Libera Me escrita por SakuraHimeT


Capítulo 2
Capítulo 2 - Mea Culpa


Notas iniciais do capítulo

Olá! Até que enfim o site está de volta. Estava com muito medo caso apagassem todas as minhas fanfics, mas ainda bem que tudo voltou ao normal! :) Aqui deixo o segundo capítulo de Libera Me. Espero que gostem! Boa leitura



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O som do estalar dos vidros e os gritos de Sakura ainda pairavam na minha mente.As imagens assustadoras também permaneciam. E aquela grande luz que aparecia atrás dela, fê-la brilhar ainda mais como um anjo. Logo o forte embate. Logo os gritos, o sangue , a dor. Tudo estava escuro. Não ouvia nada, não sentia nada.

Syaoran!!!

Não...

Syaoran!!

Sakura...

Não me deixes!

Nunca... não me deixes Sakura..

Eu amo-te para sempre.

Eu também.


–Rápido! Abrem-lhe a camisa. Jesus!

Quem...são...

–Não há sinais doutor, os batimentos estão parados!

Biiiiiiiiiiiiiiiiiiiii

–Tragam as bases de reanimação! Rápido!

Estes sons...

–Está ligado doutor.

–Óptimo! Activar em contagem 3..2..1..

Spack!

Biiiiiiiiiiiiiiiiiiiii

–Novamente!!

Spack!

Biiiiiiiiiiiiiii

–Não ha batimentos! Meu deus..

–Calma,conseguimos salvá-lo. Outra vez! Em 3...2..1

Spack!

BiiiiiiiiiiiBip Bip Bip Bip Bip Bip Bip Bip

–Oh Deus! Conseguimos doutor!

Vozes... quem são estas vozes.. onde estou?

–Verificar o soro novamente...

– Está colocado. Ele perdeu muito sangue doutor..

–Se calhar precisamos de alguma doação, até chegarmos ao hospital.

Hospital...

–Certo. Vamos precisar de outra ambulância, para o condutor do camião.

Ambulância...

Sakura...

Não!!!!

Abri os olhos de repente. Uma forte luz embateu-me na cara. Voltei a fecha-los forçadamente. Remexi-me onde estava deitado. Parecia uma maca.

–Calma.- uma voz falou para mim.

–Sa...k..- tentei falar mas percebi que tinha um objecto na boca preso atrás da cabeça com um elástico.

–Ele está a tentar dizer alguma coisa.- falou outra voz masculina.

–Tirem-lhe o oro-sol.

Senti as mãos enluvadas de látex sobre a minha pele e logo voltei a respirar normalmente. Doía imenso.

–S....kra..- tossi. Abri os meus olhos lentamente. A luz estava mais fraca e vi um bombeiros acompanhados com mais dois enfermeiros e um médico.

–Está tudo bem.- falou um dos homens.

–Sak...Sakura..- falei.

Eles entre olharam-se.

–Onde está...Sakura..

–Está tudo bem. Você vai ficar bem assim que chegarmos ao hospital. Sim?- disse o médico.

–Nã..não. E-eu quero ver...Sakura... minha e-esposa.. onde ela e-está..

Os homens olhavam para mim tristemente.

–Não se preocupe. Sua esposa está bem.. melhor que você. Acredite. Foi melhor assim..

Melhor assim? Virei a cabeça ao meu lado e por entre a divisão dos dois enfermeiros eu vi outra maca com um manto negro por cima e uma mão pálida de fora, onde brilhava uma aliança num dos dedos.


–Não! Sakura!- levantei-me rapidamente ignorando as dores.

–Acalme-se!!- gritou o bombeiro segurando-me pelos ombros.

–Não! Eu quero ver a minha mulher! SAKURA!- gritei. Estava louco.

Ela não podia.. ela não estava!

