Faith - Tomione escrita por Teddie


Capítulo 19
Escolhas


Notas iniciais do capítulo

E ai suas lindas, aqi estou eu para mais um capítulo.
Alguma de vocês viu o jogo? Viram o Jefferson arrasando no gol? Representou meu BOTAFOGO GLORIOSO! Ok, parei hahahaha
Capítulo dedicado a amanda souza, que me deixou muito chorosa com a recomendação linda dela! Amei, amei, amei!
Gente, só mais uma coisa, Faith está entrando em sua reta final (sim, choremos), eu estou planejando apenas mais 4 capítulos, então COMENTE ENQUANTO HÁ TEMPO!!!! Vou ficar muito contente em saber a opinião de vocês no finalzinho de Faith.
Aproveitem



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Em seu sonho, Tom estava novamente vestido de branco. Ele esperava estar novamente no cenário branco, mas não. Estava em uma estrada, e no fim dela, havia uma bifurcação, ambos os caminhos estavam embaçados, e Tom não sabia por onde seguir.

– É difícil escolher, não? - ele olhou para o lado e viu novamente um Tom Riddle, mas que dessa vez, usava uma roupa completamente preta.

– O que cada lado me oferece? - perguntou.

– Na mitologia grega, existia uma deusa chamada Hécate - Tom de preto continuou, ignorando a pergunta de Tom de branco - Ela representava as encruzilhadas, as escolhas que uma pessoa pode tomar. Muitos quando queriam saber que caminho seguir, recorriam a ela. Mas ela te dá no mínimo três escolhas. No seu caso, Tom, você pode escolher entre o que é certo - o caminho da direita se iluminou, e ele viu uma Hermione sorridente e ele mesmo correndo e se divertindo. - Ou o que você deseja - o caminho da esquerda se iluminou e ele viu um mar de sangue e pessoas submissas, e a criatura ofídica no meio, com uma varinha poderosa lançando faíscas verdes.

– A terceira opção seria um meio termo entre os dois? - perguntou, esperançoso. Tom de preto riu com escárnio.

– Sua terceira opção é continuar como está. Mas saiba que toda escolha só nos leva a outras. Ser escolher qualquer um desses caminhos, novas escolhas terão que ser feitas.

– E se eu escolher ficar como estou?

A bifurcação se tornou uma continuação da estrada. A imagem era clara. A criatura ofídica lançando seus feitiços, mas uma das pessoas submissas e encharcadas de sangue era Hermione. Tom ofegou com a imagem perturbadora.

A imagem sumiu, e os dois Tom estavam no fim da estrada.

– É só escolher, Tom. Hécate te dá escolhas - Tom de preto continuou - Três caminhos, uma escolha.

Tom suspirou.

– Queria saber as escolhas de Hermione.

Tom de preto riu, e Tom de branco franziu o cenho.

– A Dumbledore já fez suas escolhas, Tom. A preocupação é você.

A bifurcação aparecera novamente. Ele tinha que escolher.

– O tempo está acabando, Tom. Escolha.

Antes que pudesse escolher, sentiu seu corpo tremer. Abriu os olhos de supetão e viu os cabelos platinados de Abraxas na sua frente.

– Tom, você estava falando muito. Vamos logo, vamos nos atrasar para a aula.

Tom se levantou, ainda coçando os olhos. Só restava Abraxas no quarto, que estava arrumando sua gravata verde e prateada. Enquanto Tom trocava de roupa, Abraxas viu algo que não devia. Escondido no malão de Tom, estava o suéter que Hermione lhe dera.

– O que é isso? - Abraxas pegou antes que Tom pudesse protestar e estendeu. O vermelho com dourado parecendo muito estranho em contraste com o verde predominante no quarto. - Está se bandeando para o lado deles, mestre? A namoradinha imunda que te deu?

Tom sentiu o sangue ferver, e antes que pudesse pensar sua varinha estava sendo pressionada contra o pescoço de Abraxas Malfoy. Ninguém falava de Hermione perto dele.

