Faith - Tomione escrita por Teddie


Capítulo 9
Descoberta


Notas iniciais do capítulo

Gente, mais um ai para vocês. Queria agradecer aos comentários fofos de vocês, me incentivam muito. Queria saber mais sobre vocês, de casa são? Shippam quem? Viram o filme LACRADOR de A Culpa é das Estrelas? Enfim, vamos ao que interessa:



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— Amanhã vai ser o jantar de Slughorn — Tom comentou, enquanto os dois estavam na biblioteca. Nos últimos dias, Tom e Hermione ficaram juntos o tempo inteiro para resolver seus trabalhos.

Não que tivessem tantos trabalhos juntos, mas eles se reuniam e estudavam. Tom gostava de ter a companhia dela para os estudos e sabia que a garota também gostava. Jason Skeeter tinha espalhado que os dois estavam aos beijos na seção reservada. Tom estava pensando seriamente em dar um jeito no garoto da Corvinal; ainda não tinha feito nada, pois Hermione parecia não ligar com os comentários.

Hermione murmurou algo incompreensível e, franzindo o cenho, leu algumas palavras do livro de Runas. Suspirou e voltou a transcrever no pergaminho.

— Então, você sabe como Slughorn é — continuou quando viu a falta de resposta da castanha — E ele faz questão que eu te leve porque, aparentemente, ele acha que formamos algum tipo de casal bonito. — vendo que a garota continuava sem prestar atenção, completou — Como se eu quisesse a companhia de uma sangue-ruim como você.

Nem a maior ofensa abalou os estudos de Hermione, que olhava para as folhas com um pequeno desespero. Nem ele, que realmente gostava de estudar era tão obcecado quanto Hermione. Mais uma qualidade que ele apreciava, mas que no momento estava deixando o moreno estressado.

— Hermione, meu cabelo está pegando fogo — zombou.

— O jantar ainda não foi servido, Tom. Espere mais um pouco — falou sem tirar os olhos dos livros. Os nós dos dedos brancos de segurar a pena com força.

Tom revirou os olhos e em um impulso, tomou o livro das mãos dela e os fechou com força, dando uma leve batida na testa dela, que fechou a cara.

— Tom, eu preciso terminar isso.

— Eu devolvo, mas você tem que prestar atenção em mim. Eu estou falando com a poeira desses livros há horas. — foi a vez de Hermione revirar os olhos.

— Tudo bem, diga.

— Eu estava falando do jantar estúpido do Slughorn. Ele quer que eu acompanhe você, sangue-ruim — zombou.

— E se eu não quiser sua companhia, mestiço imundo? — sussurrou em zombaria, mas também ficara extremamente sedutor, se inclinando para frente para ficar mais perto dele.

Ele se inclinou para frente também, deixando seus lábios incrivelmente próximos. Ele queria beijá-la.

— Então estamos em um impasse, Granger, porque eu faço questão de te levar — ela mordeu o lábio, tentando reprimir a risada.

— Acho que então posso abrir uma exceção quanto a minha regra de ficar longe de você — Tom sorriu convencido, mas não se afastou. Com o canto do olho, ele viu que todos na biblioteca olhavam para os dois. Hermione notou e gemeu em frustração — Já tem um mês que eu estou aqui e eles só sabem falar de nós dois juntos. Como se eu fosse me interessar por um garoto mesquinho como você

Tom riu com desprezo. Ela estava começando a jogar sujo.

Ele adorara essa parte em Hermione.

— Como se eu fosse me interessar por uma irritante sabe-tudo metida e impura.

Ela se afastou, rindo alto. A bibliotecária olhara para os dois em aviso e ela parou de gargalhar, mas ainda mantinha um sorriso nos lábios.

— Já que vai fazer o esforço de me acompanhar no jantar amanhã, não quer me fazer companhia também em Hogsmeade? — ele começou, tinha ficado apreensivo de repente, mas não podia perder a chance de beijar Hermione novamente — Mas dessa vez, um encontro de verdade. Com direito a Pudfoot e todas essas frescuras.

Hermione olhou para ele com pena e ele soube qual seria a resposta.

— Eu já disse que tenho namorado, Tom. Eu o amo.

— Mas o que os olhos não vêem o coração não sente. Ele nem está aqui e você não tem mantido contato com ele. Não tem desculpa, Granger.

Ela suspirou, e ele sorriu convencido. Tinha ganhado mais uma.

— Vou pensar no seu caso, Riddle. Agora devolva meu livro, preciso mesmo terminar essa lição.

Tom devolveu o livro, deixando um sorriso bobo percorrer seus lábios. Como uma garota podia mexer tanto assim com ele?

(...)

— Então Hermione — Leôncio começou. A garota ao lado de Tom deixou escapar um gemido de frustração e o moreno quis rir — Sei que deve ser difícil para você falar isso, mas me conte: o que seus pais faziam antes de falecerem?

