico sem ação, eu apenas me levanto tentando entender o que acaba de acontecer:

―Nunca mais chame a Pandora dessa maneira.

―Mas que porra!-Nick fala segurando o nariz que começa a sangrar,,ele levanta o braço para revidar mas olha para mim e parece mudar de ideia.Carol fica toda nervosa e apenas segura no ombro dele como se aquilo fosse ajuda-lo-Que porra cara!

―Você á chamou de vadia!Vadia é essa do seu lado.Não que apanhar?A trate com mais respeito.-Ele aponta para Carol que arregala os olhos.

―Chega Nick, estou cansada do seu irmão me ofender dessa maneira-Ela se vira e anda em direção a porta,Nicollas apenas á olha sair e não corre atras dela como qualquer namorado varia.

―A desculpe por ofende sua mina-Pierre diz ironicamente e me olha-Vamos eu te dou uma carona para casa.

―Eu não acho...-Eu começo mas Nicollas solta um urro me interrompendo.

―Da para você parar de lamber ela e me explicar que merda aconteceu com você?

―Um cara apareceu do nada e me socou, dizendo que eu tinha que passar a empresa para você...se não as consequências seriam grandes-Ele diz colocando uma mão no meu ombro e me empurrando para fora do restaurante.

―Calma Pierre,conversa comigo direito-Nicollas corre atras da gente e Pierre para na calçada para ouvir o protesto do irmão-Explica para mim o que estava fazendo com ela aqui?

―Eu vim falar com ela, isso te incomoda?

―De maneira nenhuma-Ele de da de ombro e em seguida passa as costas da mão no nariz para tirar o sangue que insiste em escorrer-Eu só quero o que esta acontecendo.

―Amanha conversamos, eu só quero leva-la para casa e depois ir para minha-A voz de Pierre soa cansada e Nicollas simplesmente revira os olhos e coloca a mão nos bolsos da calça.

Pierre coloca a mão nas minhas costas e quase me empurra a uns metros a frente. Ele para na frente de um Land Rover Evoque branco esta muito mal estacionado,ele abre a porta do carro para mim.E eu fico parada, olhando o interior do carro.

Eu não entendi merda nenhuma do que acabou de acontecer.E como de repente eu vou entrar no carro do meu chefe?

Revisando, eu tinha acabado de quebrar a taça na cabeça de um cara que podia ser um Serial-Killers.Ele socou o irmão por mim e o tal Serial Killers parece ter ido quebrar a cara dele um pouco mais.E como eu, a gordinha da Voulez vou entrar no Land Rover?

―Pierre, eu vou embora de táxi.Obrigada por me oferecer carona.

―Caramba, essa noite foi um desastre, deixa eu ao menos levar você para casa.

―Depois de tudo que aconteceu?-Eu olho para o lado e vejo seu irmão ainda nos observando-Eu não acho uma boa ideia.

―Por favor?-Ele me pede, mas eu estou cansada de ceder.

Não que eu tivesse um contato muito longo com ele, mas toda vez que eu digo não, ele me olha com olhos suplicantes e diz por favor e eu acabo cedendo.Faço que não com a cabeça e tira a mão dele do meu ombro:

―Vou de táxi, não se preocupe.

―Foi uma noite horrível,eu sinto muito-Ele fecha a porta do carro com uma força de mais do que necessária.

Eu cruzo os braços tentando me aquecer da brisa fria que me atinge e dou um sorriso para ele:

―Não precisa de tantas desculpas-Ele tira o paleto e me oferece.

―Pelo menos pegue isto emprestado-Eu pego na mão e visto o paleto que fica um pouco apertado,mas pelo menos não sinto mais frio-Amanha a gente conversa.

―Ok Pierre-Concordo com a cabeça-Tchau,ate amanha-Me viro e começo a andar , passo por Nicollas e o ignoro totalmente.

―Boa noite Senhorita Fountaine-Nicollas diz um pouco sarcástico, me viro somente para mostrar o dedo do meio e continuo andando.

Finalmente chego a equina e solto uma respiração longa e ouço barulho de passos atras de mim:

―Estava esperando que você realmente não entrasse no carro.


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