– Hermione Dumbledore não é uma imunda, a não ser que o nome dela saia dessa sua boca podre, Malfoy. Fale mais uma vez dela e eu não penso duas vezes antes de te matar, estou sendo claro?

Malfoy assentiu, vendo o vermelho se apoderar dos olhos de seu mestre.

Tom liberou Abraxas, que saiu correndo do dormitório. Covarde, pensou. Terminou de se arrumar e olhou para a foto que mantinha dentro do malão. Ele e Hermione em Hogsmeade, no final do outono. Parecia outra vida, outra época. Não parecia que ele já estava com ela há dois meses.

Os melhores meses da vida de Tom. Ele e Hermione faziam tudo que era possível juntos, e ainda assim, não eram um casal meloso. Tom e Hermione estudavam juntos, iam a Hogsmeade juntos, e cada beijo trocado eram segundos no céu. É claro que para algumas pessoas não foi bem aceito.

Abraxas, que ainda achava que Hermione era uma sangue ruim, achava o namoro a coisa mais estúpida possível. Os amigos de Hermione, Minerva, Charlus e até Hagrid achavam que Hermione tinha batido a cabeça ao aceitar namorar Tom.

No entanto, eles aceitavam, pois viam o sorriso genuíno da castanha sempre que olhava para Tom. O mesmo não podia ser dito de Abraxas, que alfinetava sempre a relação.

Tom subiu as pressas para o grande salão, e viu Hermione tomando café com Charlus e Minerva. Quando seus olhos se encontraram, ambos sorriram apaixonados, e Potter comentou alguma coisa que a fez ficar vermelha de vergonha.

Tom sentiu inveja dos amigos de Hermione. Tudo que ele tinha eram os comensais submissos e ignorantes.

Não que ter alguém submisso a ele seja ruim, mas amigos seriam importantes. A única pessoa que ele tinha era Hermione, enquanto a mesma tinha os Dumbledore, os amigos da escola e os amigos do passado que ela não falava.

Era uma relação de dependência injusta. Tom era totalmente dependente da garota para se sentir vivo, enquanto se ele saísse de sua vida, ela provavelmente superaria.

Será que se matasse os amigos dela... Refutou a ideia na hora, Hermione o mataria antes de poder dizer “Salazar”. Embora que se Hermione descobrisse que desde que seus comensais voltaram das férias eles estavam se reunindo para se divertir, ela nunca o perdoaria.

Poderia ter sangue bruxo nas veias, mas uma vez sangue ruim, sempre seria uma sangue ruim.

A sangue ruim dele, apesar disso.

– Teremos reunião hoje, mestre. Conseguimos mais um, discretamente, olhe para a mesa da Grifinória, três lugares depois da Dumbledore.

Tom passou os olhos pela mesa e viu uma pequena garota loira, era segundanista, e conversava alegremente com um amigo. O estômago de Tom se revirou com o pouco café que tomara. Ela era tão pequena, e embora já tivesse feito coisas horríveis com primeiranistas, pela primeira vez pareceu errado fazer o que estava fazendo. A garota era mais nova e conhecia menos magia que ele e os comensais, não seria justo.

O que importa? Ela rouba magia, não merece estar aqui, seu subconsciente falou.

Magia é genética, a voz de Hermione aparecera em sua cabeça, se manifesta em genes recessivos, até que por alguma mutação ou combinação surge em uma criança trouxa.

Saiam da minha cabeça, Tom pensava.

Sentia que estava prestes a enlouquecer.

(...)

– Ainda temos que terminar a poção de Slughorn, nenhuma de nossas ideias dá certo, e ainda bem que entregamos nosso trabalho de História da Magia, acho que Binns gostou, principalmente pela ousadia. Mas a professora de DCAT passou dois metros de pergaminho para a próxima aula. Dois metros! Então acho que essa noite eu...

– Hermione, querida, cale a boca e volte a admirar essa bela tarde livre de inicio de primavera com seu jovem namorado.