Hermione olhou desesperada para Tom, pedindo por ajuda. Ele era o único que sabia da história verdadeira dos Granger e ele não queria que todos soubessem que Hermione na verdade era uma sangue-ruim. Ela era a sangue-ruim dele.

— Meus pais, eram... hm... — forçou a cara de choro — É realmente difícil falar sobre isso, me perdoem.

Tom a abraçou de lado e a menina apoiou-se em seus ombros. Todos a mesa a olhavam com uma pena fingida, pois ninguém ali realmente gostava de alguém.

No total, tinham catorze pessoas a mesa, contando com Tom, Hermione e Slughorn. Para surpresa de Tom, Abraxas também estava na mesa, e ele olhava fixamente para a cicatriz de Hermione, que estava coberta pelo tradicional curativo. Tom viu que a pele em volta estava um pouco irritada.

— Tudo bem, Mione, vai passar — ele afagou o ombro dela, numa tentativa de consolo. Ele sentiu Hermione prender o riso em seu peito. — Perdoem-nos, mas ela realmente está abalada, foi tão recente. Senhor Granger trabalhava para o Gringotts na França e em uma viagem com a Senhora Granger uma aldeia foi atacada — a mentira fluía pelos lábios de Tom tanta facilidade que Hermione quase acreditou que era verdade.

Tom tinha um dom de persuasão incrível.

— Sinto muito querida — Slughorn lamentou — Vamos falar de coisas boas. Cornélio, como vai seu tio? Faz tempo desde que pude tomar uma cerveja amanteigada com ele.

E simples assim, o assunto se desviou e ninguém mais prestou atenção em Tom e Hermione, que se soltara dele e comia lentamente a sobremesa. Não parecia abalada, mas Tom nunca sabia realmente o que se passava na mente da castanha.

Assim que o jantar terminou, Tom e Hermione ficaram juntos em um corredor vazio, no fundo se podiam ouvir as vozes de Slughorn e outros alunos. Tom não se importava, ele estava sozinho com Hermione.

Ela coçava distraidamente o local da cicatriz, deixando ainda mais vermelho.

— Hermione, me deixe ver isso ai, está muito vermelho.

— É só uma irritação boba, vai pass... O que está fazendo? — perguntou quando ele pegou o braço dela e tirou o curativo.

Estava claramente inflamado, com uma coloração vermelha e esverdeada, com pus saindo junto com um pouco de sangue. Ainda assim, as palavras eram visíveis. Ele sempre ficaria enjoado quando visse. Sangue-ruim.

— Meu deus, isso está horrível — constatou. Hermione apenas revirou os olhos.

— Eu acho que a merda da faca estava envenenada ou muito suja. — Tom franziu o cenho ao ouvir o palavrão saindo da boca de Hermione. Ela era tão delicada e inteligente que parecia um crime sair palavras feias da boca dela. — Não é a primeira vez que acontece, nada como uma boa noite de sono e água corrente. Vou ficar bem.

Foi a vez de Tom revirar os olhos. Pegou sua varinha, ignorando os protestos de Hermione. Ele murmurou uns feitiços e, aos poucos, a pele de Hermione foi ficando normal, cor de creme e macia. Infelizmente, a cicatriz ainda estava lá. Sangue-ruim.

Tom odiava lembrar a todo tempo que ele estava interessado em uma sangue-ruim.

Ele jogou o curativo fora e Hermione ficara com os braços livres. Eles pensaram que estavam sozinhos, então voltaram a falar banalidades.

Nenhum deles viu Abraxas Malfoy se aproximar e tomar o braço da menina.

— Você é uma sangue-ruim? Uma porra de sangue-ruim? — riu com escárnio e surpresa.

Um dos medos de Tom era que qualquer um de seus servos descobrissem e agora estava se concretizando. Ele viu um sorriso cruel se formar no rosto de Abraxas, e ele soube que não aconteceria nada de bom.

— Então mestre, vamos acabar logo com ela, não? Menos uma nojenta em Hogwarts — ele balançou a varinha entre os dedos, fazendo cara de interessado. Hermione tentava a todo custo puxar seu braço, mas Abraxas tinha a imobilizado com a mão livre.

— Meu deus, ele é tão insuportável quanto Draco — ela murmurou tão baixo que Tom não teve certeza se tinha escutado direito. Quem era Draco?— Me solte, Malfoy, ou eu vou enfiar essa sua varinha em...

— Opa, opa, temos uma rebelde aqui — ele piscou para Tom, que olhava a cena ainda atordoado — Vamos logo, mestre. Escolha como vamos acabar com essa.

Hermione olhou para ele com lágrimas nos olhos, certa de que ele seguiria Abraxas e acabaria com ela.

Então Tom fez o impensável, empurrou Malfoy com força, fazendo-o cair no chão. Ele apontou a varinha para o loiro, e quase rosnou as palavras. Ninguém mesmo – além dele – podia fazer qualquer coisa contra Hermione. Ela era a sangue-ruim dele.

