Faith - Tomione escrita por Teddie


Capítulo 5
Aberforth Dumbledore


Notas iniciais do capítulo

Sei que não respondi todos os comentários do capítulo anterior, e peço desculpas por isso. VIDA DE VESTIBULANDA NÃO É FÁCIL. Irei responder todos em breve. Aproveitem o capítulo de hoje

Falando nisso, alguém que lê vai fazer a uerj agora domingo? Ok, foi uma perguntinha só para quebrar o gelo.

Curtam o cap.



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— Você está enlouquecendo, Riddle — Hermione rebateu enquanto os dois iam juntos para a biblioteca.

Não que fosse do agrado de Hermione andar junto com Voldemort pelos corredores de Hogwarts.

— Não venha me falar que não é uma ideia brilhante, Granger — exclamou, já perdendo a paciência.

Hermione sacudiu a cabeça em negativa, não era uma ideia brilhante, era uma péssima ideia!

— Tom, você está falando em traçar uma árvore genealógica de Dumbledore e Grindewald! De uma guerra que ainda nem aconteceu! — mordeu sua língua percebendo que tinha falado demais.

Ainda... Espere, me chamou de Tom? — Hermione revirou os olhos. Voldemort podia ser bem obtuso quando queria.

— Não, claro que não — mentiu, agradecida pelo fato de Riddle não ter notado que ela dissera algo proibido — Vamos, Riddle. Temos que estudar.

Hermione estava surtando aos poucos. Tudo estava dando errado desde que ela voltara para Hogwarts e ela sabia que as coisas ainda estavam começando. A batalha de Dumbledore contra Grindewald estava se aproximando e ela não queria ter saído de uma guerra para parar no centro de outra, era muito injusto!

Para piorar teria que se apaixonar por Tom Riddle, mesmo que por alguns minutos. Slughorn era mais criativo em seu tempo, sem dúvidas!

E se não bastasse, estava ficando sem ideias sobre o que faria para completar o que tinha que fazer. Tom Riddle era uma criatura extremamente insuportável e preconceituosa, e Hermione não estava nem um pouco animada para se aproximar dele como Dumbledore aconselhara em seu primeiro dia.

E ela sentia tanta falta de casa, de sua Hogwarts, de seus pais, seus amigos. Sentia tanta falta de Ronald! Parecia que desde que sentira o cheiro dele na Amortentia as coisas tinham piorado consideravelmente. Ela ainda conseguia sentir os lábios frios e desajeitados de Rony sobre os seus.

Como ela iria acabar com toda aquela situação?

Mas ainda assim, enquanto estudava silenciosamente métodos de fazer Amortentia, Hermione conseguia ver porque Riddle era tão considerado tão exemplar. Ele lia concentrado o livro de poções, fazendo pesquisas e anotações e, no geral, ele tinha aquela cara de que era sedento por saber e que usava a cara de forte e intransponível para os outros alunos. Ela sabia exatamente o que era aquilo.

Ela via a mesma imagem todo dia pela manhã quando se olhava no espelho.

Era a mesma cara de forte que fazia sempre que tinha que ajudar Harry e Rony, sempre sendo a pessoa com a solução para os problemas. Ela odiava e amava aquilo.

Às vezes ela só queria respirar um pouco sem tanto peso nas costas.

Ela suspirou e Tom a olhou. Ela não queria admitir, mas ele era muito, muito bonito.

Quando o viu pela primeira vez, assim que abriu os olhos quando chegou de sua viagem, viu que ele era sem dúvidas o mais belo de todos que já passaram por Hogwarts e não ligara a imagem da criatura ofídica horrível que ela conhecia ao menino que a levara até Alvo Dumbledore.

— Algum problema, Granger?

— Como se você ligasse, Riddle — suspirou. Queria ter alguns de seus amigos para contar a loucura que estava vivendo.

— Eu ligo, Granger. Ligo para nota. — disse seco, com o tom de voz superior. — Mas não ligo para você

— Era de se esperar — Hermione queria chorar. — Como se você se importasse com uma sangue-ruim, não é? — coçou distraidamente a marca, coberta com o esparadrapo.

— O problema não é você ser uma sangue-ruim — ela olhou assustada para a verdade nas palavras dele — O problema é você ser uma arrogante que acha que pode agir como superior quando você não é.

— Você acabou de se definir, Sr. Riddle.

Ele olhou para ela com uma fúria e ela pode ver um lampejo de vermelho por trás dos olhos negros. Era disso que ela mais tinha medo, ter que conviver com a personalidade de Voldemort dentro de Tom Riddle. Instável, perigoso, mortal.

Hermione tinha que resolver logo seus problemas na Hogwarts de 1945.

— Você não sabe com quem está se metendo, sangue-ruim — quase rosnou as palavras.

Mas Hermione sabia, e sabia muito bem...