Hermione torceu o nariz, ato que Tom achou admirável. É claro que ela estava insatisfeita por não estar estudando, mas eles estavam sempre estudando, ele queria apenas relaxar na árvore perto do lago e ver as crianças perturbando a lula.

–Você é um idiota, Riddle.

Tom meneou com a cabeça e deu um leve beijo nos lábios de Hermione. Ele amava estar assim com ela, sem nenhuma preocupação. A melhor parte de tudo era poder beijá-la na hora que quisesse.

– Você me ama.

A garota não respondeu, e Tom tentou não ficar incomodado com isso. Nunca tinham falado isso um para o outro, mas ele achava que seu amor por ela estava implícito em cada palavra e cada toque. Ele podia sentir que Hermione o amava também, mas ela nunca dizia.

Alguma coisa impedia os dois de declararem seu amor.

Hermione suspirou impaciente, e bateu os pés enquanto estava abraçada com Tom. Ele revirou os olhos e bufou.

– Vamos para a biblioteca logo, Hermione.

Ela abriu o sorriso mais lindo do mundo e fez o dia de Tom valer a pena.

– Você é o melhor, Tom. Agora vamos, tenho que pensar em algo para a nossa poção.

(...)

A noite era fria, mas dentro daquela masmorra estava mais frio ainda, a iluminação era baixa e era toda em tons escuros. A garotinha estava semi acordada e os sonserinos estavam em círculo em torno dela. Todos estavam de máscara, menos o líder.

Tom olhava para a garota e sentia uma coisa esquisita no peito. Alguma coisa daria errado, ele tinha certeza.

No geral, eles deixavam as crianças tão assustadas, que elas dificilmente iriam querer voltar para a escola de magia, e por sentirem tanto medo a magia se sufocaria.

Era cruel e eficaz. Se Hogwarts tinha que ser purificada, que começasse pelos mais jovens, os mais manipuláveis.

– Mestre - Abraxas começou - Você não acha que nós deveríamos nos associar a Gellert Grindewald?

Tom retesou, aquele era um assunto complicado. Desde que Hermione passara pela experiência na sala de Dumbledore - até hoje ele não sabia o que ela tinha visto - Grindewald passara a ser uma nuvem de terror que assombrava Hermione.

Ela contara para ele que tivera muitos pesadelos a noite, e que tinha medo de que ele tentasse invadir Hogwarts por causa dela. Ela só não disse porque Gellert estaria atrás dela. Muitas vezes namorar Hermione era uma missão muito difícil.

A questão era que ele já estava fazendo algo que Hermione desaprovava com todas as forças, a criança, agora desacordada, no chão confirmava isso. Se eles se juntassem ao grupo de Gellert, Hermione nunca o perdoaria. Fora que Gellert queria levar a magia para o mundo, expor os bruxos. Tom achava que os trouxas não eram dignos de saber disso, mesmo se subjugados.

Então, não. Não se juntaria a Grindewald.

Tom explicou suas ideias para o grupo, omitindo Hermione, e viu que Abraxas fez uma cara extremamente contrariada; ele estranhou, desde quando Abraxas Malfoy tinha interesse em entrar para a Grande Causa?

Outra coisa que soava errada.

– Vamos começar.

Ele sentiu Voldemort entrando em ação e todas as suas inseguranças e temores sumiram. Quando ele era Voldemort, não existia fraqueza, era sua causa que importava, e ninguém poderia mudar isso.

Seus comensais viram os olhos de seu mestre assumirem um aterrorizante tom de vermelho e sorriram por dentro de suas máscaras.

Com leve feitiço, a menina arregalou os olhos, acordando. Ela sentiu pavor ao encarar os olhos vermelhos, e se preparou para gritar, quando um feitiço a atingiu, sufocando-a lentamente.

– Grite e eu não hesitarei em te matar.