— Encoste um dedo em Hermione e eu acabo com você, Malfoy. Você sabe que eu não estou de brincadeira — ele guardou a varinha e puxou Malfoy pelo colarinho da camisa. Os cabelos loiros platinados estavam bagunçados e sua cara de desgosto era evidente.

— Vou levá-lo daqui, Hermione. Desculpe-me por isso — ele ia saindo com Malfoy, a expressão dura e fria para o servo sonserino quando Hermione o chamou. Ele virou e encontrou a grifinória sorrindo lindamente.

— Amanhã, depois do café. Não se atrase, Riddle — e se virou, caminhando para a torre de sua casa.

Em meio a fúria que estava sentindo de Malfoy, Tom se permitiu sorrir.

No meio do caminho para as masmorras sonserinas, Tom soltou Malfoy, que olhou furioso para seu mestre. Tom sustentou o olhar, ele não tinha medo do patético Abraxas Malfoy.

— Agora você está amiguinho de uma sangue-ruim? Qual o seu problema? E a causa? — perguntou revoltado.

— Hermione é valiosa, sabe de muita coisa. É inteligente. — falou a verdade — Ainda posso usufruir bastante dessa qualidade dela.

Abraxas pareceu pensativo, avaliando as palavras de Tom.

— Então depois de usá-la, irá acabar com ela?

— Claro, Abraxas — mentiu, forçando um sorriso maligno — Hermione não vai viver muito mais tempo.

Antes de terminarem o caminho, Tom pediu descrição sobre o ocorrido a Malfoy, que ficou contente por guardar um segredo de Voldemort. Tom quase vomitou com a submissão de Abraxas, entretanto, era algo que ele igualmente apreciava.

Hermione não vai viver muito mais tempo.

Aquelas palavras soaram tão erradas, mas por um momento, pareceram terrivelmente verdadeiras, como um prelúdio. Estremeceu; era hora de parar de pensar besteiras.

(...)

Hermione estava dividida. Um mês e suas ideias fizeram uma reviravolta terrível. Ela se aproximara de Tom, mas se aproximara mesmo. Ela se considerava amigo do garoto.

Mas também tinha medo. Medo da parte maligna dele. Tom era instável demais, nunca sabia o que esperar do moreno. Ela tinha medo de um dia acordar e ele decidir matá-la só por prazer.

Novamente ela se lembrou do seu sonho. Ela tinha medo de Tom torturá-la. Ela não iria aguentar mais aquela dor insuportável que sentiu quando Bellatrix a torturou. Era insano.

Suspirando, pegou uma caixinha em sua mala que ganhara de Dumbledore. Ela guardava lá a coisa mais valiosa que tinha.

Era um colar simples, com dois círculos dourados rodeando uma ampulheta prateada. Havia runas escritas nos círculos, mas eram tão pequenas que Hermione ainda não conseguia identificar. Era idêntico a um vira-tempo comum, mas não funcionava da maneira tradicional.

Era uma magia que Hermione ainda não conseguia entender perfeitamente, mas ela sabia que se estivesse usando aquilo e mentalizasse voltar para casa, mas desejando do fundo de seu coração, dar apenas uma volta nos círculos e sua jornada acabaria ali, e ela voltaria a ver Ron e Harry...

... E o mundo bruxo em colapso.

Nos primeiros dias, ela não tirava no pescoço o colar, mas ela se sentira tão infeliz, que não viu outra opção a não ser guardar o vira-tempo. Ela estava receosa de acabar voltando para casa sem querer.

Agora, depois de apenas um mês, ela estava indecisa se ainda tinha tanta saudades assim de casa. Ela fizera amigos ali: Minerva, Charlus, e bem... Tom.

Pelo menos ela era amiga dele. Estranhamente, mesmo com a instabilidade dele, ela confiava no moreno. Sabia que ele não faria mal nenhum a ela.

Mas sabia que teria que voltar uma hora. Ron a aguardava, assim como Harry. E ela planejava ir atrás de seus pais! Se desse tudo certo, quando ela pegasse novamente aquele colar e colocasse no pescoço, encontraria o mundo bruxo salvo.

Para isso, só precisava salvar Tom Riddle de si mesmo.

Guardou o colar de novo na caixinha e observou as companheiras de quarto dormindo, ela sabia que tinha que fazer o mesmo, mas se sentia estranhamente acordada.

Tocou sua cicatriz recém curada e sorriu. Ela sentia que Tom se preocupava com ela. Mas também teve medo do rosto dele quando atacou Malfoy. Ela viu Voldemort ali, e ela não queria ver mais aquela sombra ofídica no moreno.

Resolveu ir dormir, pois ficar remoendo seus problemas não ajudaria a solucioná-los. Ela tinha um encontro no dia seguinte e queria parecer o melhor possível para ele.

Quando encostou a cabeça no travesseiro, esperava demorar a dormir; entretanto, apagou em seguida.

Naquela noite, sonhou com os lábios quentes de Tom sobre os seus.


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Notas finais do capítulo

Estamos descobrindo mais sobre Hermione, não? e o que acontecerá nesse encontro dos dois?
comentem com a opinião de vocês.