O Preço De Sua Companhia escrita por Taynara Barbieri


Capítulo 28
Capitulo 27




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/502310/chapter/28

―Lliaza Kavanagh-Ele me olha dentro dos olhos e de novo eu sinto meu estomago revirar.

―Já nos conhecemos?-Ele pergunta ainda encarando meus olhos-Seus olhos me lembram alguém.

―Não,acabo de chegar ao pais-Olho para Nicollas que ainda esta encostado na parede da sua sala apenas observando.

―Você tem olhos lindos-Ele solta a minha mão, por um momento tinha esquecido que ele havia pegado.

Respiro fundo com o objetivo de me concentrar,tenho que focar no porque estou aqui.Pierre puxa a cadeira onde eu estava sentada a pouco segundos atras e faz sinal para que eu me sente.Eu tiro a minha bolsa e me sento na cadeira.Mesmo comigo sentada ela ainda esta com os braços na cadeira, se apoiando.Nicollas agora olha para ele e eu o encaro:

―Então,Nick...porque me chamou?

―A Senhora Miller...

―Quem é senhora Miller?-Pergunta Pierre interrompendo o irmão.

―Raphaella Kavanagh Miller-Nicollas repete com a irritação evidente em sua voz.

―Sim, o que tem ela?

―Disse que a empresa dela tinha uma campanha milionária para nos oferecer. E aqui esta sua prima para apresenta-la.Porem ela não quis falar comigo, porque eu não sou o CEO¹.

Pierre caminha em silencio ate a cadeira ao lado da minha, se senta e cruza as pernas de maneira masculina.Ele coloca a mão no queixo, como se tivesse pensando:

―Senhorita Kavanagh, qual é sua campanha?

Relembro todo o ensaio que eu tive com Raphaella e os Kavanaghs, e como essa campanha tinha que parecer milionária e aceitasse sem pensar duas vezes.Eu queria acabar com a Voulez de dentro para fora, e era isso que eu iria fazer. Mas primeiro, eu tinha que acabar com Nicollas, meu ódio por ele é muito maior do que de Pierre.

Eu explico para ambos do que se trata a campanha,eles acompanham a minhas ideias em silencio.Quando eu acabo,fica um silencio de pelo menos um minuto,eu entediada pergunto:

―Então? Vão dizer o que acham?

―Acho muito boa para ser verdade-Nicollas responde cruzando os braços e sentando em sua cadeira-É muito dinheiro sendo envolvido.

―Desculpe, o valor assusta vocês? Pelo tamanho da empresa, achei que tivesse acostumados a lidar com coisa desse porte.

―Estamos acostumados sim Senhorita Kavanagh-Nicollas quase rosna em cada palavra, me sinto satisfeita de ter causado irritação-Porem você é uma completa estranha, quem me garante que você não esta tentando aplicar um golpe.

―Nick,por favor-Pierre diz repreendendo o irmão-Concordo que seja uma campanha ótima,e não temos garantia nenhuma de retorno.

―Senhor Le Blac,no mundo dos negócios, arriscamos.Se você não esta disposto a correr risco,temo que a VoulezVous não terá um grande ciclo de vida em sua direção.

Eu continuo encarando Pierre que franze a testa quando termino a frase.Ouço Nicollas dar uma risada de deboche:

―Você se livra de uma,e aparece uma bem pior-Nicollas fala aponando para Pierre que ergue as sobrancelhas questionado o comentario do irmão-E quem é você para dizer isso?-Nicollas pergunta, Pierre apenas exibe um rosto de quem esta se divertindo.

―Ninguem importante-Dou de ombros e me levanto-Já que não estão interessados na campanha, procurarei uma agencia capacitada para isso.Obrigada por nada senhores.

Ando em direção a porta, pensando em como eu fui inútil nessa negociação.Eu devia ter convencido eles de outra forma,essa era uma das fases do plano.Eu tenho que estar dentro da Voulez para acabar com ela.E agora? Foi tudo para a merda.Giro a maçaneta e abro a porta:

―Senhorita Kavanagh?-Ouço a voz com sotaque de Pierre, me viro para olha-lo.

―Por favor, me acompanhe em um almoço?

―Um almoço?-Eu pergunto erguendo as sobrancelhas.

―Você queria a opinião de um CEO? Eu te darei a minha, porem em um lugar menos convencional.

Ele se levanta de sua cadeira e vem em minha direção.Ele para de frente para mim e sorri:

―O que acha?

―Acho que tudo que você tem para falar, que seja aqui-Nicollas diz,respondendo a minha pergunta.

―Não se mete Nick-Ele diz abrindo um pouco mais a porta para que eu saia-Se perguntarem para mim,estou no restaurante de sempre.

Eu ando na frente de Pierre, mas ouço seus passos me acompanhando ate ao elevador.

Fecho os olhos e relembro do momento que eu estava no apartamento, sem saber o que tinha acontecido, e lembro de Nicollas abaixado,abraçando o seu tio para me incriminar.E depois Pierre aparecendo na cadeia tentando me converse que eu estava sendo presa para a minha própria segurança.E meu coração se congela,e meu sangue ferve com a raiva,eu preciso me lembrar o motivo de porque estou aqui,por mais que Pierre me encante.

Entramos no elevador juntos,ele encosta na parede e eu fico no meio do elevador:

―Então...chegou quando?-Ele pergunta, acho que esta tentando quebrar o silencio e ignonar a famosa musiquinha de elevador.

―Cheguei ontem-Não era mentira,eu tinha sido libertada para o mundo real ontem.

―Que pais?

―Irlanda, eu trabalhava na sede de lá.Minha prima achou que precisava de mim por aqui-Eu minto para ele agora, e o encaro.

Ele olha para o chão,como se tentasse encontrar as respostas nele:

―É um pais ótimo. Me lembro quando cheguei aqui por que teria que assumir a empresa,é um choque e tanto para acostumar.

A porta do elevador se abre e andamos juntos ate o restaurante que é literalmente na frente da Voulez.E como um cavaleiro que ele sempre demostra ser, puxa a cadeira novamente para mim e se senta a minha frente:

―Você não tem sotaque não é?

―Sou fluente em português.

―Não vive na Irlanda desde pequena?

―Não, vivia aqui com meus primos antes dos seus pais serem mortos.

Eu convivi de mais com Kaleb para saber a historia dos Kavanaghs ao pé da letra.Porem,acho que com tantas perguntas, Pierre deve estar desconfiando de algo.Puta que pariu,sera que ele tinha me reconhecido? Eu que fui uma idiota, e achei que um kilos a menos, um cor de cabelo diferente e uma maquiagem me mudaria tanto:

―Mas porque tantas perguntas Senhor Le Blac?­Eu decido ir diretamente.

Ele levanta o olhar e me encara,um sorriso de canto de boca surge em seus rosto.Ele abre a boca para responder, e um frio me corre a espinha toda.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

¹: Diretor geral ou Chefe Executivo de Ofício (às vezes designado pelo estrangeirismo Chief Executive Officer, ou pela sigla CEO, em inglês)



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "O Preço De Sua Companhia" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.