Faith - Tomione escrita por Teddie


Capítulo 18
Esquecimento


Notas iniciais do capítulo

Gente, eu to in love por essa capítulo. Espero que vocês curtam ler tanto quanto eu curti escrever. Para quem pediu Tomione, esse capítulo é puramente Tomione.
Aproveitem.

Ah, eu não consigo parar de dar replay no video de Anaconda, da Nicki Minaj. Sim, alguns poucos (como a FallenAna vacilona) sabem que eu tenho uma queda pelo trabalho da Nicki, mesmo que seja aquela beleza que é Anaconda. Também amei a apresentação dela no VMA.

Alguma de vocês já leu a série Feios, de Scott Westerfeld? Preciso de uns spoilers de Perfeitos.

Sem mais delongas, o capítulo.



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Nevava suavemente naquele dia em Hogwarts. Estava frio, e o desejo de todos os alunos era se enrolar nas cobertas e nunca mais sair. Os alunos da Corvinal estavam extasiados por estarem na frente no Campeonato de Quadribol, e Lufa-Lufa pela primeira vez estava na frente na Copa das Casas. Sonserina e Grifinória não trocavam farpas há semanas. Parecia um sonho estar em Hogwarts.

Entretanto, quase todos os alunos se encontravam em suas casas. As férias de Natal tinham chegado, para alegria de Tom, que sempre ficava praticamente sozinho no grande castelo. Todos em seu dormitório iriam passar as férias em suas casas e mansões, mas Tom não os invejava. Ele odiaria voltar para o orfanato no Natal, e agora tinha um bônus em ficar na escola.

Hermione.

Muitas coisas estranhas aconteceram. Aparentemente todos descobriram sobre o parentesco dela com os Dumbledore, e ninguém mais a chamava de Srta. Granger. Era Srta. Dumbledore para todos os lados.

Mulciber antes de ir embora comentara algo que fizera a ira de Tom se despertar.

– Eu achava que ela era uma maldita de sangue sujo, mas agora, até que ela é bem gostosinha, não, mestre?

Abraxas olhou alarmado para Tom, é claro que ele sabia que Hermione tinha sangue trouxa, mas também sabia que a garota era a menina dos olhos de Tom. Mulciber definitivamente não deveria ter dito aquilo.

Mulciber voltou para casa com alguns ossos quebrados. E uma maldição cruciatus martelando em sua cabeça.

Ninguém podia falar de Hermione Granger perto de Tom.

Tom conversava com a monitora chefe que fazia par com ele, ela dava as últimas instruções enquanto a carruagem não saía, mas Tom não se importava realmente. Ele não teria trabalho nenhum com o castelo parcialmente vazio. Ele olhava pela janela.

Hermione participava de uma batalha de bolas de neve com uns primeiranistas que queriam experimentar o Natal na escola. Ela sorria lindamente enquanto se esquivava e enfeitiçava bolas de neve. Seus cabelos estavam batendo nos ombros e estavam levemente armados, mas Tom achava que ela ficava mais bonita assim.

Tom suspirou, e a menina da Corvinal se retirou, correndo para alcançar a última carruagem. Hermione virou seus olhos para o castelo, e seus olhares se cruzaram. Tom involuntariamente sorriu, e acenou, e a menina repetiu o ato.

Tom se sentia um idiota apaixonado.

Hermione suspirou, enquanto os primeiranistas iam para algum outro lugar. Ela estava se sentindo um pouco sozinha desde Minerva e Charlus. Ela entendia agora como devia ser para Harry ficar em Hogwarts enquanto todos iam para casa. Mas Harry tinha Ron.

E Hermione tinha Tom.

Hermione estava voltando para o castelo, distraidamente, quando trombou em uma grande massa de pessoa. Levantou-se do chão com dificuldade e viu um grande homem vermelho com uma grande árvore nos ombros.

Lembrou-se na hora do barbudo que sempre a fizera sorrir em sua infância.

– Você é Rúbeo Hagrid? - perguntou, mas não que fosse necessário. O adolescente era maior do que a média, e seus cabelos já eram indomáveis. Ainda não tinha a barba espessa, mas os olhos que pareciam besouros eram inconfundíveis.

Hermione sentiu um aperto no coração ao constatar que estava morrendo de saudades de casa, quis chorar.