Todos os homens seguravam-me , lutando contra a minha própria força. Eu conseguia deitar todos ao chão em segundos. Os tubos que tinha colados ao peito estavam agora espalhados por toda maca.Assim como outros pensos rápidos ensopados de sangue das minhas feridas. Dois homens puseram-se à minha frente para que me tapassem a visão que tinha de ver o corpo coberto dela.

–Foi melhor assim.. lamentamos imenso.

–NÃO! ELA NÃO PODE! NÃO!- gritei dentro da ambulância. - O BEBÉ! MEU FILHO! NÃO!

–Felizmente conseguimos salvar o bebé! Não se preocupe! Por Deus, tenha calma!

–Dêem-lhe um calmante, já!- ordenou o médico.

–Injecção 2 por 3. Rápido! Ele está possuído! O senhor que mantenha a calma!

Sem respirar senti uma agulha pelo braço direito e logo cai na maca. A ultima coisa que vi foi a mão pálida de minha esposa. Estiquei o meu braço e entrelacei os meus dedos com os dela, frios.

–Sakura...

Desfaleci.


Acordei com a enfermeira a trocar o soro. Parecia ser de manhã com os raios do sol a entrarem pela janela.

–Bom dia, Sr. Li. Como se sente?- perguntou a mulher de certa idade.

–Água...- falei friamente.

A senhora encheu um copo com água e deu-me para que a bebesse.

–Seu sogro e seu cunhado acabaram de visita-lo, mas como esteve a dormir..

–Já foram?-confessei fraco.

–Sim... lamento.

Era o terceiro dia que estava no hospital. Nada me diziam sobre Sakura, muito menos o bebé. Era drogado com medicamentos nem podia falar.
Mas agora sentia-me melhor e recuperado.

–Sakura... meu filho...?- perguntei.

A mulher olhou para mim. Logo deu um sorriso triste.

–Sua esposa... ela...

–Eu sei..- assenti.

–Lamento Sr.Li..

–Meu filho... ele...

–Ele está bem. É um menino muito saudável. Espere um momento.

A enfermeira saiu do quarto onde estava e ouvia a chamar o médico. Logo após uma troca de conversas ela avisou que já vinha. Minutos depois entrou pela porta com um pequeno embrulho nos braços.

–Ora aqui está ele!- falou alegremente.

Eu ajeitei-me para me sentar na cama e ela estendeu-me o único pedacinho que restava para mim. Segurei-o um pouco desajeitado.

Era lindo. Ainda estava rosado do parto, mas já possuía uns cabelinhos castanhos escuros como os meus. Os lábios pequeninos fechavam-se num biquinho. O nariz também pequenino e quando ele abriu os olhos para conhecer o seu pai pela primeira vez na vida, eu vi os olhos de Sakura.

As minhas esmeraldas.

–Meu filho..- sussurrei. O recém nascido deu um sorriso assim que falei para ele.

Logo desmoronei em lágrimas e segurei-o mais firme. A enfermeira ergueu-se , talvez com medo se machucasse o bebé.

–Não se preocupe.. ele é meu filho afinal.- falei.

–Vou deixar-vos a sós.- e saiu do quarto.

Beijei-lhe a testa e fui chorando silenciosamente. A grande culpa enchia-me por toda alma. E a mágoa de não conseguir salvá-la era como se fosse o inicio da morte para mim. Tolo, idiota, egoísta. Como pude deixar isso acontecer? Tudo o que eu tinha, tudo o que me restava.... ela faleceu. Essa imagem não apagava.Essa imagem permanecia. Para sempre.

–E eu prometo Sakura... prometo que nada de nada irá acontecer com ele. Irei protegê-lo com todas as minhas forças.Ele será a minha e única responsabilidade.-falei beijando novamente a testa do bebé.-Vocês são a minha vida.Vocês dois... meu filho e minha esposa.


Fim do capitulo.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Não se preocupem, Syaoran apesar de se sentir culpado e com remorsos, as coisas vão melhorar. O nosso homem agora terá uma nova viva com uma grande responsabilidade! eheheheh proximo capitulo daqui a duas semanas! Beijinhos **



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