Faith - Tomione escrita por Teddie


Capítulo 8
Rejeição


Notas iniciais do capítulo

GEMT, EU TO POSTANDO TÃO RÁPIDO QUE TO ATÉ ASSUSTADA.

Eu poderia tá estudando para as provas, para a segunda fase da UERJ, mas não, tava escrevendo. Me agradeçam com dinheiro, obg dnd.

Enfim, ignorem sua autora esquita e passem para o capítulo



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Duas semanas.

Esse foi o tempo que Hermione ignorou Tom Riddle. Ele notara, é claro. Toda Hogwarts notou. Na primeira semana de Hermione em Hogwarts, todos viram como Tom andava com ela, tanto que ele a acompanhara em Hogsmeade e na festa de boas vindas de Slughorn.

Entretanto o possível casal tinha se distanciado e Jason Skeeter tinha certeza que vira os dois aos berros brigando em um corredor. Tom estava cansado das pessoas olharem para ele e Hermione.

Ele estava ficando irritado com a situação em que se encontrava. Estava irritado com Hermione. Nas aulas que compartilhavam juntos, ela não o olhava, e nem falaram mais sobre os trabalhos.

Em um dia, Slughorn fora falar com eles, e foi em bastante tempo que ele ouviu a voz da grifínória novamente.

– Tom, Hermione! Vocês saíram tão rápido da festa que nem pude me despedir de vocês, meus alunos prodígios - ele piscou e Tom quis vomitar.

– Na verdade, eu estava um pouco indisposta, então Tom me levou embora mais cedo. Sinto muito, professor.

Ele estava surpreso pela mentira, mas disfarçou para o professor não ver.

– Não se preocupe, querida - o professor se compadeceu - Apareça na próxima reunião, vai ser semana que vem, sexta a noite. Tom irá acompanhá-la de novo?

Ele olhou sugestivamente para Tom, e o mesmo se perguntou se Leôncio estaria tentando juntar os dois. Se Tom não estivesse tão irritado com Hermione e sua indiferença, ele teria sorrido com a ideia.

Hermione não respondeu, mas sorriu forçadamente para Slughorn. O professor foi embora, então ela voltou a ignorar Tom. E depois de duas semanas, ele queria tirar algumas satisfações com ela.

Ninguém ignora Tom Riddle. Nem uma garota. Muito menos uma sangue-ruim.

Ela prestava atenção fixamente na aula de Binns quando ele passou um bilhete para ela, Preciso falar com você, não vá embora.

Ele a viu pegar o bilhete e suspirar. Ela o olhou com sues grandes olhos castanhos, e confirmou. Tom ignorou o formigamento no estômago e voltou a prestar atenção no ronco de motor que eram os pulmões de Binns trabalhando.

Quando a aula acabou, os dois se levantaram e se encaminharam para um corredor quase vazio. Apenas alguns alunos que andavam por ali, correndo para pegar a próxima aula. Tom reparou que olharam para os dois, mas não se incomodou, precisava saber o que se passava pela mente de Hermione.

– Então - começou - Até quando vai me ignorar, Granger? - ela franziu o cenho para o uso do sobrenome.

– Do que está falando, Tom?

– Não se faça de burra, Hermione - elevou a voz, mas viu que pararam para ouvir, bufando de raiva, voltou ao tom normal - Está me ignorando desde a festa de Slughorn.

Desde que eu te beijei, completou mentalmente.

– Olha, eu realmente sinto muito por isso. É só que eu não sabia como agir direito com toda a situação. - suspirou.

– Tudo bem, Hermione - sorriu compreensivo, ela o olhou espantada, mas feliz também - Mas nós... hm... Como ficamos?

Ele não sabia o que queria. Ele queria continuar a beijar Hermione, gostara da sensação de seus lábios nos dela. Mas não queria que as pessoas soubessem. Não queria que seus comensais soubessem.

– Não sei se eu entendi - parecia realmente confusa.

– Ora essa, nós nos beijamos! - exclamou - Pensei que... teríamos algo.

– Desculpa,Tom. De verdade. Mas eu tenho namorado.

Tom revirou os olhos. Desde quando aquilo era desculpa?

– Um namorado que você ao menos sabe onde está - jogou na cara, e se arrependeu. Ele viu Hermione murchar e seus olhos se encherem de lágrimas.

– Eu nunca disse que não sabia onde ele estava, Riddle - foi seca - Eu apenas disse que estava sem notícias dele. Mas eu o amo, Tom, e não o trocaria por ninguém. Nem por você.