– Ai meu Merlin, eu sinto muito!!! Eu estava carregando isso aqui para o Natal. Espera, você não é Hermione Dumbledore? Namorada do Riddle?

Hermione torceu os lábios, fazendo seu nariz também franzir. Ela estava se acostumando com a ideia de ser chamada de Dumbledore. Alguém espalhara o boato de que ela era sobrinha neta de Dumbledore, e pegara. No fundo, Hermione achava que o próprio Dumbledore espalhara os boatos, para fazer a garota assumir sua verdadeira identidade.

Agora nunca tinha sido reconhecida por ser a namorada de Tom, até porque ela não era. Mas tinha que confessar que gostava da ideia de ser.

Refutou a ideia, ela já era namorada de alguém, namorada de Ron.

– Sim, sou eu. Embora Tom seja só um bom amigo. - sorriu delicadamente para o gigante, ignorando a sensação de que a frase soava errada.

– Fico aliviado por isso. Sabe, você parece ser uma boa garota, e Riddle não é alguém confiável. Pense nisso, Hermione.

Hermione assentiu, séria, e deu a passagem para que Hagrid levasse a árvore para dentro do castelo.

Ela sabia que Tom não era o mais confiável no mundo. Mas desde os últimos acontecimentos, ela poderia confiar sua vida a ele.

Olhando para o lago congelado, voltou para o conforto do castelo.

(...)

Tom comia tranquilamente enquanto Hermione devorava um pastelão de rins. Ele gostava de estar sentado em uma única mesa com a castanha. Podia observá-la de perto sem parecer algum tipo de maníaco.

Ele observou a garota com cuidado. Os cabelos castanhos estavam presos no estilo princesa por um laço vermelho com dourado. Estava com o uniforme, mas com um casaco por cima, no rosto tinha um pouco de farelo de pastelão, mas ela não parecia se incomodar. Mas o que chamou a atenção de Riddle fora o pescoço da garota. Um objeto brilhava lá, um vira-tempo.

As coisas na cabeça de Tom começaram a rodar.

– Será que dá para parar de me encarar, Tom? - disse, sem tirar os olhos do pudim que agora comia.

– Você é uma viajante do tempo.

Hermione parou com a colher de pudim no meio do caminho, olhou para Riddle, que sorria convencido com a descoberta. Os farelos dos restos do pastel caiam gradualmente.

– Desculpa?

– Você é uma viajante do tempo. E pela sua reação, estou certo.

Hermione devolveu o pudim ao prato, e limpou os farelos do rosto. Era hora de ser uma boa atriz.

– De onde você tirou essa ideia, Riddle?

– Primeiro, você parece saber de tudo que se passa aqui. Sabia do meu outro nome, sabia dos meus amigos. Sabia das casas. No seu quarto tem uma foto sua e do seu namorado em Hogwarts. E você anda com esse vira tempo no pescoço.

Hermione ponderou, Tom era mesmo inteligente. Mas ela riu, riu alto. As outras pessoas na mesa - alguns primeiranistas e outros alunos, o diretor, e alguns professores - olharam intrigados para a conversa dos dois.

– Riddle, isso aqui é uma réplica. Ponha no pescoço, rode quantas vezes quiser.

Ela entregou o colar para o garoto, que fez o que ela mandou. Nada aconteceu. Hermione sorriu internamente, tinha sorte de seu vira-tempo ser especial. O garoto devolveu o objeto e Hermione colocou no lugar, mas dessa vez escondido nas vestes.

– Isso ainda não explica o porquê de você saber tanto.

Hermione suspirou e direcionou seus olhos para Dumbledore, que sorriu para a sobrinha. Desde que estivera na última vez em sua sala, Alvo sabia o suficiente para saber que Tom era a verdadeira preocupação, um problema a longo prazo. Então agora, sempre que podia, fazia de tudo para que Hermione e Tom ficassem juntos.

Não que nenhum dos dois reclamasse.

Tom realmente gostava da garota, enquanto Hermione sentia seu coração dar chilique toda vez que encarava os olhos negros do moreno. Ela tinha medo do que estava sentindo, pois ainda tinha seu lar para voltar, e não queria se aventurar em uma relação.

E ainda tinha Ronald, do qual ela ainda sentia algo.

Hermione desejou, por um momento, seus problemas familiares de novo, pois assim conseguiria descansar seu coração do dilema Tom.