— Eu sei, Riddle. Sei mais do que pensa, seu mestiço imundo — ousou, e na hora se arrependeu.

Tom Riddle nunca apareceu tão ameaçador. Se não tivesse tanta gente em volta na biblioteca, Hermione estaria morta antes que conseguisse pronunciar “quadribol”.

— Você está morta — disse apenas e, recolhendo seus livros, se retirou da biblioteca.

Hermione suspirou ao ver Tom Riddle indo embora. Se as coisas continuassem como estavam, ela realmente estaria morta.

(...)

Tom queria matar.

Queria matar não só Hermione Granger, como também todos os nascidos trouxas, todos os trouxas e sua mãe principalmente, mesmo sabendo que ela já estava morta.

Ele não suportava a ideia de sua mãe ter sujado o nome de Slytherin se relacionando com um maldito trouxa!

Mestiço imundo, aquela maldita de sangue sujo tinha o chamado de mestiço imundo.

Tom só se deu conta que quebrava algo quando o armário de seu dormitório foi parar no chão.

— O que é isso? — Abraxas perguntou, olhando abismado para a bagunça que Tom havia feito.

Tom andara praticando uns feitiços para tornar sua varinha encoberta para feitiços proibidos. Seria uma boa hora para por em prática.

Silencio — Tom viu Abraxas arregalar os olhos e tentar falar, sem sair som algum — Crucio.

Abraxas caiu no chão, gritando sem sair som algum. Tom sentia um prazer quase obsceno em assistir aquilo. Mas no fundo não se satisfazia.

Não era o tonto do Abraxas Malfoy que ele queria torturar. A pessoa certa era da casa dos leões, uma garota de cabelos castanhos. Hermione.

Tom interrompeu a tortura e encarou Abraxas tremendo no chão frio do dormitório, um filete de sangue escorria pelo nariz do loiro, e seu olhar estava vidrado.

Melhor do que diariamente, pensou Tom.

— Isso é por questionar qualquer coisa que eu faça, Malfoy. E que isso não se repita.

E o deixou ali, no chão. Seus outros servos o olharam quando ele passou, mas Tom ignorou a todos. Não estava com cabeça para aquilo.

Precisava pensar, pensar com urgência. E a luz apareceu em sua mente quando ele menos esperava.

Já que se aproximar de Granger pelo jeito fácil não deu certo, ele daria a ela um incentivo como o do Malfoy.

Um sorriso sádico surgiu em seu rosto, nunca tinha torturado uma trouxa tão bela quanto Hermione Granger.

(...)

— O que quer comigo, Riddle? Não vai ter coragem de me matar em Hogwarts, vai? — revirou os olhos para a petulância da castanha.

Já era tarde quando Tom enviara o bilhete para Hermione encontrá-lo no banheiro interditado. O mesmo que abrigava a entrada para câmara secreta. Tom pensou que na certa Hermione não apareceria, mas lá estava ela com uma camisola longa e um casaco por cima. Seu cabelo estava um pouco desgrenhado e a fitinha vermelha e dourada que ela vinha usando não estava no lugar habitual.

As roupas dela são de segunda mão, como as minhas.

— Hermione — ela o olhou feio — Sinto que devo me desculpar pelo que eu disse. Julgar uma pessoa pelo sangue é algo normal nos tempos de hoje, entretanto eu sei que é algo horrível e quero me retratar com a senhorita.

Hermione o olhou desconfiada, julgando se era verdade ou mentira e Tom torceu para que ela fosse obtusa o bastante para desculpá-lo. Por fim ela suspirou e sorriu cansada.

— Tudo bem, Riddle. Aceito suas desculpas.

Foi fácil demais, avaliou a postura da castanha.

— E eu espero que me acompanhe na visita a Hogsmeade e a festa do Leon... Quer dizer, do Slughorn.

Ela franziu a testa e depois assentiu, um pouco a contra gosto.

— Tudo bem, Riddle, depois do café da manhã, no sábado, te espero na entrada do castelo. Se me der licença, vou me deitar.

— Espera — Tom deu seu melhor sorriso para Hermione — Sabe, na aula de poções, eu vi que você escreveu umas letras no canto do seu pergaminho. Quem é RW?

Ela o olhou espantada e indignada.

— Desculpe, não acho que isso lhe diga respeito.

— Vamos, Hermione. Eu vejo que está solitária aqui, mesmo já estando amiguinha de Minerva e Charlus. Pode confiar em mim.

Ela o avaliou novamente, e então falou:

— Ronald, meu namorado.

— Ele ficou na França?

Para espanto, ela deixou umas lágrimas escaparem e, quando voltou a falar, estava um pouco mais desesperada.

— Eu não tenho noticias dele, isso é tão angustiante!

Tom esperava menos do que ele estava obtendo e estava feliz com seu progresso. Ao mesmo tempo, era algo esquisito, como um puxão no estômago, saber que Hermione tinha um namorado. Ele não gostara nada daquilo.