A garota engoliu em seco, sentindo a garganta se soltar. Antes que respirasse aliviada, um feitiço a atingiu. Não podia gritar, não gritaria. Mas doía tanto! Gemia baixinho enquanto os mascarados pareciam se deliciar com sua dor.

O dos olhos vermelhos era o pior, ele que a machucava; por que ela? O que ela tinha feito?

Doía tanto...

(...)

Hermione batia o pé impaciente. Não aguentaria esperar a ronda de Tom começar para ficar com ele.

Ela fora extremamente mal educada com ele mais cedo. Ele estava tentando ter um momento romântico com ela e ela simplesmente focara em seus trabalhos. Como ele mudaria assim, se ela sempre o trocava pelos seus estudos?

Ela era uma péssima namorada.

Também, tinha pouca experiência com isso. Vitor Krum apenas a observava estudar e davam uns amassos e no pouco tempo que namorara Ron estava em plena guerra.

Falando em Ron, ela tocara em seu vira tempo. Agora andava com ele para se lembrar de que por mais que tivesse um lugar para voltar, o passado era sua casa. Tom era seu lar.

Uma foto dos dois juntos, uma cópia da que tiraram em Hogsmeade, estava no relicário que ganhara, junto com a foto dela com sua mãe. As coisas mais importantes para ela agora.

Ela realmente se apaixonara por ele, o amava, mas não conseguia dizer isso. Não enquanto não mudasse de verdade. Ela podia sentir que ele estava no caminho, mas Voldemort ainda estava no meio de sua estrada para a conversão.

– Hermione, por Merlin, se está tão impaciente vá até as masmorras. - Minerva bufou enquanto lia um livro.

Sua professora não mudara muita coisa, continuava rigorosa e inteligente, a diferença para Minerva adolescente era o bocado de palavrões que saiam de sua boca na hora dos jogos.

Mas ela estava certa, não aguentava mais esperar, ficaria nas masmorras até algum sonserino sair e chamar Tom.

Antes de ir, ela passara em várias partes do castelo em busca de seu namorado, como não o encontrou, desceu para as masmorras.

Odiava aquele lugar, era frio e escuro e sombrio. Odiou os anos que passou estudando Poções naquele lugar, e acreditava que a melhor parte de Slughorn era ter repudiado as masmorras para dar suas aulas.

Ela ficou esperando, porém nenhum sonserino saiu de lugar nenhum. Bufou impaciente, será que estava no lugar errado? Então lembrou que não, em seu segundo ano Harry e Ron vieram até as masmorras para saber com Malfoy quem era o herdeiro de Slytherin.

Aquilo parecia ter sido vidas atrás!

Bufou novamente, onde estavam os malditos sonserinos?

Então ela escutou, era baixinho e ritmado. Uns gemidos baixos vindo da direção mais escura das masmorras. Ficou aterrorizada, os alunos estavam fazendo... coisas no castelo?

Logo descartou a ideia, não era mais de uma voz, era uma só, e muito infantil. Parecia estar... sofrendo?

Uma coragem súbita a atingiu, se ela estava precisando de ajuda, tinha que ir até lá, era sua obrigação. Então correu até o final, e o que viu a deixou aterrorizada.

Um círculo de mascarados em torno de Lindsay, uma grifinória, que se debatia freneticamente no chão e gemia baixo de dor. A mão que executava o feitiço era familiar.

Toda a pessoa era. Principalmente os olhos. Os olhos de Tom, olhos de Voldemort.

Nenhum deles prestava atenção nela, até ela quebrar o silêncio sádico que se fazia presente. Sua voz saiu agoniada, desesperada.

– O que raios está acontecendo aqui?


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Notas finais do capítulo

Lembrem-se, quatro capítulos, comentem!
Ah, eu sou filha de Hécate, então tive que usar mamãe. Ela realmente é a deusa das escolhas e caminhos, tanto que marinheiros a consideravam deusa patrona, pois ela os guiava para os caminhos certos no mar. TEDDIE TAMBÉM É CULTURA!