– Esqueça isso, Tom. Eu já tentei te matar, você já tentou me matar. Eu sei de algumas coisas e você também.

Ela voltou a comer seu pudim, mas não estava mais com o mesmo gosto. Tinha perdido a fome.

(...)

Hermione se sentiu estranhamente sozinha quando acordou naquela manhã de Natal. Estava acostumada com as meninas apressadas em se arrumar, e em Minerva surtando com as táticas de Quadribol. Estava um silêncio quase desconfortável no quarto redondo.

Seus olhos caíram para o pé da cama. Estava cheio de presentes! A primeira coisa que ela viu foram os sapos de chocolate de Minerva, depois, um embrulho disforme. Dentro tinha um suéter de lã rosa um tanto grotesco, mas Hermione achou adorável.

“Para minha sobrinha favorita, e única! Abby Dumbledore”, dizia. Hermione sorriu, ambos os irmãos estavam fazendo de tudo para que ela se sentisse uma verdadeira Dumbledore.

Ela tinha que admitir que estavam acertando em cheio.

Ganhou também um livro de Charlus - 900 maneiras de acertar um juiz em cheio na hora de rebater (Hermione achou realmente que Charlus deu na intenção de pegar emprestado e nunca devolver). Um bolo de frutas muito socado que Hagrid tinha feito.

Os dois mais importantes estavam no final. O primeiro era um bracelete dourado e fino, com pequenos corações verde esmeralda.

“Granger, isso não é ouro de verdade, muito menos esmeraldas. Sou um maldito órfão e mal tenho dinheiro para comprar penas novas. Entretanto, tenho planos para que um dia eu possa te dar todo ouro e todas as jóias do mundo, mas não é como se eu gostasse de você (não muito pelo menos). Espero que goste.

T. M. Riddle.

Hermione controlou as lágrimas, seu coração falhando uma batida. Ela gostava de Riddle, isso não podia negar. Gostava de seus sorrisos, gostava da inocência que ele tinha quando não estava armando algum plano maligno. Gostava de seus olhos negros.

Gostava dele por inteiro.

Estava ferrada.

Gostar de Riddle botava toda sua missão a perder. Não podia se apaixonar por Voldemort! Não quando ele era quem era, pelo que ele faria, pelo que ele fez. Por Ronald, por Harry, e todos que conhecia em 1997.

Definitivamente, se apaixonar por Tom Riddle estava fora de seus planos.

Passou para o segundo presente, um colar relicário dourado com traços abstratos em relevo, tinha o formato oval e a corrente finíssima. Quando abriu, não pode segurar as lágrimas.

Tinha duas fotos. A primeira era de uma garota nova, Ariana, e a segunda era a mesma menina com um embrulho nos braços. Ela parecia cansada. Hermione viu que era uma foto dela e de sua mãe. Provavelmente a única que tinham juntas.

“Isso era de sua mãe, e agora acho justo ser seu. Essa foto foi tirada logo depois de seu nascimento, querida. Feliz natal.

Alvo Dumbledore”.

Com cuidado, colocou o relicário no pescoço, assim como a pulseira no pulso. Resolveu por o suéter também, que era tão grande que escapulia por um dos ombros. Pôs calças também. Riu ao perceber que estava parecendo... qual o nome? Ah sim, uma pin up. Hermione adorava os anos 40, mas andar sempre de vestidos era um tanto cansativo. Para completar o visual, uma fita rosa no cabelo, que já estava nos ombros.

Desceu para tomar café da manhã, viu Tom tomando uma xícara de café e sufocou uma risada. Tom estava usando seu presente.

– Feliz Natal, Tom.

– Igualmente, Granger. Aliás, odiei o presente.

– Então por que está usando? - rebateu, e Tom revirou os olhos.

Tom estava usando um suéter. Vermelho com dourado. Hermione achou aquilo perfeito para ele, irônico como o próprio Riddle. E vermelho ficava muito bem nele. O suéter marcava o corpo esguio e atlético de Riddle, que Hermione se viu querendo tocar.

Ela sentiu o sangue ir para as bochechas, e Tom a olhou, franzindo o cenho.

– O que foi?

Hermione gaguejou coisas sem sentido, e Tom a olhou com certa curiosidade. O que ela diria? Que estava imaginando o corpo dele?

