O Preço De Sua Companhia escrita por Taynara Barbieri


Capítulo 11
Capitulo 10


Notas iniciais do capítulo

Um pouco de ação :3



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Eu olho Pierre que continua olhando para os sapatos e em seguida olho para Nicollas que esboça um sorriso malicioso para mim.

Eu já estou um pouco irritada com o clima que esta nessa sala:

―E você esta aqui por que?-Eu pergunto a mãe de Pierre-Porque apareceu aqui?

―Esta falando comigo mocinha?

―Sim com você.

Eu não me arrependo, de qualquer maneira eu iria ser mandada embora. De qualquer maneira ela ia fazer o Pierre me demitir, porque esta na cara que ele faria de tudo pela mamãe que não esta nem ai para ele. Eu apenas tiro meu braço das mãos de Nicollas e vou ate ela:

―É sempre o dia “V” por aqui?É sempre que você aparece por aqui?

―Não, mas isso não é da sua conta.

―É por causa de ontem não é?-Eu pergunto para Pierre agora, que finalmente resolveu levantar o olhar,mas apenas para me repreender com ele-Veio passar a empresa para o Nicollas por causa de ontem?

―A querida, talvez eu de o cargo de recepcionista para você-Nicollas diz parando atras de mim, de uma maneira que ate parece que ele vi me encoxar-Ou de operadora de elevador.

―Eu não preciso de suas migalhas Nicollas.

―Talvez precise depois desse ultimato que você deu na minha mãe.

―Eu só quero saber o que você esta fazendo com Pierre-Eu digo agora olhando para ela, ignorando totalmente a presença de Nicollas ou o olhar de Pierre.

―Gostei de você, é uma garota de atitude.Sera boa para a mare que ma sorte que vai vir Pierre.

―Mare de má sorte?-Eu repito-Eu agradeceria se você fosse mais direta.

―Adorei sua atitude, é a única que não tenta me agradar-Ela sorri para mim e eu sinto a minha missão fracassada.

Eu não sei se fico feliz porque não vou ser demitida, ou se fico triste por não ter conseguido intimida-la:

―A resposta para sua pergunta...

―Mãe por favor não envolva ela nisso tudo-Pierre diz parando ao lado de sua mãe e me encarando.

―Não sou eu que estou envolvendo ela nisso-A mãe dele da de ombros e olha para o filho de canto de olho-Foi você que envolveu ela levando aquele restaurante de merda.O que você contou a ela?

―Ele me contou que você não ligava para eles-Eu cruzo os braços e troco o peso da perna,Nicollas finalmente se afasta um pouco.

―Em um ponto é verdade, venho aqui de seis em seis meses.E quando eu venho aqui,esta essa imensa bagunça.

―Mãe, estou pedindo.Não envolva ela nisso, já é merda de mais o Nicollas ter colocado a Carol.

―Eu não estou entendendo-Eu reclamo e Pierre suspira penteando os cabelos para trás com os dedos.

―Eu já disse, não queria que ela fosse envolvida, não tivesse levado ela aquele restaurante-Nicollas fala um pouco alto de mais-Não tivesse nem sequer á contratado se ia gostar dela dessa maneira.

―Enfim-Senhora La Blac diz um pouco mais alto para que os dois irmãos fique quietos-Como eu e Nick já dissemos o Pierre envolveu você nisso, você bateu no Adriel e agora toda esta virada para você e Pierre.

―Resumo por favor-Eu falo sorrindo ironicamente-Eu não tenho toda a paciência do mundo.

―Claro-Nicollas diz-Paciência ela não tem mesmo.

―Nicollas cale a boca-Pierre grita para ele.

―Bem, o meu ex marido faleceu,deixando toda a empresa para Pierre ou invés do irmão mais novo.E dessa historia o irmão mais velho não gostou.E agora ameaça tirar nossa empresa se não colocarmos Nicollas no comando.

―E qual é a parte chocante dessa historia?

―Como deve saber Nicollas é um gênio da matemática e não da administração.

―Eu ainda não entendo como eu posso estar envolvida nisso e porque o fato de Nicollas é um gênio da matemática muda toda a historia.

―Eu prefiro que ela não saiba mãe-Pierre diz com um tom meio rouco na voz.

―Pare de tentar protege-la Pierre!-Nicollas grita.