Ela não o queria? Tom ficou remoendo as palavras de Hermione enquanto Hermione lançava desculpas que ele não queria ouvir. Ela não o queria?

Mas ainda podemos ser amigos. E claro, temos ainda que discutir sobre nossos tra... Tom, para onde está indo?

Ela perguntou quando o viu dando as costas para ela e indo para se lá sabe onde. Ele queria ficar longe dela, longe das pessoas. Mas acabou indo para o salão comunal, da Sonserina, onde seus quatro comensais estavam conversando sobre a temporada de quadribol que estava para começar.

– Avery, Malfoy, Lestrange e Mulciber, hoje a noite tem reunião. Levem alguns sangues-ruins - sorriu frio, e sorrisos maldosos brotaram em seus rostos. - Hoje eles irão aprender que não se brinca com Lorde Voldemort.

(...)

– Só conseguimos esse - Mulciber jogou um primeiranista lufano no chão - Já colocamos um feitiço silenciador nele. Aproveite, mestre.

Tom sorriu, era cruel e frio. Todos os seus comensais estavam de mascara para não serem reconhecidos. Nem deveriam se preocupar com os gritos. Estavam nas masmorras, na mais fria e escura, e distante de qualquer pessoa. Ninguém escutaria se o menino gritasse, mas a precaução vinha em primeiro lugar.

Veritas – aquele não era um feitiço que Tom gostasse de usar, mas não podia usar uma maldição imperdoável sempre. Mas a dor de ganchos perfurando o peito do garoto com certeza não era tão mais fraco que um Cruciatus, o menino gritava para o nada e tremia violentamente.

Tom colocou mais pressão em sua varinha, para a dor aumentar. Ele queria causar dor a alguém, a um sangue-ruim. A alguém que não tinha o direito de frequentar a mesma escola com ele, alguém que não tinha o sangue mágico nas veias. Que era impuro.

Queria causar dor a Hermione Granger por rejeitá-lo.

A imagem da castanha apareceu em sua mente. Consequentemente, a pressão em sua mão diminuiu. Ele se lembrou da cena perto do Cabeça de Javali, e em com o seu coração pareceu quase desesperado para não fazer mais nada contra ela.

Então já não era mais o lufano desesperado que ele via. Ele via Hermione tremendo e se debatendo no chão com o feitiço que ele lançava. Ela chorava e seus olhos castanhos imploravam para que ele parasse.

Ele ofegou, piscando com força e interrompendo o feitiço. Quando abriu seus olhos negros de novo, ele via o pequeno garoto de onze anos tremendo no chão. Seus comensais olhavam para ele com expectativa por baixo das máscaras negras.

Tom não sabia porque se sentia assim em relação a Hermione. Ela era tudo que ele abominava, sangue-ruim, metida, tão inteligente quanto ele. Para piorar, ela o rejeitara. Na mente dele, ela merecia sofrer e morrer. Então por que ele não queria nada daquilo para ela. Suspirou, toda sua vontade de matar tinha se esvaído, e ele olhava para o primeiranista com nojo.

– Divirtam-se - ele falou para seus seguidores.

E saiu da masmorra, esperando que a imagem de Hermione tremendo saísse de sua mente.

(...)

Ele podia sentir o cheiro dos livros, podia ouvir a movimentação das páginas dos livros velhos de Hogwarts, e ele podia ouvir alguém o chamando, mas ele não se importava. Ele estava pensativo, se perguntando porque as coisas estavam tão estranhas para ele.

– TOM - Hermione gritou seu nome, e em seguida, veio o pedido de silêncio da bibliotecária.

Tom a olhou, confuso. Desde quando ela estava o chamando?

– Sim.

– Você é muito tonto - revirou os olhos, rindo. Tom achou o ato adorável. - Eu estou te chamando há milênios. Estava montando o que temos sobre a árvore Dumbledore. Você sabia que ao contrário do que pensam, os Dumbledore tinham uma trouxa na família? Aberforth me disse que seu avô se casou com uma trouxa, contrariando a família? Naquela época, a caça as bruxas ainda estava bem popular, e a família não queria ele se casando com alguém que não fosse bruxo.

– A família estava certa - Tom resmungou - É graças a bruxos como esse que o mundo bruxo entra em declínio.

No mesmo instante, ele olhou para os olhos de Hermione, e viu a raiva ali. Quase bateu em sua própria testa. É claro que ela iria detestar esse tipo de comentário.

– Tom, já parou para pensar que magia não passa de genética?

– Como assim? - franziu o cenho, e se inclinou para frente. Sinal de que estava interessado.