– Meus melhores alunos! - Hermione respirou aliviada ao ver Slughorn ali - Faço questão de vocês dois em minha festa de Ano Novo.

Os dois gemeram em frustração e trocaram olhares que Horácio não percebeu. Logo Tom tomou a dianteira e sorriu falsamente.

– Claro, professor. Estaremos lá, certo, querida?– Hermione fuzilou Tom, e os olhos de Slughorn se iluminaram. A grifinória queria despejar uns bons feitiços nele, mas se limitou a sorrir tão falsamente quanto o moreno.

– Conte conosco, professor.

Ele se retirou, falando alguma coisa sobre conhaques com Dumbledore, que observava de longe. Tom e Hermione continuaram sorrindo até ele sumir de vista.

– Você é um cretino, Tom - os olhos negros do moreno a encararam com diversão.

– Um cretino irresistível, Srta. Granger.

Hermione gostava muito do fato de Tom nunca a chamar de Dumbledore. Era como se mesmo com toda a loucura que estava vivendo, ainda tivesse um porto seguro. Alguém que não mudasse com ela, independente de sua família. Era um ponto que Tom ganhava com ela, parecia que ele gostava dela mesmo, sem se importar com seu sangue. O que, para ele, já era um grande avanço. Mostrava que ele já estava no caminho de sua redenção.

Suspirou, se concentrando em seu café da manhã. Talvez Tom fosse de fato, irresistível.

(...)

Tom se olhou no espelho uma última vez. Não era muito vaidoso, embora achasse que sua beleza era uma forte aliada para seus planos. Sim, pretendia ser poderoso ainda, principalmente agora que Hermione não era uma total sangue ruim.

Embora que sempre que estava com ela, esquecia de tudo isso. Só queria beijá-la e mostrar que ele era muito melhor do que qualquer outro garoto.

Estava usando naquela noite de 31 de dezembro um terno negro com camisa branca e uma gravata dourada. Exigência de Hermione. Pela primeira vez ele estava animado com a véspera de Ano Novo. No geral, odiava essa data.

Era seu aniversário, e Tom odiava fazer aniversário. Significava ficar mais velho, e em consequência disso, mais perto da morte.

Odiava a data mesmo, com todas as forças. Mas nesse ano, tinha Hermione, e mesmo ela não sabendo da data, o faria mais feliz apenas estando com ele. Mesmo com os segredos, mesmo com as mentiras. Ele também mentia e escondia coisas dela, então por que ela não podia fazer o mesmo?

Ainda assim, aquilo o irritava um pouco. Mas não importava, ele ainda a amava, e aquilo parecia crescer dentro dele. Doía, mas não era uma dor de um todo ruim. Ele ficava animado quando a via, quando ela sorria. Apenas o fato dela existir parecia aquecer seu coração. E seus olhos? Sempre que olhava naqueles olhos castanhos, parecia que estava vendo os pedaços repartidos de sua alma refletidos.

Amar era uma droga, mas ele gostava.

Infelizmente, Hermione amava outro.

Saiu da frente do espelho e desceu para o Grande Salão, onde ocorria a “pequena’ festa de Leôncio, e viu Hermione lá, com os cabelos soltos, de costas para ele, com um belo vestido dourado que deixava seu corpo bem definido.

Tom teve uma sensação engraçada na região do baixo ventre, mas ignorou. Essa sensação foi substituída pela fúria. Tinha um rapaz falando com ela, não era de Hogwarts, pois Tom não o reconheceu. Ele sorria, e passava as mãos nos braços dela, afagando.

Ninguém afagava sua sangue ruim.

Ele marchou em passos duros até lá, na intenção de matar. Respirava com dificuldade, e suas mãos tateavam as vestes em procura de sua varinha.

Ele passou os braços em torno da cintura de Hermione, que ofegou surpresa pelo susto tomado, mas logo relaxou. De qualquer maneira, Tom colocava um pouco de força exagerada, por causa da raiva que estava sentindo.

– Querida, quem é esse? - sua voz estava contida, e o corpo de Hermione retesou na hora, sentindo o perigo.

– Tom, esse é Julian Kagasoff, é búlgaro. Seu tio é professor em Durmstrang e amigo de Slughorn - falou, medindo as palavras.