Ouço o alarme de incêndio tocar,ele toca tão alto que chega a ser ensurdecedor.Eu olho para Pierre que corre para abrir a porta e que encontra uma certa dificuldade por estar trancada:

―Essa merda esta trancada,como pode estar trancada?-Pierre grita para Nicollas que vai em direção a maçaneta para tentar abrir, o que também não acontece.

A Senhora Le Blac começa a andar de um lado para o outro com a mão na garganta, como se estivesse com dificuldade de respirar, e eu não entendo o porque se é uma sala toda tampada de vidro e a fumaça que esta no corredor não pode nos atingir por enquanto. Com o alarme de incêndio, o andar já esta totalmente vazio, a não ser por nos quatro.Eu decido tomar uma atitude, a ultima coisa que eu imaginei é morrer sufocada dentro de uma sala de vidro.Pego a cadeira que eu estava sentada e a jogo contra o vidro,cacos e mais cacos se espalham pelo chão.

Os Le Blac me olham com o olhares assustados:

―Achou que eu ia morrer sufocada dentro de um aquário como esse?Desculpe hoje não.

Eu saio pelo buraco no vidro e olho em direção a fumaça.Era a sala de arquivos eu acho,e as labaredas do fogo já atingem o teto e parece se distribuir pelo andar.

A mãe de Nicollas corre em direção ao elevador e Nicollas vai com ela.Eu olho para a porta ao lado que é a saída para a escada:

―Não se pode pegar elevador com incêndio-Eu grito para os dois,mas parece ser inútil.O elevador chega e ambos entram la dentro e a mãe deles aperta o botão para a porta se fechar rápido.

Eu dou de ombros e vou ate a porta das escadas,eu puxo a maçaneta com força e a porta também não abre.Olho para trás e vejo Pierre com a minha bolsa em uma das mãos:

―Porque esta com a minha bolsa?-Eu pergunto puxando a maçaneta.

―Seus documentos estão aqui-Ele diz parando atras de mim-O que foi?

―Esta merda esta trancada e você preocupado com a minha bolsa-Eu quase grito para ele, que arregala os olhos e tenta destrancar a porta-Isso não é um acidente-Eu olho para o corredor,o fogo que estava la agora começa a invadir a grande sala dos assistentes.

―Vamos descer de elevador-Ele diz dando alguns passos, eu o seguro pelo camiseta e puxo para perto novamente.

―Por acaso você nunca ouviu dizer que não se pode pegar elevador quando tem incêndio? Você não...-Eu tosso quando a fumaça entra em meu pulmão, eu quase engasgo com a minha saliva.

―Você esta bem?

―É claro que não,estamos presos nessa merda de andar!-Eu grito para ele,tiro a minha bolsa de suas mãos e pego meu celular e minha carteira com documentos e jogo a minha bolsa em um canto.

Eu me jogo contra a porta,e ela continua parada.Ele puxa meu braço para que eu me afaste da porta e joga seu corpo contra a porta.Ela range um pouco, mas não o suficiente para derrubar,ele repete o movimento e a porta se desloca um pouco.Ele tosse um pouco e finalmente consegue derrubar a porta:

―Vamos!-Ele diz me puxando pelas escadas.Ele as desce rápido e mais e portanto eu não consigo acompanhar.

Nosso andar é o quatorze eu paro para respirar no doze:

―Calma!-Eu digo dobrando um pouco os joelhos para recuperar o oxigênio que eu tinha perdido enquanto descia as escadas-Deve ser só nosso andar que esta pegando fogo.

Ele para para me olhar e não sei o que ele esta pensando:

―Nicollas tem razão, eu não devia ter envolvido você nessa.

―Pierre por favor, não é hora nem lugar para falarmos...-Meu celular me interrompe, tiro o do bolso da calça social e olho o visor.

É Ryan quem esta ligando,porque ele estaria ligando agora?

―Ry...

―Onde você esta?-Ele me interrompe quase gritando.

―Estou descendo...

―Já saiu do andar?–Ele pergunta com um tom um tanto desesperado.

―Estou tentando descer as escadas-Eu falo encostando na parede mais próxima-Porque Ryan?

―Estou aqui fora-Ele diz desligando o telefone.