– Biologia trouxa, Tom. Agora me responda, para você uma pessoa nascida trouxa é uma pessoa sem um pingo de sangue mágico na veia, certo? Como um dom recebido, ou roubado.

– Isso - murmurou de má vontade.

– A biologia trouxa diz que, por exemplo, se uma mulher negra ter relações com um homem negro, a criança será negra. A mesma coisa com um casal branco. Agora se uma mulher negra tiver relações com um homem branco, a criança gerada terá a cor como uma mistura dos dois. A mesma coisa se aplica a magia.

– Ainda não entendi - ele já havia estudado isso no orfanato, e sabia que se tratava de um trouxa chamado Mendel, e uma série de estudos em um vegetal. Mas como aquilo se aplicava em magia?

– Tom - suspirou cansada, como se estivesse explicando para uma criança de cinco anos - Se um bruxo puro-sangue se casa com outro, a criança é puro-sangue, certo? - ele assentiu - Agora se um puro-sangue se casa um nascido trouxa ou mesmo com um trouxa é mestiço, certo?

Ele concordou novamente, ele era um mestiço. Sua mãe bruxa se casara com um trouxa imundo, e então ele nascera. Mestiço.

– A biologia diz que existem genes recessivos e dominantes. Eu acredito que para nascidos trouxas o gene tenha se manifestado como dominante, enquanto para seus pais tenha se manifestado como recessivo. Quase como uma doença genética, como miopia ou albinismo.

– Você está querendo me dizer é que para você, em algum momento, nessas famílias de nascidos trouxas teve um bruxo, e o gene foi ficando mais fraco, por conta misturas e depois, por algum motivo de mutação genética, deixou de ser recessivo e passou a ser dominante?

– Exatamente! - exclamou, feliz.

Ele ficou um tempo quieto, avaliando os pensamentos de Hermione, e então, soltou sua conclusão.

– Quanta baboseira, Hermione.

– Ora essa, eu sei do que eu estou falando. E você no fundo você concorda, pois é um garoto inteligente, Tom.

Ele a olhou no fundo de seus olhos, ela estava convencida de suas ideias. E no fundo mesmo, ele sabia que tinha verdade nas suas palavras. Mas aceitar que nascidos trouxas tinham sangue mágico em si era a mesma coisa que desistir de suas ideias, porque eles seriam como mestiços. Tão corretos em usar magia quanto ele.

Era perturbador pensar isso.

– Você sabe que se contar para qualquer um isso, você está morta, não é? - o sorriso da castanha murchou, e o medo por um momento passou pelos seus olhos, depois, a determinação.

– Já passei do tempo de temer a morte, existem coisas piores que isso.

Não, não existe, pensou em rebater, mas desistiu. Pelo que ele sabia de Hermione, ela realmente era obtusa em relação à morte.

– Vamos voltar ao trabalho, Hermione - mudou de assunto - Falta alguém dos Dumbledore?

–Sim, falta uma irmã, mas na próxima vez que formos a Hogsmeade eu converso com Aberforth.

Tom concordou, mas sem realmente prestar atenção no que a conversa com Abeforth poderia resultar. Ele ainda pensava nas palavras de Hermione, magia é genética, magia é genética. Será que a garota poderia estar certa?

– E em relação a Grindewald, precisamos achar alguém que saiba algo sobre a família dele.

– Essa é fácil. Mande uma coruja para Batilda Bagshot.

– Dos livros de história? - Hermione concordou - O que ela tem a ver com isso?

– Batilda é tia-avó de Grindewald.

Ele olhou assombrado para a menina, como ela sabia de tudo? Nem todas as pesquisas do mundo falariam isso para ela. Ele perguntou o que pensava para ela, que deu de ombros e respondeu:

– Sei de algumas coisas. Agora quanto ao trabalho de Slughorn, eu estou com alguns problemas...

Ela mudou de assunto, mas Tom não voltou ao mesmo. Sua mente rodava com tanta informação, e ele queria a resposta para o que realmente interessava. A verdadeira questão.

Quem era Hermione Granger?


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Notas finais do capítulo

Gente, apenas umas considerações: o feitiço que Tom usou é um que eu vi na internet, mas não sei se é verdadeiro, ou se está nos jogos. Só achei legal e quis usar, me processem kkkk
E a história do avô de Dumbledore é caô também, porque pelo que eu li a respeito, os Dumbledore eram sangue puro, menos o trio A, porque a Dona Kendra era nascida trouxa, mas quis introduzir ao assunto da genética, e achei que ia ficar legal.

É só isso, comentem me dizendo o que acharam. Até o próximo