— Ele também é um san... como você? — se corrigiu.

— O sangue dele e tão puro quanto os que correm nos seus amigos, Riddle. — foi seca.

Eles ficaram um bom tempo em silêncio, e Tom pôs-se a avaliar o que já sabia sobre Hermione:

Ela era uma sangue-ruim que por algum motivo viera parar em Hogwarts, sendo separada de seu namorado, Ronald. Ela estava ali por causa de uma ameaça pior que Grindewald e fora torturada.

Não era uma vida muito agradável, ele tinha que admitir. No entanto, ele precisava saber mais sobre a castanha.

— Já está tarde, creio que devo ir me deitar. Boa noite, Riddle — ela sorriu delicadamente para ele.

— Acho que não precisamos de tanta formalidade, Hermione.

— Boa noite, Tom — e saiu do banheiro, deixando o aroma de xampu de limão para trás.

E mesmo que não quisesse admitir, uma parte sua, bem lá no fundo, e debaixo de toda sua camada de frieza e maldade, gostara da conversa que tivera com a Granger.

E adorara o jeito que seu nome – algo que sempre desprezara – fluía pelos lábios dela.

(...)

Estava esfriando na manhã de sábado quando Tom Riddle acordou. Ele estava ansioso, tinha dois encontros com Hermione Granger no dia e grande parte achava aquilo tudo uma grande impureza e afronta. Outra parte queria saber avidamente mais sobre a castanha grifinória.

Ele colocou uma roupa simples, pois não tinha como esbanjar. Arrumou os cabelos como sempre fazia e desceu para tomar café, deixando seus colegas dormindo.

Hermione estava comendo sozinha na mesa da Grifinória, com um delicado vestido florido. Ela era sem dúvidas a menina mais bonita de Hogwarts. Não que Tom se importasse.

Ele se sentou a sua mesa e comeu rapidamente, observando todo movimento que a grifinória fizesse. Viu quando Minerva se sentou e viu quando a castanha se levantou, se despedindo da amiga. Ele se levantou também, deixando o guardanapo na mesa, e se dirigindo para a entrada do castelo, onde Hermione já o esperava. Em suas mãos, luvas brancas.

— Está bonita, Srta. Granger — cortejou. Se Hermione caísse nos encantos dele, talvez o moreno esquecesse seu plano para o vilarejo.

O que eu estou pensando? Quero acabar com essa garota desde que descobri que ela tem o sangue podre.

— Obrigada, Tom. Também está muito bonito — sorriu delicadamente.

Os dois seguiram quietos para carruagem, se limitando a comentários sobre as matérias e feitiços. Mas estava bem agradável, mais do que Tom esperava. Hermione era uma pessoa muito fácil de conviver, ela gostava praticamente das mesmas coisas que ele.

Quando saltaram da carruagem – agora ele podia ver os testrálios – Riddle estendeu o braço para que Hermione segurasse, quando ela o fez, sorriu novamente. Tom rapidamente vira que ele gostava de ver Hermione Granger sorrir.

— Então, o que pretende fazer, Hermione?

— Eu andei pensando — ela suspirou e mordeu o lábio, incerta — Acho que podemos planejar a árvore de Dumbledore e Grindewald, já andei fazendo umas pesquisas. E já que estamos em Hogsmeade, podemos aproveitar para resolver um dos nossos problemas. Tem alguém que pode nos ajudar — soltou tudo de uma vez.

Isso, eu sabia que ela concordaria, sorriu convencido.

— E onde podemos encontrá-lo, Hermione? — perguntou, enquanto a garota já o conduzia pelas ruas, parecendo já saber onde estava tudo o que precisava.

Como ela conhece Hogsmeade tão bem? Perguntou-se.

Era mais uma pergunta para a lista imensa sobre Hermione.

— Aqui — pararam em frente a um bar muito sujo, que ele sempre passava direto sempre que estava a passeio por Hogsmeade. — Cabeça de Javali.

— Ahn, Hermione — começou, incerto — O que exatamente viemos procurar aqui nessa espelunca?

— Primeiro: Não fale assim do Cabeça de Javali. Já me salvou uma vez — falou séria, com a voz distante, Tom a olhou, mas ela rapidamente abriu um sorriso — Viemos procurar nossa ajuda.

— Quem?

— Essa é fácil: Aberforth Dumbledore — suspirou — Irmão do Dumbledore.


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Notas finais do capítulo

Primeiro: Já devem ter percebido que a família Dumbledore vai ser importante, certo? O que acham disso?

Segundo: O que será da Hermione no próximo capítulo se Tom continuar com seu plano?

Terceiro: O que acharam do Tom muito mau? Acho que descontar em outros suas frustrações é algo que Voldy faria, não?

Quarto: E a capa para Faith, hein galera? To esperando hahaha
Enfim, comentem e me digam o que pensam