Eu coloco o celular no bolso e começo a descer novamente as escadas. Pierre me acompanha com facilidade.Quando finalmente chegamos ao térreo,todos os assistentes do nosso andar estão parados ali, vendos nos telões o nosso andar sendo consumido pelo fogo.Eu procuro Ryan na multidão e encontro ele correndo em minha direção.Quando ele me alcança,ele me cobre com seus braços fortes,eu solta a respiração e deixo ele me abraçar, o que ele faz com muita força.Ele beija a minha testa e olha em meus olhos:

―Você esta bem?-Ele pergunta com um tom firme na voz.

―Sim,estou bem-Eu olho para Pierre que esta parado ao nosso lado, olhando a reação de Ryan.

―Tem certeza?

―Tenho.

―Ótimo, porque você nunca mais coloca seus pés aqui-Ryan fala com um tom que eu mal reconheço,um tom autoritário que eu ouvi ontem no carro e agora.

―Ry...

―Senhorita Fountaine?-Pierre me chama e Ryan me solta de seu abraço.Paramos ambos de frente para Pierre-Eu gostaria de pedir desculpa pelo que aconteceu-O tom de sua voz é formal novamente, não parece o mesmo Pierre indefeso que eu vi a dez minutos atras na sala com a sua mãe-Mas gostaria de esclarecer alguns assuntos com você.

―Desculpe,mas a Pandora não vai colocar mais os pés aqui-Ryan fala de novo com aquele tom, eu olho para ele que continua a olhar fixo para Pierre-Foram dois dias nessa sua empresa de merda e olha tudo que já aconteceu.

―E você é quem?-Pierre esquece o tom formal e intimida Ryan com a voz-É o que dela? Quem você acha que é para tomar as decisões por ela?

―Sou Ryan Montovani,amigo dela.

―Amigo?-Pierre repete com um tom de zoação em sua voz-E porque você acha que pode tomar decisões por ela?

―E você acha que a conhece a ponto de saber se posso ou não tomar decisões por ela?

―Eu acho que você não é um nada, por isso devia ficar quieto.

―Chega rapazes!-Eu falo um pouco alto para os dois prestarem atenção em mim.

―Pan,eu não vou deixar você colocar os pés aqui novamente, primeiro o corte na mão...

―Corte na mão?-Pierre pergunta um pouco surpreso e então ele olha em direção a minha mão e vê a faixa que cobre ela.

―Não tinha percebido isso gênio?-Ryan pergunta dando uma risada sarcástica.

―Ry,pare-Eu o repreendo,mas ele apenas me ignora e continua a encarar Pierre.

―Pan,eu não vou deixar ok?

―Ry...por favor me ouve.

―Não,estou cansado de você achar que sabe de tudo,que sabe se defender, mas você não sabe.Primeiro o corte, depois o incêndio.Você acha que eu vou deixar você morrer por esse emprego?Tem muita merda envolvida com esse cara ai-Ryan segura o meu braço e me puxa um pouco.

―Chega Ryan,eu que tenho que escolher o que vou fazer da minha vida.

―Fazer da sua vida, esta querendo morrer?

―É ela quem escolhe,Senhor Montovani-Pierre diz cruzando os braços olhando para nos.

―Pare de achar que a conhece o suficiente para tentar protege-la.

―Eu acho que você não pode agir como se fosse dono dela.

―Eu digo o mesmo para você.

―Quer saber?Foda-se-Eu ando ate la fora, deixando os dois discutirem.

Eu que devo escolher se quero ficar na Voulez. Mas de acordo com a Senhora Le Blac eu já estou envolvida de mais para tentar escapar no inferno que o Pierre me colocou.Eu trombo com tudo em alguém, e quando olho eu não reconheço inicialmente, mas quando o sorriso se espalha no seu rosto reconheço, é Adriel:

―Senhorita Fountaine-Ele diz abaixando um pouco o boné-Era você quem eu queria ver-Ele aperta meu braço com força e começa a me puxar para fora da calçada.

Eu tento puxar meu braço de sua mão, mas infelizmente sou fraca de mais para isso:

―Onde pensa que vai com ela?­-É a voz de Nicollas,quando me viro vejo ele de braço cruzado olhando para Adriel-Ela é quase a namorada do meu irmão e ele não vai gostar de ver isso.

Nicollas me puxa pelo o outro braço e Adriel solta facilmente:

―Eu disse para se afastar enquanto podia Senhorita Fountaine-Ele tira a arma da cintura e aponta para Nicollas que me solta imediatamente-Você pode vir comigo ?-Ele pergunta sorrindo para mim-Ou terei que causar outro incêndio?


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