– Prazer conhecer - o sotaque era forte, e o inglês não muito bom. Entretanto, Julian não parecia ter sentido prazer nenhum em ver Tom ali, abraçando Hermione. Tom podia ver que ele olhava para a castanha com luxúria. Kagasoff não viveria muito.

– Hermione, estou precisando de você em uma coisa - falou, esperando que Hermione entendesse que ele estava se descontrolando.

– Mas, eu e Her-mi-nome estar conversando - o loiro búlgaro estava pedindo para morrer.

– Julian, creio que seja melhor eu ir com Tom, foi um prazer te conhecer.

Tom e Hermione saíram de perto de Julian, e Tom se sentiu calmo na hora. Hermione era dele, seguia a ele. Nenhum metido estrangeiro podia mudar isso.

– Tom, Horácio está vindo, se acalme - seu olhar era delicado com ele. Tom via que ela estava preocupada.

Sentiu Voldemort voltando para o fundo dele. Estava calmo.

Horácio passou, falou com eles e voltou a festa. Elogiou o fato de Hermione e Tom estarem combinando. Hermione viu Alvo dançando com a enfermeira, e os professores se divertindo. Ela dançou algumas músicas com Tom, e comeu também. Logo era quase meia noite, e Slughorn mandou todos irem para fora do castelo, pois teria explosão de fogos filibusteiros.

Tom e Hermione trocaram olhares. Iriam para seu local favorito. A torre de astronomia.

Correram silenciosos, ignorando alguns olhares curiosos para os dois. E viram a noite fria e sem estrelas. Conversaram coisas bobas.

Hermione sentiu seu coração palpitar. Estava na hora de tomar uma decisão. Sua maior decisão. Ela admitia que estava de fato, apaixonada por Riddle, e por mais que fosse algo impensável, ela não podia ignorar seu coração. Fez muito tempo isso com Ron, e eles só puderam ficar juntos em meio ao desespero.

E ela tinha Tom ali, pronto para ela. Que melhor conversão do que amar e receber amor? Da forma mais apaixonada o possível?

Estava disposta a ficar com ele. Mesmo com o mal ainda enraizado no coração dele. Ela arrancaria a solidão, a amargura e o desprezo pelo qual Tom passou de dentro dele. E faria isso com amor.

– Tom - os olhos dele caíram para ela, tão negros quanto a noite - Feche os olhos.

– Por que?

– Presente de aniversário - ele arregalou os olhos por ela saber. - Feche logo.

Ele obedeceu. Hermione tremia, mas não de frio. Em baixo, ela podia ouvir os gritos animados e contagem regressiva.

Ela se aproximou, e encostou seus lábios nos dele. Foi apenas um encostar, algo cálido e apaixonado. Logo Tom segurou sua cintura e aprofundou o beijo.

Não ouviram a contagem terminar. Só ouviram os fogos explodindo em milhões de imagens diferentes. Taças batendo, leões e cobras brigando. Luzes incandescentes.

Tom e Hermione sentiam os fogos explodindo dentro deles.

Quando se separaram, Tom sorria bobamente, assim como a castanha.

– Feliz aniversário - ela sussurrou.

– Feliz Ano Novo, Granger.

Se beijaram de novo, e parecia ainda melhor.

– Não que eu esteja reclamando, mas o que mudou? E seu namorado? - Tom indagou, confuso. Ele detestava trazer Ronald a tona, mas não podia ficar assim com Hermione.

Ele a queria por inteiro.

– Eu percebi que gosto de você Tom, de verdade - os olhos dele se iluminaram, e Hermione abriu o sorriso mais lindo do mundo - E eu quero viver isso. Esquecendo segredos, mentiras e mágoas. Esquecendo o passado, esquecendo o futuro. Só existe o presente, e eu quero que exista um “nós” nele.

Tom não respondeu. Era o melhor aniversário de sua vida! Em resposta a Hermione, ele segurou seu rosto dentre as mãos, e a beijou. O beijo mais apaixonado que poderia dar.

Se sentia ótimo, se sentia vivo como nunca! Os fogos morreram nos terrenos de Hogwarts, mas não dos dois. Aqueles ainda ardiam e estouravam.

O horizonte se abria para os dois apaixonados.


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Notas finais do capítulo

Gente, eu tento incluir a Corvinal em várias coisas, porque é minha casa! PROUD TO BE A RAVENCLAW.
e ai, o que acharam do capítulo? Me contem tudo!